Nada pra mim escrita por ReMione


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Os direitos autorais (personagens e mundo HP) pertencem à diva Tia JK.



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Scorpius

Eu não costumava sair negando belas garotas que se jogavam em cima de mim. E, mesmo assim, era o que eu tinha acabado de fazer.

Já fora da Sala dos Monitores, eu corri para o banheiro masculino. Precisava de uma mãozinha para acalmar minha animação. E imagens não me faltavam... Merlin, como aquela ruiva era gostosa!

Provavelmente não teria feito o que fiz na Sala se eu estivesse em plenas faculdades mentais. E não me refiro só ao álcool. Aquela atmosfera, aquela garota intrigante, aquelas coxas à mostra, aquelas coxas ao meu toque enquanto estava limpando o vestido dela... Foi tudo demais. E minha razão foi passear bem longe.

Sim, eu me aproximei e beijei Rose. E, como se isso não fosse atípico o suficiente, ela correspondeu ao meu beijo. E me beijou de novo.

Minhas pernas se amoleceram e ela me empurrou para o sofá. Eu deitei puxando-a comigo. Beijei-a de volta, enquanto ela passava uma mão por meus cabelos e passeava com a outra por minhas costas, primeiro por cima e depois por baixo da minha camisa.

Minhas mãos continuariam subindo por aquelas coxas, não fosse a leve dor que eu senti quando ela esfregou a mão sobre os arranhões que Jess tinha feito na noite passada.

Congelei por um instante, e me questionei se realmente devia estar fazendo aquilo. Coloquei as mãos sob os ombros dela e a afastei um pouco. Ela me encarou com um olhar feroz e começou a abrir os primeiros botões da minha camisa.

Eu não podia deixá-la continuar, por mais que meu corpo dissesse outra coisa. E, ali no banheiro, no meu pensamento, finalizei a cena do "E se eu quiser?" de um modo bem diferente.

Com a cabeça de baixo mais calma, me encostei à parede de pedra gelada do banheiro e os pensamentos lógicos vieram à tona.

E se ela pensasse que eu broxei? A garota - gostosa pra caramba - estava lá, literalmente se jogando em cima de mim, e eu resolvi bancar o cavalheiro.

Mas eu sabia muito bem que, por trás dos nossos hormônios adolescentes, da nossa embriaguez e de todo resto daquela atmosfera favorável, a situação era bem outra.

Até aquele dia pela manhã ela mal me conhecia, sequer usava meu primeiro nome. Na hora do jantar eu não deti seus excessos alcoólicos como tinha feito mais cedo no almoço. Pelo contrário, eu me excedi um pouco também. Preferi pensar que ela estava bem mais alterada do que eu, embora não tivesse lá muita certeza.

Quando a mão dela passou pelos arranhões nas minhas costas, eu fui capaz de me lembrar que ela sabia sobre eu e Jess. E de lembrar de que Rose tinha um compromisso qualquer com o tal búlgaro.

A pouca razão que me restava conseguiu me tirar dali a tempo. Eu sabia que Rose me acusaria de tirar vantagem da situação.

Mesmo tendo certeza de que a vontade ali era mútua no momento, eu resolvi que não ia ficar. Falei alguma frase-pronta e saí.

Agora lá estava eu: lavando as mãos e o rosto com água gelada no banheiro masculino depois de ser obrigado a aliviar minha tensão sozinho. Fantástico!

Fui direto para meu quarto, sem me preocupar muito em olhar para trás ou a tentação iria me vencer.

Caí na cama com aquela roupa mesmo, e preguei os olhos sem saber se tinha feito a coisa certa ao afastar Rose.

...

Acordei com os raios de Sol brilhando demais para minha cabeça de ressaca.

Queria poder dizer que estava sonhando com o que aconteceu na noite anterior, mas percebi que estava vestindo a mesma roupa do jantar. Com a camisa aberta em três botões, os mesmos que Rose tinha aberto.

