A imoral da história escrita por Andurá


Capítulo 1
"Puras" histórias de vida


Notas iniciais do capítulo

Parece difícil de acreditar, mas essas três histórias aconteceram.



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— Me conta a coisa mais doida que você já fez?

— Ah! Foram tantas...

Assim Gisele, minha colega, começou a contar todas suas “puras” histórias de vida. E era cada coisa que ela já tinha feito.

 

Gisele estava andando com uma amiga sua pelo corredor da escola, quando repentinamente elas avistaram um professor “novato”.

— Gisi, olha aquele professor ali, ele é muito lindo. — Disse a amiga.

— É mesmo. — Concordou Gisele.

— Duvido você ir lá com ele e falar que acha ele gostoso. — Duvidou a amiga.

Falar que duvida para Gisele é uma ofensa, afinal, ela já provou várias vezes que é capaz de tudo.

— Pois então eu vou, mas você vai comigo.

— Tá.

As duas caminharam até o professor e Gisi disse:

— Professor, a minha colega acha o senhor gostoso. — Apontando para amiga.

— O que é isso? Você não pode sair falando essas besteiras por aí. Vamos, você vai conversar com a coordenadora. — Disse o professor, enquanto a ex-amiga olhava furiosamente para Gisele.

O professor conversou com a coordenadora, e depois foi a vez de Gisele.

— Filha, por que você fez isso? — Indagou a coordenadora.

Enquanto Gisele preparava sua resposta, a coordenadora continuou:

— Olha filha, eu sei que o professor é gostoso, mas você não pode ficar chamando ele disso por aí. Entendeu?

— Sim. — Disse Gisele fingindo uma cara de anjo.

— Agora, você vai lá fora pedir desculpas para ele.

— Tá.

Então Gisele saiu da sala e disse para o professor:

— Desculpa professor, por achar o senhor muito gostoso.

Imoral da história: Todos achavam o professor gostoso.

 

Depois, Gisele relembrou uma doidice que havíamos feito com mais uma colega.

 

— A gente tem que fazer alguma coisa para deixar a Bianca feliz. — Disse Gisele pensativa. — Já sei, vamos ligar para a CVV.

— O quê? Tu tá doida? — Perguntei.

— Ela sempre foi. — Disse Bianca.

— É sério, gente. Eles vão aconselhar a Bianca a esquecer o fofo (apelido do professor de física que Bianca gostava).

— Tá, então vamos fazer assim, você sabe tudo que passei pelo fofo’s, então você liga e se passa por mim. — Sugeriu Bianca.

— Pode ser. — Concordou Gisele.

— Tá, liga logo, coloca no viva a voz. — Disse.

— Tá chamando. —Disse Gisi e todos rimos. — Alô?

— Bom dia, como poderia ajudar?

— É que assim, eu gosto do meu professor de física e eu contei pra ele. Agora, ele fica me desprezando, as vezes ele abraça outras meninas na minha frente de propósito. — Disse Gisele fazendo uma voz de choro. Eu e Bianca ríamos do exagero de Gisi.

— Quantos anos você tem?

— Dezesseis. — Gisi riu, pois Bianca havia caído no chão de tanto rir.

— Acho que você está fazendo uma brincadeira, estou escutando você e outras pessoas rindo.

— Não, não! É porque ao mesmo tempo que a situação é triste, ela é engraçada.

— Tá, então, como você gosta desse professor?

— Como eu gosto? Eu gosto dele como... Homem.

— Não entendi.

— Queria beijá-lo. — Nessa hora eu e Bianca gritamos de tanto rir. — A ligação caiu.

— Ah, poxa. — Disse e começamos a rir.

Imoral da história: E se homem da CVV, que atendeu a ligação, fosse um professor? Aí, por isso que ele não entendeu o fato do “gosto dele como homem”.

 

Bianca chegou e lembrou de uma vez em que Gisi escreveu no vidro da porta da nossa sala de aula.

 

— Gente! Olha o que eu roubei do professor de geografia. — Disse Gisele segurando um “piloto”.

— Que legal. Bora escrever no vidrinho da porta. — Sugeri brincando, mas Gisi’s gostou da ideia e foi até o vidro e escreveu “ Não olhe! ”, desenhou uma setinha para baixo e escreveu em baixo dela “corno”.

Como tinha começado aquela aula, estavam todos de pé. Enquanto chamava Bianca para olhar o que estava escrito, uma sombra apareceu no vidro, e logo em seguida um rosto, era coordenadora.

— Quem foi que fez isso aqui? — Disse a coordenadora entrando na sala, após alguém abrir a porta.

— Eu me ofereço! Eu me ofereço! — Disse Gisi brincando.

— O quê?

— Fui eu, coordenadora.

— Ela não fez por mal, ela boazinha, aposto que foi sem querer. — Disse a professora de espanhol que observava tudo de longe sentada.

— Vamos, Gisele.

Lá fora, a coordenadora disse:

— Linda, por que você fez isso, linda? E se o diretor tivesse visto, linda? Linda, você é um exemplo de aluna. Espero que você não faça mais essas coisas, linda. Está bem, linda? Você promete?

— Aham. — Disse da boca pra fora Gisi, enquanto fazia uma cara de “pura”.

Imoral da história: Linda, linda, linda...


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Notas finais do capítulo

Se gostou, confira minha outra história original que se chama Terra de cobras. Muito obrigado.



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