Amor & Orgulho escrita por RaihC, Izzy Lancaster Hutcherson


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Desculpem a demora, maa choveu esses dias e o sinal da internet ficou péssima, então hoje eu vim na casa da minha amiga para ela me socorrer e aqui estou eu.
Espero que gostem do capítulo.



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Katniss permaneceu no quarto até a manhã seguinte, não saiu para comer e nem mesmo permitiu a entrada de Rue, que estava preocupada com sua senhora. Cansada da pesada roupa, a trocou para uma camisola azul e deitou-se  na cama. Ela apenas ficou quieta, imóvel, deitada sobre a cama enquanto tentava dormir, mas a mente permanecia inquieta, tentando decifrar os acontecimentos do dia anterior.

Sua noite havia sido péssima, ela não havia conseguido dormir nem um minuto sequer. Seus olhos estavam terrivelmente pesados, mas não conseguiam permanecer abertos. No começo ela pensou que fosse pelos trajes desconfortáveis, mas depois de colocar sua camisola para dormir, percebeu que o problema era realmente consigo.

Katniss apenas conseguiu dormir quando já se iniciava a tarde. Nesse tempo Rue ficou desesperada, batia na porta de meia em meia hora e estava cada triste a cada vez que retornava a cozinha com a bandeja de alimentos intacta. Os demais empregados estavam começando a se preocupar com a situação da patroa, temendo por sua saúde. Alguns até chegaram a acreditar que podia ser um sinal de gravidez, mas Rue sabia que isso era biologicamente impossível. Sua patroa acabou tornando-se uma amiga e lhe confidenciado um segredo profundo sobre seu casamento.

Quando a tarde estava para cair e sem mais opções, Rue ficou desesperada e chegou a conclusão que teria de recorer ao patrão, mesmo que isso lhe rendesse broncas e talvez até seu próprio emprego. A menina bateu na porta do escritório tremendo, seu medo tornou-se maior quando Peeta mando que entrasse com uma voz forte como a de um trovão, mas de uma maneira educada como todo Marquês deve ser.

— Desculpe-me incomodá-lo senhor — falou Rue — Mas é um assunto de importância para o senhor.

— Pode falar menina — falou Peeta. Ele ainda estava estressado, embora não estivesse com a mesma intensidade que o dia anterior.

— É sobre minha senhora, ela permanece trancada dentro do quarto desde ontem quando chegou da cavalgada — relatou e Peeta prestou total atenção no que a garota falou, pela primeira vez — O que mais me deixa preocupada é o fato da senhora Mellark não me responde e nem sequer comeu algo.

— Desde quando isso acontece? — perguntou preocupado.

— Desde ontem após o retorno da cavalgada — respondeu

— Deveria ter me dito antes, menina — reclamou Peeta.

Ele se levantou rapidamente e seu destino foi o quarto da esposa. Subiu as escadas tão rápido que poderia ter tropeçando nos próprios pés e ter caído no chão, mas isso não aconteceu. Seu coração batia apressado, o medo de que Katniss estivesse adoecendo o espremia como se espreme um limão para fazer uma limonada.

— Katniss — chamou alto. Grudou uma das orelhas na porta, mas sua resposta foi o mais perfeito silêncio.

Peeta não pensou direito, quando viu seu pé voava pelo o ar e atingia a porta com uma enorme força, fazendo con que a porta de madeira maciça tremesse. Seu movimento poderia ser comparado aos coices que cavalos dão. Como a porta não abriu, Peeta a chutou novamente, reunindo toda a sua força, a fazendo se abrir de repente. A porta ficou torta, inclinada para trás, com um pequeno buraco onde Peeta havia chutado.

Ele correu até a cama, onde encontrou a figura de Katniss adormecida. Sua expressão era serena, como quem sonhava com algo bom, sua respiração calma. Ele pediu que Rue preparasse uma bandeja para Katniss comer como dejejum, com comidas leves para não pesar o estômago da esposa. Gentilmente ele tocou no ombro da esposa, na pele quente e macia como seda, enquanto lhe chamava pelo nome.

Depois de algumas tentativas, Katniss se mexeu levemente, virando-se para cima. O tecido da fina camisola marcava todo o corpo, todas as ondulações, mas aquilo não chamava a atenção de Peeta quando sua maior preocupação era saber se ele estava bem. Mais alguns minutos depois os olhos de Katniss se abriu os olhos cinzentos.

— Peeta — falou com uma voz levemente manhosa. Sua visão ainda estava um pouco turva, tentando se acostumar. Talvez sua mente estivesse a pregando algum tipo de peça, fazendo ver Peeta.

— Eu estava preocupado, querida — falou enquanto sua mão tocou levemente o queixo ds mulher.

— O que está fazendo aqui? — questionou franzino uma das sobrancelhas.

