Nada pra mim escrita por ReMione


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Os direitos autorais (personagens e mundo HP) pertencem à diva Tia JK.



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Rose

Passei o resto do dia fazendo compras com Scorpius. Nunca poderia pensar que ele fosse tão divertido.

Compramos todos os presentes de Natal para minha família em uma só tarde. Ele me ajudou a escolher quase tudo, e nunca reclamava de carregar mais uma sacola.

Os dias se passaram sem maiores emoções.

Acordava todo dia cedo e ele já me esperava na Sala Comum para nosso café.

Praticamente não frequentávamos o Salão Nobre para as refeições, e eu, surpreendentemente, parei de comentar sobre o assunto.

A comida de Shelby realmente era bem melhor que a da cozinha da escola. Eu tive que começar a conter os excessos, afinal iria ficar passeando de roupa de banho na praia dali a menos de uma semana.

Ele passava as manhãs comigo na biblioteca. Eu apresentava para ele meus livros favoritos e ele me mostrava os dele. Ele conhecia algumas belas raridades naquelas estantes que eu nunca seria capaz de descobrir sozinha.

À tarde nós saíamos para correr nos jardins do colégio. Sim, euzinha, Rose Jean Granger-Wealey, passei a praticar corrida.

Tudo começou num jantar em que eu me recusei a comer sobremesa reclamando das calorias a mais que eu estava ingerindo por causa das nossas refeições na Sala de Reuniões.

Ele me fez prometer que eu iria sair com ele para treinar, no chão obviamente. Íamos ao campo de quadribol e eu fazia um abdominal a cada 10 flexões de braço dele.

Depois dos exercícios do dia, saíamos para correr pelos jardins do colégio para aproveitar o espaço deserto naqueles dias de neve.

Voltávamos para o castelo ensopados de suor e íamos cada um para seu quarto tomar um banho.

Nos encontrávamos para jantar sempre às oito da noite.

Nossos jantares corriam bem, sem muita bebida alcoólica. Eu tinha medo de termos um "incidente" como o da primeira noite, mas nada mais aconteceu.

Ele sempre vinha com uma gracinha ou outra, mas eu negava sem nem pestanejar.

No fim, acho que isso tinha virado uma espécie de ritual: ele fazia algum comentário maldoso sobre algum atributo físico meu e eu falava que ele podia continuar só sonhando.

Os dias se passaram sem nenhum sinal de Igor. Era véspera de Natal, e nós dois tínhamos combinado de nos encontrarmos na Sala Comum para jantarmos no Salão Nobre.

Encontrei Scorpius com roupas sociais me aguardando para sair.

— Ei, preciso de uma opinião sua.

— Sim, você está linda de verde. Nem pensa em trocar de roupa. Até porque não vou esperar mais meia hora.

— Não, não é isso. É que...

— Fala, Rose.

— Não enviei ainda o presente do Igor...

— Ainda sem notícias dele?

— É. Faz um mês já.

— Bom, Rose. Acho que já dá para te considerarmos solteira, não? Nenhum cara some por um mês e depois volta. Nem morando na Bulgária.

— Hmm... - Respondi, sem muito ânimo.

— Ei, põe um sorriso nessa cara. Você vai poder rodar por Ibiza livre e desimpedida. Quer presente de Natal melhor do que esse?

— É, tem razão. - Eu disse, com a voz mais animada.

Descemos para o Salão Nobre enfeitado para o banquete. Fui abraçar os professores para desejar boas festas, sem dar muita trela para o loiro me chamando de nerd.

O banquete estava maravilhoso. Mas ainda preferia os nossos jantares privados...

Voltamos para a Casa dos Monitores pouco antes da meia noite.

— Boa noite, Scorpius. Feliz Natal! - Disse, demorando mais do que deveria no meu abraço.

— Não vai esperar seu presente?

— Não marcamos de nos encontrar aqui na árvore da Sala amanhã cedo? - Perguntei, sem entender.

— E você acha mesmo que eu ia esperar para te entregar meu presente junto com os meros mortais? - Revirei os olhos. - Fica aqui que eu já volto.

— Mas vou buscar o seu também!

— Okay.

Minutos depois, trocávamos embrulhos de presente.

Pelo tamanho, eu já sabia do que se tratava.

— Sapatos! Esperava mais criatividade, loiro.

— Você me deu um livro!

— Termina de abrir antes de reclamar.

— Termina o seu então.

Meu queixo caiu quando acabei de desempacotar o embrulho e abri a caixa. Era uma edição limitada, do meu designer de sapatos favorito.

— Uau! Não acredito! Como você conseguiu isso? - Perguntei, tirando meus sapatos pretos e calçando a pequena jóia.

— Não antes de você me revelar como conseguiu a primeira edição de Quadribol através dos Séculos!

— Para quem reclamou de um livro, você está bem animado.

— Não é só um livro, sua tonta. É Quadribol através dos Séculos! - Ele estava sentado examinando a edição de raridade que eu comprei de um colecionador amigo da minha mãe.

— Eu sei. Mas não vou te revelar minhas fontes.

— Okay. Então também não revelo as minhas. - Ele terminou a frase, tirando os olhos do livro e olhando para o sapato em meus pés. - Uau!

— Tem certeza que não posso levar essas belezinhas na viagem?

— Certeza absoluta, Rose. Você não vai levar um salto de cristal para passear na praia. Nem pensar!

— Okay, seu chato.

— Obrigado pelo livro, ruiva. Adorei. De verdade. - Ele falou, com um genuíno sorriso na cara.

— Obrigada por essas belezinhas. - Respondi, tirando os sapatos e colocando de volta na caixa. - São lindos.

— Ficaram lindos nos seus pés.

— Obrigada, Scorpius. Feliz Natal!

— Feliz Natal, Rose.

Andei calmamente até meu quarto.

Já de pijama, ainda não conseguia tirar um sorriso do rosto.

Pensei no que Scorpius tinha dito mais cedo sobre Igor. A verdade é que eu não tinha ficado tão chateada como imaginei que fosse ficar.

Dormi rapidamente, mesmo ansiosa com os dias seguintes.


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