Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 11
No quiero volver a otro dia en que no esté


Notas iniciais do capítulo

Olá, amorinhos!! Eu tive um congresso essa semana. Pedi para a linda da Tais avisar alguns. Falando nela, vcs já leram a fic dela, certo? Se ainda não... corre lá https://fanfiction.com.br/historia/687926/Coracoes_Feridos
Obrigada pelos comentários e paciência ♥
— A Fic será postadas nos fds. Faculdade voltou e vai ser uma loucura esse semestre =(



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  Por que no sabia cuanto se puede querer
              (Porque não sabia o quanto se pode querer)
                  No quiero volver a otro dia en que no estés
                   (Não quero voltar a outro dia em que você não esteja)
                Solo imaginar lo que dificil es
                       (Só de imaginar o que difícil é)

 

Fechou a porta atrás de si e esperou pacientemente o homem parar de andar de um lado para o outro, quando percebeu que ele não iria parar, Regina se sentou no sofá de dois lugares e cruzou uma mão na outra.

— Eu queria ter conversado com você antes – passou a mão nervosamente pelos cabelos ainda andando pela sala – Na verdade eu esperei que você viesse trabalhar no dia que decidi que iria viajar. Porém, foi um baque saber que estava de férias, nem as minhas ligações atendeu.

— Robin, pelo amor de Deus, você vai abrir um buraco no chão desse jeito. – fixou os olhos no ex marido que ficou parado no lugar – Sente-se aqui e respire.

Ele a olhou desconfiado, achava que Regina gritaria com ele, mas nem mesmo estava fazendo feições de desaprovação.  Se aproximou com cautela, sentando lentamente ao lado dela no sofá marrom. Havia algo diferente em Regina, por mais que tentasse não podia colocar um dedo sobre isso.

— Eu sinto muito. – colocou uma mecha do cabelo para trás e o olhou de lado. – Eu precisava desse tempo.

— Tudo bem. – respirou fundo e jogou a cabeça no estofado fechando os olhos.

A morena agarrou essa oportunidade para examiná-lo mais de perto. Ele estava mais magro, sua pele parecia que não estava vendo sol a dias, o que a fazia lamentar, sempre amou o contraste de suas peles quando estavam fazendo amor. Disse isso a ele uma vez quando estavam de férias em Fernando de Noronha.

Tempos Antes

 - Eu adoro isso. – sussurrou passando as mãos pelos braços de Robin que estavam a segurando fortemente pela cintura.

— Ficar o dia todo na cama? –  sorrindo beijou o ombro nu de sua noiva.

— Isso também. – sorriu – Porém, estou falando de outra coisa.

— Do que?

— Do contraste das nossas peles – se arrepiou ao sentir o riso dele em sua nuca. – Estou falando, sério! Eu não sei como você consegue se bronzear tão facilmente. Você é inglês, a latina aqui sou eu. E mesmo assim, fico parecendo um camarão.

— Na verdade, às vezes, você não parece tão latina assim. – a puxou mais em seus braços.

Com certa dificuldade a morena conseguiu se virar e olhá-lo com ar de indignação.

— Você não disse isso, Lockesley.

— Disse, sim, Mills! – levantou uma sobrancelha.

Com um movimento rápido Regina se sentou nas pernas de Robin, e passou as unhas delicadamente sobre peito do loiro o fazendo estremecer. Jogando os cabelos para lado, sorriu maliciosamente ao se inclinar para frente e roçar seus lábios no dele.

— Não deveria ter dito isso. – mordeu o lábio inferior de Robin, este levou as mãos até as nádegas da mulher as apertando.

— Apple - gemeu ao senti-la mordendo seu queixo e chegando para o pescoço.

— Shi, vai ser bom. – se endireitou e o olhou da forma mais ingênua que conseguiu -  Eu juro!

Robin não conseguia conter o desejo já impregnado em sua pele. Desde o momento que a viu sabia que ela seria sua ruína.  Entrelaçou os dedos no cabelo de Regina e puxou de leve a fazendo gemer.

— Um dia você ainda vai me matar. – se arqueou e grudou sua boca na dela com um beijo cheio de desejo.

Após o beijo Regina soltou uma risada rouca o jogando novamente no travesseiro.

— Bobinho.- passou a língua sobre o peitoral moreno o fazendo apertar suas coxas. – Não quero matá-lo, preciso de você.

Antes que ele conseguisse proferir algo, Regina pegou em suas mãos as levando até seus seios.

— Veja, Robbie – guiava os movimentos das mãos de Robin sob ela. – O contraste, é excitante...

— Regina...

Tempos Atuais

— Regina?

