A Missão de uma Estrela Solitária escrita por Memorável


Capítulo 5
Capítulo 5 - Almas Lavadas


Notas iniciais do capítulo

Enfim acabamos com o Flash Back contado pela Sophia, voltaremos ao tempo atual.
Tenham uma boa leitura. o/



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  Após o flash back, Sophia se sente melhor em ter desabafado toda a culpa que sentia ter e o clima pesado se dissipa. Serena que escutava a história, pensava em como poder ajuda-los, já que caiu de "paraquedas" neste grupo, tendo que viver com os jovens do orfanato para descobrir sobre seu passado.

 

— Entendo perfeitamente como você se sente Sophia, só que eu também concordo com o Bryan, a culpa não foi sua, não pode passar a vida toda se culpando.

— A Serena tem razão Sophy, caso pense assim, nunca conseguirá encarar Oliver de frente.

— Eu sei, está tudo bem gente, temos que nos preocupar mais com o estado sentimental do Oliver que a qualquer outra coisa.

— Vou tentar falar com ele de novo, dessa vez ele irá me ouvir. - Dizia Serena levantando da mesa e seguindo para o quarto de Oliver.

— Serena! - Grita, Sophia.

— S.. sim?!

— ... Não diga ao Oliver que eu lhe contei sobre a irmã dele, pelo menos não ainda.

— Está bem, não direi nada.

 

  Serena para em frente a porta do quarto de Oliver e pede permissão para entrar, com o consentimento do mesmo, ela entra. Os dois ficam um tempo calados, no entanto Serena quebra o silêncio.

 

— Me diga uma coisa... O quanto a sua irmã é importante para você?

...

— Achei que poderíamos ter uma conversa, mas vejo que neste estado você só quer ficar sozinho, me desculpe a intromissão. 

 

  A quietude que Serena havia se esforçado em quebrar acaba voltando e sente que não deveria ter feito tal pergunta. um pouco pra baixo, decide se retirar do quarto, contudo antes que a garota pusesse os pés para fora do quarto, Oliver começa a falar.

 

— Desde pequeno... Eu sempre quis ter um irmão. Meus pais trabalhavam quase o dia todo, nos finais de semana eles folgavam e a gente saía para passear, então não era tão ruim assim. Eles nunca deixaram faltar nada para mim, me mimavam muito e eu gostava. Até que um dia a Ester chegou, era uma bebê muito linda, estava sempre sorrindo, no entanto dava muito trabalho pois quase todas as madrugadas ela chorava e minha mãe tinha que ir fazer pará-la de chorar.

— Vocês eram uma boa família Oliver.

— Na verdade, quanto mais tempo passava, mais sozinho eu ficava, meus pais passaram a dar mais atenção para a Ester e esqueceram de mim.

— Mas acho que seus pais não fizeram por mal Oliver, tenho certeza de que eles amavam você.

— Eu sei que eles amavam, eu não podia culpar eles, tinham muitos problemas na cabeça para se preocuparem. Eu realmente fiquei muito triste quando eles se foram, queria ter crescido ao lado deles e da Ester. Foi aí que eu percebi que não poderia olhar somente para o meu umbigo e que deveria seguir em frente, passaria a viver junto de Ester e iria protege-la no lugar dos nossos pais.

 

  Ao contar seus verdadeiros sentimentos, Oliver tenta segurar suas lágrimas para que se demonstrasse forte e diferente do que era antes.

 

 - E mais uma vez eu perdi, perdi mais uma pessoa importante para mim, meu último laço sanguíneo neste mundo. Mas eu culpo...

— Você não deve culpar ninguém! Essas coisas acontecem, são acidentes que enfrentamos em nossas...

— Não Serena, eu não culpo ninguém a não ser a mim.

— Oi? Por que?

— Eu fui fraco, não pude proteger ela, se eu fosse mais forte e responsável, poderia ter evitado tudo isso.

— ISSO NÃO E VERDADE! - Protesta Serena.

— Eu sei... Eu sei... Só que se eu não me culpar, não conseguirei andar seguindo em frente. Eu preciso levar a culpa comigo, só assim Ester ficará em paz.

— Não se culpe Oliver, é justamente o contrário, se culpar só vai fazer você ficar preso ao passado, seus pais e Ester estão olhando por você estejam onde estiver, e pode ter certeza que eles não gostariam de ver você se culpando por algo que não tem culpa.

