Cap. 10

                      Treinamento.

Passei o resto do dia intrigado com a resposta de Makailla. O que será que ela quis dizer com isso? É melhor esquecer, Alec. Não adianta, nunca vai ter resposta. Teríamos que esperar as garotas em seus quartos, que por ironia, era de frente pro meu. Arrumei-me com uma roupa simples e mais confortável, assim deixando meu corpo mais flexível sem rasgá-la. Quando sai do quarto Makailla estava sentada no sofá e sua capa estava cobrindo seu corpo, deixando de revelar sua roupa, só o sapato que eu sabia que era uma bota. E o salto bem alto.

- Suas irmãs vão sair, quando? – Falei, puxando assunto.

- Loren só estava retocando a maquiagem e Mirella, vestindo a capa. – Falou, parecia envergonhada de algo. Focamos em silencio e quando eu ia perguntar alguma coisa aparece a Loren, com uma bota enorme até acima do joelho, uma calça brilhante e a blusa do mesmo tecido da calça. Muito, me perdoem a expressão, sexy. Mas não fiquei tão impressionado, é com Demetri ensinando, vai dar problemas. Muitos problemas. – Não quero passar vergonha!

- Tudo bem. Vou vesti a capa está bem? – Perguntou Loren e Makailla assentiu. A Mirella saiu com a mesma expressão de Makailla e andando rápido, para um humano.

Vamos logo, antes que eu me arrependa. – Falou Mirella, Comecei a leva-lás a sala de treino e estavam Felix, Corin, Chelsea, Renata, E o Diogo. Um guarda abusado, com poderes de ilusões.

- Bom. Vocês primeiro de tudo tem que nos mostrar o que aprenderam, ou sabe... Tudo ok? – Falou Demetri.

- Há... Olha nosso jeito de lutar, não é o nosso jeito, entende, só é nossa técnica, não personalidade. – Falou Makailla, ela estava profundamente envergonhada e isso dificultava sua fala, a ponto de não entendermos tudo. Demetri Assentiu.

- Bom, Vocês, tentem dar o melhor de si, na... Luta. – Falou Demetri, Claro, elas teriam que aprender a lutar matar, desmembrar e etc.

- Claro. – falou Loren com um sorriso presunçoso. Boa coisa não vem! Makailla tirou a capa, e a cena a seguir, nunca pensei que existisse. Makailla, Mirella e Loren estavam com Um macacão, de um pano brilhante e colado no corpo, estavam com botas de cano ate acima do joelho e luvas tudo preto. A blusa tinha uma abertura oval revelando uma parte dos seios das três e a roupa era bem colada ao corpo. Sem falar numa tatuagem que as três tinham... Mas isso não é possível. Só dente de vampiro perfura pele de vampiro.( N/a: Gente o link da roupa, fui eu que fiz tá! http://looklet.com/look/4028008 bjin, xau, A a tatu ta no braço.)

As tatuagens, como...? – Perguntei tentando reformular algo.

- Não são tatuagens, é uma tinta que misturada ao nosso veneno, não saem jamais. Pode se afirmar ser uma tatuagem, mas não é como as verdadeiras. Esse era o nosso símbolo, um símbolo de família, a minha antiga família. -  Não tive coragem de dizer mais nada. A roupa dela parecia querer provocar algo.

- Porque as roupas...? – Perguntou Demetri, com um sorriso malicioso, vale afirmar.

- Nossa antiga mestra, nos ensinou que em uma luta com homens, seduzir o oponente é bem util. Assim tirando sua concentração. Assim acabamos e lutaremos mais facilmente. – Nossa não deixa de ser uma lógica. Bem lógico, mesmo!

- Tudo bem. Vamos começar. Primeiro você Mirella com Félix. – Falou Demetri.

A luta começou muito rápido, era a delicadeza de Mirella contra a selvageria de Félix, cada golpe era um chute, murro e etc. Mas não era como vampiro lutava, era mais tai condor, Karatê e todas outras lutas de artes marciais. A luta acabou empatada, ela era muito boa. Agilidade contra força.

- Muito bom, sua agilidade é bem eficaz. – Falou Demetri e Mirella abriu um sorriso encantador. – Agora... Eu contra Loren.

Sabia! Loren e Demetri estavam se dando muito bem, ela era muito sedutora e cada passo seu era bem calculado, mas Demetri era muito rápido e a travou contra o chão. Demetri saiu de cima dela e a ajudou a se levantar.

- Você é muito boa. – Falou Demetri, Com certeza tinha duplo sentido nessa frase. – Treine mais sua agilidade. Alec, Makailla.

Levantei-me e Makailla também. Como eu sou. Um pouco, curioso, perguntaria algumas coisas. Esperei ela se colocar em posição de ataque. Nada, então me agachei. Ela colocou um pé na frente do outro, como se fosse agradecer aplausos.  

- Coloque-se em posição de ataque. – Será que ela não sabia? Mas ela já tinha dito que aprendera então...

- Eu já estou, você vai demorar muito? Pra atacar? – Falou ela me interrompendo. Tanto faz!

Corri em sua direção e percebi que ela não estava lá, quando virei, ela estava com o rosto a centímetros do meu. Eu fiquei perplexo, ela deu a volta por mim?

- Desculpe. – Falou, não entendi, mas segundos depois estava atravessando uma parede. Alem de ágil ela é forte. Vou ter que calcular cada passo meu. Levantei e corri o mais rápido que pude e quando me aproximei dela, empurrei meu corpo contra o dela, a fazendo cair no chão. Mas presa lá, pois eu estava encima dela. Isso não estava me parecendo uma treino e sim outra coisa. Horários nobres não permite. Mas eu estava muito feliz, e ela emburrada.

