SuperHero escrita por RockyRacoon


Capítulo 13
Capítulo 12 - As Instalações


Notas iniciais do capítulo

oiee~~ galerinha linda que lê a fic! como vão, pessoinhas?! espero que bem!
bem, para começar gostaria de agradecer aos novos comentários no capítulo anterior e por não me odiarem por torturar vocês semanalmente. em segundo lugar, gostaria de dizer que eu posso não responder ou responder alguns comentários bem tarde, porque minha frequência de aulas está ALELUIA CRIANÇAS voltando ao normal. em terceiro: eu vou torturar vocês mais um pouquinho, mas calma que vou esclarecer muita coisa nesse capítulo! não significa que vá tudo ficar claro heueheuheuheue sem mais delongas, boa leitura!



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Elsa começou a andar na direção da casinha menor ao lado do prédio, mas Fada a impediu, segurando-a pelo ombro.

—espere! – ela diz.

—ué, por quê? – Elsa retruca. – provavelmente o gerador desse lugar fica ali!

—sim, mas e se já houver alguém lá dentro? – ela explica. – se ligarmos o gerador, vai ser como anunciar com fogos de artifício a nossa localização!

—oh, é verdade... – Elsa diz. – mas não podemos ir às cegas naquele lugar! E eu só tenho uma câmera com visão noturna!

—eu tenho um truquezinho que vai nos ajudar. – Fada diz, tirando alguma cosa de uma bolsinha que ela tinha amarrada na cintura.

Da bolsinha do tamanho de uma carteira, Fada tira um pequeno frasco com areia dourada e brilhante dentro.

—isso é...

—areia dos sonhos. – a morena diz. – você sabe muita coisa sobre nós, loirinha. Mais do que imagina.

—Sandman... – Elsa murmura enquanto Fada abre o frasco fechado com uma rolha.

De dentro do frasco a areia saiu sozinha e começou a espiralar em volta das duas mulheres, até que Fada estende a mão para frente com a palma virada para cima, e a areia toma a forma de uma lanterna sólida na mão dela.

—fascinante! – Elsa diz.

—agora só eu vou ficar visível, e eu sei cuidar de mim mesma. Ao menos melhor do que você.

—não dá pra competir com uma super-heroína.

As duas chegam nas portas da construção. Eram portas de vidro automáticas como as de hospitais normais, mas estavam quebradas, assim como todo o lugar, que estava em ruínas. Elsa dá uma olhada lá dentro e vê que o lugar está uma bagunça: há macas espalhadas e quebradas por todo o lugar, as cadeiras da fila de espera contorcidas e enferrujadas, plantas nascendo por todos os lugares, lâmpadas e lanternas quebradas, portas escancaradas, e aquela era apenas a recepção.

—é realmente um hospital! No meio do nada! – Elsa diz.

—ainda se admira? Não leu nada do que eu te entreguei?! – Fada diz, entrando no hospital.

—“resultado oficial: cura total da doença”... – Elsa murmura.

