Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 26
Trevo


Notas iniciais do capítulo

Depois de sec' e depois de Hope ir a faculdade estou aqui �/ hahahahha
Talvez demore o prox cap? Talvez... Não sei =s A vida é complicada, mas vamos que vamos que logo a fic acaba!
Amo vocês por terem paciência!! s2



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Pedaço de sonho que faz meu querer acordar...
Pra vida

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Com lágrimas banhando o seu rosto, a boca tremula, e segurando o bichinho favorito de Hope nas mãos, Regina se deixou desmoronar no chão seguida por Robin que a abraçou chorando.

— Eu quero a milha filha. – ela juntou todas as forças para gritar o mais alto que podia enquanto o pranto se intensificou.

— Nós vamos achá-la. – ele a abraçou mais desesperado e com medo pela sua pequena.

 

 

Já se passavam três horas sem noticiais de Hope, a chuva não dava trégua nessas intermináveis horas, cada segundo sem sua filha fazia com que Regina desmoronasse cada vez mais.

As câmeras de segurança só captaram uma pessoa vestindo uma roupa preta entrar e sair minutos depois com a criança dormindo nos braços, mas seu rosto não aparecia, depois da varredura feita pelos seguranças sem pista alguma, todos os convidados da festa foram interrogados e ficaram a disposição para qualquer coisa.

Na casa ficaram Mrs Gold, Belle que estava se sentindo bastante culpada por tudo, Cora que chegou acompanhada do marido e investigador Baker, este logo que se inteirou do caso saiu para procurar George, já que todos ali acreditavam que o ex marido de Cora raptou a menina. Cindy e Granny ainda estavam lá, choravam a cada minuto e pediam desculpas para Regina que apenas as olhava com raiva e apertava mais o coelho de pelúcia na mão.

— Por que não leva a Regina para outro lugar da casa? – Gold sussurrou para Robin que encarava o celular – Ela vai pular no pescoço daquelas duas a qualquer momento.

 O loiro sacudiu a cabeça e se aproximou da mulher sentada ao lado da mãe.

— Apple... – se agachou a sua frente. – Vamos dar uma volta.

— Não. – sacudiu a cabeça. – Quero ficar aqui, Baker pode voltar ou...

— Ele vai telefonar. – segurou a mão dela. – Por favor, Regina.

A morena suspirou e acabou indo com noivo, eles estavam caminhando pelo salão onde foi a festa de Belle, tudo ainda estava no lugar, alguns doces nem foram tocados, pararam em frente a uma imensa janela, dali conseguia ver os pingos de chuva caindo violentamente e os raios cortando o céu depois que os trovões estridentes os anunciavam.

— Hope odeia trovões, Robin! – seus lábios tremeram. – Ela chora e me olha com aqueles imensos olhos azuis implorando para que esse barulho vá embora. Eu a abraço e ela para de chorar, seguro a mãozinha dela e digo que tudo vai ficar bem! Agora – soluçou- Minha joaninha está lá fora com um estranho, deve estar com medo e precisando de mim, quem vai dizer ao meu bebê que tudo vai ficar bem? – olhou para o loiro chorando – E se não ficar, Robin? Se eu nunca poder sentir o cheirinho dela, ouvir sua risada, ouvi-la dizendo “mamãe” pela primeira vez?

O loiro a puxou em seus braços colocando o queixo em cima da cabeça dela chorando.

— Você vai ouvi-la, meu amor – beijou os cabelos dela – Vamos trazê-la para casa. Vamos ensina-la a andar, a ler, a cavalgar. Vamos estar nos primeiros campeonatos de futebol, nos primeiros concertos de ballet. – abraçou mais forte. –  Apple, eu sinto muito – o choro veio à tona mais forte e ele escondeu o rosto nos cabelos dela – Sinto muito por não estar lá para protegê-la, por permitir que levassem a nossa filha.

— A culpa não é sua, meu amor. – a morena colocou as mãos em cada lado do rosto dele. – Foi uma pessoa doente que pegou a nossa filha. Você é o melhor pai que Hope poderia ter e ela te ama muito.

