Correndo. Era o que eu fazia nesse exato momento. Correndo por um corredor branco. Essa cena se repetia, mais uma vida perdida, mais um pedaço de mim que morria, mais uma vez eu corria nesse corredor branco, em direção ao quarto da minha mãe.

Morte, vida, são tão importantes, mas sem sentido, Por quê vivemos? Por quê morremos? Qual o sentido disso tudo? Amor, uma palavra tão distinta e complexa, por quê amamos? Por quê nos torturamos com esse sentimento? Pra que amar se a pessoa no final morre? Na verdade todos morremos, mas por quê?

Família, amigos, conhecidos, estranhos, todos um dia vão morrer, então, pra que criar laços? Por quê sempre alguém morre quando se menos espera? Por quê choramos? Somos fracos por chorar? Somos fortes quando não demonstramos sentimentos?

Porque tantas perguntas sem respostas? Mas a única pergunta que não sai da minha cabeça é

              POR QUÊ RAIOS EU EXISTO?        

Eu já fiz essa pergunta para minha mãe uma vez, ela só riu e falou que eu estava pensando muitas bobagens, talvez ela tivesse razão, eu tinha apenas 13 anos na época, eu queria fazer essa pergunta novamente a ela já que agora tenho 18 anos, talvez eu entendesse melhor, talvez ela me responderia, se não estivesse morta.