—exato. Senta que lá vem história, minha cara. – Fada diz. – há muito, muito tempo, existia um hospital extremamente famoso, conhecido pelo nome de Hospital dos Sonhos, que apesar do nome, não tratava só de doenças relacionadas ao sono, mas todos os tipos de doenças. Os melhores especialistas do mundo inteiro realizavam avanços diários naquele lugar, e a medicina era de primeira. Porém, um dia, o hospital, que pertencia a um homem muito velho e gentil, passou para seu filho, Peter Black, conhecido pelos empregados do lugar apenas por Breu. Breu era um homem cruel e egoísta, o exato oposto de seu pai. Ele também era um grande fã de quadrinhos e um entusiasta de teorias da conspiração. Pois bem, um dia, ele havia acabado de ler as histórias do Capitão América™, e estava se sentindo muito mal. Ele foi a seu próprio hospital fazer um exame, e foi diagnosticado com um tumor cerebral, que já era do tamanho de uma uva. Desesperado, não querendo morrer, ele ordenou que os pesquisadores da Ala de Doenças sem Cura criassem um soro especial que pudesse melhorar as habilidades físicas de qualquer um, e curar, obviamente, qualquer doença. Atiçados por uma recompensa financeira gorda, coisa que era possível, pois Breu era muito rico, os cientistas faziam avanços diários significativos todos os dias, mas um dia, não foi o suficiente. Eles precisavam de cobaias humanas, e Breu não queria que ninguém soubesse no que ele estava trabalhando. Então, ele espalhou um falso boato no hospital, de que pela quantia certa de dinheiro, o soro iria curar qualquer doença. O boato em si era ridículo, mas centenas de famílias caíram naquela ladainha. Entre estas, nove famílias em especial que, por acaso, foram as únicas a receber dos laboratórios resultados positivos. Para humanos normais, o soro era letal, queimava as veias e fritava a consciência. A dor era tanta que o paciente poderia ficar em estado vegetativo após a ingestão. Porém, havia, nos pacientes dessas nove famílias, um gene especial que reagia com o soro de maneira a não só curá-los, mas a aprimorá-los, torna-los melhores do que já eram ou seriam.  Os resultados eram variados. Desde nascimento espontâneo de asas até a dissolvição total do corpo em areia, todos os pacientes receberam resultados inesperados e extremamente curiosos, para dizer o mínimo, exceto uma. Uma família estrangeira muito, muito rica, que levara para as instalações duas pacientes especiais: uma, mais velha, que tinha apenas dois aninhos, voltou para casa como uma menina normal. A outra, um mero bebê, cujo caso era extremamente curioso, pois de alguma maneira toda a matéria cinzenta presente em seu cérebro havia congelado, também voltou para casa absolutamente normal. Foram as únicas, no entanto.

Elsa e fada exploravam o lugar, Elsa escutando à história calada e pacientemente. Por algum motivo, ela lhe parecia estranhamente familiar. Deveria ter lido sobre isso em algum lugar, ou isso a lembrava de algum livro que havia lido. Foi quando elas chegaram ao equivalente à porta das escadarias do primeiro andar, onde havia um elevador que, apesar da ausência total de energia, parecia ainda estar funcionando.

—sim, mas e em seguida? O que aconteceu com os pacientes? – Elsa pergunta, já curiosa sobre o fim da história.

—bem, após o nono teste positivo, Breu decidiu tomar o soro, já sofrendo com os efeitos de seu tumor. Porém, apesar de nove resultados positivos, ainda havia uma variável de centenas de resultados negativos, alguns até mesmo com a morte do paciente. Mas Breu não deu ouvidos aos avisos dos pesquisadores. Durante sete dias e sete noites ele tomou o soro, e no oitavo dia ele fez uma nova ressonância que lhe mostrou que seu tumor havia sumido. Ele vibrou de alegria, mas a comemoração durou pouco. Algum tempo depois, ele foi visitar a usina estourada de Chernobyl em uma comemoração à construção de uma nova estrutura para guardar o famoso Pé De Elefante que havia lá. Como ele havia visto todos os resultados incríveis dos nove pacientes que tiveram resultados visíveis, ele decidiu que era forte o bastante para ir “visitar” o objeto mais perigoso do mundo. Porém, a radiação emanada por aquilo foi o bastante para ativar o gene até então dormente em seu corpo, e ele, em uma reação parecida à de um dos antigos pacientes, se dissolveu em uma areia negra e brilhante na frente dos olhos daqueles que o acompanhavam.

—céus...

O elevador finalmente chega, e Elsa olha para Fada com olhos curiosos.

—eu também não faço a menor ideia. – é só o que a morena lhe responde.

As duas, muito desconfiadas, entraram no elevador. Lá dentro, elas viram, ao lado dos botões que indicava do primeiro ao quarto andar, um pequeno microfone. Elsa ativou o microfone, muito desconfiada.

—uh... – ela hesita por um momento. – Hospital dos Sonhos?

Nenhuma resposta.

—Breu? – Fada tenta.

Nada. Elsa pensa por um momento, e uma ideia lhe surge à mente.

Pesadelo.

E tudo ficou escuro.

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Fada acordou horas depois, estirada no chão do elevador completamente partido. Apenas por sua super-força e sua super-resistência ela sobrevivera à queda. Mas o desespero bateu quando ela viu Elsa estendida no chão ao seu lado, a câmera por milagre diviso apenas rachada, mas com uma pequena poça de sangue ao lado dela.

—Elsa! Elsa! – Fada a sacode, completamente desesperada.

—hm... – Elsa geme. – Fada... O que aconteceu?

