In The Rain escrita por Charlotte Maddison


Capítulo 1
A Chuva e o Guarda-Chuva


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo é meio grandinho



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Grossas gotas de chuva competiam para ver qual chegava primeiro ao beiral da janela. Olhá-las era uma distração para aquele loiro. Ele só queria esquecer por meros segundos o quão complicada era sua vida. O jovem estava cansado de tentar ser perfeito, seu pai o cobrava cada vez mais e isso estava o irritando. O loiro era maior de idade não podia ser controlado pelo resto da vida como se fosse uma marionete. Tinha que começar a controlar a própria vida. E para demonstrar que já não agüentava mais, pegou o carro que geralmente o seu motorista dirige e foi para o lugar mais distante de sua casa.                                                                                           

  Um ato de rebeldia?Talvez. Porem libertador.

  E agora? Ele sentia o medo lhe corroer. Já conseguia imaginar o olhar do pai sob si, o julgando,o fazendo se sentir insignificante.Todos os atos tem suas conseqüências e a cada minuto longe de casa as conseqüências aumentavam.

   Então, levantou-se de repente da cadeira disposto a ir ate o balcão pagar o seu café e ir para casa. E assim ele fez. Respirou fundo,inalando o agradável aroma de café que o estabelecimento exalava.Foi em direção a porta preparando o guarda-chuva.A forte chuva continuava a cair,e as pessoas ainda tentavam se proteger dela.Enquanto o jovem ia em direção a tempestade que o aguardava.Parou embaixo da marquise do Le Coffee,uma cafeteria entre milhares de outras em Nova York.E ficou lá por alguns segundos,tentando encontrar coragem para ir direção ao carro.Quando pelo canto do olho notou a presença de outra pessoa,que provavelmente se abrigava da chuva.virou um pouco o rosto e percebeu três coisas:

(Um) A jovem tinha cabelos azuis familiares

(Dois) Roupas familiares

(Três) Um rosto familiar

Não precisou de muito esforço para o rapaz reconhecer a moça. Lógico, quem não reconheceria a pessoa que quase atropelou? Por um segundo ele não soube o que fazer. Sua vida realmente estava cheia de problemas.Ate que a azulada percebeu a presença do loiro e não tardou em lembra-se do quase atropelamento.

—Você?! Por acaso esta me perseguindo?

Ela estava irritada e ele atônito.

—O que? Não! Foi pura coincidência.

Ela revirou os olhos e soltou um longo suspiro. Estava incomodada com a presença dele.

—Pelo jeito que se veste, você deve ter muito dinheiro. Se pensa que pode fazer tudo e não ter nenhuma conseqüência,esta totalmente enganado.

Ele passa a mão pelo cabelo, contendo a irritação que crescia em seu peito. Ele não precisava de outra pessoa para o repreender.Porem manteve a postura,assim como lhe foi ensinado.

—Olha, desculpa por hoje cedo. Eu estava distraído e com a cabeça nas nuvens...

—Pois sua cabeça devia esta concentrada no carro. Dirigir é um ato de responsabilidade.

—É, eu sei –O loiro suspira.Ah, se aquela moça soubesse o porquê dele ter dirigido feito um louco há algumas horas atrás.O assunto ficou no ar.Ela voltou a encarar a chuva e ele a se encorajar mentalmente para voltar pra casa.

—Qual é o seu nome?

Ele perguntou com o intuito de enrolar.

—Ahãm?O meu nome é Marinette. Por quê?

Ele encolheu os ombros

—Sabe,pra nos conhecermos de uma maneira mais civilizada.A propósito o meu nome é Adrien.

 O loiro esperou a tal de Marinette surtar ou coisa do tipo.Porem ela só o olhou rapidamente e voltou a olhar a chuva e agarrar os seus cadernos.Adrien não compreendia aquilo.Afinal, ele era Adrien Agreste um dos modelos mais famosos do mundo,filho de Gabriel Agreste um dos estilistas mais famosos do mundo.Ou seja,ele era rapidamente reconhecido, principalmente pelas garotas.Bem, não pela aquela.Isso o deixou curioso.