—  Sim, Robbie? – disse em voz rouca.

O loiro a olhou intrigado, fazia alguns minutos que estava a chamando, mas ela parecia estar com o olhar perdido.

— Está tudo bem?

— Sim!- desviou o olhar para o chão  sentindo suas bochechas queimarem. Não acreditava que tinha sido pega recordando a vida sexual dos dois –Na verdade você ainda não me respondeu.

— Certo. – sacudiu a cabeça. – Meu pai me ligou umas três semanas atrás. Deram uns 6 meses de vida para o meu avô.

— Eu sinto muito- pegou na mão de Robin e sentiu uma lágrima descer pelo seu rosto.

— Estou desesperado, Apple. – todas as suas forças se esvaíram ao sentir o contato da pele de Regina contra a sua. – Meu avô está morrendo e eu não posso fazer nada.

— Oh, querido. – chegou mais perto e o abraçou.

Robin soluçava em seu ombro, enquanto ela tentava de todas as formas o acalmar. Não sabia de onde estava tirando tanta força, mas seu peito ficava apertado com todos as lágrimas que homem derramava.

— Desculpe – ele se afastou e limpou o rosto.

— Tudo bem, Robbie- pegou em sua mão – Eu estou realmente muito triste com tudo isso. Seu avô sempre me tratou com uma neta e eu o amo.

O loiro apertou a mão de Regina e deu um sorriso fraco.

— Você está me chamando de Robbie desde que chegamos aqui.

Regina mordeu os lábios e ergueu uma sobrancelha ao sorrir.

— Bem, Robin- enfatizou – Essa sua viagem... Durará quanto tempo?

— Ainda não sei. – deu de ombros – Até quando meu pai precisar de mim.

— Certo – sacudiu a cabeça – Você pretende voltar?

Ela precisava saber, ele tinha que voltar. Seu coração estava gritando para que ele respondesse que iria voltar. Talvez, se contasse que está esperando um bebê de Robin, ele não pensaria duas vezes. Porém, não podia fazer isso, o avô de Robin estava em um leito e sua família precisava dele.

“Você e esse bebê também são a família dele, Regina” – seus pensamentos retumbavam tão alto em sua mente que ela tinha medo que ele pudesse escutá-los.

Foi tirada de seus devaneios quando Robin apertou mais a sua mão, olhou para o loiro e franziu o cenho. O que ele tinha falado mesmo?

— O que foi, milady? Parece tão distraída.

— Desculpe. Você estava dizendo?

— Eu não tenho mais nada aqui. – sussurrou.

Esse comentário atingiu como uma flecha o seu coração e o ar de repente se fez em falta.

— Eu estou aqui – se viu sussurrando de volta com lágrimas nos olhos. – Você não pode me abandonar...

“Como todos os outros fizeram”- completou em pensamento.

— Meu amor...

Regina se levantou do sofá, se aproximou da grande janela de seu escritório. Podia observar todo o grande movimento lá embaixo. Os carros passando constantemente, os pedestres sempre apressados com seus aparelhos celulares nas mãos, muito ocupados para ver que um casal de passarinhos fez um ninho na árvore solitária que se encontrava na calçada em frente a empresa. Não poderia condenar os que não viram, ela mesma percebeu apenas alguns minutos atrás enquanto estava criando coragem de entrar no local de trabalho. Esse trabalho que a fez perder seu filho e consequentemente... Robin...

Deveria estar acostumada com todos indo embora de sua vida, primeiro foi seu pai, depois sua mãe. Conseguiu até mesmo afastar Daniel, era isso que Regina fazia, empurrava todos para fora de sua vida. Ela lutaria por Robin! Com esses pensamentos em mente se virou para o ex marido, o encontrando a centímetros de seu rosto.

— Robin, eu preciso que você volte...

— Regina, eu quero voltar...

Os dois começaram em um folego só, as vozes se mesclando a cada palavra expressada.

— Sei que eu quis o divórcio. Estava machucada com tudo, mas eu quero....

— Fui um covarde, eu não deveria ter aceitado tudo isso da separação...

— Robin?- segurou o queixo do homem o fazendo parar de falar. – Você precisa voltar... por mim.

As mãos do loiro foram para cintura de Regina, suas lágrimas borravam a imagem da morena a sua frente. Precisava tocá-la, saber que aquilo era real.

— Você está dizendo que podemos voltar?

Regina sorriu em meio as lágrimas e tentou limpar as que caiam sobre as bochechas dele.

— Podemos conversar quando você voltar. – o abraçou escondendo o rosto em seus pescoço e cheirando o perfume inebriante do homem.

