Juntos pelo Acaso escrita por Any Queen


Capítulo 4
Terceiro passo: não esqueça o bebê


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como eu disse, se os capitulos fossem pequenos eles seriam postados com frequencia, então mais um e pequeno!
Quero dar meus imensos obrigadas pelas respostas positivas dos comentários anteriores, foram bastantes e como eu disse, eles me animam muito para escrever mais rápido.
Segundo, quero agradecere a Emily Smoak pela recomendação, MUITO MUITO obrigada por recomendar, você foi maravilhosa, obriga mesmo.
Cap não revisado
Espero que gostem, boa leitura ♥



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PVO Oliver

                Segui até porta me perguntando quem diabos estaria na porta uma hora dessas, estávamos no meio de um momento divertido e eu estava fazendo algo que sempre gostara de fazer: tirar sarro de Felicity.

                Abri porta com uma carranca e vi uma multidão do lado de fora. Bem, não era uma multidão, porém não eram poucas pessoas e eu não estava no clima para ver tanta gente. Ainda me lembrava de Tommy e Laurel o tempo todo.

                - Sério, John? – ele sorriu.

                Diggle olhou para esposa que segurava a filha deles, Sara. Thea também estava lá, me encarando com um olhar sapeco, Slade e sua esposa Shado com o filho Akio, que moravam na rua e mais um garoto que não reconheci. Dig morava naquela rua e quando Tommy decidiu que queria se mudar da mansão da família, Diggle disse que tinha uma ótima casa no seu bairro afastado da cidade.

                - Não vai nos chamar para entrar, Ollie? – Thea perguntou.

                - Claro – disse abrindo passagem – Só estou um pouco surpreso, o que vocês estão fazendo aqui?

                - Achamos que você ia precisar de ajuda, garoto. – Slade me deu alguns tapinhas no braço e eu os guiei para a sala de estar.

                - Eu e Felicity não esperávamos isso.

                - Falando nela, onde está Felicity? – perguntou Lyla.

                - Estávamos tentando colocar frauda na Sophie. – fui até o pé da escada – Felicity – gritei – Temos visita.

                - Já está usando o “nós”, Oliver? – brincou Shado.

                - Infelizmente estamos morando juntos. – disse a loira no alto da escada com o rosto um pouco sujo com talco.

                - Praticamente casados. – disse o garoto que eu não conhecia.

                - Só que sem a parte de dormir juntos. – respondeu Felicity.

                - E você, quem é? – não gostava de gente estranha na minha casa, ainda mais quando, claramente, Thea estava interessada.

                - Esse é meu afilhado, Oliver – explicou Dig – Roy Harper.

                - Diggle insistiu. – disse o menino acuado, acho que estava fazendo o meu papel de macho alfa assustador bem.

                - Não tenha medo dele, Roy – falou Felicity colocando Sophie do lado de Sara no chão – Ele não morde. Pelo menos, não as pessoas que não são as garotas com quem ele dorme.

                - Acho que não sou o tipo dele. – Roy sorriu para Felicity e recebeu um tapa de Dig.

                - Mas pode ser o meu. – Thea arqueou a sobrancelha sugestivamente e foi a minha vez de lhe lançar um olhar reprovador.

                - Chega desse assunto. Vamos pra cozinha? Talvez pedir uma pizza? – Propus – Não confio em Felicity para cozinhar alguma coisa.

                - Ei! – exclamou ela colocando Sophie e Sara no cercado – Eu sei fazer café.

                - Isso não vai alimentar uma criança. – disse Thea.

                - E é por isso que Oliver var ser a mulher da casa. – ela me deu tapinhas nas costas e fomos para a cozinha.

                - Já decidiram como vão fazer? – perguntou Shado – Quando Akio nasceu tínhamos sorte porque eu não trabalhava.

                - Johnny e eu tivemos que arrumar uma babá. – disse Lyla.

                - Eu posso ser sua babá! – Thea se levantou e começou a puxar meu braço – Deixa, deixa, Ollie.

                - Por que você quer ser babá, Speedy?

                - Ora, porque eu terminei o colégio e ainda não sei o que vou fazer da minha vida. Além do mais, meu trabalho é só anoite e eu não quero ficar com a mamãe e Walter o resto dia.

                - Não sou só eu que decido. – olhei para Felicity que tinha um olhar preocupado no rosto, não a culpava, Thea não parecia nem um pouco confiável para cuidar de uma criança.

                - Prometo que vamos pensar. – disse a loira.

                - Já vai voltar a trabalhar, Felicity? – perguntou Dig.

