A demência pelo mundo escrita por Vênus


Capítulo 5
O café da manhã! A loucura começa!


Notas iniciais do capítulo

[Capítulo revisado e corrigido]



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A noite passou, a manhã chegou de forma agradável.

— Acoooooooordem! – Pedro gritava enquanto batia palmas.

Levantando em um pulo, as duas garotas olharam assustadas ao seu redor, tentando reconhecer o lugar em que estavam. A parede de cor cinza claro e o chão branco causaram estranhamento logo de início.

— Ótimo, estão acordadas. – disse Pedro.

Carla esfregou os olhos, tentando permanecer com eles abertos.

— Espera... Então não foi um sonho?!

— Sonho? Aquilo parecia um pesadelo. – Ingrid levantou da cama, percebendo que tinha dormido com o uniforme da escola. – E você precisava nos acordar desse jeito?! Não tem a função de despertador no glorioso Steeven?

— Ah, assim é muito mais divertido!

Fuzilando Pedro com os olhos, Ingrid começou a arrumar sua cama.

— Admiro minha incrível capacidade de dormir por mais de doze horas e continuar com sono. – Carla esfregava os olhos – Tem certeza de que não podemos dormir mais?

— Já são sete horas, temos que seguir o horário!

Relutante, ela levantou da cama e começou a arrumar a mesma.

— Espere um pouco... Como conseguiu entrar no nosso quarto?

— Eu tenho passe livre para todas as portas!

— A gente podia estar se trocando! – gritou Ingrid. – Seu pervertido!

Ingrid deu um soco na cabeça de Pedro, este afundou no chão.

— Ingrid, você quebrou o piso... – disse Carla.

Agarrando-se na parte do piso que estava intacta e saindo do buraco que havia se formado, Pedro ficou de pé e tirou o pó de sua jaqueta preta.

— Não se preocupe, Carla, eu tenho uma máquina para consertar pisos quebrados.

— Como eu consigo quebrar o chão, mas não consigo quebrar a sua cabeça?

Pedro tirou uma pequena máquina do bolso, deixando o piso em seu estado normal.

— Então, eu dei uma passada rápida na casa de vocês e peguei algumas roupas, estão naquele armário no canto do quarto, assim vocês vão poder se trocar. Deixem as roupas sujas no cesto, elas serão lavadas depois.

Terminando de arrumar a cama, as duas ficaram olhando para Pedro sem dizer nada.

— Er... Vocês não vão se trocar?

— Você tem que sair do quarto primeiro. – disse Ingrid.

— Ah, é mesmo! Tudo bem, mas se apressem.

— Pra que ter pressa? – perguntou Ingrid. – O café não vai sair andando!

Nesse exato momento, uma xícara com pernas entrou no quarto.

— Quando você vai aprender a não sair da mesa, xícara? – perguntou Pedro.

Ele colocou a xícara no colo e saiu do quarto.

— Vamos ir logo, – disse Carla. – não dá pra ir devagar, vai saber o que mais esse lugar tem de maluquice.

[...]

— Eu já disse que vou ir ao banheiro primeiro! – gritou Luciano.

—Só porque você é mais velho, não significa que pode mandar em mim!

Eric andou com confiança até a porta do banheiro, quando foi interrompido.

— Ah eu posso sim! Jutsu demência das sombras!

[...]

 —Pronto! – disse Carla. – Tudo arrumado!

Ela tinha acabado de arrumar seu lado do guarda-roupa, separando as peças de roupa nas prateleiras que queria. Decidiu vestir um casaco preto por cima de uma blusa branca, permanecendo com sua calça jeans escura e seus tênis pretos.

Escorando-se na batente da porta do banheiro e com a escova de dente na boca, Ingrid olhava o resultado da arrumação.

— Tem um negócio meio torto ali. – disse com a voz dificultada pela pasta de dente.

— Ah, é uma das prateleiras que não está certa! Já tentei arrumar mil vezes!

— Mas não muda o fato de que está torto.

Carla revirou os olhos, tentando arrumar pela última vez a prateleira rebelde. Ingrid entrou no banheiro e saiu logo depois com os dentes escovados.

— Depois eu faço uma gambiarra e arrumo.

