Emergency Signal escrita por Ku Hye Sun


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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POV Jan Di

Meus pés se limitaram até a ponta da piscina, consciente do que viria a seguir. Na minha frente, Jun Pyo me encarava curioso, um pouco perplexo com a cena que se desenrolava bem diante dos seus olhos.

A indiferença naquele olhar fez com que meu coração se acalmasse no peito. Não se tratava de provar algo para ele, mas sim de ter certeza de saber que tentei de tudo para não perdê-lo. Ter certeza, como Ga Eul mesmo havia dito, de não possuir nenhum arrependimento, mesmo que o resultado não fosse favorável.

Fechei meus olhos, me sentindo leve, embora incompleta. A última coisa que vi antes de afundar na piscina foi o os olhos de Jun Pyo se arregalarem em espanto. Não havia reconhecimento neles, mas foi com uma faísca de esperança que torci para que ele recuperasse sua memória, nossas memórias.

A água inundou meu corpo, fazendo meus pulmões arderem em contrariedade, mas eu não me importei. Nada mais importava naquele segundo. Antes de sentir a inconsciência me golpear minhas mãos tatearam o fundo da piscina, se enroscando na corrente que Jun Pyo me dera. Levei a mesma para junto do meu coração, sabendo que arrependimento não seria uma palavra em meu dicionário pessoal. Não mais.

A inconsciência chegou segundos depois, me jogando contra um muro preto e concreto. Um muro sólido que interpretava toda aquela realidade da situação.

Meu último pensamento foi uma súplica silenciosa.

“Por favor, se lembre, Jun Pyo.”

 

POV Ji Hoo

Minhas pernas ganharam vida própria no segundo em que a imagem de Jan Di se jogando na piscina se fez presente. A adrenalina percorreu todo o meu corpo, uma mistura de pânico e raiva se misturando de forma consistente.

Jun Pyo olhava para a água com surpresa evidente, embora não estivesse movendo um músculo para fazer qualquer coisa a não ser encarar o fundo da piscina. Senti Woo Bin e Yi Jung me segurarem, suas expressões diziam aquilo que eu não queria ouvir: eu deveria deixar Jun Pyo se lembrar. Deveria não me meter. Era isso que Jan Di gostaria que eu fizesse.

Engoli em seco. Incapaz de me acalmar, enquanto observava Jun Pyo continuar parado. Segundos importantes se passaram, enquanto ele apenas pensava. Me forcei a fechar os punhos com toda a força. Aquela espera era sufocante; dizia respeito à vida de Jan Di.

Para a minha surpresa e completa irritação, Jun Pyo virou-se para nós e a platéia, o rosto convertido em uma fúria palpável.

—Ji Hoo, você tem de saber controlar sua namorada. Ela por acaso é uma maluca?! Tire-a da minha frente agora!_rugiu em minha direção, pisando firme logo em seguida, com sua legião de convidados e Yumi em seu encalço.

A expressão perplexa nos rostos de Woo Bin e Yi Jung eram idênticas. Não esperei que eles falassem alguma coisa, não havia tempo para isso. Mergulhei na piscina rapidamente, meus olhos se acostumando com a água, enquanto procurava, desesperado, a forma pequena de Jan Di.

Não demorei para encontrá-la. Sua mão, enroscada na corrente que Jun Pyo havia lhe dado, enquanto a mesma repousava sobre o coração, foi motivo suficiente para fazer com que meu coração se partisse em pequenos fragmentos. Jan Di, a garota mais corajosa e alegre que eu já conheci, agora estava quebrada e vulnerável, exposta às piores dores. Não pude deixar de amaldiçoar Jun Pyo, embora eu soubesse que, no fundo, ele não tinha culpa de nada.

Meus braços se prenderam ao redor de Jan Di, protegendo-a, enquanto a trazia para a superfície. Woo Bin e Yi Jung pareciam ter saído de seu topor e retornado para a situação atual, logo eles me ajudaram a tirar Jan Di da água.

—Ela não está respirando, Ji Hoo._alertou Woo Bin, sua voz se levantando algumas oitavas em pânico.

Tentei me acalmar também. Minhas mãos tremiam, enquanto eu fazia massagem cardíaca em Jan Di.