—Quantos anos você tem?

—Minha mãe me ensinou que nunca devemos conversar com estranhos.Você devia fazer o mesmo.

—Eu não saio muito de casa-Ele disse meio entristecido- Mas quando saio à maioria das pessoas me reconhecem.

 Marinette abriu a boca para falar algo,mas não pode,pois seu celular começou a tocar.Assim que o tirou da bolsa ficou preocupada com o nome que viu na tela.

—Alô? Nino?O que aconteceu?Sim eu já estou voltando para casa...O que?!...Eu não acredito! Fica ai que eu já estou chegando...Por quê?...Ai meu Deus! Como eu posso ter me esquecido da Manon.Olha,eu vou dar um jeito...Ta bom...Eu te ligo daqui a pouco.Tchau.

Marinette olha desesperada para a chuva e depois para os cadernos.Adrien não sabia o que estava acontecendo na vida pessoal da moça,mas queria ajuda – lá

—Esta com algum problema?

—vamos dizer que precisarei encarar essa chuva.

—Se quiser,posso te dar uma carona.

Ela o olha assustada,e sinceramente ele já esperava essa reação.Quantos caras oferecem uma carona a uma garota que acabou de conhecer?

—N-não p-precisa se preocupar.

Ele notou o nevorsismo na voz dela, que provavelmente estaria pensando que ele é um louco.

—Eu não sou um maníaco,ta? Quer saber, que idéia idiota.Lógico que você ia pensar que eu sou um tarado ou coisa do tipo.

—Tud-do b-bem,de qualquer jeito,obrigada.Mas... eu já vou indo.

—Espera-Diz ele chamando atenção de Marinette.O loiro abre o guarda-chuva e o estende na direção dela- Pode ficar com ele.Talvez, para me desculpar por hoje cedo.

A azulada fica sem reação.Ela olha primeiramente para o guarda-chuva e depois para os olhos verdes do loiro.Eles eram verdes como a relva e transbordavam de gentileza,altruísmo e cavalheirismo.Marinette não sabia o que estava acontecendo consigo,ela só sabia que estava hipnotizada por aqueles olhos.

Mesmo com seus problemas,Adrien,se esforçava para ajudar os outros,assim como sua mãe o ensinara.Saber que estava fazendo algo que sua mãe gostaria que ele fizesse,o fez sorrir.

E de repente,ela saiu do transe,assustada com a batida acelerada de seu coração.Milhares de pensamentos passaram por sua cabeça,mas ela não os escutava.Sua mão foi em direção ao guarda-chuva,automaticamente.Seus dedos tocaram levemente nos dele e logo depois envolveu o metal frio.Adrien alargou o sorriso,mas não pode deixar de gargalhar quando o guarda-chuva se fechou sobre a garota.E quando ele focou novamente nela viu seus olhos azuis como o céu límpido.E de repente ele conseguiu esquecer seus problemas por meros segundos.

Ambos mantinham um leve sorriso no rosto

—O-o-obrigada. B-b-bem e-eu vou i-indo

—Espero te encontrar mais vezes por ia.

As bochechas dela ficaram róseas.

—T-também e-espero.-ela começou a andar protegida pelo guarda-chuva.Mas antes de se afastar demais ,ela abaixou a cabeça e disse:

—Só pra q-que fique s-sabendo,prefiro e-esquecer essa historia t-toda de quase atropelamento.

—Obrigada você acabou de tirar um peso enorme das minhas costas.

Ela deu um sorrisinho e depois foi embora.Adrien se sentia mais leve,só não sabia direito a origem dessa leveza.

O destino é engraçado.Ele nos faz passar por tantas coisas, para simplesmente nós encontrarmos aqueles a quem estamos destinados.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Ate o proximo capitulo
Bjs da Charlotte ♥♥♥



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