SuperHero escrita por RockyRacoon


Capítulo 5
Capítulo 4 - A Visita


Notas iniciais do capítulo

oiee~~ meus minos e minas que leem esta fic! sentiram minha falta? espero que sim hehehe enfim! eu gostaria de agradecer àqueles que leem e principalmente àqueles que comentam, isso que reassegura de que eu não estou escrevendo para as paredes! mas, de qualquer modo, aqui vai mais um capítulo! espero que gostem, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688216/chapter/5

Elsa acorda de manhã bem cedo, bem antes de sua irmã, que não trabalhava aos domingos. Ela sai do colchão improvisado ao lado de Anna (Elsa se recusara a tirar o conforto da irmã e não curtia a cama de casal), arruma os lençóis, veste um roupão de seda leve e vai preparar um chá gelado com torradas. É início de outono, e as folhas ainda estavam começando a cair, embora já estivessem amareladas e algumas alaranjadas. A brisa da manhã entrava pela janela recém-aberta e pelas portas de vidro da sacada, uma brisa gélida, mas que não incomodava Elsa. O frio nunca a incomodara.

Mas de súbito o frio começou a aumentar. A brisa que mal movia o sino de vento de Anna começou a aumentar mais e mais, até se transformar em uma ventania ululante. Elsa não entendeu o porquê da súbita mudança, e acabou ficando um pouco assustada. Ela se encolheu perto da pia e fechou os olhos, pois havia no ar algo parecido com poeira, só que mais frio ao toque. O vendaval foi momentâneo; em pouco tempo já acabara tudo. Porém, quando Elsa abriu os olhos, ela quase não acreditou no que eles a diziam.

Havia neve branca e brilhante espalhada por toda a sala e por toda a cozinha. Os móveis, o chão, os eletrodomésticos, tudo estava polvilhado de neve que parecia não derreter com o “calor” de 10c°. quando ela olha para a sacada do apartamento, ela vê uma figura familiar.

Rosto coberto por uma máscara de mergulhador e um lenço azul, casaco preto por baixo de uma jaqueta de couro azul, calças cáqui rentes às pernas e um estranho cajado de madeira na mão.

O misterioso rapaz que salvara a vida de Elsa há apenas três dias flutuava um metro acima da grade de cimento da sacada antiquada do apartamento de Anna. Daquela vez não havia capa, mas ele parecia etéreo do mesmo jeito. Um pouco de seu cabelo agora era visível fugindo do capuz, e Elsa viu que eram brancos, como a neve que a tudo cobria.

—você! – Elsa diz, em tom acusador.

O rapaz pousou lentamente na grade, o cimento e as flores nos vasos pendurados se congelando à medida que os pés descalços dele foram se aproximando da superfície. Ele pousa e lá fica, desfrutando de um equilíbrio perfeito. Todo o ar perto dele parecia ser mais frio, mais sombrio.

—bom dia, senhorita. – ele diz, sua voz um pouco baixa e rouca, dando um ar assustador a ela. – um pouco cedo e frio para chá gelado, não?

Elsa dá uma rápida olhada no chá que deixaram em cima do balcão da cozinha.

—veio aqui para questionar meu gosto por chá? – ela indaga, sarcástica.

—não sou inglês. – ele diz, finalmente sentando-se de supetão. – apesar de achar que se um deles visse isso provavelmente teria um ataque de pânico.

Elsa se aproxima dele com cuidado. Seus pés tocam o piso de madeira da sacada, e ela para por ali, na divisória entre a sala e a sacada. Ela se encosta á parede e cruza os braços de maneira a parecer mais forte, mas era bem óbvio que ela estava com medo. Quando tomou coragem para falar, sua voz saiu um pouco trêmula.

—olha, eu sei que você nunca me responderia, mas perguntar não ofende, então... Quem é você?

O rapaz tira o capuz da cabeça, revelando todo o cabelo branco e bagunçado.

—eu jamais te diria meu nome real, mas por aqui costumam me chamar de Frostbite. – ele diz.

—Frostbite? Queimadura de gelo? Que horrível. – Elsa diz, achando o apelido maldoso demais para alguém que fora tão gentil com ela.

—não foge muito do real. Afinal, sou quente como gelo. – ele diz, ficando de pé de novo, dessa vez no chão de madeira (que também congelara ao toque de sua pele) e fazendo pose.

—difícil dizer com tanta roupa. – Elsa diz, zombando de leve com ele depois de o olhar de cima a baixo com um ar crítico.

—hehe. Bem, eu completo vinte semana que vem, quer comemorar?

—não obrigado. Não te conheço bem o bastante para festinhas, nem estou bêbada o bastante para isso. E, eu não sei os seus, mas os meus pais sempre me disseram para tomar cuidado com estranhos. Eles podem ser perigosos! – Elsa diz, pensativa. – o que me lembra... – ela dá uma olhada rápida na porta do quart onde Anna ainda estava adormecida. – você é perigoso?

