"Canção romântica de um demônio branco no hall
        A sombra do demônio branco na estrada
        Sustenta sua mente, há um chamado
        Ele a ouve vindo depois de todo esse tempo
        Ela gosta do jeito que ele canta
       A canção de amor do demônio branco nos sonhos dela."

A white demon love 

Em sua efêmera vida a Mitsashi havia sido instruída por deveras professoras de etiqueta, todas queriam o mesmo de sua pessoa, uma eximia companheira, desde seus cincos anos de idade foi instruída a agradar seu companheiro quando o encontrasse, deveria ficar fora de seu caminho, ceder aos seus caprichos e ser submissa, a cada ordem Tenten sentia seu corpo retrair em desgosto, jamais cederia aos caprichos de um macho, encontrar seu companheiro de fato não era algo que a agradasse, porém houve uma época em que acreditava nas pessoas, sua mãe ensinava-a o dom do amor, contava-lhe o quão forte e maravilhoso era seu laço de companheiro com seu pai, falava horas para a pequena criança sobre o amor dos companheiros e a menina se fascinara, porém está menina estava morta em seu íntimo.

Isso não podia ser real, um grito queria sair de seu âmago, queria correr, porém não tinha mais controle de suas pernas, á sua frente se encontrava um homem de uma estatura acima da média, músculos ficavam evidenciados através de sua camisa branca de linho, havia cicatrizes em seus braços o delatando como um guerreiro, porém o que a marcou de fato havia sido seu rosto, sua pele parecia algo translúcido, sua boca estava em uma fina linha, suas orbes eram como gelos tão lindos e tão sanguinários, seu longo cabelo estava solto, tal criatura se assemelhava a um Deus, sua beleza era rude e gutural, seus poros exalavam dominância á quilômetros de distância.

Seu estômago revirou, cambaleante e absorta em pensamentos deu passo para trás ao duas orbes lhe fitarem de maneira mordaz.

Não. Tenten almejava se localizar á milhas de distância de tal local, porém como Luna deveria se portar como tal.

—O que devo ao prazer de sua entrada tão gentil em minha alcatéia?- Engoliu em seco ao mirar seus olhos em sua direção, se esforçou para sua voz sair, perguntava-se o que estaria lhe ocorrendo.

—Você é minha, quais motivos você precisa além desse, fêmea?-Sua voz saiu em um imponente rosnado ao  chamá-la de sua.

—Estás claramente exaltado, não sou sua propriedade e exijo uma explicação plausível para sua entrada abrupta em meus domínios - O fita de um jeito voraz.

—Oh querida, apenas estou respondendo á seu doce e gentil convite – Sussurrou ao seu ouvido, causando arrepios por sua pele.

—Céus, Alpha Hyuga creio que não me conheces, deves ficar em uma distância considerável de mim, não sou uma de suas cadelinhas que irá ceder aos seus caprichos - Sibila sentindo a dor da rejeição.

—Creio que o Gerd não tenha instruído corretamente sua filha, você não tem opção, você é minha companheira - Disse ao pegar em seus braços com seus longos dedos, tal ato causou um choque em seu corpo.

—E o senhor foi muito bem instruído Supremo Alpha, creio que o senhor estava saciando seus desejos carnais enquanto a minha família era atacada, fico decepcionada ao saber que meu companheiro não consegue presenciar ao menos á uma reunião, jamais aceitaria ser companheira de um ser tão desprezível - Sente uma dor imensurável se instalar em seu interior extraindo-a um arquejo.

—Você é apenas uma criança querendo manipular algo além de sua capacidade, pare de brincar que sabe comandar uma alcatéia, você implorará por mim - Seus olhos estão endurecidos e nele havia fúria refletida.

—Você não sabe o que é perde sua família, quem você ama, um ser tão frívolo como você não deve nutrir sentimentos por ninguém além de você mesmo, todos sabemos que só está no poder por matar seu antecessor, prefiro que um Alpha de uma alcatéia inimiga me tome ao invés de me entregar á uma criatura como você – Fala com um sorriso maldoso vacilante, a dor estava a se intensificar  fazendo-a arfar.

—Doce querida, suas palavras me doem profundamente, porém não sou alguém que você possa confrontar, sou um ser que ultrapassa os limites de desprezível, adorarei quando lhe farei implorar por mim - Segurou sua respiração ao senti-lo alisar meu rosto com suas mãos ásperas e calejadas, depositando um tapa em sua face esquerda fazendo-a sentir o gosto de ferro em seu paladar.

—Peço que o senhor se retire daqui, imediatamente, eu o rejeito como companheiro, suma de meus domínios e de minha vista – Sibila o olhando com ódio, suas longas garras já estavam á mostra, porém em seguida seus gritos ecoam por toda Stahbllut fazendo seus joelhos cederem e um uivo angustiante sair de seu âmago.

—Isto não acabará tão facilmente - Sibila com sua voz cortante como uma lâmina afiada a perfurando, seus olhos demonstravam dor, a Mitsashi havia causado sua dor, seu interior doía e sua loba uivava o desejando incansavelmente.

— Eu aguardo ansiosamente por isso - Tenten se levantava austera, Íris desejava se libertar, almejava-o como o Sol anseia presenciar a magnitude divina do brilho da Lua, sentia em seu íntimo o seu padecer, sobejava o majestoso Alpha á sua frente, estava febriciante, porém não cederia aos seus desejos, agüentaria a dor da rejeição, não fora feita para o laço de companheirismo, de fato reconhecera isso, mas nada a tinha preparado para as sensações desvairadas que a atormentavam.

—Será breve ressalto - O Alpha Hyuga havia fraquejado perante uma fêmea e isso havia sido ultrajante para sua pessoa.

Ao ver sua silhueta se afastar cada vez mais, um frio repentino se instalou em seu interior, um vazio, ela de fato estava sozinha, porém era desprovida de tais sentimentos, rogava a Fenrir o porquê de não ter seguido o alerta da deusa da Lua, porém sabia que seu companheiro fora escolhido pela mesma, fechou seus olhos ao sentir sua loba lazerar e dores voltarem mais intensamente a fazendo gritar desejando desfalecer.

Fazia preces silenciosas á deusa da Lua, que conseguisse ser forte e não sucumbisse á loucura, sentiu Moegi está á sua companhia esmiuçada, porém não tencionou o momento em que viu um belo lobo ao sul da floresta a olhar e logo após sucumbir à escuridão que lhe agraciava.