— Eu amo vocês duas. – a puxou para o seus braços novamente.

 

xxx

 

Amanheceu e todos ainda estavam lá, Regina estava dormindo encostada em Locksley que tinha o telefone na mão esperando notícias, mas nada ainda. A morena começou a chamar por Hope em seu sonho e a chorar baixo, Robin a abraçou a balançando sussurrando a letra de Livin' on a prayer que a acalmava em pesadelos.

A porta da sala se abriu e Baker entrou apressado fazendo todos se levantarem e acordando Regina em um pulo.

— Achamos o George! – o investigador passou as mãos pelo cabelo.

— Acharam? – Robin foi até ele – E a Hope?

O senhor de cabelos grisalhos balançou a cabeça a baixando logo depois.

— O que aconteceu com a Hope? – a morena gritou – Onde está a minha filha?!.

— Não a encontramos. – olhou para Robin e Regina – Sinto muito, mas nenhuma pista foi encontrada com o George.

— O que? – o loiro esbravejou, sentindo a mão da morena escorregar na sua pedindo forças. – Ele era o nosso principal suspeito. Quero falar com ele imediatamente.

— Não terá como...

— Como assim, querido? – Cora se aproximou do marido. – O que aconteceu?

— Encontramos o carro de George na estrada em direção a cidade vizinha, houve um acidente. – respirou fundo.

— Acidente? – Regina pediu com a voz embargada.

— Sim. O que tudo indica ele estava alcoolizado, com a pista molhada por causa da chuva o carro derrapou e capotou várias vezes. – acariciou a mão de Cora. – Sinto muito, mas George está morto.

— Meu Deus! – a mãe de Regina abraçou o marido.

Um silêncio perturbador se seguiu, Gold abraçava Belle que escondia o rosto em seu peito, enquanto Cindy e Granny sentaram-se arrasadas e rezando.

— Se George está morto. – Mills soluçou – E não há pistas de Hope...

— Voltamos à estaca zero. – falou tristemente.

— Robin... – a morena se virou para o noivo e desmoronou. – Eu não posso perder mais um filho, não vou aguentar mais essa dor.

— Você não vai! Está me ouvindo? – segurou o rosto dela – Nós vamos encontra-la, e quem fez isso irá pagar.

— Tem outra pessoa que vocês desconfiem? – Baker pediu.

— Talvez...- disse Robin a abraçando com força – Talvez... Zelena?

— A Zelena... –  Regina sussurrou  – Como não pensamos nisso? Ela estava estranha.

— Vamos atrás dela. – Baker disse com confiança. – Hope estará em casa em breve.

— Obrigado. – o loiro sacudiu a cabeça.

XXX

 

— Tititi – Neal gritou no colo do pai ao avistar Regina que estava abraçada ao coelho de Hope.

— Neal. – deu um sorriso triste.

— Oh, Re! – Mary foi até ela a abraçando – Viemos assim que soubemos.

— Estou destruída, Mary. – soluçou – Só quero a minha menina sorridente de volta.

— Você a terá de volta. – acariciou as costas da amiga.

— Tititi chorando – o pequeno apontou o dedinho para Regina e fez beicinho para o pai.

— Sinto muito, Regina. – David se sentou do lado delas no sofá e Neal pulou para o colo da morena. – Pode contar conosco, iremos fazer o que está ao nosso alcance.

— Obrigada. – sacudiu a cabeça e encheu Neal de beijos que sorria.

— David... Mary.. – Robin se aproximou levando uma xícara de chá para Regina.

— Hey. – a morena de cabelos curtos abraçou Robin – Terrível nos encontrarmos novamente desse modo.

— Sim – disse triste e cumprimentou David com um abraço – Esse é o Neal? Ele está enorme. – se abaixou entregando o chá para Regina e sorriu para o menino. – Olá.

— Oi.- ele sorriu e levantou os braços para Robin pegá-lo.

— Qual é a sua mágica com os bebês? – Mills revirou os olhos tomando um gole de chá.

