It's Torture escrita por Yurippe


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu estava revirando umas músicas antigas e achei essa do Les Friction e acho que combinava tanto com uma fanfic do casal mais depressivo de fairy tail, por que não? fjdsflkjskfjs
Mais uma fanfic do meu otp para vocês, espero que gostem ♥



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Mavis abriu seus olhos com calma, tentou se acostumar com a claridade. Sua cabeça doía bastante. Ela estava sendo carregada por alguém, por isso, tentou lembrar do que tinha acontecido antes de ter desmaiado.

Lembrava que estava na guilda, Jacob tinha entrado pela porta e feito com que todos desaparecessem. E por algum motivo ele conseguia sentir a presença da maga, algo que ela não entendia, pois só os magos da Fairy Tail conseguiam a ver.

Lembrava também que Natsu e Lucy tinham conseguido acabar com ele, e logo depois, Mavis tinha conseguido formular um plano para derrotar Zeref, assim, ela foi atrás de seu corpo original, junto com Cana. Cana, depois de protestar um pouco, ela liberou a magia fairy glitter, e só lembrava disso.

Se Mavis tinha acordado logo depois disso, e se ela estava bem, provavelmente ela estava em seu corpo original. Tudo tinha dado certo.

Mas onde ela estava? E quem estava carregando ela?

Abriu os olhos de uma vez. Ela enxergou as costas de um desconhecido, essa pessoa usava um terno preto, o desconhecido não dizia nada, apenas caminhava. Os dois estavam dentro de algum lugar já que ele caminhava por um grande corredor.

Mavis se remexeu um pouco, o que fez o desconhecido a segurar com mais força.

— Quem é você? Me larga! — Mavis protestou, socando as costas da pessoa, o mesmo não parecia ligar muito para isso. Mavis suspirou, ela estava cansada e só queria saber onde estava.

A primeira mestra sentiu um pingo caindo em sua mão, ela virou a palma de sua mão e viu uma gota de sangue. Ela passou a mão em seu rosto e reparou que estava sangrando um pouco.

Não poderia ficar pior, certo?

E por mais um tempo, o desconhecido tinha parado de andar. Ele bateu em alguma porta e logo a abriu, ele entrou em uma grande sala.

— Eu trouxe o que você pediu. — Essa voz... Mavis reconhecia. Era Jacob, que tinha lutado contra Natsu e Lucy, se ele tinha conseguido sequestrar ela, o que tinha acontecido com a guilda?

E seus pensamentos logo foram quebrados quando sentiu o impacto com o chão, sim, o mago tinha simplesmente jogado Mavis no chão. Como Mavis estava fraca, ela não conseguiu amenizar o impacto com suas mãos, apenas caiu no chão, sentindo o choque e logo depois a dor.

Mavis escutou a porta sendo fechada. Ela tentou se levantar colocando as mãos para seu apoio, com dificuldade, se ajoelhou, ainda encarando o chão, muitas perguntas vinham em sua cabeça. Essa preocupada com a sua guilda, se todos estavam bem, ela queria saber onde estava... Mas as perguntas de Mavis tinham sido cessadas logo após a quebra do silêncio naquela sala.

— Mavis...

 

Saboreie o tempo e os problemas

Me deixe aqui preso no labirinto

Viverei e morrerei nesta bolha

Mas eu nunca vou desistir de teu caminho tortuoso

 

E logo tudo parou. Aquela voz.... Aquela voz que ela conhecia tão bem. Que atrapalhada seus sonhos, seus devaneios e pensamentos todos os dias. O dono dessa voz que Mavis tentava evitar de pensar. Era como se todo o preparo de Mavis para esse reencontro tinha sumido.

A maga sentia medo, dor, estava tremendo, seus olhos estavam ardendo, ela poderia chorar ali, agora, mas não, ela não poderia, ela tinha que se mostrar forte, ela sabia que esse reencontro iria acontecer cedo ou tarde, ela sabia.

Apertou seus punhos, respirou fundo e ainda ajoelhada no chão, encarou o dono daquela voz, que estava de costas para ela.

— Zeref...

 

Me amedronto quando você está por perto

É uma tortura

 

O silêncio permaneceu. Mavis tremia um pouco, mas não poderia fugir. Ela queria chorar ali mesmo, mas não poderia mostrar sinal de fraqueza. Ela também queria correr até ele e o abraçar, dizer que ela nunca esqueceu o que tinha ocorrido no passado. Mas, por conta que tudo que ele tinha feito contra a guilda da maga, ela sentia ódio também. Era uma mistura de sentimentos que ela não conseguia controlar direito.

— Devo pedir desculpas por como Jacob te tratou, mas acho que ele tem motivos para isso. — Zeref quebrou o silêncio.

— E qual seria o motivo para tanta violência? — Mavis retrucou, não tirando os olhos do mago.

— Ele não gosta de perder uma luta, e perder para o Natsu e a maga de cabelos loiros o deixou bastante irritado.

Zeref, que antes estava de costas, se virou para encarar a maga que estava ajoelhada no chão. Mavis apertou seus punhos com mais força, como era difícil fingir que olhar para ele e conversar com ele daquele jeito era uma coisa normal e simples de se fazer.

Para Zeref, também era difícil... A garota que ele já tinha amado um dia, e ainda ama, mesmo não querendo admitir para si mesmo. A garota que estava lá para ele nos dias mais difíceis, a garota que não importava quem ele era, que não importava com a sua magia descontrolável... A garota que ele tinha matado...

Como era difícil recordar o passado para os dois. A história do garoto e da garota amaldiçoados.

 

Nunca considerava inútil suportar o peso da sua dor

Um presente concebido por anjos,

Bênçãos escuras oferecidos em vão

 

— Onde estou? — Mavis perguntou.