- Venci. – Falei a imprensando contra o chão. O estranho foi que ela riu. Ela é maluca, não é bipolar.

- Sabia que não se canta vitoria antes do tempo? – Falou ela, e depois estava com a perna enlaçada em minha cintura, isso COM CERTEZA não era treino. Não estava entendendo o golpe dela, mas percebi que ela estava com ar de sedutora como a Loren. Droga. O jeito de luta dela é esse.

Ela nos girou, se colocando encima de mim. Mas devo admitir, estou amando essa luta. Ela segurou meu pescoço e o apertava se demorasse mais eu iria morrer, rapidamente soltei minha mão e a empurrei pra longe. Ela atravessou a porta a quebrando e fazendo um enorme barulho. Será que eu coloquei força de mais. O local estava com a fumaça, mas não dificultava a visão. Ela estava com uma cara de raiva e veio pra cima de mim quando eu pensei em sair dali fui jogando contra uma parede e o pé dela estava em meu pescoço.

- Você acha que esse salto vai me machucar? – Perguntei, que vampira ela é, Malucas.

- É. Não é um salto comum, Alec, é dente de Lobisomem, mas esta disfarçada, se eu passar em você, vai sentir uma dor horrível alem do corte. Então se você se mexer, não vou ter pena. Você bagunçou o meu cabelo, isso imperdoável! – Falou ela, como assim lobisomem? Que historia é essa? – Então admite que sou melhor que você. E que venci. Ai eu te solto e acabou.

- Não. Você não venceu ainda. – Tinha que ter um jeito, ninguém é melhor que eu. Nem Jane! Ela é o mesmo nível. Tentei calcular, mas vi que não tinha jeito, tinha que falar, mesmo. - Você venceu e melhor que eu.

Falei rapidamente e baixo, mas todos ali ouviriam com certeza, a Loren se divertia com tudo isso, e com certeza o Feliz ia me zoar.

- Não ouvi. – Falou Makailla. Falando isso, Loren gargalhou mais alto e Felix também, até Corin não consegui ficar sem rir. O que ela quer provar? Quer me humilhar é?

- Eu disse: você venceu e é melhor que eu. PRONTO! – Já estava ficando nervoso, e eu não gosto de perder. Por quê? Simples. EU NUNCA PERDI!

Ela me soltou e Demetri começou a falar.

- Muito bem, Mirella tente ter menos compaixão, Loren tente ser um pouco mais ágil e Makailla concentre-se mais. – Elas assentiram e vestiram a capa. Eu sai e fui  pro meu quarto, fiquei olhando o jardim atrás do castelo que era de frente com a minha janela. Tinha belas esculturas e arvores de maças belíssimas. Meu quarto era simples, mas bem decorado. O chão era de carpete, vermelho. As paredes beges e os armários, cama e guarda roupa de mogno. A janela não tinha bancada como a de Jane, mas por que eu retirei, ficava muito feminino. Ouvi batidas na minha porta.

- Posso entrar Alec? – Perguntou a Makailla. Fui e abri a porta, depois voltei a olhar o jardim, meu orgulho estava ferido. Ah! Eu sei que não sou mais criança, mas qual é?! – Desculpa, por tudo... É que quando eu fico com raiva... Eu não sou eu entende? – Falou ela, ou seja, Bipolar!

Mas eu não conseguia ficar com raiva dela, ela era muito legal pra eu ficar com raiva.

- Tudo bem, desculpa... Foi infantil. – Falei, não gosto de pedi desculpas, sou um Volturi, o poderoso, você quer o que?

Ela riu. Falamos coisas sem nexos depois disso, e ela disse que gostou da Renata, mas não gostou da Chelsea, pois é muito convencida, e que a tal da Corin parecia ser uma Loren dois, mas ela tinha razão, Corin era uma Loren dois. Eu ri com as coisas que ela achava dos outros guardas, e ainda mais quando ela falou que Caius era de cara feia por que nunca comeu sorvete. Ela tinha uma imaginação muito fértil, parecia ser uma criança de 12 anos, aquelas que acreditam em fadas.

- Posso te contar um segredo? – perguntou ela e eu assenti. – Sabia que existem sereias. Elas são lindas, as que conheci moravam no Havaí. As peles delas são diferentes. Algumas são rosadas e outras amareladas, mas nunca passam disso, e a cor preferida delas tem em mechas no cabelo. Elas são parecidas conosco, elas se alimentam da força vital, de qualquer coisa viva. Humanos e animais e tinha um lugar onde eram as casas delas, encantador, tinha um rio que com a lua brilhava. Elas não tinham caudas, como nos desenhos, mas diziam que as ancestrais delas tinham. Poucos vampiros as conhecem, sabe, elas não são muito chegadas nem a vampiros ou lobisomens. Sabia que tinha uma lenda. Era linda. Quer ouvi?

Eu não estava nem ai se era invenção dela, mas ela falava com tanto fascínio que parecia as admirar muito.

- Claro. – respondi.

- O nome é True Love. – falou ela

- True Love? – Era um nome bem típico de uma lenda de amor e blá, blá.

- Uhum, significa verdadeiro amor. É romântica e apaixonante. Quer escutar ou vai ficar perguntando o que de na telha? – Eu ri.

- Não, por favor, continue. – Falei, ela tinha um brilho sonhador quando estava ali, acho que se lembrando de suas amigas sereias ou da historia.