ROSE

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Às vezes a vida é complicada. Não deveria ser quando se tem 15 anos, ainda assim, às vezes é. Para Rose Weasley tudo aquilo era mais do que complicado. Seus dias eram um eterno enigma, para o qual nunca encontrava resposta. Queria entender o que havia de errado com ela ou, pelo menos, o que havia feito de tão errado para que as pessoas a odiassem tanto. Bom, por pessoas referia-se aos colegas em Hogwarts, aquela população, no entanto, representava mais da metade de seu ciclo social, o que era muita coisa.

Além disso, aos 15 anos, a opinião que qualquer pessoa possa ter ao seu respeito importa. Pelo menos, importava para Rose. Talvez aquele fosse o problema, se preocupava demais com o que pensavam a seu respeito. Em defesa da menina, é válido ressaltar, que adolescentes podem ser extremamente cruéis. Escolhem um alvo e atacam, até não restar mais nada.

A garota nem se importaria em ser o alvo, se compreendesse a razão. Nunca fizera mal a ninguém, mas desde que pisara em uma sala de aula pela primeira vez fora silenciosamente escolhida para ser atormentada, algo que, em alguns momentos, acontecia pelo simples ato de respirar. Uma vez que não compreendia o motivo, começava a criar suposições. Nada de bom saía disso.

Talvez fosse a timidez, talvez fossem as notas altas, o jeito desajeitado, a risada estranha, a aparência horrível... A combinação de tudo o que fazia Rose ser Rose. Não importava. O estrago estava feito.  A menina calou-se, isolou-se e se trancafiou dentro de si mesma. Andava com a cabeça baixa e se encolhia entre os cantos. Desejava ser invisível. De certa forma, seu desejo se realizou. Tornou-se invisível para si mesma e lentamente m-u-r-c-h-o-u.