Depois de segundos, que pareceram horas, Jan Di tossiu a água contida em seus pulmões. Eu não havia percebido o quanto estava trancando o ar até ver Jan Di abrir os olhos. Senti meus ombros relaxarem à medida que o tremor em minhas mãos ia se estabilizando e o pânico abandonava meu corpo.

Os olhos de Jan Di correram para seu salvador e, ali, vi a dor impregná-los novamente.

Ela falhara e sabia disso. Seus olhos diziam o suficiente.

Yi Jung e Woo Bin, percebendo o estado de Jan Di, se retiraram silenciosamente.

Meus braços, agindo novamente de forma involuntária, se precipitaram até Jan Di, abraçando-a ao passo que tentava barrar toda a dor que a consumia. Para minha surpresa, Jan Di não se afastou, pelo contrário, senti seus braços corresponderem ao gesto, enquanto soluços faziam seu diminuto corpo sacolejar.

Eu sabia que deveria desistir de Jan Di. Que deveria fazer de tudo para que ela e Jun Pyo ficassem juntos. E, em boa parte, eu havia dado o meu melhor para garantir não ser um empecilho na relação dos dois. Mas agora, enquanto as rachaduras no coração de Jan Di se tornavam mais e mais profundas, eu sabia que não teria a coragem o suficiente para deixá-la.

E foi assim que me tornei a pessoa mais egoísta do mundo.

 

13 meses e quatro dias depois...

POV Jan Di

—Obrigada pela visita._agradeci com um sorriso, enquanto fazia uma breve reverência de respeito.

A cliente idosa saiu satisfeita pela porta, enquanto Ga Eul aparecia do meu lado.

—Já saiu o resultado?_perguntou apreensiva.

Eu sabia do que ela estava falando antes de ela, sequer, perguntar.

—Não. Mas eu estou confiante. Não posso perder a esperança, não é mesmo?_brinquei, sorrindo em sua direção.

—Jan Di..._Ga Eul hesitou um pouco. Parecia envergonhada em continuar a frase.

—O que foi?

Vi minha amiga engolir em seco. Tão desconfortável que chegava a dar pena.

—Sabe..., se você não conseguir passar de novo...quero dizer, não seria uma boa opção aceitar a ajuda do Ji Hoo sunbae e do vovô?

As bochechas de Ga Eul estavam escarlates de vergonha. Ela, mais do que ninguém, sabia o quão importante era para mim conseguir entrar na faculdade de medicina sem ajuda nenhuma, por minha própria conta. Mas, considerando que eu já havia sido recusada mais de duas vezes, Ga Eul estava começando a dar créditos a proposta de Ji Hoo e do vovô.

—Nem pensar, Ga Eul. Eu sou realmente muito grata pelo que eles fizeram por mim, mas não quero aceitar mais essa oportunidade. Preciso tentar fazer isso por mim mesma. Pelo menos dessa vez._garanti, mesmo que o medo de reprovar novamente ainda estivesse presente em cada fibra do meu corpo.

Ga Eul deixou os ombros caírem, mas seu sorriso diminuto expressava o quanto estava orgulhosa por mim.

—E você? Nenhuma notícia do Yi Jung sunbae?_perguntei, embora soubesse a resposta.

Ga Eul sorriu calorosamente.

—Não. Mas estou feliz por ele. Ouvi dizer que ele anda se recuperando. Parece que está dando continuidade com seu trabalho de cerâmica. Eu me sinto realmente muito orgulhosa dele._admitiu, embora houvesse um leve resquício de tristeza em seus olhos amendoados.

Passei meu braço pelo ombro de Ga Eul, animando-a.

—É ótimo mesmo que ele esteja bem, mas agora é hora de você pensar um pouco em você, ok?

Ga Eul, com seu sorriso sempre tímido, assentiu. Ela sabia que, por mais que quisesse confiar plenamente nas palavras de Yi Jung, ainda assim deveria seguir com sua vida, afinal o futuro era algo incerto demais para se apostar.

—Eu sei. Vou me esforçar para isso._falou com o máximo de convicção que conseguira.

—Eu acredito em você._afirmei, abraçando-a.

E eu confiava. Confiava em cada um deles, desde Ga Eul até Jun Pyo.

Lembrar dele ainda era doloroso. Na verdade eu não sabia dizer quando a dor pararia ou se um dia ela teria fim, mas eu não conseguia deixar de sentir-me feliz pelas conquistas que Jun Pyo havia feito em um ano no exterior. Agora ele dirigia o grupo Shinhwa ao lado de Jun Hee, sua irmã mais velha. Os negócios do grupo estavam indo de vento em polpa. Isso me fazia feliz. Saber que, mesmo não lembrando de mim, Jun Pyo estava bem.

