Les larmes d'un ange. escrita por Just Shadows


Capítulo 1
Be still my heart.


Notas iniciais do capítulo

Bom esta estória foi escrita devido a um desafio, onde de tempos em tempo estaremos incumbidos de escrever sobre determinado casal, e o deste mês é: GaLe (Gajeel Redfoxl " Gazille Reitfox" e Levy Mcgarden "Levi MacGarden"), desafio lançado é desafio aceito e cumprido :D

Espero que gostem do resultado.

Créditos do desafio :D, participem lá no Face (y):
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Não sabia ao certo ao que fui destinada, não sabia o que esperavam de mim, não sabia quem eram esses que talvez esperassem que eu fizesse algo, não sabia sequer quem eu era.
Encarei as paredes com mofo do lugar que eu me encontrava, encarei a foto antiga pregada na mesma, ergui-me de forma lenta passando os dedos pelo belo rosto da mulher que estava imortalizada naquela imagem sendo beijada por um jovem rapaz, não contive o sorriso de lado que surgiu em minha face e o vento que tocou em minha nuca por algum motivo desconhecido.
Ergui minhas mãos as levando até minhas costas sentindo as pequenas ondulações em minha pele que aos poucos fazia com que a mesma rasgasse.
—Não...
Corri de forma desesperada para perto de um objeto que me refletia, tentei enxergar atrás de mim, porem não o conseguia fazer.
—Droga, saiam.
Guiei minhas unhas até os locais, puxando aquilo de textura macia, logo a puxando, sentindo o ar que estava em meus pulmões se perder aos poucos e um grito de dor ser emitido por mim.
—Droga.
Disse ao acabar de retirar aquilo de mim, logo vendo a aparência bonita da pequena pena branca ser perdida por conta de meu sangue.

Intermináveis foram os dias que passei arranhando minhas costas que coçavam de forma horrível, porem em um momento apenas decidi parar de fazer aquilo, e com isso às coceiras pararam, agora estava a encarar meu reflexo no objeto, podendo ver a grande quantidade de penas que se desprendiam de minhas costas, agitei-as, sentindo uma sensação gostosa.
—São bonitas.
Disse ao passar a mão por sobre uma delas, porem paro de fazer isto ao ouvir o som de gritos providos do lado de fora daquelas paredes, nunca me atrevi a sair, não sabia como tinha vindo parar aqui de qualquer forma, e o que possivelmente me esperava do lado de fora, porém aqueles gritos estavam me deixando assustada pelo que poderia acontecer, então a passos rápidos cheguei próximo a janela que tinha nos fundos de uma daquelas paredes, e pude ver dois jovem, a garota chorava e o rapaz a abraçava enquanto esta tentava lhe afastar.
—Não briguem...
Pedi ao encarar a foto do jovem casal se beijando em minha parede. Agarrava fortemente as grades finas e olhava agora a mulher não mais tentar afasta-lo, mas puxa-lo para si fazendo com que aquela foto por mim a tanto admirada criasse vida por parte de outros.

