Como Se Apaixonar Por Gabriel Chase escrita por Miss K


Capítulo 1
A Louca da Arma Rosa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem meus amores.
No final do capitulo está uma partezinha aleatória do próximo capitulo, nem sempre vai ser algo realmente importante, mas só um dialogo que eu gostei ou achei amorzinho.
Aproveitem u.u



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Gabriel Chase.

 

Sexta-feira.

 

 

Eu estava sentado em um bar.

Tinha diversas garotas que podiam ser levadas pra minha casa e passar uma noite, mas não estava ali pra isso, infelizmente, a minha irmã mais velha teve a brilhante ideia de querer sair comigo, ou seja, nada de transar essa noite.

Ela já estava atrasada quinze minutos e eu estava impaciente, bebi o resto de cerveja que tinha no copo e pedi pro garçom trazer mais, já estava cansado de esperar e de dispensar garotas, se minha adorável irmã não chegasse nos próximos dez minutos ia pegar uma mulher qualquer e levá-la para minha casa.

Eu realmente esperava que a minha sexta-feira acabasse assim.

Minha cerveja chegou e eu comecei a beber, tocava um rock antigo no rádio do pub, universitários veteranos riam alto, conhecia alguns da faculdade, cursava algumas cadeiras com eles, até haviam me chamado para ir sentar na mesa deles, mas tive que recusar, admitindo que havia levado um fora da minha própria irmã.

Estava disposto a levantar e ir embora quando terminasse aquele último gole, contudo, como se lesse meus pensamentos, a porta da entrada foi aberta e a minha irmã passou pela porta rindo e falando com uma garota.

Naquele momento a minha ficha caiu, ela não queria apenas conversar comigo, aquele ser de mente diabólica havia planejado um ENCONTRO pra mim, chamei o garçom e pedi um uísque forte, ninguém merece, em uma sexta-feira ter um maldito encontro, dá até vontade de vomitar.

— Gabe meu bem como está? — ela me abraçou com força.

— To bem Barbara e você? — minha irmã alargou mais o sorriso e levantou a mão direita, no seu dedo anelar tinha um anel prateado com uma fita dourada. — Parabéns.

Ela riu e me abraçou de novo, dessa vez um abraço mais demorado, do tipo que eu não gosto, não me julguem, não gosto de demonstrar afeto por nenhuma pessoa em público, por isso não tenho paciência para essas mulheres que querem ir ao cinema e jantar romântico, não podemos assistir filmes e comer dentro de casa? Acho que esse “encontro” já está mexendo comigo, vamos voltar ao assunto.

Bárbara me soltou, a garota que havia trazido estava em pé do nosso lado tentando fingir não se importar que havia sido ignorada, eu a conhecia, e muito bem por sinal, na verdade ela havia sido o relacionamento mais longo que eu conseguira manter na vida, durou uns três meses.

— Gabriel esta é Caroline, ela é minha vizinha nova, Caroline este é meu irmão — Barbara apresentou feliz, crente que havia me arrumado uma namorada e quem sabe, se ela tivesse sorte, um casamento.

— Eu sei quem ela é. Como tem andando? — estiquei a mão para cumprimenta-la, ela retribuiu com um sorriso fraco.

— Muito bem Gabe, e você? — respondeu baixo.

— Bem, vamos sentar temos muito o que conversar — puxei as cadeiras para elas, o garçom já havia deixado o copo quadrado na mesa e eu nem havia percebido.

— De onde se conhecem? — minha querida irmã perguntou.

— Estudamos juntos no primeiro ano — respondi, Caroline não pareceu contente por eu falar apenas isso, mas ela queria o que? Que eu falasse que ela foi o grande amor da minha vida e que nunca esqueci ela?

— Aqueles foram bons anos — Caroline comentou olhando o cardápio simples do local.

— Que mundo pequeno não, se encontraram depois de cinco anos. Sabia que a Caroline está fazendo veterinária Gabe? — minha irmã era a pessoa perfeita para ignorar qualquer tensão que havia nos lugares, pra falar a verdade acho que ela nem prestava atenção nisso, apenas saia falando qualquer coisa.

— Verdade? É legal, tenho uns amigos que estão cursando também — respondi vago deixando explicito que não queria conversar com elas, o garçom veio até a nossa mesa e isso me rendeu mais alguns minutos de paz.

— O que você está estudando Gabriel? — Caroline perguntou assim que o garçom saiu.

— Letras. Estou no quarto semestre — bebi o resto de uísque que ainda tinha no meu copo.

— Interessante, eu ia cursar letras, mas eu sou muito apaixonada pelos bichinhos então escolhi veterinária — fiquei imaginando como ela reagiria quando alguém levasse a cobra de estimação no consultório veterinário dela, ri por dentro e apenas assenti para ela.

Um outro garçom nos trouxe o hambúrguer que eu pedi, a salada de Caroline (quem vai em um pub/restaurante de esquina comer salada?) e a porção de batatas fritas com bacon da Barbara.

Não precisei me preocupar em falar, já que as duas mulheres preencheram todo o silêncio com suas conversas sobre Prada, Gucci, Chanel e coisas de moda, eu precisava apenas fazer comentários curtos quando era solicitado.

Depois de comer fiquei observando Caroline, ainda estava parecida com a imagem que eu tinha dela com quinze anos, os fios loiros estavam mais longos, antes iam até os ombros agora chegavam na cintura, os olhos claros ainda eram iguais e os longos cílios claros os emolduravam, a pele estava bronzeada e dava para ver uma marca de biquíni leve pela renda do vestido branco, o sorriso ainda era igual, porra o que eu estava pensando?