— O que mais quero é tê-la em minha vida novamente. – colou os lábios na testa da mulher enquanto abraçava fortemente.

— Eu senti saudades- sussurrou beijando levemente a pele perto da orelha de Robin.

Soltando uma risada que há muito tempo ela não ouvia, ele se afastou e colocou uma mão no rosto de Regina.

— Senti a sua falta cada segundo que passei longe de você. – roçou seu nariz no dela a fazendo fechar os olhos. –  Tua ausência era sentida a cada noite. As tornando um grande martírio.

— As minhas noites e minhas manhãs foram terríveis – conduziu sua mão sobre a dele e suspirou – Sabe o quanto odeio acordar sem você.

— Prometo voltar, Regina. – colocou a mão sobre seu peito como se fizesse um juramento – E acordar com você por mais 10, 20, 30, 40, 50 anos.

— Segure esse pensamento até regressar de Londres. – gargalhou e lhe roubou um selinho.

— Ah!! Eu vou. – sorrindo reivindicou os lábios que tanto sentia saudades.

Sem se opor Regina entreabriu a boca deixando que Robin aprofundasse o beijo. Colou seu corpo no dele, deslizando uma das mãos nas costas do loiro.

Esse beijo tinha gosto de saudades, perdão, redenção e o mais importante de esperança...

Um sopro de esperança depois de toda a tempestade do último ano. Era diferente do beijo que trocaram um mês atrás, aquele continha mais desejo e uma pitada de magoa. Entretanto, o amor estava presente em cada toque daquele dia.

Os dois se sentaram no sofá no qual estavam tempos atrás. Os beijos que se seguiram ali foram mais lentos e apaixonados, queriam aproveitar cada minuto restante antes de Robin ter que ir para Londres.

— O que te fez mudar de ideia? – o azul se mesclou ao castanho.

— Maktub – sussurrou – Não tem como mudar o que já está escrito, certo?

— Certo – lhe deu um selinho – Mas...

— Shiii – o calou com um beijo demorado – Quando você voltar conversaremos.

— Tão misteriosa- rolou os olhos e riu.

Ela gargalhou passando a mão pelo rosto do homem, sentindo a barba por fazer.  – Só volte, Robbie!

— Eu voltarei – apanhou a mão de Regina e levou a altura de seu coração. – Obrigado por essa segunda chance.

— Não- sacudiu a cabeça em negação – Obrigada você por essa segunda chance.

— Eu amo você, Apple.- roubou vários beijos demorados a fazendo sorrir.

— Amo você. – espalhou pequenos beijos pelo rosto do homem que amava.

Apesar de querer ficar para sempre em seus braços, seu horário de voo estava perto e precisava ir até o aeroporto.

— Você irá comigo? – sussurrou entre os cabelos da morena.

— Não, baby. – mordeu os lábios.

Tinha medo de sua reação ao vê-lo partir, iria fazer tudo tão real e ela precisava cuidar de si e do pequeno ser em seu ventre.

— Tem certeza? – a olhou com olhos pidões

— Não me olhe assim – deu um tapa de leve em seu braço o fazendo rir – Eu te dou tchau aqui.

— Queria não precisar ir. – acariciou os lábios da mulher.

— Eu sei. – o beijou transmitindo todo o amor que sentia por ele.

Depois de vários minutos se despedindo, não querendo que o momento acabasse. Robin se deu por vencido e foi para o aeroporto deixando uma Regina sorridente para trás.

— Vai dar tudo certo – acariciou a barriga – Eu devia ter contado, não devia?

Meia hora se passou e a sua voz persistia em atormentá-la em seus pensamentos, repetindo mil vezes que deveria ter contato tudo ao Robin. Tinha o direito de saber que sua mulher está grávida. Sem dar um segundo para que o medo a preenchesse, pegou a chave do carro e correu para porta de seu escritório, abriu e não se importou com os olhares voltados a ela enquanto se dirigia para o elevador. Regina conduziu até o aeroporto, estacionou o carro em qualquer lugar e saiu dele.

— Moça. – o segurança gritou – Não pode deixar o carro aqui na entrada.

Ignorando os gritos dele Regina seguiu até o painel de voos para saber onde era o terminal de Londres. Ao achar saiu correndo, esbarrando nas pessoas e pedindo desculpas. Ria consigo mesma o quão clichê era tudo aquilo, parecia um filme de comédia romântica boba. Dessas que passam as tardes de domingo.

— Robin... – sorriu ao vê-lo, mas logo o sorriso se desfez ao ver quem estava ao lado  do homem– Zelena?


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Notas finais do capítulo

Desculpe os erros!!! E aí o que a Zelena está fazendo lá?



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