Billdip - De novo, Bill. escrita por LeaDoll


Capítulo 11
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

muito obrigada pelos comentários no último capítulo, me deixaram suuuper feliz ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/689345/chapter/11

 

A loira abriu um sorriso, os cumprimentando.
— Entrem, entrem! Estava esperando por vocês.
Os três haviam acabado de chegar na mansão Northwest, onde tocava-se uma música alta e Pacifica os esperava em frente ao portão.
Dipper nunca gostou muito de festas, mas existiam algumas exceções como esta; sua irmã, pelo contrário, sempre as adorou, nunca perdia uma comemoração.
Bill também costumava a gostar de festas, mas nesse dia seu humor não colaborava.
O loiro vestia um traje amarelo e preto, com uma gravata borboleta que se destacava bastante entre suas roupas. Essas eram particularmente suas preferidas, e estaria feliz em usá-las se não estivesse naquele lugar.
Na droga da mansão Northwest.
Pacifica cumprimentou cada um deles, dando um abraço em Mabel e outro em Dipper, mas Bill preferiu evitar. Ela só o ignorou e se virou para o moreno.
— Seus pais não ligam que você esteja tocando essa música alta à essa hora? — Dipper perguntou, a fitando.
— Eles estão viajando, e provavelmente não ligam se eu fizer uma festa ou não. — Ergueu os ombros e segurou a mão dos gêmeos — Venham, não temos tempo pra perder!
Bill só os seguiu silenciosamente, e simplesmente decidiu que não gostava de Pacifica Northwest, por nenhum motivo pessoal. Simplesmente não gostava.
— Experimentem. — Ela ofereceu um copo de uma bebida colorida para cada um dos três, e o loiro fez uma careta. Já não confiava nessa garota, e do nada ela o dá uma bebida esquisita? Como se ele fosse beber-
— Isso tem álcool? — Dipper perguntou, estranhando o gosto do líquido.
— Claro que não, não tenho idade pra beber, duh. Mas não me pergunte o que tem aí dentro, eu também não sei.
— Eu gostei! Me lembra os sucos que eu costumava a fazer. Você lembra, Dip?
— Sim, Mabel, eu me lembro muito bem daqueles seus sucos com gosto de plástico.
Vendo que todos já tinham tomado pelo menos um pouco daquilo, Bill hesitantemente trouxe o copo aos seus lábios. E a partir do momento em que sentiu aquele gosto doce, não conseguiu mais parar de tomar. Literalmente.
— Bill, você não acha que já tomou demais..? — Mabel tentou tirar o (quinto) copo dele, mas o loiro não deixou.
— Isso é muito bom! Me faz me sentir energético! Como um humano energético! — Bill sorriu, terminando o copo e já estava pronto para o encher novamente. Até que começou a se sentir estranho.
— Se quiser vomitar, o banheiro é à esquerda. — a outra garota disse, nem um pouco surpresa. Qualquer um iria passar mal depois de beber cinco copos daquela bebida estranha.
Então foi isso que ele fez.
Por que diabos os humanos são tão sensíveis..?, o demônio se perguntava, alguns segundos atrás ele estava super energético e agora se sentia horrível. Lavou o rosto antes de sair do banheiro, queria voltar para perto do Pinheirinho e ir logo para casa, longe daquela garota. A festa estava cheia de gente, adolescentes que não paravam de falar nem por um segundo, e isso combinado com a música alta só piorava a dor de cabeça do loiro.
Mas Bill não estava esperando que, quando voltasse, veria Pacifica praticamente se jogando em cima do Dipper, com suas mãos ao redor do pescoço dele e um sorriso no rosto.
— Pacifica, eu... — o moreno começou, mas parou quando viu seu namorado os observando.
— O que, Dipper? Vai deixar que seu amigo nos interrompa?
— Pinheirinho...
Bill cruzou os braços, esperando o outro falar.
— Oh, quer dizer que seu amigo está com ciúmes? Que adorável!
