La collisione. escrita por Just Shadows


Capítulo 1
Fine della linea.


Notas iniciais do capítulo

Bom esta estória foi escrita devido a um desafio, onde de tempos em tempo estaremos incumbidos de escrever sobre determinado casal, e o deste mês é: GaLe (Gajeel Redfoxl " Gazille Reitfox" e Levy Mcgarden "Levi MacGarden"), desafio lançado é desafio aceito e cumprido :D

Espero que gostem do resultado.

Créditos do desafio :D, participem lá no Face (y):
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Eu não sabia ao certo como aquilo começou, apenas sentia a necessidade de seus toques, sua respiração em contato com minha pele, seu suor se unindo ao meu, e sua voz rouca dizendo-me coisas obscenas ao ouvido. Aquilo era algo viciante e ao mesmo tempo desesperador, o que eu era para você? Uma diversão? Uma boneca sexual? Uma prostituta? Mais uma em sua cama? Aquelas perguntas sem reposta sempre me rodeavam, eu muitas vezes as engolia por medo da resposta ser aquela a qual eu já desconfiava de ser a verdadeira, que eu não era nada em sua vida, porem eu precisava de seu amor, mesmo que seu afeto, se é que posso chamar assim, era minha fonte de vida.

—É melhor você ir.

Oh sim sempre aquela maldita frase, a qual você tentava em muitos casos não ser rude, porem sinto informar que não estava funcionando, sempre me sentia algo emprestado, um brinquedo ao qual você cansou de brincar e deixou jogado no canto ate que mostre algum interesse.

Recolhi minhas poucas roupas as vestindo, há tempos eu não mais me importava com minha nudez em sua frente, na verdade sentia-me deveras confortável, tal como se estivesse devidamente vestida.

—Vejo-te amanha.

Disse enquanto virava as costas pra mim, provavelmente para voltar a dormir e descansar para o dia que viria daqui a algumas horas.

—Certo...

Minha voz não pode emitir nenhuma outra palavra a não ser uma mera concordância com aquela ideia e vida miserável que eu estava sendo submetida, antes de sair encarei-me no espelho do armário, perguntando-me o que tinha de errado? Se eu não podia encontrar algo melhor e deixar de ter que correr todas as noites para o banheiro e permitir-me chorar debaixo da água morna do chuveiro.

Já era tarde, estavas atrasado, normalmente pegava-me na esquina de minha faculdade e levava-me para sua casa onde se satisfaria e logo me mandaria embora, para enfim esse ciclo vicioso recomeçar.

—Está ficando tarde.

Encarei os poucos alunos que ainda saiam pelo portão da escola e iam se distanciando, indo para suas casas, estudarem, descansarem, ou apenas se arrumarem para alguma festa entre amigos, coisa essa que há tempos não sabia o que era.

—Devia estar fazendo a mesma coisa.

Amaldiçoei-me por ser tão ingênua e cabeça dura para espera-lo por horas a fim, até que o Sol despontasse dando lugar a sua amante a Lua que naquela noite estava bela, alheia a meu sentimento de inferioridade e tristeza.

—Esta ficando frio.

Estava apenas com meu uniforme ao qual era constituído de uma saia curta e uma blusa social deveras fina.

—Ainda aqui?

Assusto-me com a voz que mostrasse atrás de mim, viro-me em prontidão, podendo encarar os olhos por mim já tão conhecidos.

—Você demorou...

Não conseguia ficar nervosa com ele, por quê? Porque era tão difícil mostrar um pingo de dignidade?

—Não viria, liguei em sua casa, porem ninguém atendeu, esperei para ligar novamente porem mais uma vez ninguém atendeu, passada as horas supus que estaria aqui ainda.

Encarei de forma pasma sua face despreocupada, como se deixar-me esperando por horas fosse algo sem importância a qual eu sabia que era.

—Vamos.

Estendeu sua mão para então puxar-me até seu carro, de inicio tentei resistir recebendo um olhar interrogativo de sua parte.

—Vamos logo.

Suspirei pesadamente deixando-me ser arrastada para seu carro e foi ali mesmo onde foi consumada sua vontade animalesca por sexo, ao qual eu tentava me convencer que era amor.

—Devíamos fazer desta maneira mais vezes.

Disse enquanto limpava o suor de sua testa e acendia um cigarro logo impregnando o ambiente que estava fechado com aquela fumaça branca me deixando sufocada.

—Devíamos parar com isso.

Notei seu olhar descer pelo meu corpo que ainda permanecia sobre o seu de forma desajeitada, ainda mais pelo seu carro ser esportivo e não ter muito espaço interno.

—O que?

Sua voz saiu arrastada e borrifando aquela maldita fumaça em minha cara me fazendo ficar tonta no mesmo momento.

—Já chega.

Ergui minhas vistas encarando seus olhos que estavam se estreitando a cada momento, talvez tentando entender o que de fato eu queria dizer com isso.

—Esta louca?

Engoli em seco tragando mais daquela fumaça para meus pulmões, me fazendo engasgar.

—Não...Eu mereço algo melhor que isso.

Você deu um suspiro para logo afagar meus cabelos, de inicio me assustei, pensei que iria pedir para eu desistir daquela ideia e que iria mudar, ou ate mesmo dizer que sentia algo por mim, porem logo pude ver em seus olhos que nada daquilo aconteceria.

—Quem mais ia querer um ser gasto? Você esta suja querida, ninguém aceitaria o resto dos outros.

