Visão: Fidget

Já se passaram 2 dias e o Saito ainda não acordou, ele usou bastante o modo vampírico. A situação dele é bem idiota pra falar a verdade, ele é um vampiro, mas como não é um vampiro completo por causa daquela parte de raposa, o modo vampírico dele gasta ele demais, só que é bem mais forte do que o dos outros vampiros. Mas isso é por outro motivo que eu não vou falar aqui, vou deixar ele mesmo contar. O mesmo vale pro Bankai dele.

E vocês pensando que conseguiriam ver o Bankai dele na luta contra a professora, ele passou a perna direitinho em cada um.

Mas voltando a situação do Saito, ele quase morreu por perda de sangue. Aquele corte que a professora fez foi bem perigoso, tiveram que dar um saco inteiro de sangue pra ele enquanto dormia.

Agora eu estou aqui sentada na cama dele esperando ele acordar, esse abestado já fez tanta coisa por mim que nem dá pra contar. E por causa disso, estou preocupada.

Depois de mais algumas horas lá, uma garota que eu nunca vi na vida entrou no quarto, ela tinha os cabelos azuis escuros, dois laços quase invisíveis amarrando os cabelos dela fazendo dois rabos de cavalo, um fone de ouvido branco, olhos azuis também, um moletom azul escuro, parecido com os cabelos. Mas aquele moletom era grande demais, as mangas chegavam a engolir as mãos dela.

Ela também usava uma saia preta com detalhes azuis, umas meias pretas que vão um pouco pra cima do joelho e umas botas com o salto não muito alto. A bota era preta, só pra não se perder.

Logo em seguida, entrou uma outra garota com os cabelos longos verde água meio claro, olhos roxos avermelhados, uma touca amarelo claro, um cachecol cinza com branco, um moletom vermelho claro listrado com vermelho um pouco mais escuro que o outro, uma saia parecida com o da primeira garota e meias pretas até um pouco pra cima do joelho.

Assim que eu olhei aquelas duas, fiz a pergunta mais comum de todas, só que com cara de wtf:

—quem são vocês?

A de cabelos azuis desviou minha pergunta falando:

—uma Nimbat!

As duas me pegaram ao mesmo tempo e ficaram me apertando, e estava até que bom.

Acho que eu fiquei muito tempo distraída com aquelas garotas até que o autor falou comigo:

—Fidget, você não está esquecendo de nada não?

Eu nem sabia o nome delas...

Eu pulei pra trás pra escapar das mãos macias delas, depois disse:

—ok, ok. Foi bom enquanto durou, mas voltando ao assunto, o nome de vocês é?

A garota de cabelo verde água respondeu:

—eu sou a Run e essa é a Ene, somos amigas de infância do Saito.

Eu não lembro delas, mas se bem que eu só comecei a andar junto do Saito quando ele tinha uns 13 anos.

Eu comecei o quiz para saber se elas realmente eram amigas de infância do Saito:

—qual a cor favorita do Saito?

A Ene respondeu:

—laranja

Eu fiz mais uma pergunta:

—qual a coisa que ele mais gosta de comer?

A Run respondeu:

—ele nunca teve alimento favorito, mas ele adora café.

Próxima pergunta:

—o Saito é melhor em força bruta ou em combate corpo a corpo?

As duas responderam:

—em nenhum dos dois, ele sempre foi mais fraco até que nós duas.

E por fim, a ultima pergunta:

—em uma situação aonde seus amigos estão em perigo, o que o Saito fazia?

As duas ficaram em silencio por um estante, então a Ene disse:

—o Saito nunca abandonou ninguém nessas horas...

A Run continuou:

—ele sempre nos defendia, mesmo sendo mais fraco que a gente. Quando estávamos com problemas, ele era o primeiro a nos ajudar.

Eu sorri olhando pra baixo, depois falei:

—é... ele é desse jeito mesmo, ele nunca foi bom lutando, viveu apanhando de todos os garotos da sala quando era mais novo. Mas quando algum deles me incomodava, o Saito ficava furioso e nunca deixou nada acontecer nada comigo.

A Run ainda falou:

—entendo, você foi a companheira dele durante esse tempo.

O Saito finalmente deu um sinal de vida, mas não sei se aquele foi o sinal mais adequado.