Frostbite parece congelar com o próprio frio por causa da pergunta. Sua postura relaxada fica rígida, e Elsa teme tê-lo ofendido.

—o que te leva a pensar assim? – ele pergunta, suas mãos apertando cajado, uma maneira de se acalmar.

—nada demais. – Elsa diz, preocupada em pôr Anna em perigo.

—foi algo que sua irmã te disse? – ele pergunta, a voz baixando uma oitava. O sentimento em sua voz era indecifrável, como todo o resto nele.

Elsa hesita em responder.

—não se preocupe, não vou machuca-la. – ele diz, sentando-se na grade de novo e soltando um longo suspiro. Ele pensa por alguns segundos antes de falar de novo. – é, acho que posso sim ser considerado perigoso.

—considerado? – ela arqueia uma sobrancelha.

—entenda: eu sou uma figura controvérsia por aqui. Uns me chamam de herói, outros de vilão, alguns de traidor e outros até de espião. Mas eu não sou nada disso. Não sou o tipo de herói que você vê nos jornais. Eu trabalho melhor sozinho, e tenho certa tendência a me meter em confusão, o que me rende a fama de garoto-problema. Mas eu não sou mau. – ele faz uma pausa, pondo o capuz em sua cabeça de novo. – ou... Ao menos não quero ser. – ele diz, encarando o chão com tristeza no olhar escondido pela máscara de mergulhador.

Elsa se aproxima dele, receosa.

—por que veio aqui?

—pra ser sincero? – ele volta a olhar para ela. – não faço a menor ideia. Não sei ao certo. Você tem uma aura estranha.

—aura? – Elsa indaga, interessada.

Frostbite sorri de maneira brincalhona por baixo do lenço que protegia seu rosto.

—se quiser mais respostas, vai ter que procurar por si mesma. Afinal, que tipo de repórter recebe as notícias em bandejas de prata?

Elsa se assusta.

—como sabe que...

—se quiser respostas, busque por elas! – ele diz, conjurando o vento e voltando a flutuar. – e só uma dica: não procure emprego nos jornais! Eles fazem de tudo, menos publicar as respostas!

O vendaval e a nevasca voltaram, cegando Elsa momentaneamente e levando Frostbite para longe da sacada. Quando tudo acabou, toda a neve se fora, e o único indício de que o anti-herói havia estado ali era o cabelo bagunçado pelo vento de uma Elsa confusa e desconfiada.

Uma coisa era certa: ela, por algum motivo estranho e desconhecido, confiava nele.

E conhecia a indústria da mídia bem o bastante para saber que devia seguir seu conselho.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~///~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Um blog? – Anna diz enquanto se espreguiça, a voz ainda meio sonolenta.

—sim, um blog. É quase como ser uma jornalista, mas eu vou ser autônoma. – Elsa diz, digitando rapidamente no computador, acessando um site de criação de blog.

Uma Anna descabelada e meio grogue senta ao lado da irmã, ainda meio confusa com o que Elsa decidira lhe contar.

—tá, eu tenho muitas perguntas... – Anna solta um bocejo. – mas a princípio, por que você desistiu do jornal?

Elsa pondera por um segundo se deveria falar sobra a visita de Frostbite pela manhã. Então, ela se lembrou do medo que sua irmã tinha dele, por algum motivo que ela ainda desconhecia, e decidiu esperar.

—jornais mentem demais. – ela solta uma meia verdade. – se eu arranjasse emprego em um deles, nunca poderia publicar a verdade nua e crua. A internet é bem mais liberal. – Elsa diz, digitando e usando mouse para ajeitar o layout da página inicial.

—tá, se você diz... Não leio mais o Linha Reta. – Anna diz, se encostando no ombro de Elsa, ainda muito sonolenta. – mas é domingo. Por que em santa consciência alguém acorda às cinco da manhã num domingo?

—ainda não me acostumei ao fuso horário. – é só o que Elsa diz. – Anna, posso ficar com o quarto vazio? – ela pergunta.

—hm? O quartinho da bagunça? Tá, lá só tem tralha mesmo, e a maioria é do canalha do Hans... Mas pra que você quer aquele quarto? – Anna pergunta, lentamente substituindo o netbook por sua cabeça no colo de Elsa.

—vou precisar de um estúdio se quiser dirigir o blog, gatinha manhosa.  – Elsa diz, fazendo cafuné na irmã.

—ah, tá... Mas me conta, vai ser de quê esse seu blog?

Elsa sorri, um sorrisinho brincalhão de canto de boca, mimetizando o de Frostbite (embora ela não soubesse disso).

—vai ser sobre os Guardiões e seus vilões. E, é claro, Frostbite.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~///~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oiee~~ pessoinha que leu até o final! o que achou da fic desta vez? gostou? me deixe saber! não gostou? me explique o porquê! mas com cainho, sim? sou frágil~~ beijos e até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "SuperHero" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.