Juntos pelo Acaso escrita por Any Queen


Capítulo 6
Quinto passo: Não dê doce ao bebê


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeee, vocês têm muita sorte, só ia postar amanhã porque já está tarde, mas decidi postar agora porque não me segurei.
Bem, quero agradecer imensamente aos comentários no cap anterior, vocês são incriveis.
E a Vicky Queen essa leitora MARAVILHOSA que recomendou a fic, muito obrigada!!!
Espero que gostem do cap, vejo vocês nas notas finais.
Boa leitura ♥



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— Eu não acredito que você fez isso!

                Parei de beijar a loira que tentando colocar suas mãos dentro da minha calça para encarar a dona do grito. Felicity estava segurando uma mamadeira vestindo um tipo de quimono com apenas uma Lingerie vermelha por baixo. Puta merda, eu tinha um fraco muito grande por lingerie vermelha, isso não era justo, não conseguiria mais olhar para a loira.

                - Você não fez isso comigo, bombom! – choramingou ela com uma ótima atuação de uma esposa traída.

                A loira que eu achava que se chamava Ruby, tirou a mão da minha calça e se afastou da porta do meu quarto. Eu sabia o que eles atava fazendo, o mesmo que eu tinha feito com ela dois dias atrás, eu tinha que admitir que era justo, o justo não era ela aparecer seminua na minha frente.

                - Ollie? – perguntou a suposta Ruby. Eu olhei para ela sem saber o que fazer, sabia que Felicity ia usar de tudo para eu perder a noite.

                Minha blusa botão estava aberta até a metade, minha calça aberta, ela escolhera um péssimo momento.

                - Ele não te contou que é casado? – Felicity gritou com ela, mas não tão alto, Sophie já deveria estar dormindo – Ele sempre faz isso comigo!

                - Você não disse que era casado! – a loira me empurrou e olhou para Felicity – Me desculpa! Eu juro que se soubesse que ele era casado nunca teria feito isso!

                - Oliver Queen sempre faz isso com a mulheres – Ela até soltou uma lágrima! Estava apelando – Achei que agora com a nossa filha ele ia se comportar. – disse abanando a mamadeira.

                - Você é um canalha! – Ruby me fuzilou – Não vai falar nada?

                - Você acreditaria em mim? – olhei para Felicity e arqueei a sobrancelha.

                - Não! – gritou em resposta – Vou contar a todas as minhas amigas sobre você, seu grande idiota! Traidor.

                - Me desculpe, Ruby! – gritei enquanto ela descia as escadas com passos furiosos.

                - É Cooke. – com isso ela bateu a porta e Felicity começou a rir.

                - O gosto da vingança é maravilhoso! – ela me encarou com um desafio nos olhos e sorriu – Acho que até te ajudei, Queen, imagina como seria se você gemesse o nome dela errado... Seria broxante, não acha?

                - Você ganhou essa. – disse levantando os braços – Mas eu também te ajudei princesa – disse me aproximando – Aquele Larry era um cara estranho pra você.

                - É Barry. – Felicity disse impaciente – E quem é você para dizer isso? – ela ergueu o queixo.

                Presumi que ela deveria ter esquecido que estava seminua na minha frente, porque Felicity era uma mulher tímida para essas coisas, nunca tinha a visto com saias mais curtas do que as com que trabalhava. Encarei seu corpo, era lindo, suas pernas eram fartas assim como seus seios por debaixo do sutiã. Ela percebeu que eu a encarava e fechou o quimono em volta de si.

                - Eu posso dizer isso porque posso ser considerado especialistas no corpo das mulheres.

                Ela corou, mas não baixou a guarda.

                - Eu não sou como essas mulheres com que você faz sexo, Mr. Queen.

                - Não, com certeza não. – me aproximei mais um pouco e ela se contraiu – Mas seu corpo é fácil de ler, Ms. Smoak.

                - Jura?

                - Te avisei uma vez: não duvide do meu poder de atração. – cheguei até ela e coloquei meus braços no corrimão da escada, prendendo-a entre meus braços – Você está nervosa, mas está atraída por mim. Como eu sei disso? Seus lábios estão entreabertos, suas coxas se apertando...

                - Devia escrever um livro, com toda essa sua imaginação. – ela levantou o olhar e me encarou. Droga, eu estava atraído por ela. Afastei-me com pressa, essa brincadeirinha tinha me deixado excitado e isso não era para ter acontecido, era apenas para tirar sarro com ela.

                - Vou tomar um banho. – corri para o meu quarto, deixando Felicity com um olhar desentendido no rosto.