                - Não. – espera, ela não tinha dito isso de tarde – Eu queria voltar amanhã, mas depois de hoje eu percebi que ainda temos que aprender como cuidar de Sophie, então pedi a Ray mais um dia.

                - Podemos dar algumas dicas. – falou Shado – Marcas de fraudas, leites, comidas que podem e não podem ser dadas.

                - Prepare-se para ficarem acordados pelos próximos dois anos da vida de vocês. – Slade jogou uma cerveja para mim e eu fiz uma careta.

                - Comando uma boate, vai ser coisa fácil. – mas não era isso que eu estava pesando.

                - Tem aulas para pais de primeira viagem aqui no bairro. – disse Lyla.

                - São boas – completou Dig – ela me obrigou a fazer depois que Sara nasceu.

                - Você evoluiu muito depois delas – brincou Roy pegando uma cerveja – Você não sabia segurar a menina direito.

                Olhei para Felicity.

                - Por mim tudo bem. – disse ela.

                - Então tudo bem, vamos fazer essas aulas. – sorri e dei um gole na bebida.

                - Shado tem um dom natural com crianças. – expôs Slade – Graças a Deus, não precisei fazer essas aulas.

                - E você nunca soube trocar uma frauda. – reclamou Shado – Felicity, não deixe que Oliver jogue tudo pra cima de você!

                - Vamos fazer a nossa divisão bem igualitária. – a loira começou a pegar os pratos e colocar na mesa – E com noites livres iguais também.

                - Tinha que ser de acordo com frequência das nossas vidas amorosas. – sugeri.

                - Assim não vale, Ollie. – disse Thea depois que parou de rir – Você consegue sair um cinco mulheres em uma noite, Felicity nunca sairia de casa.

                - Isso é culpa dela. – levantei o braços em inocência – Eu apenas tenho uma amorosa mais agitada que ela.

                - Mais agitada que a maioria das pessoas. – disse Diggle.

                - Eu não estou nem aí, vai ser dividido igualmente, até porque eu não sei cozinhar. – destacou a técnica de TI.

                - Comida de bebê é fácil! – falou Shado – Mas tem que ser de marca orgânica e...

                - Devíamos estar anotando isso? – Felicity me olhou esperando uma resposta.

                - Vou pegar seu computador.

                                                               ***

                Aproveitamos o dia seguinte para colocar as nossas coisas no lugar e doar as roupas de Tommy e Laurel. Felicity ficou com o quarto de hospedes, eu fiquei com o quarto de Sophie e mudamos ela para o quarto dos pais, nem eu, nem Felicity arrumamos coragem para dormir lá.

                Felicity adentrou na sala usando moletom e com o cabelo desarrumado, Sophie já estava dormindo e eu e ela estávamos exaustos por causa de toda mudança.

                - Acho que a nossa divisão vai ser fácil. – disse ela pegando o computador e sentando ao meu lado no sofá – Eu trabalho de dia e você a noite. Sem contar que é só nos finais de semana.

                - Não trabalho mais. – ela tirou os olhos do computador e me encarou.

                - O que?

                - Achei que não seria visto com bons olhos pela assistência social eu trabalhar em uma boate. – dei de ombros.

                - Mas Oliver, eu nunca pedi para você desistir da sua boate. Você e Tommy a construíram com tanto entusiasmo.

                - Você não precisava pedir. – olhei para ela – E também não faz mais sentido fazer isso sem Tommy, o plano foi todo dele.

                - E o que você vai fazer? Sem ofensas, mas acho que não ter um emprego também não pega bem.

                - Vou substituir Walter na QC.

                - Vai virar um CEO? – desacreditou ela rindo – Desculpa.

                - Eu posso muito bem presidir uma empresa. – retruquei.

                - Claro, claro. – disse ela segurando o riso – Então você vai entrar no trabalho que horas? Se é que você vai trabalhar...

                - Às nove também.

                - Então precisaremos da sua irmã. – Felicity suspirou e digitou no notebook – As aulas são as terças às sete da noite, não esquece! Daqui a duas semanas eu tenho um evento importante na Palmer, então nem pense em marcar alguma coisa nesse dia.

                - Vai ter que me lembrar, princesa. – sorri inocente para ela.

                - Desculpa, esqueci que estava falando com alguém de inteligência limitada. – bufei para ela.

                - Sobre as noites livres. – falei.

                - Sim, vou fazer um quadro do mês, dividindo as noites e com as coisas que são inadiáveis. E sim, Oliver, você pode trazer suas peguetes para fazer sei lá o que com elas aqui. Não vou te privar disso, contudo que seja um horário depois de Sophie dormir e antes de ela acordar. E se possível sem muito barulho. – disse ela com uma careta.

