Um Amor Por Contrato escrita por R Oliveira


Capítulo 4
Um Meio-Amor Meio-Mudo - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Será que agora vai? Será que, finalmente, o Maluma/Juan vai dar uma dentro? Só lendo para saber ...



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— Fernanda? – Maluma se espanta com a presença de Fernanda e logo procura algo em cima da cama para se cobrir – É ... Oi?

— Certo, eu to meio perdida.

— Posso saber o que significa isso? – A história toda pode ser triste mas finalmente eu encontrei algo que me fizesse rir.

— Isso é ... É ... – Maluma está mais perdido do que Lady Gaga na Era ARTPOP.

— Isso é ...? – instigo ele ainda mais para ver a desculpa dele.

— Bom, seja lá o que for eu adorei, mas uma pena que não foi pra mim ... – Ah, Fernanda ...

— Não, é que isso é ... Isso é ... – percebemos que ele é péssimo para inventar desculpas – Ah, droga ...

— Olha, querido, desiste de tentar se explicar pra Fernanda. Inclusive, pode nos deixar a sós, Fê?

— Com certeza – Fernanda sai rindo mas o Juan interrompe ela.

— Ei, não é disso que você está imaginando.

— Querido, fica na sua – rindo horrores – Depois eu te explico, okay? – falo bem baixo para a Fernanda.

— Okay – ela solta um sorriso de “ahazou, viado” – Ótima noite pro casal XXI.

Ela se retira e agora eu sinto a necessidade de por um ponto final nisso tudo. Pode não parecer mas isso tem solução e não vou e nem quero mais adiar. Hora de tomar nossa decisão.

— Pode se vestir, por favor?

— Mas o que faremos não se usa roupas – O jeito malicioso que ele pronunciou aquelas palavras me deu um tesão, mas não foi mais forte que minha vontade de esquecer tudo.

— Chega! Precisamos resolver isso de uma vez por todas. Se vista.

— Sim, vamos resolver de uma forma bacana, gostosa, prazeirosa ... – ele se aproxima de mim, pegando pela minha cintura com sua mão direita e colocando sua mão esquerda em meu pescoço já se aproximando para um beijo.

— Não – não sei como mas consegui, novamente, afastar ele de mim – Precisamos, sim, conversar, e vai ser agora – Pego sua calça que está perto e entrego em suas mãos. Ele veste a cueca box branca que ele estava tampando seu pau e depois veste a calça jeans preta.

— Certo, o que você quer conversar?

Eu me sento na cama, respiro profundamente e sei o que eu quero. Ele continua em pé a minha direita – Você precisa aceitar que não existe, nunca existiu e nem irá existir nós. E pra isso eu preciso deixar tudo isso muito claro para você.

— Claro que sempre existiu e vai existir nós, Rafa – ele se aproxima e me deita na cama, deixando, somente, minhas pernas pro lado de fora da cama. Logo depois ele sobe em cima de mim ficando sentado em mim. Ele se abaixa para tentar me beijar, mas eu o interrompo.

— Não, não, não, Maluma – me levanto e fico sentado, ficando de frente pra ele já que ele está sentado em cima de mim. Eu acho que eu realmente tenho essa decisão em mente. Ou não tenho? Eu quero isso mesmo? Não importa, eu preciso disso – eu não consigo esquecer aquilo que aconteceu aquele dia. Você não tem ideia de como que aquelas suas ações, aquelas suas palavras me machucam todos os dias em que eu penso. Toda aquela situação me persegue.

— Por isso que eu te digo que mudei e quero te fazer esquecer aquilo. Basta você permitir e deixar eu fazer isso.

— Você não mudou. Eu vejo em seu olhar, eu vejo em você aquele Juan Luís ganancioso, egoísta ... – ele me interrompe.

— Brincalhão, amoroso, confidente, atencioso ... O seu Juan Luis.

Suspendo minha visão para poder olhar em seus olhos e o questiono - Meu e de mais quantos?

— Só seu.

— Juan, não adianta. Eu te conheço mais do que eu devia, mais do que eu queria. Eu queria muito não saber nem que você existisse ...

— Por favor, não me machuque novamente. Tudo aquilo que você me disse aquele dia não sai mais de minha cabeça, de meu coração.

— Ah, tá doendo? – parece que o jogo está virando.

— Está.

— Pois saiba que isso não é nem metade do que eu sinto até hoje.

— Mas eu sou capaz, Rafa, de te fazer esquecer tudo aquilo. Se permita esquecer tudo aquilo que eu te ajudarei.

— Existe apenas uma resposta para você me fazer feliz.

— Qual?

— Me deixando partir. Me libertando dessa maldição – até agora ele estava me encarando, mas abaixou a cabeça. Espero que ele entenda – o caso não é eu me permitir esquecer aquilo, o caso é você aprender a me ver feliz sem ti.

— E quem te garante que a gente não possa ser felizes juntos?

— A gente acha que os sentimentos são complicados. Realmente são, mas nem sempre. Eu sinto que não somos capazes de sermos felizes juntos, de compartilhar-mos nossas felicidades, conquistas ... Tudo de bom e ruim. Sabe, na vida a gente sempre acha que será feliz ao lado de certas pessoas, mas é o contrário: a pessoa que a gente ama é capaz de ser feliz sozinha ou com um outro alguém.

Ele me abraça forte e com tanta rapidez – Não, Rafa. Eu não quero te ver feliz sozinho ou com um outro alguém. Eu quero te ver feliz comigo. Eu quero ser feliz contigo. Eu quero que a gente seja feliz.

— Mas isso não será possível, Juan – eu grito com ele.

Ele me solta e encosta a testa dele na minha e sinto que ele está quase chorando – Rafa, por favor, fique comigo. Eu não sou capaz de ser alguém sem ti.

— Mas, e eu? Sou capaz de ser feliz contigo?

— Você precisa experimentar para ver.

— Não preciso, eu tenho certeza de que sim.

Ele se levanta e fica em pé na minha frente e depois me levanta, deixando nós dois cara-a-cara – Olhe nos meus olhos e diz que nunca vai existir a gente.

Não sei como, mas a dúvida está começando a me consumir aos poucos.


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Notas finais do capítulo

Parece que vai dar certo ... Ou não. Só lendo o próximo capítulo rs

Se possível deixe o seu comentário :) Obrigado por ler!



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