                PVO Felicity

                Corri com Sophie no colo para o elevador, ela chorava e eu estava maluca para achar o patinho magico dela, mas estava impossível com duas bolsas em um braço e a criança no outro.

                - Eu sei, meu amor, eu estou procurando!

                Thea precisou se ausentar hoje, tinha pegado um misterioso resfriado e Oliver – estranhamente acordando cedo – tinha saindo antes de mim. Sophie não tinha ninguém para ficar com ela então eu tive que levá-la comigo para a Palmer Tech, Ray tinha me dado a tarde livre para fazer as compras com Oliver, então só tinha que conseguir deixa-la viva até o almoço.

                - Você pode segurá-la por um segundo? – entreguei Sophie para a pessoa do meu lado sem ver seu rosto e comecei a procurar seu patinho, que achei com grande facilidade, puxando para fora com um barulho estridente.

                - Você sempre deixa a criança com pessoas estranhas em um elevador, ms. Smoak? – virei o rosto como naquele filme do Exorcista para encarar nada mais nada menos do que Isabel Rochev em suas roupas impecáveis.

                - Eu só precisava achar o patinho. – peguei Sophie de volta e olhei para o marcador de andar, ainda faltavam dez.

                - E se eu fosse um pedófilo?

                - Você não estaria trabalhando aqui? – tentei.

                - Eu não trabalho aqui. – ela disse como se fosse obvio – Qualquer um pode pegar esse elevador. Até visitantes.

                - Eu sabia que era você. – menti, Sophie começou a apertar o patinho fazendo um som infernal no meu ouvido, com isso, recebi olhares raivosos de todo elevador, inclusive da Isabitch.

                - Possui olhos nas costas? Você não olhou para minha cara, ms. Smoak.

                - Eu sinto a presença de vadias. – murmurei, tão baixo que achei que ninguém ia escutar.

                - É com esse vocabulário que você quer criar uma criança?

                - Deus, você tem super-audição? – o elevador apitou e abriu, graças ao bom Deus era meu andar, corri para fora sem me despedir.

                Suspirei e olhei para Soph, que sorriu para mim sem saber o quão ferrada estávamos.

                - Você não facilita as coisas. – ela sorriu novamente e mandou um beijo – Tem que ser fofa desse jeito. – Dei um beijo nela e andei até a mesa de Curtis – O quanto você me ama?

                - O que você quer? – perguntou ele sem levantar o olhar.

                O patinho fez barulho e Curtis levantou a cabeça vagarosamente até me encarar e dizer um audível não.

                - Por favor, eu tenho uma reunião em cinco minutos!

                - Eu não sou bom com bebês! – ele levantou e andou até mim.

                - Você quer adotar um!

                - Eu quero adotar uma criança, não um bebê! Eu não suporto esses palhaços encrustados em pequenos seres humanos.

                - É por uma hora. – empurrei Sophie para seu colo e coloquei a bolsa na sua mesa – Eu sou sua chefe e... Vou te dar um bônus por isso.

                - Quanto de bônus? Cobro por hora e com juros.

                - Deixa de ser chato. – ajeitei minha bolsa – Se ela começar a chorar é fome ou cocô.

                - Jura, Felicity?

                - Te amo. – gritei enquanto saia correndo pelos corredores.

                No final da reunião, suspirei por não receber nenhuma ligação maluca do Curtis. Mas assim que ela acabou, ele estava na porta esperando para entregar a criança, ele estava sem seu terno e com comida no rosto.

                - Ela é um pequeno demônio. – Curtis jogou ela para mim.

                - Não chame ela assim. – sorri para a bebê – Ela é um amorzinho, não é Sophie?

                - Ela não queria comer! Então continuou chorando.

                - Soph não gosta da minha comida, mas Oliver não estava em casa para...

                - Me sujou todo! Depois vomitou em mim o que tinha comido.

                - Você está exagerando!

                - Só a visão do paraíso para você ser perdoada, Felicity Smoak. Esquece – disse ele de repente – Está perdoada.

                - O que? – estranhei, para Curtis esquecer ele geralmente pedi um vinho caro e não era assim do nada.

                - O Gostosão n°1 chegou. – Curtis suspirou – Ele com certeza é a visão do paraíso.

                Olhei para onde Oliver estava, ele conversava com um homem na estrada do departamento de TI. Não o tinha visto desde ontem, depois da cena que o fiz passar, ele tinha agido estranho depois das nossas provocações. Eu tinha que admitir que se ele tentasse alguma coisa eu aceitaria, Oliver estava irresistível com aquele cabelo bagunçado e a blusa aberta...