                - Isso eu não posso prometer, princesa. – arqueei uma sobrancelha e desliguei a TV.

                - Vai dormir? – perguntou ela sem tirar os olhos do computador.

                - Não somos casados para eu te responder tanta intimidade. – falei como se fosse uma brincadeira, mas por dentro estava preocupado que isso fosse ficar sério demais.

                Sempre tive pavor de casamento, isso foi um dos motivos para nunca casar com Laurel e sempre ficar traindo ela. Agora eu estava morando com alguém e nem ao menos estava dormindo com ela! Não pretendia começar uma família, agora estava presa dentro de uma e não fazia ideia de como ia fazer para não estragar tudo. Eu não queria estragar tudo.

PVO Felicity

                - Oliver! – bati na porta novamente, ele iria se atrasar e eu não sei porque estava insistindo em acordá-lo – Nós precisamos ir e sua irmã já está aqui! – estava prestes a bater de novo quando ele abriu, usando apenas uma tolha.

                - Por que você está fazendo tanto barulho? – tentei encontrar as palavras, mas só conseguir pensar em como o peitoral dele era incrível, Laurel sempre disse que ele tinha um corpo maravilhoso, mas nenhuma palavra poderia explicar aquela visão magnífica. – Felicity?

                - Você... Você vai se atrasar.

                - Eu sou o presidente – disse ele como se fosse obvio – Não tem problema. Já você...

                - Certo. – respirei fundo – Estou receosa de deixar Sophie com sua irmã, é a primeira vez que vamos deixa-la sozinha depois de tudo.

                - Vai ficar tudo bem – ele me segurou pelo ombro e me obrigou olhar para ele – Sophie vai ficar bem, ela é ótima.

                - Eu sei, você tem razão. – suspirei.

                - Geralmente tenho. – dei um empurrão nele e me livrei do seu aperto.

                - Estou indo.

                - Bom trabalho.

                Cheguei atrasada no trabalho, então entrei correndo no hall procurando meu crachá. Trombei com alguém magro, mas que do mesmo jeito me fez cair no chão. Ele começou a murmurar desculpas e me deu a mão para levantar.

                - Tudo bem... – tentei ver seu crachá.

                - Barry. Barry Allen.

                - Felicity. Smoak. – ele sorriu envergonhado, era muito fofo – Então, Barry, novo aqui?

                - Sou da polícia, na verdade, ciência forense. – nós começamos a ir pro elevador, que convenientemente estava vazio.

                - Aconteceu alguma coisa?

                - Uma mini centrifuga foi roubada ontem à noite, estou aqui apenas para checar algumas pistas.

                - Estou um pouco afastada dos assuntos da empresa nos últimos dias.

                - Problemas de família? – sugeriu ele.

                - Sim, mas está tudo bem agora. – respirei fundo e sorri – E você? É daqui?

                - Não, moro em Central City, devo ficar por uma semana no máximo.

                - Aconselho a ver nosso departamento de ciências aplicadas. – um barulho me fez voltar para a realidade e sai do elevador – Até mais, Barry.

                - Foi bom te conhecer.

                - Felicity! – a voz de estridente de Curtis chamou minha atenção – Senti sua falta!

                Abracei meu amigo e concordei, também sentia falta dele.

                - Então, me diz como é morar com Oliver Gostosão Queen?

                - Ele não é tão gostosão assim... – estava tentando convencer a mim mesma – Ray pode ser mais.

                - Não, não. Oliver Queen está na primeira posição. Ray Palmer desceu para posição Gostosão n°2 na vida de Felicity Smoak.

                - Você não está ajudando. – reclamei.

                - Mas vou ajudar agora. – ele sorriu de lado e eu fiquei com medo – Gostosão n°2 está na sua sala.

                - O que? – adiantei meu passo e avistei meu chefe sentado em uma das cadeiras para visitantes – Ai. Meu. Deus. O que eu faço? – olhei desesperada para Curtis.

                - Não haja naturalmente. – com esse comentário ele me empurrou para frente.

                - Senhorita Smoak. – disse Ray olhando para cima – Estava começando a ficar preocupada com você.

                - Estava? – perguntei, mas logo me repreendi – Quero dizer, não há motivos para isso.

                - Está tudo bem agora? – concordei dando a volta para sentar na minha mesa. – Que bom.

                - Sophie é uma boa menina.

                - Ela tem sorte de ter você, mas temo que ela tenha me roubado você dos cafés da manhã. – corei e não respondi – Aqui – eles esticou uns papeis – preciso que analise esses dados.

                Estiquei o braço para pegar e Ray segurou a minha mão. Pigarrei apetando a mão dele e ele olhou para mim.