Mais dias passaram e eu permanecia naquele lugar encarando aquela foto e lembrando-me dos jovem, eu queria ver mais daquilo, não era como se fosse por curiosidade, era quase como uma necessidade, então arrumei da melhor forma possível meus cabelos e ajeitei meu vestido branco fino.
—Preciso de mais.
Empurrei as grandes portas, sentindo-as ceder ao pouco com minha força, e então encarei a noite, olhava pra o céu rodeado de pontos brilhantes que me eram tão estranhos e ao mesmo tempo tão conhecidos, senti algo molhar-me a face e então reparei que o liquido provinha de meus olhos, por algum motivo aquilo me deixou assustada, era como se eu estivesse para desmoronar, foi então que encarei ao longe duas pessoas conversando animadamente. Corri até que me encontrasse perto dos mesmos, e encarasse suas costas, enquanto os mesmos ainda conversavam, e o jovem tentava de forma sutil encostar o máximo possível na garota.
—Me mostrem mais.
E então como da outra vez os mesmos se aproximaram e a cena do quadro se repetia.
Aquilo me deixava feliz e cada vez mais eu sentia a necessidade daquilo, perdi as contas de quantas memorias tinha feito, queria que todas elas preenchessem as paredes tristes do lugar em que antes eu permanecia.
Porem apos dias não mais me contentava com aquilo, toda vez que eu via aquela cena não apenas o sorriso brincava em minha face, mas aquele líquido voltava a cortar minhas face enquanto sentia-me diminuir aos poucos.
Encarei um jovem rapaz que passava de forma cabisbaixa perto do rio ao qual eu estava admirando, por algum motivo ergui-me e passei a segui-lo.
—Por favor...
Disse enquanto esticava meus braços em direção ao mesmo, que apenas parou e me encarou de forma cansada, não enxergava as grandes asas que trazia em minhas costas.
—Sim...?
Permaneci estática, não sabia o que falar, não era como se eu fosse dizer para ele me mostrar mais daquela cena, ele estava sozinho no final das contas.
—Nada, desculpe...
Virei-lhe as costas e corri para perto do rio novamente, ainda podendo sentir o olhar do mesmo em minhas costas.
—Você esta bem?
Ouvia os passos do mesmo se aproximando, senti-me tremer.
—Por favor...vá embora.
E então não mais ouvi a voz do mesmo, apenas ouvi seus passos se afastando, deixei-me cair ajoelhada sobre a grama verde que crescia ao lado do lago.
—Não...eu não queria manda-lo embora...
Senti um aperto perto de meu peito, guiei minhas mãos para aquela área a apertando como se assim aquilo fosse passar, então encaro do outro lado da margem dois jovem, uma moça de cabelos longos e um rapaz de cabelos medianos.
—Mostrem mais...
E então os mesmos se aproximaram, iniciando o mesmo ato da foto.
—Mais...
Disse apertando meu peito e então logo vi o rapaz se prostrar sobre o corpo da jovem.
—Mais!
Mesmo com aquilo eu ainda sentia meu coração apertar.
—Estou morrendo?
Disse encarando o local em que estava apertando e podendo ver apenas a imagem turva de minhas mãos.
—Estou desmoronando.
Disse agora passando os braços sobre os olhos.