— O que posso fazer? – deu de ombros e abraçou o pequeno que retribuiu, seus olhos encheram imediatamente de lágrimas lembrando da primeira vez que Hope imitou o gesto.

 

Semanas Atrás.

— Olha quem acordou! – Robin pegou Hope no colo que gritava sentada no chão do quarto. – Você colocou todos teus brinquedos no chão, hum?

A pequena Locksley enrugou nariz como a mãe dela fazia quando o loiro chamava sua atenção.

— Você é a cópia da sua mãe. – beijou o nariz dela.

Hope apontou o dedinho para porta do quarto – Ba...

— Já vamos ir na mamãe. – começou a fazer cosquinhas na filha que ria. Ele parou lhe dando um beijo na bochecha. – Você é o meu bem mais precioso, filha! Papai promete que irá te proteger de tudo. - Robin a abraçou e para sua surpresa Hope imitou o gesto em sua própria maneira, mas firme. O loiro sorriu e beijou os cabelos da filha. – Você é minha pequena esperança, meu trevo de quatro folhas.

Tempo Atual

— Como ele está indo com tudo isso? – Mary perguntou a Regina enquanto Robin e David conversavam mais afastados.

Regina olhou para Robin antes de responder a amiga – Está tentando parecer forte, mas conheço meu marido!

— E você? – pegou na mão da amiga.

— Estou com medo. Aquele mesmo medo de quando Hope estava na UTI. – olhou para a amiga chorando – Não vou suportar perder mais um filho, Snow. Quando perdi Matthew uma parte minha se foi com ele, e me vi caindo num poço escuro e sem volta. Minha esperança renasceu cada vez que Hope respirava por conta própria naqueles dias intermináveis no hospital. – fungou – A cada minuto sem notícias eu fico mais próxima da escuridão.

Antes de Mary pudesse falar qualquer outra coisa a porta da sala se abriu e Zelena apareceu.

—Zelena – sussurrou Regina com raiva.

— A agua de salsicha? – Mary revirou os olhos.

—Ela mesmo. – A morena viu quando ela se aproximou de Robin, seguida por um homem de óculos, também, ruivo.

Eles falaram algo para Robin que olhou para Regina a chamando com um aceno de cabeça, a mulher levantou e foi em direção a eles. David saiu com Neal para junto da esposa.

— Regina – a ruiva disse aflita – Eu sinto muito. Soube o que aconteceu pelos policiais que foram a minha casa.

— Isso quer dizer que você não sabe onde Hope está? – Regina cruzou os braços a encarando.

— Sinto muito. – respirou fundo e olhou para o homem que a acompanhava – Estive com Archie a noite toda.

— Sim! Fomos ao cinema e jantar. – nervoso mexeu no óculos de graus. – Demos todas as informações a polícia.

A morena passou as mãos pelo rosto frustrada, mais uma vez sem nenhuma pista de sua filha.

— Regina? – Zelena se aproximou com cautela – Podemos conversar?

— Tudo bem – deu de ombros, não era como se ela se importasse com que Zelena tinha a falar.

— Vou falar com os policiais – Robin beijou a testa de Regina e se afastou.

— Te espero lá fora. – Archie disse apertando a mão de Zelena com carinho.

A ruiva respirou fundo e olhou diretamente para Regina. – Sinto muito pelo que causei a vocês dois. Direta ou indiretamente. – mordeu os lábios – Eu não entendia o que vocês dois tinham, não acreditava que alguém pudesse amar tanto uma outra pessoa. E Robin sempre me pareceu tão fascinante.

— Você estava apaixonada pelo meu marido. – cruzou os braços.

— Estava encantada pelo seu marido. – confirmou a ruiva – Mas, isso se terminou. O jeito que ele falava de você, o modo que ele te olhava, como se o mundo dele dependesse somente de você... Eu queria isso, mesmo que fosse de outra pessoa. Só que um dia eu vi vocês três saindo do elevador da empresa, brincando com Hope, e lá estava aquele olhar, mas agora estava direcionado não somente a você, mas também a bebê. – respirou fundo. – Foi quando percebi o que fiz com vocês, me senti tão mal. Fui conhecer Hope aquele dia que você gritou com todos na creche, ela é linda. – segurou nas mãos de Regina. – Espero de coração que vocês a encontrem! Vocês merecem toda a felicidade do mundo! Me desculpe por tudo, Regina!