Ciúmes? Bill Cipher não sente ciúmes!, os pensamentos de Bill ecoavam em sua cabeça. Será que ele se tornou tão humano a ponto de sentir isso?
Quando os dois garotos ficaram se encarando, Pacifica começou a rir.
— Aww, vocês são mesmo uns fofos! — Ela se soltou de Dipper, com um sorriso — Mabel me contou sobre vocês. Não se preocupe, Bill, não quero roubar ele de você. Aliás, esse plano todo de ciúmes foi ideia dela!
Ambos ficaram paralisados no momento.
— Pacifica! Isso não tem graça, ugh...
— Na realidade, tem sim. Acho que qualquer coisa vale a pena para te ver envergonhado, Pinheirinho!
— Bill! Ah, droga, eu falei pra Mabel não contar pra ninguém...
— Relaxa, vou manter seu segredo. — ela sorriu gentilmente, e talvez Bill não a odiasse tanto agora. Mas isso não significava que gostava dela.
— Falando nisso, aonde a Estrela Cadente foi?
— A Mabel? Ela deve estar paquerando um dos meus amigos. — Pacifica ergueu os ombros. Agora que parou pra pensar, essa garota não sabia quem ele realmente era, afinal, Bill até que é um nome comum. Ou pelo menos Bill esperava que ela não soubesse.
— Bill? Você parece cansado. — Dipper comentou.
É, sentimentos humanos me cansam. Pensar que eu, Bill Cipher, possa sentir algo como ciúmes, chega a ser estressante. Não era nem para eu gostar de você em primeiro lugar, e ainda sim eu estou no meio de todos esses humanos como se fosse um adolescente normal...
Esses eram os pensamentos do loiro, mas é claro que nunca diria isso em voz alta. Não só por causa da presença de Pacifica, mas também porque admitir isso definitivamente feriria sua dignidade e orgulho como demônio.
— Ah, aquele suco não me fez muito bem, deve ser isso. — não era uma mentira, mas também não era totalmente verdade.
— Se vocês quiserem ir pra casa mais cedo, eu vou entender. Eu estava pensando em chamar a Mabel pra dormir aqui de qualquer jeito.
Dipper concordou com a cabeça e se despediu. Sinceramente, Bill não queria ficar lá mais um segundo e se precisasse fingir que não estava bem para sair de lá logo então faria isso com prazer.
Os dois saíram juntos da mansão, o loiro esfregando os olhos em um sinal de sono.
— Ei, para de se jogar em mim. — falou o moreno quando Bill encostou sua cabeça no ombro dele.
— Rude. Eu quero dormir...
Dipper olhou para ele por alguns segundos, parecia estar pensando se falava ou não algo.
— Quer que eu te carregue?
Silêncio. Essa foi inesperada, pensou o demônio. Era estranho receber tanta gentileza de um humano. É claro que Bill já foi muito admirado durante sua vida, pessoas fazendo de tudo para o encontrar, mas ainda sim isso era algo que o tal achava interessante.
"Gentileza".
Esse ato o fazia se sentir estranho, e por algum motivo Bill sempre soube reconhecer as mais puras das gentilezas como esta. Mas nesse momento ele estava tão cansado que não queria sequer se preocupar com atos humanos.
— Não precisa, Pinheirinho. Você é muito fraco, não vai conseguir me carregar até a cabana! — abriu aquele sorriso de sempre.
Dipper revirou os olhos, mas continuou:
— É pra compensar, já que da última vez você que me levou até lá. Eu sei que você tá cansado, então...
Ele abriu os braços, esperando a resposta do outro. Bill não queria aceitar aquilo, queria entender porque diabos o garoto era assim com ele. O tratava desse jeito, mesmo que eles tenham sido, anteriormente, inimigos.
Queria entender porque Dipper aceitou seu amor.
Exausto demais para pensar, só se jogou nos braços do moreno, que fez questão de o segurar firmemente contra seu peito. Com um sorriso, Bill fechou os olhos, caindo no sono e esperando que conseguisse, algum dia, entender suas próprias emoções.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Billdip - De novo, Bill." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.