— Não posso dizer agora, mas logo você descobrirá. — Zeref respondeu, com um sorriso fraco no rosto. Mavis suspirou, ela não gostava desse drama. — Mas você sabe porque está aqui, o que não preciso me dar o trabalho de explicar.

— Fairy heart... — Zeref não poderia ter em mãos essa magia de jeito nenhum.

— Isso. Mas a questão é.... — Zeref caminhou até a garota e ajoelhou e ficou de frente para a maga. — Por que você voltou ao seu corpo original?

— Como se eu te dissesse o motivo. — Mavis virou a cara e deu um sorriso irônico.

— Não esperava que você me respondesse. — Zeref colocou sua mão no queixo de Mavis e virou seu rosto para ela encarar ele.

Aquela aproximação não estava favorecendo Mavis. Ela não sabia o que sentir, o que dizer, o que fazer... Só queria estar o mais longe possível dele, daquela pessoa que atormentava tanto os pensamentos da maga.

Mavis pegou a mão do mago e tirou do seu rosto. Ela não poderia aceitar aquela aproximação, para o seu próprio bem.

 

Fiquei do lado de fora, quando o teto desabou

E rastreado a partir dos destroços onde estava deitada

Você estava fora de alcance, e estava fora de tempo

 

O mago só a encarava, mas dentro da mente se passava muitas coisas. Como ela não tinha mudado nada, claro, por conta da maldição de ter usado Law. Mas também, como ele tinha saudades de ver ela, de sentir os cabelos loiros dela, de ver os olhos esverdeados dela. Ele tinha pensado que quando eles se reencontrassem, ele não teria nenhum problema, mas não, suas memórias do passado com Mavis estavam invadindo sua cabeça aos poucos.

Mavis já não aguentava aquilo, tentou se afastar um pouco, já que não conseguia se levantar, se moveu um pouco para trás. Zeref, percebendo sua movimentação, foi mais perto da maga. Sem dizer nada, voltou sua mão para o rosto da maga. O lado direito do rosto da maga estava sangrando. Mais tarde iria perguntar para Jacob o que tinha acontecido, e se ele que fez isso com a maga de cabelos loiros, ele iria receber uma bronca.

Mavis só encarava os olhos do mago negro. Queria entender o que ele estava fazendo, mas ao mesmo tempo não queria essa aproximação dele.

Zeref sentiu o medo de Mavis. Recordou que no passado ela nunca teve medo dele, mas agora talvez ela tinha motivo para ter. E isso o deixava mais incomodado.

 

Quando eu removi tudo daqui

Você segurou minha mão e me puxou para baixo consigo

 

O mago então viu uma lágrima teimosa de Mavis sair dos olhos esverdeados da garota. Se surpreendeu, ele nunca tinha visto ela chorar. Mas esse não era o pior, ela estava chorando por causa dele, da situação que ela estava, por tudo isso...  Ele limpou a lágrima do rosto da maga, mas não adiantou muito, pois mais lágrimas estavam aparecendo.

— Mavis, eu... — E antes de Zeref tentar dizer alguma coisa, Mavis quebrou o espaço que tinha entre os dois, ela o abraçou. Um abraço que ele não esperava, um abraço que ele tinha tanta saudade...

 

É uma tortura

Me amedronto quando você está por perto

É uma tortura

As cicatrizes nunca vão se curar

 

— Por que Zeref, por quê? Por que tem que ser assim? — Perguntava Mavis como uma voz de choro. — O que fizemos de errado para isso acontecer? — Ela apertava mais o abraço como se nunca mais quisesse soltar do mago. Ela apertava as roupas do mago com os punhos como se tivesse com raiva e ódio por tudo isso estar acontecendo.

Zeref passou a mão nos cabelos de Mavis para tentar acalma-la, mas sem êxito, porque ela chorava mais ainda. Parecia que, o que Mavis tinha evitado a vida toda, tinha voltado para acabar com ela de uma vez. Tudo que a maga tinha guardado para si mesma, ela estaria jogando para fora dela agora.

O mago abraçou ela mais forte, uma lágrima escapou dos olhos de Zeref. Como era difícil para ele, e mais para ela, tudo isso, essa situação. Claro que ele se sentia culpado, mas ele tinha decidido que iria fazer aquilo há anos atrás, não poderia desistir só por causa de Mavis.

 

O horror

Da sua alma tão negra e fria

É uma tortura

E eu não posso vencer o que não pode ser morto

 

— Eu te odeio Zeref, como eu te odeio. — A maga ainda chorava. Zeref sabia que não era verdade que ela o odiava, ou se fosse, ela o odiava porque ela o amava. O mago beijou a testa da maga e deu um sorriso e por fim, respondeu.

— Eu também te amo, Mavis.

 

Guarde um lugar dentro das paredes de sua mente desordenada

Vamos ouvir o silêncio

E navegar de volta para quando você desmoronou em decadência

 

E antes que Mavis pudesse dizer mais alguma coisa, os dois escutaram uma explosão. Zeref quebrou o abraço e se levantou. Mavis limpou suas lágrimas, tentou se acalmar e apenas sorriu. Ela sabia o que essa explosão se tratava.

— Você é mestra de uma guilda que os magos não desistem tão fácil, não é mesmo? — O mago também já tinha entendido quem era os causadores dessa explosão.

— Claro. E dessa vez, esteja preparado, pois minha guilda o irá te destruir. — Mavis se levantou, se sentindo confiante que agora tudo daria certo.

Um romance de amor e escuridão. Onde os dois teriam que resolver de uma vez por todas... com guerra.

 

Não há amor na violência

Não há mais amor


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