Finally Love escrita por Vênus


Capítulo 11
Boa noite Cín... Príncipe...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688832/chapter/11

Chegando em casa deitei no sofá e me encolhi segurando minhas pernas com meus braços. Lagrimas jorravam de meus olhos sem parar. Não conseguia me acalmar. Só de pensar no que poderia ter acontecido entre Naruto e aquela vadia ontem à noite meu coração dói. Dói tanto que a morte seria pouco, até depois da morte continuaria doendo.

Por quase 20 minutos fiquei no sofá pensando em tudo o que tinha acontecido entre mim e Naruto nesses últimos dias. Foi tudo tão mágico... Acho que não nasci pra ter sorte no amor. Pra começo de conversa, não deveria ter voltado pra Konoha. Sei exatamente o que devo fazer. Peguei meu celular e disquei o número do aeroporto. Precisava sair de Konoha ainda hoje. A Sakura que me desculpe, mais não aguento ficar nessa cidade nem mais um minuto sequer. Depois ligaria pra ela explicando tudo o que eu tinha visto e o que tinha acontecido.

Minhas malas já estavam prontas e o taxi estava do lado de fora me esperando. O taxista estava botando as malas no porta mala do carro enquanto eu estava dando uma ultima olhada para a casa que fez parte da minha infância.

— Ino! – Escutei uma voz familiar me chamando olhei pro lado e vi uma cabeleira loira correndo em minha direção, droga!

— Já podemos ir? – Perguntei ao taxista. Não quero falar com ele. Seja lá qual for a desculpa que ele queira me dar não vou escutar. Estou muito magoada, e não quero nem pensar em conversar com ele. Não quero chorar em sua frente.

— Sim, senhorita Yamanaka.

— Ótimo. – Falei entrando no taxi. Assim que o taxista entrou no carro e deu a partida, pude ouvi-lo chamando mais uma vez meu nome.

Estava admirando a paisagem. A cidade parece tão tranqüila. A chuva estava começando a cair molhando a estrada. Chegamos ao aeroporto bem rápido, paguei ao motorista e ele me ajudou com as malas. Talvez fosse a ultima vez que pisaria no solo de Konoha. Como a vida é irônica, primeiro ela me da desgraça, alegria e novamente desgraça.

                                    **********

Finalmente tinha chegado em casa. Estava tão cansada. Não tinha conseguido dormir durante o vôo. Fui direto pro chuveiro tomar um banho, o dia tinha sido cansativo.

 Depois que sai do banho acabei deitando na cama e assistindo um pouco de TV. Minha mente estava longe, passava-se tanta coisa ao mesmo tempo... E os por quês era um deles. Por mais que tentasse não pensar no loiro sempre vinha a sua imagem na minha mente, era instantâneo. Será que o fiz foi errado? Não ter o deixado se explicar? Sinto-me tão triste... Mas a imagem que eu vi hoje mais cedo... Não tinha explicação tinha? Dei um suspiro pesado, e virei pro lado até adormecer.

No dia seguinte acordei com o telefone tocando. Estranhei, pois não tinha avisado a ninguém que já tinha vindo para casa. Quando atendi era a minha mãe.

Ligação On

 

— Alô? – Atendi um pouco hesitante.

— Filha, pode abrir a porta pra mim?

— Hã? A senhora está aqui no prédio?

— Sim... Agora pode abrir pra mim? Estou em frente ao seu apartamento.

Ligação Off

Estranhei, quem será que avisou a ela que eu estava em casa? Quando abri a porta ela foi logo me abraçando. Ainda não tinha entendido o porquê.

— A Sakura me ligou, e disse que você tinha vindo para casa, e que precisava de um abraço. – Ela falou passando a mão em minhas costas, em sinal de compreensão e carinho.

— Ela te contou o que aconteceu? – Falei já com lagrimas nos olhos.

Tinha passado por tanta coisa, e minha mãe provavelmente não sabia nem de um terço.

— Ela disse que você ia me explicar... O que aconteceu afinal lá em Konoha? Tem alguma coisa haver com o Sasuke? – Pude perceber que a voz dela falhou ao falar a ultima palavra.

— Sim... E não. Uma boa parte foi culpa dele, mas a mais dolorida tem haver com outro cara... – Falei me lembrando dos orbes do loiro.

— Tudo bem, não tenha pressa. Pode me contar tudo o que aconteceu. – Ela falou me guiando até o enorme quarto que tinha no fim do corredor. Chegando lá nos sentamos em minha cama de modo que uma olhasse para a outra.