Abri e fechei minha boca diversas vezes, procurando uma resposta para dar ou uma forma de defender-me.

—Garota tola.

Mordi meu lábio inferior, reprimindo a vontade de chorar, e em um momento de pânico pulei de seu colo, batendo minha cabeça no teto baixo do carro, porem não me importando com isso, apenas pensava em uma maneira de sair de lá, abri a porta com alguma dificuldade, não me dava com carros modernos, porem foi com alivio que me vi livre daquele ambiente, pouco me importei com o fato de minha nudez em um lugar publico, não tinha dignidade o suficiente para me importar com a opinião dos demais.

—Volte para o carro agora.

Ouvi seu grito abafado pelos vidros fume de seu carro, dei um suspiro para logo começar a me distanciar, seguia a passos calmos pela rua podendo ver a reação das poucas pessoas que se encontravam na rua, os olhos horrorizados, de repulsa, desejo, pena.

—Pare agora mesmo.

Senti-me ser segurada pelos pulsos e virada bruscamente em sua direção, lá estavam seus olhos sempre presunçosos, nervosos e arrogantes como um predador ao qual era mesmo e eu a presa burra o suficiente para cair em sua armadilha, sentia-me ficar quente com seu toque, meu corpo queria pular em seu pescoço e me entregar a você mais uma vez, porem minha razão estava, pela primeira vez me privando deste maldito desejo.

—Me solte.

Sussurrei, não queria causar mais tumulto do que aquele que já estava instalado, puxei meu braço com o pouco de forca que ainda me restava, correndo ou no mínimo tentando distanciar-me de você, que demorou um pouco para perceber minha ação e tentar seguir-me.

Era tarde da noite, quase não havia pessoas ou carros na rua, porem o clichê aconteceu ao tentar atravessar de forma desesperada uma rua, fui pega em cheio por um dos poucos carros que transitavam naquele horário. Sorri de forma irônica ao cair no chão e encarar o céu, perguntando-me se aquilo era algum tipo de piada, punição ou apenas um teste.

—Maldito.

Tentei estender minhas mãos para o céu com poucas estrelas porem notei que o mesmo não me obedecia.

Fique naquela mesma posição encarando o nada, por incrível que pareça não estava sentido dor nenhuma, o carro não estava em alta velocidade, ao menos foi o que supus, pelo fato de ainda estar viva e consciente o suficiente para encarar aqueles malditos olhos a me olhar de forma um tanto quanto desesperada, pensei em rir daquela situação, porem apenas permaneci admirando pela primeira vez uma expressão que não fosse de prazer em sua face.

—Você esta louca!?

Gritou comigo, nem nessas situações podia ser delicado ou no mínimo cortês comigo, nada lhe respondi apenas fiquei encarando sua cara que a cada momento me mostrava novas expressões.

—Maldito.

E então o choque foi tomando conta de seu rosto, para logo encarar-me de forma seria colocando-me deitada em seu colo, à regra de não mexer no ferido fugiu de sua cabeça, que apenas aconchegou-me em seu braço enquanto digitava uma sequencia de números de forma afoita, provavelmente ligando para o resgate.

—Idiota, nunca faça ou diga uma coisa daquelas.

Por algum motivo me sentia ficar leve e com sono, porem queria ouvir o que tinhas a falar.

—És minha não tem o direito de ir embora sem minha permissão, não deixarei você ir a lugar nenhum, nunca...esta me ouvindo?

Apenas maneei minha cabeça antes de cair no estado de inconsciência, vindo a acordar já no hospital, e agora diferentemente da ultima vez, sentia-me incrivelmente pesada, olhei para meu braço esquerdo e pernas, vendo os mesmos com grossas camadas de gesso.

—Desastrada.

Reclamei comigo mesma, para logo rodar o olhar pelo quarto vendo você a me encarar de forma um tanto quanto raivosa, desencostou-se da parede e seguiu até a cama a qual eu estava.

—Menina idiota, queria se matar?

Encolhi-me o máximo que podia, para logo relaxar ao sentir seus braços a rodearem meu corpo de forma desengonçada, por causa do gesso.

—Não tem noção do medo que eu fiquei ao te ver voar sobre aquele carro como um bicho.

Tentei argumentar que o carro me atingiu e que em momento algum eu tive a intenção de me matar ou algo parecido, porem você voltou a falar.

—Nunca faça aquilo, o único que pode te afastar de mim sou eu mesmo, você não tem mais esse direito, há muito tempo.

Encarava seus cabelos que estavam a roçar em meu rosto, aquilo soara como um dono falando com seu cachorro, ou um cafetão com sua prostituta, mas por algum motivo aquilo não me deixou triste e muito menos ofendida.

—Não sei me expressar de forma clara, eu não presto e acabei te estragando também, você que é burra o suficiente para não se afastar e eu por acreditar que você podia me mudar, porem, você é boa de mais para tentar me impedir de algo.

Então você suspirou e se afastou me encarando de forma seria

—Você merece algo melhor que isso, porém não com outro, se você quer que seja melhor, me mude, não procure por outros, não diga que devíamos parar com o que estamos fazendo, nunca mais, você esta marcada, suja com minha própria podridão, ninguém vai se aproximar de você, porque saberão que é minha.


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Notas finais do capítulo

Desculpem por qualquer coisa...espero que tenham gostado, estarei postando mais estórias com este casal ainda hoje. Mata ne!!!