Yumi, por outro lado, havia retornado para Coréia duas semanas depois da partida deles. Como o esperado, Jun Pyo pareceu perceber que não tinha nada a ver com Yumi, mandando-a para casa em seguida. Para minha tristeza, a volta de Yumi nada tinha a ver com uma recuperação de memória, mas, ainda assim, era um alívio saber que Jun Pyo não seria mais enganado por ela.

—Devíamos sair. Você sabe._Ga Eul falou, me surpreendendo.

—Sair? E para onde nós iríamos?_perguntei desconfiada.

Desde que os meninos todos se foram, incluindo Woo Bin e Ji Hoo, eu e Ga Eul nos tornamos cada vez mais necessitadas uma da presença da outra.

—Sei lá. Talvez devêssemos comer alguma coisa. O que acha?

—Acho que seria uma grande ideia..._ponderei interessada.

Ga Eul juntou as mãos em sincera euforia.

—Ótimo! Vamos avisar para o Ki Bang, talvez ele queira nos acompanhar.

Assenti em entusiasmo, contente por, pelo menos Ga Eul e Ki Bang, ainda não terem me abandonado.

—--

—Devíamos fazer isso mais vezes, sabia?_argumentou Ga Eul, enquanto caminhávamos pelo parque, observando as pessoas indo e vindo, completamente alheias de nossos olhares.

—Acho que estamos um pouco enferrujadas. Me sinto uma idosa, apesar da idade._confessei, me encolhendo, enquanto uma rajada de vento passava por nós duas.

Ga Eul suspirou, seus olhos concentrados em nada, mas vagando por algo além do aqui e agora.

—Sinto falta deles. Não só do Yi Jung, mas de todos._confessou com um sorriso triste.

Eu também sentia. Mais do que conseguia colocar em palavras. Mas, ainda assim, eu sabia que a partida deles havia sido de grande amadurecimento, tanto para mim quanto pra Ga Eul. Em algum momento, o qual não consigo entender o certo, eu e Ga Eul nos prendemos demais nos garotos. Éramos a sombra deles. Uma vida assim, por mais confortável que fosse, não era certa. Entender isso me deixava mais tranquila. Com a sensação de estar fazendo a coisa certa.

—Acho que foi melhor assim. Sei que sim._admiti, recebendo um olhar divertido de Ga Eul.

Andamos por mais um tempo, o suficiente para fazer o frio quase gelar nossos ossos. Ga Eul rumou para casa e eu fiz o mesmo.

Para minha felicidade, mamãe e Kang San haviam voltado para a casa também. Papai ficou trabalhando no barco. Era um alívio saber que ele havia amadurecido o suficiente para entender que a família precisava do seu esforço. Mamãe também teve grande crescimento nesse quesito. Agora ela trabalhava como doméstica para uma família e parecia feliz com seu serviço. Até mesmo Kang San havia iniciado seu próprio objetivo. Meu irmão caçula agora treinava em uma boa escola de futebol, graças ao esforço da família toda em pagar a mensalidade da mesma.

De uma forma bastante surpreendente, minha família se adequou a nossa própria realidade. Minha mãe já nem mencionava mais o nome de Gu Jun Pyo, o que era algo que eu agradecia silenciosamente todos os dias.

Na manhã seguinte eu descobriria se havia sido aceita na faculdade de medicina e, mesmo que o resultado não fosse favorável, eu tinha muita paciência e persistência. Nada me impediria de ser uma médica. Não depois de todas os obstáculos ultrapassados. Era hora de seguir em frente, sem olhar para trás.

—--

POV Ji Hoo

A foto em minhas mãos apresentava uma figura totalmente estranha para mim, diferente da sorridente Jan Di de um ano antes.

Seus olhos já não tinham o mesmo brilho de outrora e, em seu sorriso, eu podia ver os traços de tristeza, embora sutis. Seu cabelo, antes um corte pequeno e informal, agora caia abaixo dos ombros, dando-lhe uma aparência muita mais madura do que realmente era.

—Jan Di mudou tanto. Nem parece a mesma._comentou vovô sorridente, enquanto encarava por cima do meu ombro a foto que Jan Di havia me enviado há algumas semanas.