[Pov’s Naruto On]

(Sexta à noite)

Cheguei da reunião por volta da meia-noite, estava exausto, nem ia dar tempo de ver a Ino hoje, e também não iria incomodar ela a essa hora. Quero que ela tenha uma ótima noite se sono.

Estranhei, a campainha tinha acabado de tocar. Será que é Sakura? Talvez ela tenha brigado com Gaara e tenha vindo dormir em casa. Atendi a porta e me deparei com uma cabeleira ruiva, que foi logo entrando dentro da casa.

— Você já viu a hora? Eu preciso dormir, seja lá o que for que tenha para me dizer, amanhã a gente conversa Ok? – Karin me encarou e abriu um pequeno sorriso.

— Poxa, só por que você está namorando com a loira não quer dizer que a gente não pode mais se ver sabia?

— Como você soube?

— Tenho meus informantes. Precisei disso, já que você não veio me contar.

— Me desculpe. Você sabe, quase não tenho tempo.

— Você quer dizer que quase não tem tempo pra mim né? É só começar a namorar que não dá mais valor aos amigos.

— Então quer dizer que desistiu desse lance de me “seduzir”? – Falei ironicamente.

— Andei pensando bem, e acho que é o melhor a fazer... – Ela resmungou meio triste.

— Fico feliz que tenha entendido Karin. – Falei a abraçando. Depois me afastei e tirei o paletó que ainda estava usando.

— Bom, pra comemorar esse momento que tal bebermos algo?

— Karin, eu estou cansado... Será que dá pra gente fazer isso amanhã?

— Ah! O que custa? Só um pouco, logo vou pra casa.

— Certo, mais só um pouco hein! – Karin riu.

Tomamos alguns drinques e algum tempo depois Karin se ofereceu para pegar mais um e depois ela iria ir embora.

— Aqui está. – Ela disse me dando a bebida.

Tomei um gole, e depois de algum tempo me senti um pouco estranho, talvez, sonolento?

— Acho que vou deitar.

— Vem te ajudo a subir depois vou embora. – Karin falou gentilmente.

— Valeu. – Karin estava me ajudando a subir a escada.

Chegando ao quarto tirei a camisa e me deitei na cama. Acabei adormecendo alguns segundos depois.

                                    ************

Remexi-me na cama preguiçosamente, olhei para o lado de onde eu tinha escutado um pequeno gemido, como se estivesse alguém chorando. Abri os olhos, e vi Ino com lagrimas nos olhos me olhando. Estranhei. Por que será que ela está desse jeito? Ia me levantar e ir à direção dela, mais ela saiu correndo. Não entendi o porquê de nada na hora, mas quando me virei para tirar a coberta de cima de mim, vi uma cabeleira ruiva ao meu lado. Espantei-me. Karin aparentemente estava nua. Vi ela se mover e logo depois abriu os olhos sorrindo instantaneamente para mim.

— A noite de ontem foi ótima. – Ela disse se levantando tentando me beijar.

— C-como assim? Eu não me lembro de nada! – Falei me levantando bruscamente.

— Ah, para Naruto. Não precisa ser tímido. – Karin deu um sorriso sínico.

— Eu sei que não aconteceu nada com a gente. – Falei em um murmúrio.

— Naruto, caia na real. Olhe você mesmo seus trajes! – Olhei para mim mesmo no espelho. Estava apenas de cueca. Mas mesmo assim isso não significa nada. Significa? Me lembro de ter tirado apenas a blusa. Não costumo dormir somente de cueca.

— Como você é estúpida! Você acha que eu não iria perceber a diferença no meu corpo?! Deixa de ser idiota! Vamos, fale o que você fez comigo. – Falei já a segurando pelo braço e a sacudindo levemente.

— E-eu... – Karin começou a chorar. – Me desculpe... Eu não queria chegar nesse p-ponto m-m-mais... Eu estava desesperada Naruto!

— Nunca pensei que você chegaria a esse ponto. – Falei decepcionado. – Vai embora, por favor.

— Mas...

— Não quero ter que te tirar daqui à força.

Karin se levantou e por incrível que pareça minha suspeita dela estar nua estava certa. Ela foi levando um lençol junto com ela, não olhei pra ela. Mais sei que ela estava me encarando e depois de dois minutos olhei pra trás e vi que ela não estava mais lá.