Carla a olhou surpresa.

— Nossa, você ficou bem de cabelo solto! É bem raro te ver assim.

— Pois é, acho que vou amarrar só pros treinamentos.

Ela estava com um casaco moletom verde claro, contrastando com o All Star preto. Sua calça jeans também era escura.

— Ok, não vou mais perder meu tempo tentando arrumar isso! – fechou o guarda-roupa. – Agora vamos tomar café. A propósito, você sabe onde que devemos ir?

Ingrid olhou pro lado pensativa.

— Vou ver se anotei alguma coisa na minha mão... Anotei! Está escrito “olhar GPS”.

—– Sabia que tinta de caneta faz mal pra pele?

—– Já tenho câncer de pele então. – disse enquanto anotava em sua mão: “tinta de caneta faz mal”.

Elas pegaram o GPS de seus bolsos e deram os comandos. O mesmo abriu uma espécie de mapa em sua tela, com um risco traçado em vermelho mostrando o caminho. Elas seguem o caminho dado, descendo um andar. Não demoram muito a perceber Pedro sentado tomando chá de alface.

— Bom dia! –disse acariciando a xícara.

— Você tem uma xícara de estimação?! – disse Carla.

— Ela é linda não é?

   A xícara começou a latir para Carla e Ingrid.

—Calma xícara! Elas não são inimigas.

As duas se entreolharam

— Eu não me surpreendo mais com nada desse lugar. – falou Ingrid juntando-se à mesa.

Carla sentou ao lado de Ingrid

— Como será que os meninos estão se saindo?

— Ah, eles já são bem grandinhos! Devem estar se saindo bem.

[...]

— Pronto, Eric, vamos logo! Se não vamos chegar atrasados!

— Olha o estado em que você me deixou!

— Eric foi se apoiando nos móveis para tentar se levantar, aos poucos foi conseguindo.

— Vamos Eric, senão vai ficar atrasado pra ficar com a sua... – fez uma cara de nojo. – Pessoa amada.

— O quê?!

— Ah, todo mundo sabe que você gosta da Carla! Só ela que não vê isso!

— Eu vou te mostrar do que um Al1en é capaz! – rosnou. – Não respondo por mim!

Luciano engoliu em seco, correndo porta a fora.

[...]

—Esses garotos estão demorando não? – disse Carla tomando um gole de seu café.

A mesa era farta, havia vários tipos de pães, queijos e complementos, bem como uma variedade de bebidas. As panquecas e a omelete faziam lembrar um típico café da manhã norte-americano.

— Calma, Carla, – disse Ingrid. – o Eric já vai chegar!

— O q-que você quis dizer com isso?

— Faça-me o favor, está na cara que vocês gostam um do outro! Dá vontade de bater a cabeça de vocês.

Tentando disfarçar sua vermelhidão, tomou rapidamente o restante do café da xícara.

— Pedro, por qual motivo os Ali3ns Merceer e Croosers são inimigos? – tentou mudar de assunto.

— Bem...

Luciano entrou gritando na sala, seguido de Eric, os dois pareciam do desenho animado Tom e Jerry do jeito que estavam se perseguindo.

— Volta aqui, Luciano! – gritou Eric.

Carla pegou por trás da blusa de cada um e os ergueu.

— Parados vocês dois! Parecem duas criancinhas!

Eles apontaram um para o outro.

— Foi ele quem começou!

— Parecem não, Carla, – disse Ingrid. – são criancinhas.

Eles foram soltos e sentaram em lados opostos da mesa, fuzilando com o olhar.

Pedro se limpou com um guardanapo e se levantou.

— Depois que todos tomarem café, aproveitem para explorar o prédio e se preparar para o treinamento, estarei na sala esperando.

 Ele se retirou.

—Quem liga? – debochou Luciano. – Temos toda essa comida de graça! Pra que salvar o mundo?

Carla dá um peteleco na testa de Luciano, este sai voando e desmaia.

—Onde estávamos?


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Notas finais do capítulo

Momento de curiosidades:

— O que Carla e Eric têm é uma mera paixonite de infância, não levem muito a sério :v (ou levem e shippem, dá mais audiência >:3);
— O nome da xícara de estimação de Pedro é Maurília.



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