Ele deu um sorriso com a boca aberta, depois subiu alguma coisa embaixo do cobertor dele, mas estava na região da cintura e os braços dele não estavam próximos de lá.

A Ene e a Run ficaram vermelhas assim que viram, já eu dei um chute na bochecha do Saito e falei:

—levanta, você tem visita.

Ele abriu os olhos, viu a situação em que ele se encontrava e falou:

—Fidget, sabia que é um sinal? quando a bandeira está tremulando no mastro logo de manha quer dizer sorte.

Ele olhou pras duas e viu que elas estavam vermelhas, então concluiu a frase:

—ou talvez seja tempestade mesmo.

O Saito faz isso com frequência quando só morava nós dois na antiga casa. Ele ficava com vergonha e tenta acalmar os ânimos fazendo comparações, mas ele estava vermelho como uma pimenta.

(depois de algum tempo)

Visão: Saito

Ficamos só eu e a Ene no quarto, sentados na cama, então eu falei:

—você mudou bastante, só te reconheci pelos cabelos azuis.

Ela nem olhou pra mim, só disse:

—você também mudou, quando eu te abraçava, você me abraçava de volta.

Eu fiquei um pouco envergonhado e perguntei:

—é mesmo?

Ela continuou:

—e aproveitava pra apertar minha bunda.

Eu realmente fazia isso.

Eu olhei pra Ene e falei:

—já fazem 3 anos, que tal colocarmos tudo em dia? eu sou um vampiro, já estou melhor dos meus machucados e cortes.

Ela olhou pra mim, sorriu e respondeu:

—é uma boa ideia, eu e a Run sentimos falta de você todo esse tempo.

Eu e a Ene saímos do quarto e eu dei de cara com a Riuka, caímos no chão e eu acabei apertando a bunda dela sem querer.

Assim que nos ajeitamos, a Riuka falou:

—finalmente está deixando o seu “outro lado” aparecer, Saito?

Eu dei um sorrisinho e respondi de zoeira:

—talvez...

A Ene não estava mais entendendo nada, então perguntou:

—quem é você?

A Riuka respondeu:

—meu nome é Riuka, sou a colega de quarto do Saito.

A Ene olhou feio pra mim, ela parecia estar com ciúmes.

A Fidget e a Run chegaram, então decidi irmos todos nós pra cidade juntos.

Enquanto caminhávamos pela escola, não tinha como perceber os olhares que os garotos estavam direcionando pra mim. Tanto a Riuka, a Ene e a Run chamam muita atenção por serem muito bonitas. A Fidget em si chama muita atenção por ser uma Nimbat. Mas eu ligo? NÃÃÃOOOOO

Era um domingo. Saímos escola, pegamos um trem e fomos até a cidade matar as saudades dos velhos tempos.

Fomos primeiro naquela padaria, assim que eu cheguei com todas aquelas garotas, o Dono perguntou:

—Saito, você está tentando formar um hárem?!

A Fidget respondeu por mim enquanto comia um marshmalow:

—provavelmente.

Todos nós sentamos e ficamos lá um tempo, tendo conversas boas e relembrando os bons velhos tempos.

Um dia depois do tempo ruim... se não fosse apenas uma ilusão.

Eu pego a espada que a professora enfiou no meu peito e a jogo pra longe dizendo:

—você acha que acabou?

Ela nem se moveu, eu cheguei perto dela e falei:

—você me fez perder muito sangue...

Eu coloquei a minha boca bem pertinho do ouvido dela e continuar sussurrando:

—e ver algo que nunca vai acontecer.

Eu mordi o pescoço dela e comecei a sugar o sangue pra não morrer.

Alguns podem dizer que nascer vampiro é bom, vampiros são uma das criaturas mais poderosas do universo. Ficam dizendo que eu tenho sorte, mas na verdade, eu acho que tenho azar. Apenas vampiros sabem como é a sensação de sugar sangue, e apenas eu sei o quão é difícil fazer isso pra mim. Nascer vampiro não é sorte, é uma maldição. Meu nome é Saito, eu tenho 16 anos. É essa mesmo a verdade? Eu já fiz muitas coisas durante minha vida, e acho que ver sangue é uma delas.