Voltei para o local do qual percebia que não devia ter saído, encarei a foto na parede, e segui até a mesma a arrancando do local e jogando-a longe, ouvindo o estilhaçar do vidro que me assustou, segui para perto da mesma, sentindo mais uma vez minha vista embaçar.
—Desculpe, por favor...
Disse recolhendo os cacos e perdendo as contas de quantas vezes cortei-me, porem não liguei para aquele fato, apenas admirava o liquido vermelho me escorrer pelos dedos e tingir levemente a foto que agora eu encarava de forma calma.
—Eu quero isso.
Deixei-a de lado e mais uma vez sai, encarando a escuridão do céu sem os pontos brilhantes.
—Por favor...
Disse para as pessoas que rondavam pelas ruas que estavam movimentadas, porem nenhuma parecia de fato de notar.
—Por favor.
Tentei tocar em uma pessoa que passava pelo meu lado, porem a mesma me afastou e continuou com seu caminho.
—Por...favor
Permaneci parada sentindo o esbarrão das pessoas em meus ombros, porem logo senti algo me escorrer pelos olhos, levei as mãos para meu rosto, porem constatei que não estava a vazar, que aquele líquido provinha do céu, e isto fez com que rapidamente as ruas ficassem praticamente vazias, porem eu permanecia parada apenas encarando as gotas grossas surgindo do nada e me molharem.
—O céu esta chorando...
Estiquei meus braços como se assim pudesse acariciar o mesmo e pedir para que parasse.
—Devia sair da chuva...
Recolhi minha mão e encarei a "chuva" que não mais me molhava, girei os calcanhares encarando o jovem, o mesmo daquele dia.
—Você fez parar de "chover".
Segurei em seu braço, sentindo o mesmo soltar um barulho estranho pelo nariz.
—Vamos sair daqui.
Percebi que ele segurava um objeto estranho com uma mão, enquanto que com a outra ele segurou uma de minhas mãos e começou a puxar-me para algum lugar.
—Onde mora?
Estremeci, não tinha o que responder, o que seria morar?
—Onde você dorme?
Apressei os passos puxando-o agora, enquanto ouvia o mesmo pedir para que eu fosse devagar, ou que parasse por que não sei o que havia caído.
—Aqui...
Parei em frente aos grandes portões, só agora me virando para o mesmo que não tinha mais o objeto em mãos e que agora estávamos sendo molhados pela "chuva".
—O seu parador de chuva, desculpe...
Empurrei as portas e adentrei o lugar sendo seguida de perto pelo mesmo, que parou na entrada do lugar e encarava tudo de forma minuciosa, enquanto fazia umas carecas engraçadas e estranhas.
—É aqui que mora?
—Não...é aqui onde eu durmo...
Sorri enquanto seguia para perto da manta branca fofa que tinha no chão.
—É a mesma coisa.
Ouvi o mesmo dizer baixo enquanto se aproximava da foto manchada no chão.
—Seus parentes?
Disse me mostrando à foto que eu já conhecia tão bem, porem sem saber quem eram aqueles, apenas dei de ombros e neguei.
—Por favor...
Disse retirando a foto das mãos do mesmo e a segurando ao lado do meu rosto.
—Me mostre como é...
Encarei o mesmo dar um pequeno passo para trás, não era para ser daquele jeito, sempre eles se aproximavam e acontecia o que a foto mostrava...
—Por favor...
Mais um passo dado para trás, para então o mesmo dar três passos para a frente e rodear minha cintura com um dos braços enquanto o outro seguiu para o meio dos meus cabelos passando de forma lenta pelas asas que o mesmo não sabia que estavam ali.
—Me mostre...
Disse enquanto acariciava a face do mesmo que segurou meus cabelos com mais força enquanto se aproximava de mim e encostava seus lábios com os meus, senti meu ar sumir instantaneamente, porem não era algo ruim, agarrei os seus cabelos os puxando de encontro a minha pessoa, não tentava imitar o que já tinha visto, eu apenas agia.
—Mais...me mostre mais...
Senti-o me segurar, me erguendo do chão fazendo com que me agarrasse em sua cintura com minhas pernas.
—Mais...
Deixei a foto cair no momento em que me apoiei em seus ombros.
Enquanto o via retirar as roupas e as minhas eu encarava a foto virada para baixo, e sentia meu coração se aquecer, senti-a me leve, sentia-me feliz como a muito não me sentia, ele me mostrou mais do que eu pedi.
—Por favor...
Disse enquanto lhe acariciava a face e sentia o mesmo unir seus lábios aos meus, enquanto via a forma que o mesmo brilhava devido ao liquido que se desprendia do seu corpo, levantando um odor salvado com o de grama fresca que ele tinha.
Então me permiti apenas fechar os olhos e descansar sentindo a respiração do mesmo em minha pele.
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Sentia a luz me atingir a face, abri os olhos de forma relutante, encarando um lugar estranho, não sabia ao certo ao que fui destinada, não sabia o que esperavam de mim, não sabia quem eram esses que talvez esperassem que eu fizesse algo, não sabia sequer quem eu era.
Ergui-me apenas para me direcionar para uma das paredes brancas do lugar e encarar uma foto levemente manchada de vermelho.
—Lindo...
Senti meu rosto úmido, constatando que eu estava vazando, por algum motivo sentia que algo estava faltando.
—Preciso de mais...
Disse passando a mão sobre os rostos emoldurados ali.


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Notas finais do capítulo

Desculpem por qualquer coisa...espero que tenham gostado, estarei postando mais três estórias com este casal ainda hoje. Mata ne!!!



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