Ruby

Ruby era muito amiga de sua meia-irmã Joanne. Joanne era tão doce e agradável... A companhia dela era tão boa que Ruby tinha certeza que se sua mãe tentasse conhecer a menina gostaria dela também. Mas o problema era que a mãe de Ruby nunca havia tentado ser agradável com Joanne. Nunca havia tentado formar um laço de amizade com a menina. Ruby sabia que a sua mãe via Joanne somente como a bastarda de seu marido. Uma lembrança ruim.

Mesmo sabendo que é muito injusto o tratamento que a sua mãe dá para Joanne Ruby meio que a entende. Deve ser difícil conviver com o fruto de uma traição. Ruby não sabe como ela agiria se caso fosse ela no lugar da mãe...

Ruby se preocupava também com o futuro de sua irmã Joanne. Ficava preocupa da menina nunca conseguir um casamento e ficar sozinha para sempre. Também se preocupava com o que ocorreria com a menina caso o pai delas morresse. Ruby tinha quase certeza que a sua mãe mandaria a menina embora de Winterfell caso isso ocorresse.

A menina tentava afastar esses pensamentos dizendo para si mesma que o pai delas viveria muito e que Joanne conseguiria um casamento. O pai delas havia prometido que conseguiria um. Algumas bastardas conseguiam casamentos com cavaleiros e senhores menores. Podia ser que Joanne conseguisse um casamento que poderia ser considerado até bom.

Ao pensar em casamento Ruby pensou que não demoraria muito para ela ter que se casar. Ela já era uma mulher feita. Tinha dezesseis anos. Ela chegou perto de se casar uma vez. Quando quase foi prometida a Joffrey Baratheon.  Quase. Pois no fim Joffrey acabou prometido a Margaery Tyrell e pelas notícias que chegavam do Sul o casamento ocorreria em breve. Ruby não sabe bem o porque mas se sentiu aliviada por ela não ter que se casar com Joffrey. Talvez porque ela goste mais do Norte do que do Sul. O Sul e suas intrigas nunca a agradou. Além disso se ela fosse para lá ficaria longe de seus irmãos.

A aliança de casamento quase ocorreu quando o rei Robert veio a Winterfell convidar seu pai para ser Mão do Rei. Convite que seu pai recusou. Segundo boatos, se seu pai não tivesse recusado o convite ela seria prometida a Joffrey em uma tentativa de unir ainda mais as duas famílias. De unir ainda mais a família da Mão com a família do Rei.  Ruby acredita que esses boatos eram verdadeiros, pois quando Mace Tyrell aceitou o convite para o cargo de Mão do Rei sua filha Margaery foi prometida a Joffrey.

Ruby acredita que ela vai acabar se casando com um dos vassalos de seu pai. Com um dos grandes senhores do Norte. A menina fica feliz com essa idéia. Mas ela ficaria ainda mais feliz se pudesse se casar com o protegido de seu pai, o rapaz chamado Theon Greyjoy.

Já fazia um tempo que a menina alimentava uma paixão secreta por Theon. Ela não sabe exatamente o que a fez gostar dele. Talvez seja o jeito como ele fala ou talvez o fato dele sempre está sorrindo, como se o mundo fosse uma piada que somente ele entende. Ou talvez o conjunto de tudo.

A menina tem quase certeza que Theon também a ama secretamente. Que o sentimento é mutuo.

Artys

Algumas vezes Artys deixava o seu irmão San ganhar, para que ele se sentisse melhor, pois ele sabia que o seu irmão não tinha muito habilidade com armas. Além disso, para Artys ganhar não era o mais importante, o mais importante era treinar para ser cada vez melhor.  Para aprimorar as suas habilidades ainda mais. Ele amava praticar. Assim como ele amava a sua espada que tinha o nome de Agulha, tinha esse nome devido a ela ser um pouco mais fina. Ele nunca a usou de verdade. Em um oponente de verdade em uma guerra de verdade. Mas se um dia fosse necessário ele gostaria de está pronto. Para isso as muitas horas de pratica.

O menino treinava com qualquer um. Ele queria treinar com oponentes diferentes para que quando chegasse a hora de lutar de verdade ele estivesse preparado para tudo. Ele praticava até com os filhos dos empregados e pessoas mais velhas que ele.