Mills apertou a mão de Zelena e a olhou nos olhos vendo toda uma sinceridade ali. – Sabe, Zelena! Você já tem o olhar que citou. – a morena olhou em direção a porta onde se encontrava Archie com um guarda-chuva na mão.

— Eu espero que sim! – a ruiva sorriu olhando para o homem de óculos que sorriu de volta.

— Tenho certeza! – deu um sorriso triste e voltou sua atenção para a mulher a sua frente. – Eu te perdoo! – levantou a mão antes que Zelena pudesse falar algo – Só não fique no meu caminho, você realmente não conhece Regina Mills.

— Não ficarei! Eu posso... – pediu timidamente – Te dar um abraço?

Um pouco relutante Regina aceitou.

— Obrigada! – a ruiva se afastou com lágrimas nos olhos depois do abraço – Que Hope volte para você o mais rápido possível e que quem a sequestrou pague muito caro por isso.

— Oh, ele vai! – disse Regina com raiva. – Não tenha dúvidas.

XXX

Regina andava de um lado para outro no jardim da casa do Mrs Gold, a mansão estava cercada por policiais, já passavam do meio dia. Os pais de Robin e Emma já tinham chegado fazia uma hora, e o senhor Henry estava gritando ordens a todos.

— Você precisa comer alguma coisa. – disse Robin ao se aproximar dela.

— Não consigo. – sacudiu a cabeça e parou na frente dele – Amber Alert já foi acionado há horas, Robin e... nada.

— Venha cá. – a puxou para seus braços.

— Vamos pegar o nosso carro e ir procurar. – disse com convicção. – Fiquei muito tempo parada. Precisamos fazer algo, por favor, amor.

— Tudo bem! – sacudiu a cabeça, eles não tinha pista nenhuma, mas era terrível estar ali. – Vamos.

— Vamos! – se afastou e pegou na mão dele indo em direção ao portão principal, antes dele ser aberto o telefone de Robin começou a tocar fazendo os dois pararem – Quem é?

— Número confidencial. – olhou confuso para tela do celular e colocou no viva voz. – Alô?

— Robin? – uma voz de mulher era ouvida do outro lado da linha.

— Quem está falando? – pediu Robin.

— Robin, graças a Deus consegui falar com você! – a mulher disse ríspida- Porque trocou o número sem me avisar?

— Quem está falando? – pediu sem paciência.

— Pare com essa brincadeira, querido! – foi ouvido um barulho estridente de algo metálico caindo no chão – Droga! – a mulher exclamou seguido por um choro de bebê. – Ótimo, você me fez acordá-la. Ela não dormiu a noite toda por conta da chuva e dos trovões, ficou chorando a noite toda. E você não aparecia.

— Espera! – Robin engoliu em seco olhando para Regina que segurava firmemente o coelho de pelúcia e fazia muito esforço para permanecer calada. – Quem está chorando?

— A nossa filha! Quem mais seria? – o choro da criança ficava mais forte e claro, foi quando a realização caiu sobre os dois e a morena teve que se segurar em Locksley, eles conheciam aquele choro.

— Coloque ela na linha. – apertou o celular na mão.

— Ela só tem oito meses, ela não vai conseguir falar. - retrucou

— Quero tentar acalmá-la. Coloque no viva voz – implorou.

Depois de alguns segundos a mulher respondeu – Pronto. Ande logo com isso. E depois venha para casa, precisamos de você.

— Eu vou – se viu dizendo e passou a mão que estava livre pela cintura de Regina a levando para mais perto dele. – Hope?

— Alice – a voz o corrigiu.

