A Dona da Loja de Discos escrita por British


Capítulo 26
Dia dos namorados


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Confesso que a falta de um feedback de vocês sobre a história tem me deixado desanimada para escrever os novos capítulos. Enfim, mas eu to me esforçando para continuar escrevendo e dar um bom final a esta fic. Enfim, boa leitura! (caso tenha alguém que ainda lê)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/689423/chapter/26

Sakura estava animada. Em poucas horas, Sasori estaria em Konoha para abraçá-la, beijá-la, amá-la. Enfim, a saudade que ela sentia do amado parecia esmagá-la.  Chegou ao aeroporto e ficou andando para um lado e para o outro nervosa. Seu coração estava aos pulos. Assim que percebeu que o avião em que Sasori vinha já havia aterrizado, ela correu para o portão de desembarque. Sasori demorou um pouco para para aparecer, mas assim que passou pelo portão, Sakura se jogou em seus braços e o cobriu com beijos.

— Já me sinto bem-vindo. – Sorriu Sasori após afastar seus lábios da namorada. Os narizes ainda estavam encostados, assim com as testas. Senti-la tão próxima era o Sasori mais queria.

— Seu lugar é comigo. Tá errado a gente ficar longe. – Suspirou Sakura, já beijando o namorado novamente.

— Agora estamos fisicamente juntos. Vamos aproveitar, está bem?

— Está tudo ótimo! – Sakura tomou a mão do ruivo e começaram a andar até o táxi.

No caminho até a Full of Songs, Sasori contou sobre como tinha sido seus últimos dias. Sobre Deidara estar tomando conta de sua avó como sempre e como o amigo havia brigado com Ino, quando ela o deu o ultimato para pedi-la em casamento.

— Como Deidara reagiu? – Perguntou Sakura curiosa.

— No primeiro momento, Deidara chamou Ino de louca e falou que não ia deixa-la forçá-lo a fazer nada. Depois dela sumir por um final de semana, ele ficou louco atrás dela e jurou que vai casar dentro do prazo que ela estipulou.

— E qual o prazo?

— Um ano.

— Ela té que foi generosa. – Sakura riu.

— Deidara está em crise, Sakura. Ele não sabe mais o que faz.

— Se ele não quer casar, por que não termina o namoro?

— Porque ele ama a Ino, só não quer casar. Pra ele tá bom do jeito que tá.

— Se não tá bom para os dois, era melhor eles repensarem isso aí. – Aconselhou.

— Eu também acho, mas ele não me dá ouvidos.

— Ah, eu tenho uma novidade pra você.

— Ah é? Qual?

— Meus pais viajaram, pois estão numa segunda lua de mel. Ou seja, temos a casa toda só pra nós dois!

— Isso que eu chamo de notícia boa! – Concordou Sasori.

Após Sasori se ajeitar no quarto da namorada, Sakura teve que abrir a loja e ele garantiu a rosada que seria seu ajudante. Ela aceitou de bom grado. Enquanto Sakura atendia os clientes e dava conta do caixa, Sasori ficou como responsável pela pela arrumação da sessão de música Pop ao som de  Come & Get It, de Selena Gomez. Sasori estava concentrado e mal notou quando Sasuke apareceu na sessão.

— Não sabia que estava na cidade, Akasuna. – Disse Sasuke e Sasori se assustou, quase perdendo o equilíbrio da escada em que estava para arrumar alguns discos na prateleira.

— Olá, Uchiha. Vim passar o dia dos namorados com a minha namorada. – enfatizou o pronome possessivo e Sasuke riu.

— Eu fico me perguntando por quanto tempo ela será sua. – Disse Sasuke e Sasori desceu da escada.

— Por que veio aqui? Pra me ameaçar que não foi, certo? Sakura o viu?

— Ela não estava no primeiro andar quando entrei, então acredito que não.

— Melhor você ir embora.

— Você não manda em mim Akasuna! Além disso, isso aqui é uma loja. Eu sou um cliente e o cliente sempre tem razão.

— Fique à vontade então. Vou para outra sessão. – Sasori falou e saiu. Sasuke ficou rindo sozinho.

Quando Sasori deixou Sasuke sozinho, o ruivo foi atrás do rival até a sessão de rock.

— Você tem medo de mim. – Constatou Sasuke e Sasori riu.

— Só não quero perder meu tempo com um idiota como você.

— Tome cuidado com o que fala. Quer morrer?

— Você não seria capaz, Uchiha.

Antes que uma nova provocação fosse trocada, Sakura apareceu e percebeu que o clima não estava nada bom entre os dois.

— Sasuke, o que faz aqui? – Perguntou surpresa.

— Vocês têm o novo disco do Red Hot Chili Peppers? – Perguntou como se fosse um cliente comum.

— Ainda está em pré-venda. Quer deixar encomendado?