—Você está certo, vovô._concordei com um suspiro.

No dia em que salvei Jan Di da piscina eu havia tomado a decisão de não abandoná-la mais. Não enquanto ela precisasse de mim, mas, para meu completo arrependimento, eu havia quebrado minha própria promessa de ser egoísta o suficiente para jamais deixá-la.

—Você fez bem, meu neto._comentou vovô, acariciando meu ombro de leve_Agarrar-se a Jan Di não faria bem à ela e nem à você. Não seria certo para ambas as partes.

Eu sabia disso e, por este motivo, resolvi abrir mão da coisa mais importante na minha vida.

—Eu sei, mas, ainda assim, me sinto vazio.

Vovô me observou atentamente.

—Jun Pyo, seu amigo..._ele começou.

—Não. Ele não voltou a se lembrar de Jan Di. Os médicos desacreditaram sobre a possibilidade de uma possível melhora. Ele está bem, mas essa parte da vida dele, a parte mais importante, foi apagada por completo._esclareci, ainda olhando o retrato de Jan Di.

Vovô, como resposta, suspirou profundamente, pensativo.

—Talvez, então, seja hora de você decidir, Ji Hoo.

Minha cabeça se voltou de imediato para o vovô.

—Do que você está falando?

—Acho que seu maior problema era tentar não interferir no destino daqueles dois. Se esse era seu grande pesar, não vejo porque continuar se martirizando.

Meus olhos retornaram para o refúgio do rosto de Jan Di.

—Devo ser egoísta, então?_sussurrei, a esperança apertando meu peito.

Vovô soltou uma risada baixa.

—Você nunca pode ser acusado de egoísta, meu neto. Se é uma coisa que você não pode se culpar é das circunstâncias fora do seu controle.

—Jan Di...ela ainda o ama. Tenho a mais absoluta certeza disso._confessei.

Vovô pareceu ponderar as próximas palavras.

—Assim como você ainda a ama._retorquiu_Se Jan Di pudesse fazer algo para ficar com Jun Pyo, algo que estivesse ao alcance dela, acha que ela não o faria?

Foi aí que o sentimento mais nobre e puro brilhou dentro de mim. Por mais que eu sofresse com o fato de não conseguir fazer Jan Di me amar do jeito que ela amara Jun Pyo, ainda assim seria mil vezes melhor estar perto dela do que longe, sofrendo por alguém que precisava de tanto cuidado quanto eu mesmo.

—Está pronto para voltar, vovô?_perguntei com um sorriso, o mais verdadeiro que eu já havia esboçado em doze meses.

—Minhas malas nunca foram desfeitas._brincou ele.

A foto de Jan Di em minhas mãos, pela primeira vez, pareceu real. Uma promessa de futuro que eu estava disposto a alcançar.

—--

POV Ga Eul

—Ga Eul, pare de andar de um lado para o outro. Assim você vai me deixar tonto._implorou Ki Bang, enquanto eu estagnava no mesmo local, percebendo que não havia parado de andar desde que cheguei.

—Deculpa, Ki Bang. É que não consigo controlar meu nervosismo. Geum Jan Di já era para ter chegado.

Eu estava apreensiva, assim como sempre ficava quando os resultados das provas dos selecionados saiam. Jan Di até comentava que eu atingia um nervosismo maior do que ela mesma.

—Será que dessa vez ela passou?_comentou Ki Bang de dentro do balcão, os olhos perscrutando o lado de fora da loja.

Mordi o lábio com força.

—Espero, de verdade, que sim, Ki Bang.

Mal minhas palavras saíram, a porta se abriu, mais lenta do que o normal, revelando uma Jan Di cabisbaixa.

Suspirei, atrás de mim pude ouvir Ki Bang dar a volta no balcão para se juntar a nós.

—Sinto muito, Jan Di._comentou ele, se postando ao meu lado.

—Não fica assim, Jan Di. Dá próxima vez tenho certeza que você vai passar._incentivei, vendo os ombros de Jan Di baixarem mais ainda.

—Não terá uma próxima vez._disse por fim, os olhos se levantando em nossa direção.

—Você não pode desistir assim. Um sonho é sempre um sonho._interveio Ki Bang.

—Não vou mais fazer a prova. Nunca mais._alegou Jan Di, mas seu rosto não estava triste ou furioso, pelo muito contrário, exibia um brilho incomum, um brilho que há tempos eu não via.

