True Friends escrita por LanaM


Capítulo 12
Capítulo 12 - Finalmente minha mãe chega


Notas iniciais do capítulo

OLha desculpa pela demora pessoal =/ e tbm desculpa pelo nome do cap porque eu to sem ideias = D

bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68945/chapter/12

Na terça-feira acordei 5 horas da manhã, não era normal eu acordar nesta hora, mas fui para o banheiro. Quando cheguei ao banheiro olhei para o espelho, meus olhos castanhos estavam assustados, minha pele estava pálida, meus cabelos loiros estavam despenteados. Entrei no chuveiro e deixei a água fria cair sobre minha pele me aconchegando. Percebi que minha mão estava tremendo "devia ser do frio" pensei. Me perguntei: " por que eu estava daquele jeito ?"

 

Coloquei meu uniforme, peguei meu skate e desci as escadas calmamente. Quando cheguei na cozinha vi meu pai, quando seus lindos olhos azuis encontraram os meus tentaram disfarçar uma tristeza. A luz do sol que passava pela janela da cozinha cintilava em seus cabelos loiros como os meus.

 

 -Acordou cedo, querida - ele pegou meu queixo suavemente. – Está ansiosa para ver sua mãe hoje?

 

 Meu coração começou a bater mais forte do que o normal. Então era por isso que eu estava assim, minha mãe estava chegando hoje com seu noivo e eu não tinha me preparado para isso. Meu pai ainda me olhava esperando a resposta.

 

 - Ah, é claro pai – comi o mais rápido que pude para ir direto para escola.

 

 Fui de skate para a escola. Quando cheguei lá, subi as escadas calmamente não me importando com o horário. Abri a porta da sala, era o professor de matemática, todo mundo tinha medo dele e o pior não era aconselhável chegar atrasado em suas aulas.

 

- Senhorita Sarah chegando atrasada – fiquei calma.

 

 -Desculpe, não chegarei mais – tentei ser educada, até a Aline se assustou do jeito que eu falei.

 

 -Bem eu não permito a entrada de alunos atrasados – ele me olhou com autoridade – então fique lá fora até a aula acabar.

 

 - Mas... mas professor eu só cheguei 5 minutos atrasada – fechei minhas mãos como se fosse dar um murro.

 

 -Saia da sala, não quero que você atrapalhe mais nenhum minuto da minha aula.

 

Bati a porta bem forte e fui em direção a sala do diretor. Quando cheguei lá, abri a porta, joguei a mochila de lado e sentei na cadeira em frente à mesa do diretor.

 

-O que foi desta vez ? – ele falou calmamente, bebendo uma xícara de café.

 

-Fui expulsa da aula de matemática.

 

- Primeira vez neste ano – ele colocou a xícara na mesa. Ano passado eu havia estado varias vezes naquela sala por causa de brigas – Qual o motivo desta vez?

 

-Eu cheguei atrasada.

 

-Não vou ligar para o seu pai – acho que ele esperava que eu fizesse uma cara de alivio, mas meu rosto não estava com cara de quem estava aliviada e sim com raiva.

 

-Ok – fiquei o resto daquela aula ali.

 

O sinal tocou, sai direto para a sala. Estava lotada demais não havia cadeira para mim, só uma a que Aline guardara.

 

-Guardei um lugar para você - ela deu um sorriso -, há algum problema em sentar ao meu lado hoje??

 

 - Não. - olhei com um olhar maligno - Aquele professor me paga!

 

 - Nem quero saber o que você vai fazer, mas o meu encontro com o Daniel foi maravilhoso - eu não estava escutando ela direito. Tinha tanta coisa na minha cabeça, como escutar a Aline que não parava de tagarelar, como me vingar do professor, como receber minha mãe e por final o que eu faço para enlouquecer um pouco o noivo da minha mãe - Você esta me escutando??

 

 -Ah, desculpa, que bom que foi ótimo, mas eu não consigo pensar em tanta coisa, primeiro vou escutar você - ela começou.

 

 -O lugar era lindo e muito mágico, vamos comigo depois que as aulas acabarem eu quero te mostrar aquele lugar e não é muito longe daqui - ela olhou para mim esperando a resposta.

 

-Tá, a gente vai a pé, mas não podemos chegar tarde, minha mãe chega hoje.

 

-Ok, mas quero te mostrar esse lugar hoje - de repente a professora de história entrou na sala.

 

Nem prestei atenção na aula, minha cabeça pensava "ok, você já escutou a Aline, agora plano B: se vingar do professor. Vamos lá Sarah pense, o que você pode fazer??"

 

 A segunda aula foi de Sociologia, foi um saco. Sinceramente a única aula que me agradava era a de inglês, eu entendia tudo mesmo. Na hora do recreio eu desci com a Aline tagarelando do lado, quando eu vi o professor de matemática conversando com uma aluna da minha sala, ela segurava uma lata de Coca-cola, meus olhos brilhavam.

 

 -Espere ai Aline, preciso fazer uma coisa - fui caminhando em direção ao professor.

 

-Tuuudo bem - ela veio atrás de mim, só que mais devagar vendo o que eu iria fazer.

 

 Cheguei atrás da Stephane e fingi que tropecei, acabei caindo de lado batendo na Sthepane que derrubou o refrigerante no professor. O rosto de Stephane ficou todo vermelho.

 

- Ah, me desculpa Stephane, foi sem querer - eu queria rir naquele momento, o professor estava todo sujo de coca. - Ah e desculpa também professor - olhei para ele - ...eu acho - agora eu sussurrava.

 

 - Senhorita Sarah não me admira você ter feito isso de propósito.

 

 - O que?, por que eu faria uma coisa dessas? - eu olhei com cara de santa.

