O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 25
O Gatilho Desenfreado - Parte II


Notas iniciais do capítulo

''Oh look - I'm opening my box of care! Oh wait - it's empty!''
— Jinx



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Anos atrás

Jinx era apenas uma criança de cabelos azuis no mar de outas crianças problemáticas deixadas no Colégio interno por pais que não os suportavam mais. Todos deviam pensar que por juntar tantas crianças mal comportadas em um lugar só, o Colégio Interno de Piltover deveria ser desorganizado, mas não era. O colégio Interno era uma das melhores escolas de toda Valoran, e geralmente as crianças que formavam lá realmente mostravam uma melhora em seu comportamento. Com um sistema muito rígido os alunos, viviam uniformizados, e eram orientados a seguir as tarefas do dia por um supervisor, as penalidades para desobedições eram psicologicamente cruéis, entretanto os bônus para bom comportamento eram perfeitos.

 Jinx odiava as matérias normais das quais era obrigada a fazer, mas havia uma matéria que ela amava: mecânica tecnológica. Piltover, sendo a cidade do progresso, com certeza incluía ensinamentos básicos sobre tecnologia em todas as escolas. Seu querido professor Heirmerdinger era o melhor da área, e aquela escola com certeza tinha dinheiro o suficiente para pagar por isso, sendo uma escola apenas para os ricos, e também detentora de uma ótima reputação em relação ao seu ensinamento.

Apesar da maravilhosa escola, a cidade de Piltover carecia de soluções para as áreas mais desfavorecidas financeiramente. Jinx, apesar de pequena já entendia a política suja daquela cidade, onde os pobres viviam nas precárias periferias, sujeitos a todo tipo de doenças, catástrofes, violências e outros, enquanto os ricos caiam nas graças das autoridades. Jinx sabia disso graça a televisão, e a janela de seu quarto que dava vista para as partes periféricas de Piltover. Todo dia alguém ali morria, ou de fome ou doente. Aquelas pessoas eram invisíveis para o resto da cidade, era como se apenas Jinx pudesse vê-los. Assim como aquele dia sangrento em Fleljord, aquelas situações arrancavam a sanidade dela toda hora. Havia algo muito errado com o mundo. Mas ninguém parecia notar.

Ainda assim Jinx possuía boas notas em todas as disciplinas, era uma mente brilhante, principalmente na matéria de Heimerdinger, da qual era a primeira da classe, isso fez com que Heimer e ela criassem um certo gosto um pelo outro.

Piltover amanhecia, e Jinx acordara com o som de tiros distantes vindo da favela, o que era comum, só não via quem não queria. Jinx se perguntava se haveria algum outro quarto capaz de estar ouvindo o mesmo que ela, mas ela duvidava.

O fleche de sol que invadia seu quarto batia em um pôster colado na parede, que constava da imagem de uma garota de cabelos rosa e uma tatuagem no rosto que dizia "Vi". Vi era uma ladra, uma das melhores que Piltover já viu. Jinx se encantava com a astúcia da criminosa para roubar bancos e para fugir. Algumas poucas vezes teve o privilégio de ver a garota de cabelos rosa andando pela favela, lugar onde crescera. Jinx olhou por mais alguns instantes o pôster a sua frente. Aquilo lhe dava inspiração. Vi era como sua única certeza em meio ao caos. Havia outras fotos menores de Vi que a própria Jinx tirara, todas pregadas na parede, alguns bonecos de cabelos rosa e até uma carta escrita pela própria Jinx. Ela era uma fã, uma das muitas.

 A garotinha se libertou do seu transe e se levantou da cama, espreguiçou e passou a mão pelos cabelos, sem sequer se olhar no espelho ela trançou os cabelos e vestiu o uniforme saiu de seu quarto direto para o refeitório esperar o café da manhã. A TV estava ligada e as reportagens passavam sem receber muita atenção, até que uma transmissão da nova Xerife da cidade chamou sua atenção. Nessa entrevista a Xerife Caitlyn falava sobre um novo membro da sua polícia: Vi.

Os olhos de Jinx arderam de raiva, seu punho se fechou e ela abaixou a cabeça para que ninguém percebesse seus dentes cerrados.

Não podia acreditar. Não, não queria acreditar. A criminosa rebelde que roubava dos ricos e dava para os pobres, agora tinha mudado de lado. A única coisa em que já acreditou ser certa em toda sua vida, agora não passava de mais uma praga na plantação. Um ódio enorme floresceu na pequena garotinha, sua primeira reação foi ir ate seu quarto e quebrar todos os bonecos de Vi, rasgou as fotos com lágrimas de ódio nos olhos e finalmente encarou o grande pôster. Seu punho cerrou outra vez, ela o ergueu e apontando o dedo indicador e o do meio (imitando uma arma) Ela apontou para a cabeça de Vi. Eu vou te caçar.

Mais tarde na aula do professor Heimer, Jinx esperou todos os alunos saírem da sala, e enfim lhe disse:

— Já ouviu falar Miss Fortune? Ela entende da mecânica de armas assim como você. – Disse a garotinha.

Heimer se virou instantaneamente e sorriu.

— Mas é claro! Sua mãe já me deu vários modelos de armas, era uma genia! O que lhe aconteceu foi uma tragédia – Ele se entristeceu de repente – Gangplank não é confiável.

— Bem, parece que Miss, ou... Sarah, possui o mesmo dom da mãe, vim no navio com ela e ela me deu algo.

Heimer se espantou ao ver Jinx tirar de baixo da carteira uma arma em formato de peixe.

— Uma arma! – Disse ele com os olhos brilhando .

— Uma arma diferente de todas as outras. - Heimer a examinava a tocando com cuidado. – Eu a chamo de FishBones.

— Incrível! Podemos usa-la? – Ele perguntou.

— Bem... acho que desde que a escola não saiba... – Jinx sorriu maliciosamente. E Heimer também.

Com o passar do tempo Heimer e Jinx se tornaram muito amigos, e Heimer deixava a garota de cabelos azuis trabalhar com suas invenções sempre. Jinx adquiriu conhecimento extra classe, e ultrapassou vários professores no conhecimento de mecânicas. Varias invenções de Heimer foram aprimoradas por Jinx graças a sua mente brilhante, e Jinx aprendeu varias outras formas de criar armas. Foi no laboratório do senhor Heimer que os dois construíram juntos uma arma tão veloz quanto a velocidade da luz. Uma metralhadora super potente, jinx e o professor concordaram em chama-la de Pow – Pow.


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