— Filha? – disse calmo para criança que ainda chorava em plenos pulmões – Escute o papai. Vou cantar uma música para você. – começou a cantarolar-  We've got each other and that's a lot, for love, we'll give it a shot (Nós temos um ao outro e isso já é muito
Por amor, nós iremos tentar)
— ele sentiu Regina abafar o choro em seu peito e a abraçou mais forte e seguiu cantando. Do outro lado da linha o choro foi ficando mais fraco e só alguns lamentos suaves era escutado, Robin continuou até que ouviu algo que quebrou seu coração.

— Papa – a voz típica de bebê e um soluço foi ouvido.

— Little Apple. – Robin respirou fundo e deu um sorriso a Regina que estava parada olhando para o celular na mão dele. – Hey, papai está ainda para te buscar.

— Você vai nos levar para passear? – a mulher disse animada – Você ouviu Alice? Vamos tomar um banho e espera-lo! Querido, tenho que desligar agora.

— Espere!! – gritou desesperado – Onde vocês estão?

— Em casa. – disse confusa – Vamos te esperar. Tchau.

O celular foi desligado e Robin abraçou fortemente Regina. – Temos que voltar lá e falar com os policiais.

A morena chorava copiosamente agarrada a ele, só conseguia pensar em sua filha, ouvir seu choro e sua voz suave, ela estava bem, estava viva.

 

— Quem é essa mulher, Robin? – se afastou dos braços deles, os dois estavam tremendo.

 

— Nós vamos descobrir, Apple. – segurou as duas mãos dela e as beijou- Vamos! Temos que trazer a nossa filha de volta.

 

Os dois correram até a mansão com as esperanças renovadas, agora eles tinham algo.

— A Hope. – Regina disse sem folego ao chegar a sala cheia de pessoas.

— Vocês têm notícias da minha neta? – Henry chegou perto do casal

— Uma mulher me ligou – Robin começou – Dizendo que eu deveria ir para casa porque nossa filha Alice estava chorando.

 - Alice? - Emma

— É o nome que essa louca deu a ela – Regina respondeu

— Como podem ter certeza que era ela? – Henry cruzou os braços

— Reconhecemos o choro – o loiro explicou – E só tem uma música que a acalma.

Livin' On a Prayer— Mary disse sorrindo – Era assim que Regina a acalmava todas as noites.
— Sim – Mills sorriu para amiga – E foi essa música que Robin cantou e ela disse “Papa”. – começou a chorar – Eu tenho certeza que era minha menina.

— O que mais essa mulher falou? – Baker pediu enquanto chamava o chefe de polícia.

— Que estavam me esperando em casa e desligou logo em seguida. – Robin fechou o punho com raiva.

— Recuperem a chamada! – Henry ordenou aos investigadores. – Pago o que for necessário!

— Não preocupe, Senhor Locksley! Vamos rastreá-la. – Baker e o policial se afastaram e pediram para que Robin fosse com eles.

Emma que estava pensativa no sofá olhou para cunhada que estava sendo abraçada agora por Stella e Cora. – Regina? Você disse que a mulher chamou Hope de Alice?  

— Sim. – sacudiu a cabeça. – Porque?

— Vem comigo. – Emma a puxou pela porta e Regina puxou Mary junto com elas.

— O que foi? – pediu assim que chegaram ao jardim.

— Eu acho que sei quem pode ter sido. – a loira disse convicta.

— Quem? – as amigas pediram em unisom.

— Eu lembro que uma ex de Robin sempre falava que quando eles cassassem teriam uma filha e se chamaria Alice.

— Do que está falando, Jones? – Regina cruzou os braços – Não faz sentido algum.

— Você estava lá. Foi quando nos conhecemos, lembra?

 

Tempos Atrás.

— E então lá estava Robin pendurado na arvore tentando salvar o gato em perigo. – Emma riu – Mamãe estava gritando em desespero.

— É claro. – retrucou Stella com uma xícara de chá nas mãos.- A arvore era muito alta, não sei como ele subiu até lá. E essa daí- apontou para Emma – Queria subir também. Porque onde o irmão ia ela ia atrás. Fiquei de cabelos em pé muitas vezes.