                - Fecha a boca, Smoak, ele está vindo. – sacudi a cabeça e encarei Oliver.

                - Thea pediu desculpas por cancelar tão em cima. – disse o Gostosão n°1 quando chegou até nós.

                - Vocês devem arrumar uma babá reserva, pode deixar que eu arrumo uma para vocês! – exasperou meu melhor amigo.

                - Você está péssimo, cara. – falou Oliver.

                - Essa...

                - Curtis! – o interrompi, Oliver olhou para mim pela primeira vez e sorriu.

                - Bom dia, princesa.

                Droga, eu estava me acostumando com isso.

                - É quase a hora do almoço. – sorri de volta.

                - Me retirando da zona tensa... – Curtis saiu e me deixou encarando Oliver feito boba, por que ele tinha que ser fofo de manhã?

                - Vamos almoçar e depois fazemos a compras. Você já está livre? – um grupo de mulheres passou por nós e deram sorrisinhos para Oliver.

                - É assim na sua empresa também? – perguntei arqueando a sobrancelha.

                - Isso é ciúmes, Smoak? – ele pegou Sophie do meu colo e sorriu sugestivo.

                - Vamos comer. Comida. – acrescentei rapidamente.

                                                                                              ***

                - Para de pegar doce, Oliver. – chamei sua atenção.

                Ele já tinha dado a Sophie chocolate e continuava pegando doces e colocando no carrinho.

                - Soph é criança! – ele entregou outro chocolate, sabendo que assim que ela pegasse eu não teria coragem de pegar de volta. – Precisa do sustento infantil.

                - Mas não precisa de uma cárie infantil.

                Estava colocando arroz no carrinho quando uma mulher bonita passou por Oliver e ele deu uma picadela.

                - Então é assim. – ri – Você usa Sophie para conseguir mulheres.

                - Consigo mulheres sem Sophie, mas como não vou mais à boates, tenho que arrumar outros modos. – ele olhou novamente para a morena e sorriu.

                - Você tem que ter lábia, só pode.

                - O que foi? – perguntou ele curioso.

                - Você não pode simplesmente sorrir e elas abrem as pernas pra você.

                - Sim, tenho uma ótima lábia. – ele entregou outro pedaço de chocolate para Soph e eu desisti voltando a olhar a lista, mas tive uma ideia.

                - Use-a comigo. Quero vez como você faz. A lábia. – disse para não deixar segundas intenções.

                - Não. – ele andou com o carrinho até a seção de frios e parou – Não ajo sob pressão.

                - Você não sabe ser divertido! – comecei a pegar carne.

                - Você pode me ajudar aqui. – olhei para ele, Oliver estava apertando botões aleatórios no telefone – Acho que ele está possuído.

                - Deixe-me ver. – mexi em algumas coisas rapidamente e devolvi – Alguns vírus, ele vai ficar bem.

                - Nossa, você deve ser boa nisso. – ele me deu um daqueles sorrisos de meninos.

                - Obrigada. – sorri de volta, era a primeira vez que ele fazia um elogio – Na verdade, fui a melhor aluna da minha classe de MIT... Ah... – seu sorriso aumentou e eu percebi o que ele estava fazendo – Entendi – sorri de volta – Você é muito bom nisso, Queen.

                - Um dom natural.

                - Felicity. – uma voz masculina me gritou, olhei para trás para encontrar Ray andando em nossa direção.

                Grande merda! Oliver ia fazer alguma piada comigo, eu estava ferrada mesmo dessa vez.

                - Não faça nada. – avisei.

                - Isso vai ser divertido.

                - Felicity. – repetiu Ray sorrindo na minha direção – Mr. Queen.

                - Você e Oliver se conhecem? – perguntei um pouco alterada.

                - Eu e Mr. Palmer temos negócios juntos. – respondeu o loiro como se não fosse nada demais – A elite de Star City.

                - Então, Felicity, será que eu poderia falar com você? – pediu o Gostosão n°2.

                - Claro. – olhei para Oliver nervosa – Não dê mais doce a ela. – E segui Ray.

                - Estava começando a sentir falta das nossas conversas. – disse Ray quando alcançaram uma distância segura – Não sabia que estava com Queen.

                - Não estou. – retruquei rápido – Estamos criando Sophie juntos, fomos escolhidos pelos pais, mas eu não gosto do Oliver, não dessa maneira. Quero dizer, ele está me ajudando com Soph, mas é só isso. Eu e ele? Nunca, nem pensar... – mordi o lábio quando percebi que estava falando demais – Vou parar de tagarelar em 3, 2, 1...

                - E eu aqui só querendo te chamar para sair.