— Você acha que meus pais me perdoariam pelo que deixei acontecer com a Ester?

— Claro! Já disse que não foi culpa de ninguém Oliver, este anel que carrega junto a sua corrente no pescoço, foi dado de presente a você pela sua família não é mesmo?

— Como sabe? Mas sim, Ester me deu o anel de aniversário e meus pais me deram esta corrente que é passado de gerações.

— Eu apenas senti que fosse algo importante para você, já que não largava a mão disso o tempo todo enquanto a gente conversava.

 

  Oliver abre os olhos e percebe que sempre que sempre pensou da maneira errada. A partir de hoje o jovem que sempre esteve melancólico abrirá suas asas e voará para o espaço-tempo em que deve se encontrar.

  Serena se aproxima de Oliver e lhe dá um abraço, foi um abraço purificador, levou embora com ela toda a culpa. Após toda a conversa, decidem ir até Sophia e Bryan.

  O que eles não sabiam é que Bryan e Sophia estavam escutando tudo pelo lado de fora, enquanto Oliver deixava seu quarto para ir ao banheiro, os dois que estavam escutando tudo entram para falar com Serena.

 

— Obrigado Serena! - Bryan ponhava a mão suavemente no ombro dela.

— Pelo que?

— Você conseguiu, aparentemente Oliver abriu os olhos graças a você.

— Co... como sabem?

— A gente escutou tudo Serena. - Falava Sophia.

— Então foi isso... Fico feliz por conseguir ajudar Oliver.

— Pois é, você disse que ia fazê-lo mudar e conseguiu, obrigada.

— De nada Sophia.

— Sophy, você escutou também não é? Que sirva de lição para você.

— O que quer dizer com isso Bryan?

— Oliver nunca te culpou pelo o que aconteceu com a Ester.

— Sim, eu vi, desde pequeno, por mais que as coisas ficassem ruim, ele sempre dava um jeito para que todos a volta dele ficassem confortáveis.

 

  Oliver voltava do banheiro e via todos no seu quarto, achou estranho estarem lá e foi até eles.

 

— Ué, o que fazem todo mundo aqui, a gente ia procurar vocês dois, mas parece que vocês vieram até nós.

— É... Então, quando eu ia sair, eles já estavam passando por perto e a gente acabou entrando pra conversar hehe.

 

  O problema de Oliver já parecia ter sido resolvido, agora eles deveriam dar importância ao caso de Serena. Como os 4 jovens não tinham nenhuma pista, acabaram por decidir de ir até a torre em que ela foi encontrada, assim eles poderiam descobrir algo.

 

— Então foi aqui que vocês me acharam? Que torre gigante, parece que não tem fim.

— Sim, as pessoas o chamam de torre Midgar. Estávamos Bryan, Sophia e eu no parque ali ao lado quando uma luz brilhou intensamente no topo da torre. No que chegamos lá, você estava caída inconsciente e resolvermos te levar para o orfanato. - Explicava o que havia acontecido na noite passada.

— Outra coisa estranha é que como você mesma disse, não tem memórias além do seu próprio nome e que é muito parecida com a irmã do Oliver. - Afirmava Sophia.

— Será que não é uma coincidência muito grande de eu parecer com a irmã do Oliver? Pois como dizem, toda semelhança é uma mera coincidência.

— Creio que não Serena, eu acho que Sophy e Oliver podem dizer o mesmo, pois não é somente o seu físico que se assemelha a alguma coisa de Ester.

— O que seria essa outra coisa?

— A Sophia pode não ter visto naquele dia, mas bem no dia em que a minhã irmã ficou desaparecida, Bryan e eu vimos a torre Midgar brilhar da mesma forma que brilhou quando você apareceu...

— Disso eu não sabia, vocês nunca me disseram isso. Respondia Sophia indignada.

— Então... esta torre brilhou quando sua irmã desapareceu e quando eu apareci, isso chega até a me dar medo.

— Eu não sei vocês, mas estou achando que a torre Midgar é a chave para todas as respostas, a do desaparecimento da minha irmã, do brillho dela e também de quem é você, Serena...

 

  A torre Midgar seria o maior mistério dentre todos os outros? O que estará aguardando pelo caminho de nossos jovens? Confiram no próximo capítulo!


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