Seu olhar recaiu para si mesma e foi quando percebeu suas vestes. Nervosa, puxou as cobertas para cima, tampando-se até o pescoço. Seu rosto adquiriu um tom rosado, causando pela vergonha. Nenhum homem a não ser seu irmão ou seu pai a viu com roupas de dormir. Geralmente eram mais curtas, seu comprimento era um pouco acima do joelho, o tecido era geralmente um pouco transparente e apesar de solto, esculpia o corpo. Eram vestes inapropriadas para um homem ver uma mulher, somente cobtecncia entre pessoas casadas. Katniss sabia que para todos eles eram casados, marido e mulher sob as leis dos homens e as leis divinas, mas ela não os considerava assim. Peeta estava começando a adentrar em seu coração como um amigo, alguém que se pode confiar e que pode se apoiar nos momentos complicados, porém, sem qualquer sentimento carnal. Entretanto, suas constantes variações de humores e de completamente a deixam absolutamente confusa.

— Rue contou-me que tem se recusado a sair do quarto e a comer. Não deve fazer isso em hipótese nenhum, Katniss. Deste modo ficará fraca e logo terá algum tipo de doença — explicou Peeta, tomando uma das mãos da esposa para si — Rue foi buscar uma sopa.

— Estou sem fome — garantiu

— Eu não estou pedindo, Katniss. Não sairei deste quarto ate que coma toda e qualquer comida que vier na bandeja.

— Não pode fazer isso. Eu preciso trocar as vestes.

— Irá trocar-se em minha presença então. Sou um homem de palavra senhora Mellark, quando digo que farei algo é porque farei.

— Não ousaria.

— Está me desafiando?

— Não...prometo que como assim que sentir vontade.

— Então eu sairei daqui  assim que eu sentir vontade.

— Não o farei mudar de ideia?

— Nem com seus mais habilidosos truques.

— Com nenhum?

— Nenhum, senhora Mellark.

— Então poderia pegar aquele chalé, preciso me cobrir. Estou em vestes desapropriadas.

Peeta levantou-se e caminhou ate a penteadeira pegando o tecido grosso e macio de lã na cor azul. Retornou ao seu lugar e entregou a Katniss que enrolou sobre o corpo, cobrindo todo o busto.

— Aliás, fica muito bem de camisola, Katniss — brincou Peeta. As bochechas da morena atingiram uma cor que ultrapassava o rosado.

— Não pode ficar me dizendo coisas assim, Peeta — sussurrou

— Por que? Somos casados — perguntou divertido.

— Não é apropriado, além do mais me faz sentir coisas estranhas — confessou desviando os olhos.

— Como o que? — questionou Peeta curioso. Quais sensações seriam estas que ele provocava na morena? Seria algo próximo ao que ela lhe provocava?

— Como uma vergonha extrema e algo que não acho que deva lhe falar.

— Vamos lá Katniss, me diga — pediu tocando seu ombro e aproximando.

Então a morena sentiu a estranha sensação que falava. Começava sempre no ponto onde Peeta lhe tocava, espalhando-se para todo o corpo. Um calor intenso, do qual não havia explicação, mas que era agradável e lhe deixava desejando mais e mais desse calor. Entretanto, isso não eram coisas a serem ditas a um homem. Nem sequer eram coisas para estar pensando nesse momento.

— Nada — insistiu e virou o rosto para o lado.

— Eu ainda irei descobrir todos os seus segredos, senhora Mellark — garante e Katniss olha para ele sorrindo — Desculpe-me por ontem, às vezes eu não sou muito gentil.

— Você saiu sem me deixar nenhuma explicação, além do mais foi grosseiro. Não pode ficar cometendo uma sucessão de erros e pedir desculpas em seguida — falou Katniss, fazendo com que Peeta baixasse a cabeça.

— Eu sei, por isso insisto que me desculpe. Eu, realmente, não sei o que deu em mim para agir daquela maneira.

— Pensei que seríamos amigos…

— Somos amigos, não somos? Eu realmente sinto muito se lhe magoei Katniss, não foi minha intenção. Vivi muito tempo sozinho e acabei me apessoando a sua pessoa, a ideia de tê-la distante me tirou da razão.

— Eu vou estar aqui por você sempre, Peeta, mas não aceitarei estas mudanças contínuas de humor. Isso apenas irá nos afastar.

Peeta segurou a mão da esposa, quase em um gesto desesperado e levou aos lábios. Ali selava uma silenciosa promessa que faria o possível e o impossível para nunca ter Katniss distante de si, mesmo que isso signifique tê-la apenas como amiga.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam desse pedido de desculpas? Peeta é burro as vezes, mas eu tenho fé que ele se ajeita.
Deixem as opiniões de vocês nos comentários, eu adoro ler cada um. Me digam se gostaram, se acham que pode melhorar, se acharam legal.
Beijos e até o próximo.



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