Um Último Adeus escrita por Sayumi Ota


Capítulo 1
Loving Him Was Red


Notas iniciais do capítulo

Inspirado no capítulo 5 da HQ dos Titãs v2 (que eu custei para achar na internet, mas era tanta imagem boa de casais que eu tive que ler).
Espero que tenham uma ótima leitura!



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A belíssima alienígena sabia o que estava por vir. Mesmo hesitante, ela precisava ter certeza. Não era a primeira vez que os dois haviam teoricamente reatado, e se ela não tomasse uma atitude, aquilo continuaria para sempre.

Koriand’r inclinou-se para alcançar a pequena escada que levava até o fundo da piscina. Dick encostou-se no canto da piscina, e fechou os olhos.

— Eu sentia falta disso. – falou Dick, deixando o peitoral a amostra. Um dos privilégios de aproveitar a piscina, pensou Estelar.

— Da piscina? – perguntou Koriand’r, preparando-se para um mergulho. Ela usava seu biquíni roxo e exibia o corpo alaranjado em ótima forma.

— Bom, sim – respondeu ele. – Não estava mencionando isso especificamente. Mas é claro, também.

Pé ante pé, Estelar foi descendo pela escada.

— Então, você está falando metaforicamente? – questionou ela. Algumas vezes, Estelar não entendia os humanos. Metáfora era algo tão humanizado.

— Não, eu sentia saudade de estar aqui na Torre Titã. Eu estive aqui como Robin e – Estelar deu um mergulho.

— Dick Grayson? – continuou a garota, ajeitando seus cabelos ruivos.

Ele deu um sorriso.

Os dois colegas de equipe continuaram a conversar, apesar de Koriand’r sentir que ambos estavam evitando o ocorrido. Por que eles continuavam a fazer isso? Sempre indo e voltando, sem nunca terem algo verdadeiramente sério?

Tudo bem, eles haviam cedido a tentações, e poderiam jogar a culpa em um dos irmãos de Ravena, o que era o pecado da luxúria. Mas Kory queria que Dick assumisse de vez algo, ou então que desistisse dela. Afinal, era tão difícil para ela lidar com aqueles sentimentos e um vestígio do que nunca foi, e que poderia ter sido.

Estelar voltou a falar:

— Quando o filho de Trigon usou o poder de seu pecado capital, luxúria, contra nós, e nós...

— Ficamos nostálgicos, sim. – continuou Dick. Era isso que Koriand’r não aceitava. Por que Dick não assumia nada?

— Aconteceu. – Ela olhou para ele e deu um sorriso sensual. – Nós fomos submetidos. O poder dele gerou uma emoção. – Não era inteiramente verdade, não para ela. Aquela emoção estava lá, e ela estava tentando apagá-la.

— Com certeza – concordou Dick. – Uma emoção não desconhecida para nós dois.

— Sim, às vezes as coisas acontecem... – Estelar chegou mais perto do rapaz.

— Isso foi usado apenas para frear nosso progresso. Mas não foi um crime isso ter acontecido. – Foi a vez de Dick se aproximar.

— Sim – afirmou Estelar.

— Sim – devolveu Dick.

Os rostos de ambos estavam tão próximos de os lábios se tocarem, que Estelar tinha que tomar coragem antes de desistir.

— É apenas...

— Sim? – sussurrou Dick, curioso.

— Não acho que deveríamos deixar acontecer de novo. – respondeu ela.

Dick se afastou.

— O quê? O que você quer dizer? – O choque de Dick chateou Koriand’r, ele não queria algo sério, para variar. Era sempre assim.

— Fomos um casal quando éramos muito jovens, e essa conexão nunca foi longe... – Estelar desatou a falar. – Mas não podemos continuar fazendo isto. Começar, acabar. Amantes, amigos. Depois, tudo outra vez. Temos que parar.

— Eu não estava insinuando... – Dick tentou se justificar. – Não estava tentando que...

— Não, eu sei. – Estelar ergueu uma mão para pará-lo. – Mas acabamos de deixar que aconteça. Acontece quando os tempos são difíceis ou quando estamos sozinhos.

— Ou quando temos uma boa desculpa. – complementou Dick. Então ele admitia.

— Certo – prosseguiu Kory. – Como depois de sermos “forçados” a isso. Se voltarmos a estar juntos, acha que nos defenderíamos alegando que é algo da “influência restante de um filho de Trigon”?

— Provavelmente. – respondeu o homem, olhando-a.

— Dick... – Ela tinha que perguntar. Era o único jeito. Conseguia sentir que a resposta a decepcionaria, e mesmo assim, tinha de fazê-lo. – Você me ama?

Dick parecia sem saída.

— Kory, você sabe que eu... – Ele tentou responder. Estelar não queria tentativas. Ela queria respostas.

— Dick, você sabe muito bem o que isto significa. – falou ela, sem paciência. – Não no sentido de “gostar” ou de ter um lugar especial em seu coração. Você me ama? Eu falo de amor “eterno”. Amor de um jeito que não procura nunca por desculpas.

Ela se abraçou, aguardando a resposta.

— Não. – respondeu secamente.

Então era isso. Koriand’r sentiu que era idiota por achar que Dick ainda sentia algo por ela, assim como ela sentia por ele. Porém, naquele momento, a alienígena decidiu deixar de gostar dele, pois não havia esperanças para ela.

Como forma de despedida de seu amor, Estelar aproximou-se de Dick e o beijou. Foi um beijo triste, e a ruiva percebeu que não se repetiria tão cedo. Aliás, a função dela agora era fazer com que um beijo entre eles não acontecesse mais.


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Notas finais do capítulo

Como foi? Ruim ou não? Dick muito kanes, eu sei. Mesmo assim, gosto muito dele ;-;. Sou trouxa mesmo.
Espero de verdade que tenham gostado! Vejo vocês nos comentários! Bombons de chocolate, até o/!



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