Emma

Minha esposa desceu as escadas depois de muito tentar falar com a nossa filha.

—O que foi isso Regina? - perguntei assustada. - Nunca vi Amélia assim…

Ela bufou e parou sentando no primeiro degrau

—Nem eu Emma! Não sei o que deu nela, estávamos na entrevista, você sabe que conheço o reitor ele era amigo do meu pai. - confirmei e ela continuou. - Depois ele começou a falar sobre minha família que estudou também em Harvard, e disse aquela maldita frase que ela jogou na nossa cara. - disse jogando as mãos para o alto.

Pensei um pouco e falei a pior coisa que poderia.

—Regina você não teria nada haver… - ela não me deixou terminar.

—Não termina, por favor! - se levantou e me encarou - Você acha mesmo que faria isso com a minha filha?! Não tenho nada haver com isso, não pedi nada a Richard, ela entrou por mérito dela! - disse irritada. - Esperava desconfiança de qualquer um menos de você! - minha esposa virou as costas.

—Regina me desculpa, não quis dizer isso! - ela continuou subindo as escadas sem me dar ouvidos.

Escutei segundos depois a porta do no nosso quarto sendo batida com força.

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Tentei entrar no quarto umas duas vezes, mas a porta estava trancada.

O jeito era dormir no quarto dos gêmeos. Pelo menos meus anjinhos não iam me expulsar.

Amélia

Eu só queria que aquele dia acabasse, ou melhor, que aquele ano acabasse. Porque tudo estava dando errado?

Rolei na cama, e peguei o celular, eram duas da manhã.

Faz algum tempo que escutei minhas mães brigando e alguém batendo a porta do quarto com raiva, possivelmente mamãe Emma vai dormir no sofá hoje.

Olhei pra tela do celular ,onde minha foto com Lauren sorrindo estava no papel de parede. Como foi que essa confusão toda começou?

—Sinto sua falta. - disse beijando a tela do celular.

Tentei ligar, escrever mensagem, mas apagava sempre que pensava em enviar. Meu orgulho não deixava. E eu não podia ceder aos erros de Lauren, ela tinha que aprender.

Resolvi tirar aquela roupa e colocar meu pijama, quando escutei uma batida na janela.

Olhei e não vi nada, tirei a blusa e depois mais três batidas.

Levantei a persiana é quando abri a janela, Lauren estava sentada no meu telhado.

—O que está fazendo aí? - falei baixo.

—Tia Emma,ligou pra minha mãe e contou sobre Harvard, sinto muito Amélia!

—Não precisa, eu já disse não aquela merda toda!

—Acha que Tia Regina tem alguma coisa haver com isso?

—Não sei! Só sei que fiz minhas mães brigarem hoje! - disse triste.

—Por que não senta aqui - disse apontando para o lado dela.

—Lauren eu estou de sutiã, e esta muito frio! - cruzei os braços, ela me olhou e seus olhos miraram direto nos meus seios.

—Então nesse caso é melhor eu entrar! - levantou e andou até a janela.

—E seu não quiser que você entre?!

—Ok Amélia! Só vim ajudar, mas se quer continuar sem falar comigo, você que sabe! - Lauren falou irritada e se virou pra descer.

—Não! Espere! - ela quase caiu e meu coração deu um pulo. - Lauren você esta bem? - disse assustada. Ela se equilibrou de novo.

—Tudo bem! Subo nesse telhado desde os quatorzes anos, não é agora que ela vai me derrubar. - sorri

—Vem entra! - sai de frente da janela e Lauren pulou no meu quarto.

Ela se ajeitou e me encarou de novo, ou melhor, encarou meus seios.

—Da pra parar de me comer com os olhos, sua tarada! - sorri - Ainda estou com raiva de você!

—Os meus amigos aí, não tem nada haver com isso

—Você é uma idiota Lauren! - disse rindo. - Vou colar uma blusa.

—Por quê?

—Estou com frio oras… - falei revirando os olhos.

—Eu te esquento - eu conhecia aquele olhar…

—Não mesmo, não vamos resolver nossos problemas com sexo, Lauren! - disse colocando a blusa.

—Que pena, dizem que sexo de reconciliação é ótimo! – Lauren se aproximou por trás de mim e segurou forte em minha cintura. Passou a beijar meu pescoço, ela sabia que isso era meu fraco.

—Para Lauren... – falei já não conseguindo conter meus gemidos.

—Tem certeza? – Sua mão foi descendo até chegar à barra do meu short.

—Não. – falei mordendo os lábios.

Escutei sua risada baixa no meu ouvido, e senti quando sua mão entrou pelo meu short.

—Estava pensando em mim? – Falou com mão dentro da minha calcinha, e merda como eu fico molhada rápido com ela esta perto.

— Puta merda Lauren! – disse já me entregando. – Se você parar eu te mato! – me virei para ela ,e ataquei seus lábios, fui empurrando Lauren até a cama. Lauren era mais alta e mais forte do que eu, então antes que eu conseguisse joga-la na cama, ela me virou e me jogou. Seus beijos foram do meu pescoço, descendo até meus seios.

—Tira essa blusa! – disse ofegante. Droga! Já estava entregue, quando ela mandava desse jeito, minha sanidade ia para o espaço. Minha namorada era doce e sensata na grande maioria das vezes, mas na cama...

Ela abocanhou meu seio direito e com uma das mãos foi tirando meu short.

—Anda logo Lauren! – disse gemendo um pouco alto.

—Amor não geme alto, suas mães podem escutar! – disse baixinho.

Me controlei o quanto pude, e reprimia cada gemido que chegava. Quando abri os olhos ela já estava no meio das minhas pernas, beijando o interior das minhas coxas, e subindo com a sua língua.

Até que um fato me veio na cabeça na hora errada.

—Espera! – disse ofegante. – Ai caramba Lauren! – disse um pouco alto. – Você dormiu com ela? – pronto soltei.

Lauren parou na hora, olhou pra mim sem acreditar.

—Serio Amélia?! Você me parou pra fazer essa pergunta idiota! – disse irritada se levantando.

—Não é idiota! Você beijou aquela lá! Quem me garante que não fez mais nada, ou não sentiu vontade! – Lauren andava de um lado para o outro no quarto. – Você sente tesão por ela Lauren? –ela não respondia. E minha paciência foi indo embora. – Droga me responde! – coloquei meu short e minha blusa de volta.

—Eu ainda estou tentando processar essa falta de confiança sua em mim Amélia!

—Como você quer que eu reaja? Ela esta perto de você o tempo todo! E faz quase duas semanas que não vamos pra cama.

—Ok! Quer a verdade – Agora eu tinha irritado ela. – Sim ela é bonita! Tem um lindo corpo e já me deu oportunidade varia vezes! – disse me encarando.

—Sua idiota! – disse avançando em Lauren que me segurou.

—Mas eu não TRANSEI com ela Amélia! – falou com raiva. – Porque é você que eu amo, e só por você meu corpo reage desse jeito! – levou minha mão até o meio das suas pernas.

Fiquei sem ação ,acho que joguei pela janela a oportunidade de fazer as pazes com ela, tudo porque não controlo meus ciúmes.

Me afastei e sentei na cama.

—Me desculpa Lauren...

—Um pouco tarde Amélia! Você estragou tudo! – abriu a janela.

—Aonde você vai?

—Tomar um banho gelado, me virar sozinha, não sei!

Ela pulou a janela, e meu medo cresceu.

—Você não vai atrás dela, não é Lauren? – ela me deu um olhar triste.

—Não reconheço mais você Amélia! – pulou o telhado e sumiu no escuro do meu quintal.