—Jan Di...não me diga que...

—Eu passei!!!_gritou a plenos pulmões, uma folha amassada presa em suas mãos como um troféu valioso.

Não sei quanto tempo ficamos comemorando, mas, pode-se dizer, que durou o suficiente até nossas gargantas arderem em protesto.

Jan Di, a sorridente Jan Di, que estivera desaparecida por um ano, agora exibia um sorriso manchado por lágrimas de alegria. Sua felicidade era tão palpável que contagiou todos os clientes que ali estavam.

—Geum Jan Di vai ser uma médica!_comemorou Ki Bang alto o suficiente para fazer algumas cabeças do lado de fora da loja se virarem em espanto.

—Quais são suas próximas palavras, futura médica?_perguntei em tom brincalhão.

Jan Di encarou a folha em suas mãos e sorriu abertamente, algumas lágrimas caindo com fervorosidade por seu rosto.

Jan Di puxou uma cadeira e subiu na mesma, ficando alta o suficiente para encarar todos de dentro da loja.

—Eu quero agradecer, primeiramente, a vocês dois, por jamais duvidarem que eu poderia conseguir e..._ela reprimiu um soluço_por me colocar sempre pra cima, principalmente quando eu estava prestes a despencar de novo._mais lágrimas trilharam o caminho do rosto de Jan Di.

Houve uma salva de palmas dos parcos clientes que saboreavam o mingau da loja.

—Segundo, a minha família, por perceber que eu servia mais do que apenas um adorno de casamento._disse arrancando risadas.

—E terceiro, aos meus amigos que não estão mais aqui._vi Jan Di engolir em seco, enquanto os nomes de Jun Pyo, Jin Hoo, Yi Jung e Woo Bin ficavam subentendidos em sua fala._E agradecer, principalmente, a pessoa que me apresentou um novo objetivo de vida. Vovô, onde quer que o senhor esteja, meu muito obrigada, de coração.

Nem percebi que estava chorando até o momento em que Ki Bang ofereceu um lenço em nossa direção.

Jan Di desceu da cadeira e me abraçou forte, agradecendo compulsivamente.

—Aish...essa garota sempre teve talento para drama.

Jan Di e eu nos voltamos para Ki Bang, mas ele apenas negou uma vez e apontou para a porta.

A surpresa da visita inesperada fez Jan Di, que raramente chorava na frente dos outros, se derramar em lágrimas ainda mais.

—Vovô!_logo Jan Di abraçava o avô de Ji Hoo.

Quando enfim se soltaram, Jan Di encarou o vovô com os olhos inchados e vermelhos.

—Nem parece a garota durona de um ano atrás. O que aconteceu com você?_brincou o vovô sorrindo.

Jan Di sorriu ainda mais, embora seu sorriso vacilasse perante a pergunta.

—O senhor voltou? Quando? Por que? Veio sozinho?_o bombardeio de perguntas foi refreado pelo vovô com apenas um gesto.

—Calma, garota. Se a pergunta que quer fazer é se Ji Hoo veio comigo, por que simplesmente não pergunta?

Jan Di riu, limpando as lágrimas com as costas da mão.

—Ji Hoo sunbae veio com o senhor?

—Por que não pergunta pra mim mesmo?

Ki Bang, que estava com uma bandeja nas mãos, deixou a mesma rolar no chão, enquanto minha boca escancarava em surpresa.

Ali, materializando-se belamente, estava Ji Hoo. Tão perfeito e surreal quanto há um ano atrás.

—Sunbae..._a voz de Jan Di morreu a medida que ela controlava os próprios soluços.

—Jan Di._as palavras de Ji Hoo saíram roucas e inconsistentes. Era como se ele estivesse travando uma luta interna para não se precipitar e abraçar Jan Di. Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tudo, não precisava saber muito para entender que os sentimentos de Ji Hoo por Jan Di não haviam mudado em nada, pelo contrário, pareciam ainda mais fortes com o tempo que estiveram separados. Naquele instante eu soube que, embora torcesse pela felicidade de Jun Pyo e Jan Di, ainda assim sabia que o melhor para minha amiga não estava há quilômetros de distância, mas sim há poucos metros, parado na soleira da porta, contemplando-a com todo o seu amor reprimido.

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Notas finais do capítulo

Bjs e até mais ;)



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