— Mães são sempre exageradas. – a loira revirou os olhos.

— Emma, você é mãe. Deixaria Henry subir em uma arvore daquela altura? – retrucou a mais velha.

— Não! – sacudiu a cabeça séria fazendo as três mulheres na sala rirem. Ela se virou para Regina e disse – Quando você e Robin tiverem filhos tenha certeza que ele será mil vezes pior que a gente. Ele surtava por causa da moto do Killian e eu nem sei porque! Meu irmãozinho tem uma moto também. – deu de ombros.

— Hã... – Regina limpou a garganta – E eu e Robin não queremos ter filhos.

— Robin não quer ter filhos? – a mulher de cabelos castanhos estranhou – Ele sempre quis comigo, falávamos disso desde que tínhamos 10 anos de idade. Alice será o seu nome. É o sonho de Robin e eu duvido que isso tenha mudado, só se... Talvez você seja o problema, não seja boa o suficiente para carregar um herdeiro Locksley.

— Marian! – Stella e Emma gritaram.

Tempos Atuais.

— Marian? – Regina franziu o cenho – Isso não faz sentindo! Não sabemos dela há anos.

— Ela esteve no velório do vovô e ficou muito contente que Robin estava separado de você. E meses atrás ela esteve lá em casa achando que Robin tinha voltado para Londres, quando mamãe disse a ela sobre vocês e Hope... – Emma suspirou – Marian surtou.

— Espera. – Mary olhou de uma para a outra – Vocês estão dizendo que uma ex de Robin pegou Hope para brincar de casinha?

— Só tem um modo de descobrir. – a loira pegou o celular e começou a discar um número.

— Isso é loucura, Emma! – Regina sacudiu a cabeça.

— Alô? Marian? -  a loira colocou o celular no viva voz – Sou Emma! Queria saber como está minha sobrinha?

— Emma? – Marian disse em voz calma – Ela está dormindo, depois que Robin ligou minha pequena Alice se acalmou.

— Certo. – disse Emma vendo Mary indo em direção a mansão para chamar Robin e Baker. – E onde vocês estão?

— Em casa!

— Casa? – franziu o cenho.

— É! A casa que Robin e eu vivemos há anos. – suspirou – Porque?

— Nada não, Marian. Mais tarde nos falamos, tchau. – desligou o celular sem esperar resposta.

— Filha da puta – Regina gritou – Eu não acredito que essa vadia esteve todo esse tempo bem embaixo do nosso nariz. Como ela conseguiu entrar lá?

— Onde? – Robin chegou correndo – Onde Marian está?

— No nosso antigo apartamento! – passou as mãos pelos cabelos- Quando eu colocar as minhas mãos nela.

— Se acalme, Senhora Locksley. – Baker pediu – Temos que traçar um plano. Marian não está em seu juízo perfeito, pode acabar machucando a menina.

— Isso! – o loiro se aproximou de Regina segurando seu rosto entre as mãos – Escute, Apple. Já sabemos onde Hope está, logo estará conosco.

— Vamos buscá-la! – implorou.

— É melhor somente Robin ir. – interviu o investigador.

— Não! – jogou um olhar desafiador para o marido de Cora – Irei junto!

— É melhor ela ir junto! – disse Robin e olhou para Emma – Vá lá dentro e tranquilize os outros.

— Está bem! – sacudiu a cabeça – Me dê notícias.

— Obrigada, Emma! – disse Mills.

Baker chamou os outros policiais para que nada saísse errado. Após alguns minutos intermináveis foi decidido que Robin iria subir ao apartamento e agiria como se fosse casado com Marian, tentaria sair com elas do local e se afastar com a menina e assim eles poderiam prender a mulher. Com isso em mente eles seguiram ao antigo endereço dos Locksley.

— Eu te amo. – sussurrou Regina para o loiro antes dele descer do carro.

— Eu amo você também. – lhe deu um beijo singelo nos lábios – Vou trazer a nossa filha para casa.