Bebi do refrigerante de Barbara já que não queria gastar com mais cerveja sendo que tinha em casa, resolvi olhar quem entrava e saia do local com a esperança que a movimentação no meu campo de visão fizesse com que o tempo passasse mais rápido.

Enquanto olhava entraram dois homens e três mulheres, e então mais ninguém entrou, dois minutos depois a porta foi escancarada com força, mas ninguém pareceu se importar, uma garota de cabelos pretos passou por ela xingando baixo, parou perto do bar e olhou todo o lugar, parou os olhos em mim e sorriu satisfeita, depois abriu a bolsa e começou a procurar alguma coisa, parecia uma adolescente normal, vestia um vestido meio curto verde escuro e um cinto preso a cintura preto com detalhes metálicos.

— Vamos embora Gabriel? — Barbara me chamou já de pé, fui até o caixa com elas e paguei metade da conta e obriguei a minha irmã a pagar o resto já que eu havia sido convidado (obrigado) a ir até lá por ela. — Você pode acompanhar Caroline até o nosso prédio? Gustavo tá mal e eu tenho que ir ver ele.

— Claro — suspirei, se eu soubesse que ia ter que levar alguém em casa eu tinha ido de carro, a minha sorte era que elas moravam perto do bar, mas não perto o suficiente para que não existisse conversa.

— Como tem passado os últimos anos Gabe? — Caroline perguntou como quem não queria nada, mas eu sabia exatamente o que ela queria que eu respondesse.

— Bem, eu acho, não tenho do que reclamar — não foi uma resposta ruim.

— Quando te vi me lembrei do ensino médio. Isso é infantil? — ela riu baixo.

— Espero que não porque eu também me lembrei, tenho um pouco de saudade daquele tempo. Quando nada importava.

— Eu tenho saudade de “nós” — ela virou o rosto para o outro lado nós ficamos em silencio até chegar na frente do prédio.

Eu também sentia, talvez se não tivesse sido um filho da puta estaria com ela até hoje, naquela época ela a garota quase perfeita, gostava de mim, mas não ficava sempre atrás de mim, me dava liberdade e cuidava de mim, na verdade nem lembro porquê terminamos, nem lembro se fui eu ou ela que acabou o relacionamento, Caroline parou na minha frente, nós ficamos nos encarando por um tempo.

— Até mais — ela me deu um abraço forte, e por três segundos gostei de estar perto de alguém.

Ela me soltou e caminhou rápido na direção da porta do prédio, continuei parado, estava pensando se ia atrás dela ou não, interrompi meus pensamentos sobre isso pois escutei passos atrás de mim e um barulho de metal, alguém cantava baixinho We Are The Champions do Queen.

Me virei e dei de cara com a garota de cabelos pretos que havia entrado no bar, ela tinha um sorriso vitorioso, estava com um braço esticado e estendia na direção da minha testa uma pistola cor-de-rosa.

— QUE PORRA É ESSA? — berrei, ela agiu como se não estivesse ali. — Tira esse negócio da minha cara sua louca.

Segurei o pulso dela e dei um passo para o lado, a menina pareceu tão surpresa com o fato de eu poder tocar nela que apertou o gatilho e embora a arma não tivesse silenciador, não fez barulho algum, para falar a verdade parecia mais que ao invés do barulho alto e oco que as armas normalmente fazem, eu podia jurar que havia escutado pássaros cantando.

—Você não está me vendo — ela disse baixo tentando se soltar apavorada.

—Ah eu estou, o que você quer apontado essa coisa nos outros, podia ter me matado sua idiota — eu continuei segurando ela.

—Não, é impossível, você não me viu antes, por que está vendo agora? — ela juntou as sobrancelhas e começou a falar mais alto.

—É obvio que eu te vi antes, você entrou que nem uma louca naquele pub — ela balançou a cabeça freneticamente negando.

—Não, não mesmo, você não está me vendo — ela começou a mexer na bolsa a procura de alguma coisa.

—Você é esquizofrênica, é obvio que eu consigo te ver. To até te tocando — balancei a mão dela e ela pareceu mais assustada.

—Minha chefe vai me matar, ela vai me decepar. Onde você está? — a garota começou a jogar as coisas da bolsa no chão.

Eu não sabia que atitude tomar, ela já havia tirado da bolsa desde um exemplar de Game of Thrones até uma espécie de radar em forma de coração rosa forte.

—Achei — exclamou feliz, então apontou pro meu rosto um frasco de perfume, pude ler no rotulo escrito em letras cursivas Sleep Darling. — Agora não vou mais ser morta.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa ela apertou várias vezes seguidas o botão do spray, mas só havia um problema, ela cometeu um pequeno erro que eu sei que vocês também fizeram quando eram pequenos, a abertura do spray estava vriada na direção errada, então ao invés dela espirrar qualquer que seja a coisa que havia naquele frasco chamativo, ela tinha deixado virado para o próprio rosto, de forma que ao invés do liquido esbranquiçado vir na minha direção foi na direção dela.

Ela piscou os olhos várias vezes seguidas antes de parecer focalizar meu rosto novamente, aparentava não estar entendendo o que estava acontecendo, pude sentir pelo seu braço que ela estava ficando mais mole, como se lentamente caísse no sono.

— Eu. Estou. Ferrada.

 

No próximo capitulo de Como se Apaixonar por Gabriel Chase

— O que vocês usam para as dores passarem?

 — Nós usamos magia.

 — Magia?

 — Do que está rindo?

— Você disse que usam magia pra se curar, onde você mora? Em Hogwarts?

 — Obvio que não. Ninguém te contou que Hogwarts não existe?


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Notas finais do capítulo

Me falem o que acharam da ideia e tal please.
Até o próximo amores :*



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