                - Você tem um corte feio aqui. Deveria ir na enfermaria.

                Estava com tanta vergonha por achar que ele queria outra coisa que apenas concordei e corri para enfermaria. Eu conhecia a média que trabalhava lá, Caitlin sorriu quando eu entrei correndo e murmurando palavras sem sentindo.

                - O que aconteceu, Smoak?

                Com essa pergunta idiota eu soltei tudo que tinha acontecido nesses últimos dias, a morte de Laurel, minha transformação repentina em mãe de uma menina de um ano e meio e minha amorosa que ia de mal a pior. Comecei a chorar no meio da explicação, esquecendo completamente da minha mão.

                - Não vai cair. – disse ela.

                - O que? – perguntei fungando.

                - Sua mão vai ficar bem. – ela pegou um bloco e começou a escrever.

                - Achei que você tinha dito que minha mão ficaria bem.

                - Eu disse. – ela tirou a receita e me entregou – Isso aqui é para outro problema. Uma ou duas taças devem servir.

                Sorri com sua prescrição e levantei para lhe dar um abraço.

                - Obrigado, Snow.

                - Conte sempre.

                Funguei e concordei.

                - Fica de olho, tem um policial fofo aqui no prédio. – pisquei para ela e fui embora.

                No final do dia, corri para casa e peguei Sophie com Thea. Oliver ainda não tinha chegado e também não atendia o telefone, deixei uma mensagem falando que o esperaria no local na aula. Estava ficando preocupada com sua falta de feedback, ele era um idiota, mas não faria isso comigo. Ou com Sophie.

                Chegamos no local cinco minutos adiantados. Esperei com Sophie do lado de fora, mas menina já estava ficando impaciente, querendo chorar.

                - A culpa não é minha, Soph. – tentei chamar sua atenção – Oliver não responde minhas ligações.

                Decidi entrar na escola onde acontecia as aulas e encontrei alguns pais entrando na aula, todos juntos, como uma família, pareciam não ter problemas, pareciam perfeitos. Tudo já estava sendo difícil, mas o que estava me sustentando até agora, era que eu não estava sozinha. Pelo menos, era o que eu achava, todo esse tempo achei que podia contar com Queen, mesmo sabendo que ele poderia me decepcionar, agora estava rezando para que ele só estivesse atrasado e não me deixado sozinha.

                - Senhora? – chamou alguém.

                - Sim. – arrumei a bolsa e Sophie no colo.

                - Sou a organizadora do projeto. – ela sorriu para Sophie – Temos reuniões especificas para mães solteira, toda segunda.

                - Eu não estou sozinha! – gritei com uma raiva repentina – Ele já está chegando.

                - Tudo bem, desculpe. – ela tentou sorrir – Já vamos começar.

                Ela foi para dentro de uma sala e eu fiquei encarando o corredor, sentei no chão e deixei Sophie livre cutucando a minha bolsa. Peguei o telefone e liguei novamente.

                - Aqui é Oliver Queen, você já sabe o que fazer. Se for gata, deixe seu número depois do sinal.

                - Cadê você? – choraminguei – Você prometeu que estaria aqui, nós concordamos! Não vou ser mãe solteira, Oliver, você me prometeu que tentaríamos juntos, por Sophie.

                Desliguei meu telefone e encostei a cabeça na parede, respirando fundo. Depois de meia hora, peguei minha menina e decidi voltar para casa e seguir a receita da Cait, talvez até uma garrafa inteira.

                - Eu não quero ficar sozinha. – disse para Sophie, mesmo sabendo que ela só me olharia com aqueles imensos olhos azuis. – Eu sei, não devia ter confiado nele.

                Sempre tinha ficado com raiva de Oliver Queen, agora eu estava decepcionada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esses ultimos acontecimentos foram bem corridos, mas achei que ficaria chato prolongá-los, nos proximo cap vamos ter Oliver estragando tentativas amorosas da Fefe então aguardem haha.
Como eu, assim como vocês meus queridos leitores, sou uma viciada em fanfics de Olicity, vou deixar aqui as que eu leio. Se você também lê, vamos falar sobre, se você escreveu alguma dessas me fale para trocarmos spoiler e se você não leu, eu recomendo.
Ai vai:
* 100 dias com Oliver Queen de daisyantera
*Redenção de LelahBallu
*Sweet Connor de Karly e MissDream
*Conselheiro amoro de Mical
* Never Stop de Ellen Freitas
*Entrando em apuros em Vegas também por LelahBallu
* Undisclosed desires de Larissa Redfield

Isso é tudo pessoal ♥



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