 

 - Vamos comigo até o diretor - a que droga!

 

 O professor foi andando e eu fui atrás, quando vi a Aline dei um tchauzinho para ela, que estava totalmente espantada. Cheguei na sala do diretor outra vez e sentei na cadeira.

 

 - Sarah? Segunda vez no dia? - eu revirei os olhos.

 

 - Ela derramou refrigerante em mim.

 

- Espere ai... - eu me levantei e olhei para ele - eu não derramei refrigerante em você, tá legal? Eu não tenho culpa se eu cai.

 

 - Eu vi, você caiu de propósito.

 

-Você não tem como provar - naquele local não tinha câmeras então não tinha provas.

 

- Mas...mas... eu vi diretor .

 

 -Ela tem razão, o senhor não tem provas - ele colocou a mão no ombro do professor - só foi um acidente - dei um sorrisinho meio que falso. - Pode ir agora para sua aula.

 

 Encontrei a Aline em frente à sala, enquanto eu caminhava para chegar ate a porta ela vinha para perto de mim pra conversar.

 

 - Você quer confusão garota??

 

- Você não me conhece - sentei na minha cadeira. Fiquei quieta as três ultimas aulas, uma hora desenhando, outra hora pensando no nada.

 

 O sinal tocou. Todos saíram correndo, uns andando e outros literalmente correndo. Eu me levantei arrumei a minha mochila e fui saindo da sala como se não tivesse ninguém nela, mas havia a Aline.

 

- Ei, me espera - ela gritou.

 

- Ata - voltei o meu rosto para ela, até que ela saiu da sala.

 

- O que há com você? - ela me olhou e colocou a mão na minha testa - Você não está com febre.

 

 - Eu não estou doente, só não quero que minha mãe volte, mas ao mesmo tempo eu quero.

 

 Descemos as escadas, até que vi meu Skate e o peguei. Aline pegou a minha mão e começou a me arrastar para algum lugar.

 

- Você está me levando para onde?? - olhei para o seu rosto.

 

- Para a praça, você precisa relaxar – quando chegamos lá até que o lugar era bonito, mas eu não estava interessada nele.

 

- Tá, é bonitinho - dei uma olhada em volta - agora posso ir? - seu rosto não estava mais alegre como antes, acho que fui meio grosseira.

 

-Bonitinho?? Isso aqui é maravilhoso Sarah Walter, você precisa relaxar está bem? - agora ela estava estressada.

 

 -Tá legal, desculpa, mas não vou conseguir relaxar aqui, então vou para minha casa - dei a meia volta, coloquei o Skate no chão e sai andando. Senti seu rosto triste em minhas costas.

 

 Não queria ter falado com ela daquela maneira, mas as vezes as coisas saem sem pensar. Quando cheguei em casa vi meu pai andando de um lado para o outro, parecia preocupado.

 

 - Onde você estava? Que demora foi essa?? - ele apontou o dedo para mim.

 

-Calma, a Aline foi me mostrar uma coisa - sua face relaxou,comemos, até que eu subi as escadas e fiquei trancada no quarto tentando estudar para a prova de quinta, mas não conseguia. Minha mente estava em outro lugar.

 

 Quando deu 4 horas meu pai bateu na minha porta dizendo que estava na hora de ir ver minha mãe no aeroporto, me troquei, abri a porta e fomos para o carro. O vento batia em meu rosto como se fosse um chicote batendo em mim, mesmo doendo era agradável, não estava afim de conversar com meu pai ainda mais que minha barriga doía mais que meu rosto.

 

 O aeroporto não estava lotado, eram umas 4:20 e o avião da minha mãe iria pousar as 4:30. O avião pousou e minha barriga gemeu mais uma vez. Fomos recebê-la. Quando seus olhos castanhos se encontraram com os meus, fiquei paralisada, mas a sua reação foi totalmente diferente. Recebi um baque, quando voltei a mim mesma percebi que seus braços envolviam meu corpo me dando um abraço aconchegante, um abraço que eu nunca esperava que fosse ganhar da minha mãe. Olhei para trás não vi ninguém.

 

 - Mãe cadê seu esposo? - a palavra saiu trêmula.

 

 - Ele teve que resolver algumas coisas na Austrália e não pode vir direto, mas em cinco dias ele está chegando querida - a ultima palavra se destacou em minha mente "querida? ", desde quando ela me chama de querida?

 

 - Ata - eu ainda tinha cinco dias para pensar em alguns planos.

 

Ela apertou a mão do meu pai e foi só isso, nem um "oi" nem um "ah quanto tempo", como se fossem inimigos. No carro o silêncio dominava, minha mãe iria ficar lá em casa porque meus avós moravam no interior e ela iria ficar na cidade, tinha um quarto com a cama de casal para recebê-los, mas nada de casa totalmente arrumada. Quando chegamos em casa que abri a porta minha mãe abriu a boca. Havia um par de All Star espalhado e um Skate em cima do sofá ,uns quatro livros de medicina do meu pai em cima da mesa cheia de papel porque meu pai estava começando a fazer doutorado e vivia estudando.

 

 - Que bagunça é essa? - minha mãe falou de imediato.

 

- Bom, não deu tempo para arrumar - finalmente meu pai falou

.

Quando morávamos na Austrália minha mãe também deixava a casa desarrumada, bom, ela estava estranha. O ambiente entre ela e meu pai estava frio, sem sentimentos, nem um pingo de amizade havia entre eles. Minha mãe fez um frango e pela primeira vez, nada de pão ou uma gororoba.

 

Dormi cedo, pelo cansaço, mas estava feliz, por enquanto estava...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero reviews = D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "True Friends" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.