Agora tinha que pensar em o que fazer. Tinha que ligar para meu tio e avisar que não ia dar pra eu ir à reunião de hoje de manhã.

— Naruto. – Escutei Sakura me chamando.

— Oi. – Falei fazendo um sinal para ela entrar.

— O que aconteceu aqui afinal? – Sakura me perguntou séria.

— Foi tudo um grande engano. Ontem assim que cheguei, Karin entrou aqui em casa e disse que estava tudo bem. Ela disse que tinha me aceitado com Ino. Então pediu pra tomar um drinque com ela. Bebemos por algum tempo e ela disse que depois do ultimo drinque ela iria ir embora. Então, Karin pegou esse “ultimo drinque”, acho que foi aí que ela batizou minha bebida.

— Entendi... Sabe pra onde ela foi agora?

— Sakura... Não precisa ir bater nela nem nada...

— Olha só Naruto, ela invadiu minha casa, te dopou e ainda por cima magoou minha melhor amiga! Eu tenho que fazer alguma coisa.

— Eu sei, mas não se preocupe. Eu já resolvi tudo. Não precisa ficar assim.

— Tem certeza que você não teve nada mesmo?

— Claro que sim né Sah. Eu apaguei! Só me lembro de tirar a camisa e deitar na cama. Depois disso apaguei.

— Hum... Entendi. – Sakura me olhou e riu. – A Ino se deu bem hein!

Corei com o comentário dela. Tinha se esquecido de botar uma roupa. – Vou tomar um banho de cinco minutos e to indo direto para a casa da Ino.

— Faz bem. Acho melhor você se apressar.

Tomei o banho o mais rápido que pude. Botei uma roupa e fui correndo andando até a casa de Ino. Vi um taxi em frente à mesma. Reparei que Ino estava perto do taxi, e que tinha umas malas ao seu lado.

— Ino! – Chamei.

 Vi ela me olhar e logo começou a se movimentar, parecia que estava com pressa de entrar no taxi. Já estava correndo, talvez se aumentasse o passo daria tempo de chegar lá antes que ela fosse embora. E foi o que fiz. Corri o máximo que pude, mais infelizmente, não fui rápido o suficiente. O carro já estava dando a partida e saindo.

— Ino!! – Tentei chamá-la mais uma vez, só que não adiantou de nada. Fiquei ali parado olhando o carro se distanciar, ainda tendo alguma esperança dele voltar e trazer minha loirinha de volta. Mas essa esperança se foi, quando não pude mais ver o taxi.

Voltei pra casa, e liguei para meu tio. Por mais que ele me enchesse falando coisas como “Você precisa vir pra reunião” ou “ Você arranja outras garotas”, não me importei. Estava resolvido que iria ir pro Arizona. Iria ir pra casa de Ino de qualquer jeito. Iria explicar tudo o que aconteceu. Agora só preciso de seu endereço, ou algo assim... Mais antes precisaria de ajuda.

— Sakura – falei indo para a cozinha -, pode me ajudar?

— Com o que?

— Queria o endereço da Ino.

— Como?

— O endereço da Ino.

— Hm. Infelizmente eu não tenho. O máximo que posso fazer por você é ligar pra Tia Yamanaka...

— Você chama a mãe da Ino de tia?

— Sim, algum problema? – Sakura falou estalando os dedos.

— N-não. Nenhum hehe.

— Certo. Mais tarde ligo pra ela Ok? Mais faz um favor? Não vá agora.

— O-o que? Por quê?

— Bem, sei que você não fez nada de errado e tal, mas é bom a Ino ter um momento só dela.

— Mais assim ela vai pensar que eu não fui atrás dela por que estava tentando inventar uma desculpa ou qualquer coisa assim.

— Pode até ser... Mas pense bem. Ino passou por muitas coisas recentemente. Espere pelo menos por mais um ou dois dias. Vai dar um tempo pra ela esfriar a cabeça e pensar melhor.

— Ok. Vou pensar nisso.

[Pov’s Ino On]

 

Falei tudo o que tinha acontecido pra minha mãe. No final acabei chorando no seu colo feito uma criança de cinco anos. Porém, tinha que me levantar. Não ia adiantar nada chorar por uma coisa que já aconteceu. Naruto é um canalha que só me iludiu e me enganou. Disse um monte de mentiras, que eu boba, em um momento frágil acabei acreditando e me iludindo. Sorte da Sakura não ter caído na mesma historinha que eu cai. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Finally Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.