Robin desceu do carro com o olhar atendo de Regina sobre ele. Este teve que respirar fundo várias vezes, porque seria capaz de matar Marian com suas próprias mãos. Não podia acreditar em quão burros foram por não terem ido direto para o apartamento, mas fazia dias que não ia aquele lugar.

Abriu a porta da cobertura devagar. – Marian?

A mulher de cabelos escuros apareceu no Hall de entrada, estava com um vestido azul e sorria para Robin.

— Querido! Você chegou! – aproximou dele e lhe deu um selinho que não foi correspondido.

— Onde está Ho... Alice – saiu de perto dela e entrou mais no apartamento.

— No berço – sorriu ternamente e o seguiu pelas escadas.

— Ela está pronta? – andou pelo corredor determinado – Lembra-se que disse que iríamos sair.

— Está sim. – confirmou – Ela só chora muita, Robin. – parou no corredor com ar de preocupada - Talvez ela esteja doente.

— Espero que não.- parou na frente da porta do seu quarto e fechou os olhos rezando para que Hope estivesse bem, colocou a mão na maçaneta e abriu a porta devagar e lá estava sua filha, sentada no berço com feições de choro, seu coração deu um salto e ele correu para a bebê. – Little Apple. – abraçou beijando todo o seu rosto.

— Papa – Hope choramingou.

— Papai está aqui. – chorou em seu cabelo – E nunca vai te deixar. Eu prometo.

— Parece que você não vê ela a meses – revirou os olhos

— Vamos, Marian – lhe deu um olhar gélido passando por ela.

— Não devemos pegar a mala da Alice? – o seguiu.

— Não. – desceu a escada apresado – Tenho uma no carro.

— Tudo bem! – Marian seguia calma, com certeza estava vivendo uma realidade paralela.

A viagem de elevador foi feita em silêncio, Hope estava com o rosto no pescoço do pai e Robin a apertava em seus braços. Marian cantarolava uma música infantil ao lado deles. Ao saírem do elevador o loiro olhou para mulher e se esforçou para sorrir – Eu tenho que ver algo que deixei na garagem, mas você pode ir indo, o carro está estacionado lá fora.

— Ok. – sorriu e levantou os braços – Me dê ela aqui!

— Não – afastou a filha dela – Eu.. quero ficar mais um tempo com ela.

— Está bem. – sacudiu a cabeça e deu uns passos para o jardim enquanto Robin ia na direção oposta.

— Senhorita Marian? – uma voz grave a chamou.

— Sim? – se virou sorrindo – Como posso ajudar?

— A senhorita está presa pelo rapto de Hope Mills- Locksley – começou a algemá-la.

— O que? – tentou se soltar – Não conheço nenhuma Hope. Me solte! – se virou a tempo de ver Robin saindo do prédio e começou a gritar desesperada – Robin! Meu amor! Não deixem que me levem... Robin.

O loiro deu as costas para mulher que gritava querendo a sua filha Alice de volta, Marian foi levada até a viatura aos prantos.

Regina que estava encostada na SUV abraçada ao coelho de Hope, levantou a cabeça e encontrou Robin com a filha no colo caminhando até ela. Sorrindo a morena correu em direção aos dois.

— Joaninha. – riu entre o choro com os braços estendidos – Meu bebê.

Hope olhou em direção a voz e se jogou nos braços da mãe. – Mamã.

A morena abraçou a filha chorando. – É a mamãe. – sacudiu a cabeça olhando cada detalhe de sua pequena.- É a mamãe.

—  Mamã. – a bebê soltou uma gargalhada e encostou a cabeça no peito de Regina.

— Estou aqui! – beijou os cabelos dela e sorriu para Robin que estava chorando assim como ela. – Estamos aqui!

Locksley se aproximou e abraçou a família. – E nunca mais vamos nos separar. – beijou a testa da esposa e as bochechas da filha que sorria.


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Notas finais do capítulo

Sorry pelos erros!!
Continua...
Me contem o que acharam...
Eu sei, eu surtei hahahahahahahahaha desculpa por isso hahaha



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