Estava ansioso para explicar as coisas para ela. 'E desde quando você se preocupa tanto com a opinião dela?'

Realmente ela não costumava me abalar com seus olhares de indiferença. Cinco anos e ela nem saberia quem eu era se não fossem as minhas notas empatadas com as dela e meu recente status de monitor.

Ela era o tipo de garota princesinha. E garotas-princesinha não saem com caras cafajestes, essa era a verdade.

E eu era exatamente isso aos olhos dela: nada mais do que um galanteador qualquer.

Lembrei da observação que ela fez sobre Jess noite passada. Sim, uma garota não frisa que vocês estão juntos há dois meses sem querer. Não quis admitir para Rose, mas já estava me cansando da Jess.

Ela tinha sido muito bacana com a história da minha avó. E eu me sentia melhor por ter alguém perto de mim. Ela tinha se tornado uma amiga depois de tudo. Com muitos benefícios, mas ainda somente uma amiga.

Acho que ela tinha sacado meu desinteresse e falou dos benditos dois meses ( pra que diabos ficar contando ?! ). Eu dei de ombros e comecei mais uma sessão de amassos. Nem esses eram lá tão bons mais, mas eu não podia perder a noite. Coisas que só o orgulho masculino entende.

Quando me despedi de Jess, ela fez uma cara decepcionada. Eu não disse que escreveria, nem nada do tipo. Ela também não tocou no assunto e apenas acenou ao meu "boa viagem!".

Só que eu gostava de Jess o suficiente para ter um término decente com ela. Eu achava que podia esperar até depois do feriado, mas não tinha como adivinhar que iria achar outra garota justamente durante o Natal naquele castelo deprimente.

Foi quando uma coruja quase dourada entrou pela janela. Era Tuki, a coruja de Jess. Acariciei a ave e dessamarrei o pergaminho de sua pata.

A coruja foi embora, indicando que era uma carta que não exigia resposta.

Abri o pergaminho.

"Scorpius,

Esses últimos dois meses foram incríveis. Mesmo com toda a barra que você passou, me mostrou ser um garoto legal e de certo modo apaixonante.

Sei que você não está muito bem nessa de paixão como eu. Sei que no seu caso não é muito mais do que gratidão.

Anteontem fiz questão de checar sobre o que eu já sabia: que você não está tão a fim de mim mesmo. (Não custava nada tentar!)

Acho que nós dois já sabemos que não vai dar mais. Eu estou começando a me machucar e não quero isso.

Queria que nosso último encontro fosse ótimo. Vamos encarar noite passada como ponto final?

Um abraço,

Jessica"

Eu estava levando um pé na bunda via carta? Essa era nova até para mim! Era eu quem costumava terminar as coisas, ou que sumia de vez sem nem avisar.

Só a Sophie tinha terminado comigo antes (das duas vezes, por sinal), mas ela pelo menos teve a coragem de falar na minha cara.

Será que a Jess tinha se engraçado com outro cara no Expresso de Hogwarts? E desde quando eu tinha ciúme dela?!

Mas eu já conhecia aquele sentimento. Já tinha passado por isso algumas outras vezes. Era orgulho ferido.

E assim eu compreendi o que aconteceu na noite anterior: não foi pela Jess ou pelo idiota do Krum. Foi por medo de ter meu orgulho ferido pela Rose.

Se Rose me rejeitasse depois de ficar sóbria e descobrir ter transado comigo... Ela iria me detestar e talvez me ignorar por todo o sempre e a verdade é que eu não estava pronto para lidar com aquele tipo de sentimento.

Por fim, o destino acabou fazendo uma pegadinha e me colocou rejeitado de qualquer forma.

Abri a gaveta do meu criado-mudo e peguei um frasco de poção para ressaca. Engoli o conteúdo de uma vez e fui tomar um banho.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente?
Estão gostando?
Achei que o Scorpius está se dando bem demais. Vamos ver se um pezinho na bunda deixa ele menos convencido, né?
Letícia, super obrigada pelas reviews.
Beijos!



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