                Abri a boca sem saber o que dizer, Ray Palmer, minha paixonite secreta e conhecido por Curtis como Gostosão n°2 estava me chamando para sair. Eu sempre quis isso, comecei a suar e esquecer do meu nome, por que eu estava tão nervosa? Não queria mais e estava com medo de dizer não? Não, tirei isso da minha mente.

                - Em um encontro? – perguntei, arranco um riso seu.

                - Sim, Felicity. – Ray sorriu timidamente – Hoje, às oito, eu te pego na sua casa.

                - OK. – foi tudo o que eu consegui dizer.

                                                                               ***

                Me encarava novamente no espelho, estava vestindo um vestido azul longo com o cabelo preso para trás. Estava tudo perfeito, mas temia que tivesse faltando algo, suspirei e disse a mim mesma que Ray não notaria. Olhei para o relógio, faltavam dez minutos, eu e a minha mania de estar adiantada.

                Peguei a bolsa e sai do quarto, pedindo aos deuses dos primeiros encontros para que tudo desse certo, era a minha chance com um cara divertido e bonito, eu não podia estragar tudo. Desci as escadas com cuidado, para não tropeçar no salto e vi Oliver com Sophie sentados no sofá desenhando rabiscos em um papel, Queen estava sem camisa, como ele sempre fazia, só para me deixar confusa.

                Ele levantou o olhar e me encarou profundamente, eu não conseguia distinguir o que estava pensando, mas me prendeu no seu olhar até terminar os degraus. Oliver levantou do sofá e andou até mim, ainda me encarando tão fundo que parecia enxergar algo que eu não via.

                - O que achou? – perguntei com a voz fraca.

                - Fantástica. – disse ele com um suspiro.

                - Não tem muita coisa? – perguntei com uma careta, ignorando o que seu elogio fazia comigo – Ou faltando alguma coisa?

                - Está perfeito. – falou sem hesitar.

                - Vou acreditar em você, já que possui um dom natural. – sorri, mas logo voltei a me preocupar com o encontro, fazia muito tempo que eu não saia com ninguém e todos depois do desastroso com Oliver tinham sido horríveis – Será que você me faria um favor?

                - Se é sobre não aparecer sem camisa quando Ray chegar, eu já sei.

                - Não. – falei com uma careta, era algo muito mais vergonhoso – Será que você poderia me... beijar?

                - O quê? – Oliver se remexeu e me fuzilou surpreso.

                - Faz um bom tempo que não tenho relacionamento, então acho que é melhor ver se meu beijo não é um total desastre.

                - Quer que eu avalie seu beijo? – o loiro me encarou com diversão e assentiu – Com prazer, mas vou logo avisando – ele levantou as mãos em inocência – Não me responsabilizo pelo o que vai acontecer ou sentir.

                Dei um leve empurrão em seu ombro.

                - Não tire sarro, não queria ter que pedir isso. – expliquei olhando para baixo.

                - Tudo bem. – ele colocou a mão no meu queixo, me fazendo olhar para cima. – Não vou tirar sarro. – constatou com uma voz baixa.

                Olhei para ele encontrando seus lindos olhos azuis, não como o mar, mas como o céu, como se tivesse segredos inimagináveis dentro deles, tão imenso e inexplorado. Sua mão desceu para meu pescoço, enquanto a outra me puxou para perto, encostando seu corpo ao meu. Senti seu calor por toda extensão das minhas células, estava derretendo nos braços dele e Oliver nem havia me beijado ainda. Passei a língua pelos lábios e esperei ansiosamente enquanto ele descia os seus em direção aos meus.

                Assim que nossas bocas se encontraram foi como se houvesse um pequeno big ben em uma escala a dois. Uma explosão de sentidos me fez segurar em sua nuca para me apoiar, enquanto meus lábios dançavam com o seu em perfeita união. Oliver passou sua língua na base do meu lábio inferior me fazendo abrir para ele, sua língua invadiu minha boa, sugando, beijando e mordendo.

                Quando voltei a me situar, estava encostada na parede com a perna de Olive no meio das minhas, suas mãos na base dos meus seios, eu sentia sua ereção e isso me fez acordar e me afastar. Respirei fundo várias vezes, antes de arrumar minha postura.

                - Então? – disse exasperada – Como me saí?

                - Viciante. – ele sorriu fraco e se afastou – Ray vai se apaixonar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram, espero vocês nos comentários.
Responderei os anteriores amanhã porque já está na hora de deitar, estou morrendo de sono.
Tive uma ideia para outra fic Olicity, estou montando na minha cabeça, se ficar algo legal talvez eu comece a escrever
Kisses ♥