O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 23
A Caçadora de Recompensas


Notas iniciais do capítulo

“Quanto maior o risco, maior a recompensa.”



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Anos atrás 

Jinx foi tacada por Graves dentro do navio, ela relutava muito, não queria ir para Piltover, muito menos para um colégio interno, então Graves a pegou por um braço e com o outro ele carregou sua bagagem, Jinx era uma criança problemática e precisaria de supervisão até chegar em Piltover, claro que depois que ele a deixasse segura no colégio, Graves poderia fazer o que quisesse na cidade do progresso. Ele entrou no navio e viu quatro lindas mulheres cercando sua irmã pequena.

— Então essa é a filha do rei? — Disse uma das garotas.

— Ela é uma gracinha. — Disse outra com os olhos brilhando.

De fato Jinx foi arrumada pelos empregados que restaram, laços foram colocados em suas tranças elevadas, e um vestido rosa e rodado a cobria, foi lhe dado até um ursinho para tentar fazê-la parecer uma criança dócil.

Então Graves se aproximou das meninas e disse:

— Eu não chegaria tão perto se fosse vocês, meninas, Jinx machuca.

Na mesma hora Jinx mordeu a mão de uma das garotas que tentou passar a mão em sua cabeça.

— Oh meu Deus, ela te machucou, você esta bem?! — Graves disse pegando a mão da moça cheio de segundas intenções. Não demorou muito para ele roubar a atenção das moças que logo sentaram em seu colo a fim de conquistar o filho do rei. Jinx saiu correndo dali, o navio tirou a âncora e deixou o cais. Ela correu para a parte de fora do navio, e viu o castelo de Noxus se afastar de sua vista. A tristeza quase a pegaria se não fosse um objeto que estava abaixo de si que tirou sua atenção. Um canhão. Um canhão usado para batalhas navais. Jinx logo se alegrou.

— Uau. — ela começou a pular eufórica.

Passou os pequenos dedos no canhão examinando sua superfície lisa. Depois o agarrou com as duas mãos e se imaginou em uma batalha:

— Pow! Pow! Pow! — Ela imitava o som dos canhões.

— Então a filha casula do rei gosta de explodir alguns navios? — Disse uma voz feminina atrás de Jinx. Jinx se virou lentamente.

Viu uma mulher de cabelos vermelhos da cor de sangue encostada na varanda do navio, ela tragou seu charuto e o jogou no mar.

— Jinx, certo?!

— Sim... — respondeu ela envergonhada por ter sido pega em um momento tão pessoal.

— Meu nome é Sarah, mas aqui me chamam de Miss Fortune. Sou a capitã desse navio, e quando eu era criança, também adorava esses canhões. — Ela disse se aproximando de Jinx e ajoelhando para ficar a altura de seus olhos.

— Você explodiu muitos navios com eles? — Perguntou Jinx com os olhos brilhando.

Miss Fortune riu.

— Bem, quando eu cresci, sim... mas sabe o que era mais legal do que explodir navios?

Jinx balançou a cabeça negativamente.

— A mecânica envolvida nas armas de explosão.

Jinx se empolgou.

— Que mecânica? Que armas? Você sabe fazer armas?

— Minha mãe costumava criar armas. As mais sofisticadas, eu aprendi muita coisa com ela. — Disse ela girando um canhão de mão. A essa altura Jinx achava Miss sensacional. — Por que não vem comigo e eu te mostro uma de suas armas?!

 Jinx logo se agarrou nas pernas de Miss quando ela se levantou. Na sala de Capitã de Miss Fortune havia armas que Jinx nunca vira em lugar algum, realmente eram bem peculiares. Jinx correu e pegou uma que estava ao seu alcance. Era um peixe.

— Um peixe? — Perguntou à pequena.

— Sim, um peixe lança míssil.

 — É perfeito.

— Eu o fiz quando era criança, bom acho que desde que não esteja carregado pode ser seu.

— É mesmo?! — Jinx pulou de alegria. — Vou chamar de FishBones! Vou cuidar dele pra você, Miss.

— Obrigado, pequena Jinx, e esse é um ótimo nome.

Alguém bateu na porta. Era Graves.

— Jinx! Eu estava te procurando.

Ele olhou a irmã com o peixe nas mãos e depois viu a linda mulher a sua frente a olhando de cima a baixo, Miss já estava acostumada com esse tipo de olhares.

— Parece que você conseguiu domar o leão. — Disse ele para Miss Fortune. — Não pensei que a capitã fosse alguém tão bonita.

— Cuidado Noxiano, você pode ser um Príncipe, mas aqui quem manda sou eu. Não sou tão inocente.

***

As noites no navio eram muito animadas, havia muita cerveja e jogos, o fliperama acabou por tornar o favorito de Jinx que bateu todos os recordes da máquina, as competições em dupla ela nunca perdia, e deixava os homens do navio furiosos. Quando Miss Fortune chegou à sala de jogos ela se sentou na poltrona colorida mais alta, a vista dos de baixo, ela parecia uma rainha. Ai de quem a ousasse desafiar. Um dos Homens no fliperama gritou para Miss:

— Ei Miss, vem vencer essa pirralha para podermos jogar!

— É apenas uma criança, seja mais corajoso. — Ela respondeu.

Muitos riram. Alguém acendia o charuto de Miss quando Graves chegou:

— O que fazer para impressionar alguém tão intimidador?

— Se abaixe — Ele se abaixou perto da perfumada Miss Fortune. E ela lhe disse sussurrando em seus ouvidos. — Vença Jinx no fliperama, e me terá todas as noites. — Ela pôs o pé com salto no peito de Graves e o empurrou com ele. — Boa sorte — Disse ela piscando.

Graves era bom no fliperama, porém Jinx era implacável, ele tentou, mas acabou perdendo. Miss fortune não fez nada além de rir e pegar Graves pelas mãos arrastando para seu quarto.

— Então você vai ficar com um perdedor mesmo assim?  — Falou Graves.

— Você não é um perdedor, Jinx que é majestosamente boa.

— É, ela tem um dom.

Miss caiu nos braços de Graves e eles permaneceram à noite juntos. Ao acordar, Graves estava na cama enquanto Miss arrumava a manga de sua blusa. Ao ver Graves acordado Sarah disse:

— Quando você descer em Piltover, poderia me fazer um favor?

— Claro.

— Diga a todos que estou caçando Gangplank.

— Se conheço bem sua reputação, ele irá fugir. Você tem ficado famosa no mundo do crime, muitos falam de seus crimes perfeitamente calculados.

— Minha dívida com Gangplank passa de um trabalho. Matar Gangplank é uma vingança.

— O que ele te fez?

— Matou minha mãe, por causa dessas armas — Disse ela girando o canhão de mão — E com elas eu irei lhe ceifar.

 


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