Isabelle desceu as escadas e foi ao encontro da mãe de Will, que estava na cozinha, muito provável que estava fazendo o jantar.

—Marise, posso usar o telefone um pouco?

—Claro querida- disse Marise cortando alguns legumes- Will esta no quarto?

—Sim senhora- disse Isabelle com um sorriso amarelo no rosto.

Saiu da cozinha e foi para a sala ligar para o padrinho. Pegou o telefone e sentou em uma poltrona e discou os números.

—Alo? Padrinho, o senhor poderia vir ate a casa do Will? Estou precisando da sua ajuda.

A companhia tocou e Marise foi atender, ao olhar para porta, Isabelle viu seu padrinho entrar. Estava com a sua aparência de cansado, mais que o normal.

— Oi Isabelle, o que é de tão grande importância?

—Will padrinho. Ele quer fugir de casa.

—Ele não pode, não agora- disse Lupin com sua voz cansada e com um pouco de preocupação no tom.

—Por que não agora? O que esta acontecendo?- perguntou Isabelle com curiosidade.

—Sirius Black- respondeu Lupin indo se sentar no sofá.

—Quem é esse padrinho?-perguntou novamente Isabelle.

—Ele é um assassino louco e perigoso que fugiu de Azkaban. Foi o primeiro a fazer esse feito, ninguém nunca fugiu de Azkaban. Ele matou 13 trouxas. Black foi um grande partidário de Voce-Sabe-Quem. O Ministério já estava providenciando um Auror para fazer a guarda da casa e proteger o Will. Dumbledore quer que William vá para Hogwarts.

— Ele vai? Digo para Hogwarts? -perguntou Isabelle.

—Creio que sim, Hogwarts é o lugar mais seguro que existe no mundo bruxo. - disse lupin se levantando- Mas cadê Will?

— Sobre isso... - começou a dizer, só que Lupin a atrapalhou.

—Isabelle o que você fez?-Perguntou Lupin com um tom de reprovação.

—O tranquei no quarto- falou Isabelle olhando para cara do padrinho e logo depois disse- Foi por uma boa causa, ele teria fugido se não fizesse isso!

—Isso continua errado!- disse Lupin com uma voz severa. Foi em direção a Isabelle para pegar a chave da mão dela. No primeiro instante Isabelle pensou em hesitar, mas não fez isso, entregou ao seu padrinho sem problemas.- Vamos tira ele daquele quarto antes que ela faça alguma besteira.

Os dois subiram para o quarto do Will, antes de abrir perceberam que estava tudo muito silencioso. O motivo de tanto silencio era que ele havia fugido.

—Mas como?- perguntou Isabelle indignada- ele morre de medo de altura!

—Parece que ele acaba de superar esse medo- disse Lupin olhando pela janela, a janela não era tão alta assim ao ponto de Will se machucar ou coisa do tipo.

— E agora?-perguntou olhando fixamente para o padrinho- O que vamos fazer?

— Eu irei para o ministério- falou Lupin indo em direção a porta - Você explicará tudo isso a Marise, ela vai compreender.

— Como assim...?- não houve resposta, Lupin já havia aparatado. Só estava ela no quarto, sozinha.

Will ainda não conseguia acreditar que havia pulado a janela do seu quarto. Não foi a primeira vez, quando criança ele caiu da janela e quebrou uma perna, que em uma semana já havia voltado ao normal.  Não entendeu como havia quebrado a perna, já que a janela nem era tão alta. Por esse motivo ele tem  medo de altura.

Caminhava pelas ruas escuras, ele não estava fugindo, só precisava de um ar fresco, só precisa que nesse momento estivesse sozinho. Encontrou um banco, aonde ele se sentou por alguns minutos, depois disso voltou a fazer o seu trajeto. Começou a pensar no que Isabelle havia lhe dito, será que fugir resolveria tudo? Seria que e melhor opção? No meio desses pensamentos percebeu que um cachorro grande, preto e com olhos enormes e brilhantes estava lhe seguindo, então resolveu parar, sentou na calçada e o animal sentou ao seu lado.

Will sempre quis ter um cachorro, ele amava, mas sua mãe nunca deixou ter. Começou a alisar o cachorro que parecia esta gostando muito. Os dois ficaram ali sentados no chão por um longo tempo, ate que Will viu que estava muito tarde e resolveu voltar para casa, pensou em Isabelle que deve estar muito preocupada com ele.

Mas havia um problema, Will não conseguiu lembrar-se do caminho de volta para a sua casa, foi ai que percebeu que o cachorro lhe olhava com aqueles enormes olhos e parecia que estava lhe pedindo algo. O animal começou a andar e Will como não tinha outra escolha seguiu ele por algum tempo, ate percebe que estava chegando a frente a sua casa. Abaixou-se ate o cachorro e alisou a sua cabeça em forma de agradecimento, mesmo estando surpreso.

Quando entrou em casa, viu que sua mãe e Isabelle estavam conversando sobre ele, pois quando perceberam a sua presença param bruscamente de falar e a sua amiga correu para abraçá-lo fortemente quase deixando sem ar. Depois foi a vez da sua mãe. Por fim Lupin chegou com a sua expressão que parecia estar aliviado por ver ele ale são e salvo.

—Will, temos que conversar- falou Lupin olhando para Will.

—Sobre o que?- perguntou Will encarando Lupin- Se for para falar que eu não devo fugir ou algo do tipo, pode ir parando por ai, eu não vou mais...

—Não é sobre isso -disse Lupin atrapalhando Will- é sobre o fato de você ser um bruxo e ter um irmão gêmeo.