—acho que nós caímos. – ela diz, descansando a cabeça da blogueira em seu colo.

—mas aonde? – Elsa pergunta, olhando em volta, tentando se levantar.

O lugar onde elas caíram pareciam com o hospital acima, mas muito mais arrumado e limpo. Havia luzes acesas, e o lugar consistia em um longo corredor com várias portas de cada lado, tudo muito simétrico, e uma grande porta dupla no final do corredor.

—já mencionei que tenho medo de hospital? – Elsa diz, seus olhos azuis se arregalando.

—idem. – Fada diz. – mas não podemos ficar aqui paradas. Se havia mesmo alguém aqui dentro, já nos ouviu.

—mas... Por que o elevador caiu?! – Elsa indaga.

As duas saem dos destroços com muito cuidado para não se cortarem, e viram o motivo? As cordas de aço que ligavam o elevador à roldana haviam se partido, provavelmente pela idade.

—maravilha, que delícia, ótimo... – Elsa diz, olhando para a bagunça. – como nós vamos subir?!

—não sei. Minhas asas são fracas demais para carregar a nós duas, e eu não vou simplesmente te abandonar aqui, nem vou me arriscar te derrubar. Já é um milagre que você tenha sobrevivido à queda!

—falando nela, você tem alguma noção de quão baixo nós estamos?

As duas olharam para cima no poço do elevador. Havia apenas um pequeno pontinho azul-escuro no topo, muito longe para realmente se notar.

—muito, muito baixo. – elas disseram em uníssono.

Elsa começaram a andar pelo corredor, quando Elsa teve a péssima ideia de filmar o que havia dentro das portas.

—oh, céus!

Dentro dos quartos minúsculos e selados por argamassa, havia corpos em decomposição, os gases poluindo o oxigênio lá dentro, por sorte não poluindo o lado de fora.

—ugh. Precisamos sair daqui o mais rápido possível.

—concordo. Vamos ver se encontramos uma corda para te puxar para cima. – fada diz, tomando a dianteira, a lanterna de areia em suas mãos se transformando em um chicote.

As duas andam em frente, Elsa não ousando olhar para os lados e ver os corpos pelas pequenas janelas de vidro que haviam em cada porta. Foi quando elas chegaram à porta dupla no fim do corredor. Elsa então amarrou a câmera em seu cinto e tirou a arma do coldre. Ela a destravou e puxou o cão da arma, deixando-a pronta para atirar. Fada entrou em posição de ataque, e olhou para Elsa, que apenas assentiu. Ela abriu a porta muito devagar, e revelou o que havia lá dentro.

Um enorme laboratório, que mais parecia uma câmara de tortura. Haviam mesas com faixas de couro por todo o lugar, algumas delas sujas de sangue, várias máquinas com diversos apetrechos saídos diretamente de filmes de terror ao estilo Jogos Mortais™, luzes de milha iluminando as mesas, além, é claro, de uma ou duas vísceras espalhadas aqui e ali. Elsa teve ânsias de vômito, mas as impediu por pura coragem, tentando se manter forte.

—santo deus, esse lugar está pior do que eu me lembrava...

—lembrava?! – Elsa diz, assustada. – já esteve aqui antes?!

—mais uma historinha, Elsa, dessa vez uma curta! Já viu por aí um velho de quase noventa anos correr por cima de prédios com duas cimitarras na mão, lutando contra bandidos? Ou um homem com orelhas de coelho? Ou um cara feito de areia?! Não prestou atenção em nada do que eu te disse?! – ela já estava nervosa. – nós éramos quatro dos nove! Quatro dos nove!

—e-eu...

—eu tinha câncer na medula, Coelhão tinha surdez crônica, Noel era Alzheimer, Sandy tinha queimaduras na pele, e por aí vai! Nós não éramos ricos, ninguém iria dar por nossa falta! Éramos descartáveis, e quando não morremos, nos transformariam em ratos de laboratório, se não fosse por Ele!

—ele... Quem?

Fada hesitou um pouco antes de dizer.

—o Homem na Lua.

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Notas finais do capítulo

oiee~~ pessoinha linda que leu até o final! gostastes? deixa-me saber! sua opinião é importante na construção de uma boa fic! não gostastes! explica-me o porquê! mas com carinho, sim? sou frágil~~
beijinhos, beijinhos, até o próximo capítulo!!