— Claro. Reserve um para mim, Sakura. – pediu Sasuke.

— Você prefere vir buscar aqui ou envio para sua casa?

— Eu venho aqui. É sempre mais interessante olhar seus lindos olhos verdes. – Sasuke disse e Sasori quase voou no pescoço do Uchiha para socá-lo, mas Sakura segurou o ruivo.

— Ok. Já está reservado.

— Sakura, melhor controlar esse seu namorado. Ele anda muito irritado. – Falou Sasuke com um ar de superioridade que irritava Sasori.

— Vá embora, Sasuke. Já fez seu pedido. – Pediu Sakura e ele assentiu.

— Só vou porque você me pediu. Sou cavalheiro e não recuso um pedido de uma dama. – Falou Sasuke e saiu.

— Minha vontade era de matá-lo. – Rosnou Sasori.

— Calma, amor! Ele já foi. Tudo que ele falou foi para te provocar desse jeito. – Sakura disse abraçando o namorado.

— Esse imbecil vem muito aqui, Sakura?

— Não. Na verdade, faz um bom tempo que ele não vem aqui. Sasuke anda estranho, sei lá. Acho que são problemas com o pai.

— Engraçado que o problema dele sempre parece ser a gente.

— Acho que ele já superou. Além disso, nada vai nos separar. – Sakura sorriu confiante.

[...]

Sasuke saiu da loja contente por ter provocado Sasori. Quando Shion o ligou contando que o ruivo iria para Konoha, Sasuke decidiu que não perderia a chance de irritá-lo. Era o mínimo que podia fazer. Mesmo assim, sabia que, se o plano de Shion desse certo, em pouco tempo o namoro dele com Sakura iria para o espaço. Depois de vingado, Sasuke se casaria com outra mulher e tentaria ser feliz.

— Você não toma jeito, né Sasuke? – Disse Shion pelo telefone.

— Queria me divertir com a cara do Akasuna. Tinha que ver ele querendo me bater, Shion.

— Sakura o segurou, não é mesmo?

— Sim. Eles ainda parecem um casal apaixonado.

— Calma. A gente precisa deixar as coisas acontecerem naturalmente.

— Haja logo, Shion!

[...]

Após fecharem a loja, Sasori e Sakura ficaram sozinhos. Sasori estava observando Sakura trocar os canais da televisão sem conseguir achar nenhum filme bom para os dois assistirem.

— Melhor você desistir... – Disse Sasori com um tom desprentencioso e retirou o controle das mãos da namorada e depois desligou a tevê.

— Verdade. Estamos perdendo tempo com isso.

— Amanhã é o dia dos namorados, então o que vai querer fazer comigo amanhã?

— Sexo? – Sugeriu e, ao notar que Sasori esperava mais do que isso, Sakura riu – Não vamos fazer apenas isso. Estava brincando.

— Bem, não era uma má ideia, mas eu curto um pouco de romantismo também.

— Eu sei. – Sakura então beijou o namorado com paixão. Ele repousou a mão na cintura dela e a puxou para perto.

— Vamos esperar até meia-noite e trocar os presentes? – Sugeriu Sasori após o término do beijo.

— Não é Natal para fazer isso, mas acho que seria legal. Afinal, tenho outros planos para nós amanhã.

— Ah é? Que planos, Sakura?

— Sexo durante toda a manhã. Depois vamos almoçar aqui mesmo, pois eu vou preparar algo para nós dois. Algo íntimo e romântico. Depois, vou te legar a um lugar legal que você não conhece.

— Interessante.

Quando deu meia-noite, eles já tinham transado umas duas vezes para se manterem entretidos. E quando ouviu a voz rouca de Sasori desejando a ela um feliz dia dos namorados, Sakura sorriu e o beijou com ternura. Ela amava Sasori mais do que conseguia raciocinar sobre seus sentimentos. Após tomarem um banho e colocarem pijamas para dormirem agarradinhos, Sakura convenceu Sasori a fechar os olhos para receber o seu presente.

— O que você está aprontando, Sakura? – Perguntou Sasori já vendado.

— Você vai gostar. Então, por favor, fique quietinho. – Pediu Sakura indo até o local onde tinha escondido seu presente. Ela trouxe uma vitrola portátil e colocou sobre o colo de Sasori. – Pode tirar a venda agora.

Sasori retirou a venda e ao se deparar com a vitrola embrulhada com uma fita vermelha que formava um laço, ele sorriu.

— É um lindo presente. – Disse olhando cada detalhe.

— Desde que voltei Suna comprei para você. Não dá para um colecionador de discos não ter uma vitrola. – Sakura sorriu.

— Você é perfeita! – Sasori então deixou a vitrola de lado.

— Te deixar feliz também me alegra. – Garantiu Sakura.

— Agora é minha vez. Feche os olhos.

Sakura obedeceu. Ela não trapacearia, pois sabia que Sasori ficaria chateado. Ele também devia ter se esforçado para dar um presente a ela. Embora Sakura tivesse dito ao ruivo que só a presença dele já era um enorme presente, o rapaz fez questão de comprar algo. E não era qualquer coisa. Era algo definitivamente especial.

Sasori foi até o quarto e procurou em sua mala um pequeno embrulho. Quando chegou a sala, Sakura estava com os folhos bem fechados em silêncio. Ele a observou por alguns segundos, respirou fundo, sorriu e pediu para que ela abrisse os olhos, enquanto se ajoelhava a sua frente.

— O que é isso? – Sakura perguntou assim que sua mão tocou o pequeno embrulho antes de abrir os olhos e se deparar com a caixinha de veludo de um anel.

— Abra. – Pediu Sasori.

Sakura abriu a caixinha já imaginando que dentro dele tinha um anel. Acertou. Haviam duas alianças de ouro branco dentro da caixinha.

— Isso é...

Sasori não deixou Sakura terminar de falar.

— Isso é uma pergunta Sakura. Quer se casar comigo? – Os olhos de Sasori eram intensos e Sakura estava boquiaberta. Em Suna, ele já havia mencionado a vontade de se casar com ela, mas aquele anel era a prova concreta de que ele estava falando a verdade.

— OMG! – Sakura disse e disparou a chorar de emoção e a tremer.

— Eu te amo, Sakura. Eu quero você hoje, amanhã, sempre. Dentro da aliança está escrito “You’re my wonderwall”. É dessa forma que eu me sinto sobre você, sobre nós.

— Sasori, tudo que eu mais quero é me casar com você. A resposta é sim! – Disse Sakura ainda emocionada e Sasori colocou a aliança em seu dedo. Da mesma forma, Sakura colocou  a aliança na mão direita de Sasori.

— Agora é oficial. Estamos noivos. – Sorriu Sasori.

— Você é incrível. – Sakura abraçou o agora noivo.

— Nós vamos dar um jeito na distância juntos.

— Eu sei que vamos. – Sakura sorriu.

[...]

No dia seguinte, Sakura e Sasori cumpriram a programação estipulada pela rosada. Na hora do passeio especial, Sasori estava ansioso e inquieto. Que lugar seria esse que Sakura tanto queria o mostrar e que ele não conhecia? Pensava que só exisitia aquela cachoeira que eles já tinham ido juntos, mas parece que havia outra preciosidade que os moradores de Konoha escondiam de quem não era de lá e Sakura estava determinada a apresentar um outro paraíso ao noivo.

Eles fizeram todo o trajeto a pé e de mãos dadas. Vez ou outra, Sakura olhava de soslaio para Sasori só para conferir suas expressões faciais. A conversa no caminho e foi agradável. O casal fazia planos esperançosos de um futuro em comum, com uma casa e filhos. Sakura estava tocada com a forma como Sasori a queria. Riu de si mesma ao pensar como era tola de ter sentido ciúmes dele com Karin. Sasori era muito direto sobre o que sentia. Não tinha porque ter dúvidas.

Quando chegaram ao local precioso de Sakura, Sasori não sabia o que pensar. Era uma casa abandonada. Devia existir alguma história ou lenda sobre o local.

— Chegamos! Te decepcionei? – Perguntou Sakura ao notar que Sasori não entendia o que tinha aquele lugar de especial.

— Ainda não. Mas por que aqui é especial pra você?

— Quando eu era criança, vinha brincar aqui. Quando estava zangada também me escondia aqui e ficava por horas até a raiva ou dor passar. Existe uma história que diz que esse lugar é mágico, que os pedidos enterrados na árvore milenar que está no jardim dessa casa podem se tonar reais. Por isso, eu te trouxe aqui.

— O que veio pedir?

— Nada. Essa árvore já realizou meu pedido.

— Qual foi?

— Você voltar. – Confessou Sakura e Sasori se surpreendeu.

— Então as histórias sobre esse lugar são reais.

— Pelo menos a nossa é. Agora, é a sua vez de fazer um pedido. Faça, escreva e enterre bem fundo. Não é para me contar o que é. Não até se realizar.

— Ok, mas eu to sem papel e caneta.

— Eu trouxe. – Disse Sakura puxando uma folha do bolso da calça e uma caneta.

Sasori pegou o papel, escreveu o que queria, dobrou o papel, depositou um beijo na folha e enterrou bem fundo.

— Tá feito. – Sorriu Sasori.

— Espero que tenha pedido com sabedoria.

— Eu também. Sakura, obrigado por tudo. Por mais isso. Esse lugar transmite uma sensação de paz.

— Verdade. Aqui não é exatamente bonito, mas tem uma aura especial. Sempre que preciso refletir venho aqui.

— Obrigado por dividir mais isso comigo.

— Com você, eu vou dividir tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Dona da Loja de Discos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.