Corações Partidos(Segredos e Mentiras) escrita por calivillas


Capítulo 4
O mais belo presente




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— Senhor Bauner, hoje, eu recebi um telefonema bem inesperado. – Teresa começou a contar durante o jantar, no restaurante mais elegante e caro da cidade, Mathews ergueu as sobrancelhas em interrogação, então ela prosseguiu – Eu fui informada que o meu estágio na Saramego foi aprovado e que começaria já na próxima semana. Foi uma estranha coincidência isso acontecer logo depois que eu conheci você, Por acaso, você não tem nada com isso? – Perguntou, com ironia, pois já sabia a resposta.

— Como você disse, foi uma estranha coincidência. – Mathews respondeu, no mesmo tom, ela lhe deu um sorrisinho maroto. - Você está linda, Teresa. –Elogiou, sem poder tirar os olhos dela, pois como prometera, caprichou na produção, o vestido de renda quase dourada com o fundo preto era elegante, porém deixando suas belas pernas amostra, realçadas por sapatos de saltos altos e o cabelo preso em uma elaborada trança, somado ao perfume suave, faziam um belo conjunto.

— Obrigada – Teresa agradeceu, sem confessar que o vestido e os sapatos foram emprestados por sua amiga Lourdes e seu cabelo foi arrumado por uma das colegas, com quem dividia o apartamento.

— Você está tendo todo esse trabalho para me seduzir, senhor Mathews Bauner? – Teresa perguntou, zombeteira, o estreitando com os olhos em fenda, depois que lhe serviram a segunda taça de vinho - Esse restaurante incrível, a comida fabulosa, o vinho maravilhoso, tudo cuidadosamente planejado, para encantar a pobre e indefesa donzela e se aproveitar da sua virtude?

— Gosto do jogo da sedução, quero encantá-la e conquistá-la, isso torna tudo muito mais interessante. – Mathews revelou com a voz suave, a encarando, depois levando a taça a boca e sorvendo um gole de vinho.

— No entanto, gostaria de informá-lo que sou imune a tudo isso, o mito do príncipe encantador. – Teresa confessou, sustentando o olhar, ele a interrogou com os olhos, para ela se explicar. – Minha mãe é uma socióloga de esquerda, nunca nos permitiu ler essas histórias de princesas em perigo e príncipes salvadores, ela dizia que era uma forma de reprimir a mulher e transformá-la em dependente dos homens, os mostrando sempre como donos da situação.

— Suponho que sua mãe não iria gostar muito de mim. – Mathews cogitou por ele ser um empresário, o suprassumo do capitalismo, acrescentando. – Mas, lamento muito que tenha perdido essa parte mágica da infância, Teresa. Você sabe que muitas dessas histórias são originárias do meu país, lendas e histórias populares recontadas pelos irmãos Grimm, no século XIX, por isso, são tão cheias de romantismo, reflexo daquela época.

— Lamento informar, mas acho que minha mãe não aprovaria você, porém quem decide sou eu. – Teresa falou, resoluta, pois, definitivamente, estava gostando muito dele - Eu sei que são belas histórias de amor, mas não condizem com as mulheres do século XXI. Mas, tenho que confessar, como era difícil para uma menininha, entender isso, porque morria de inveja das outras garotas vestidas com aquelas roupas brilhantes e coloridas, com saias rodas e coroas de plástico das princesas. – Ela segredou, baixinho, ele a olhou de uma forma enigmática – O que está pensando? – Ficou intrigada.

— Estou pensando, que quero levá-la para minha casa, tirar sua roupa e fazer amor com você à noite toda. – Mathews sussurrou, sem tirar os olhos dela, ela o encarou, surpresa, ele achou que tinha exagerado.

— Então, porque estamos perdendo tempo, vamos pedir a conta e ir embora daqui – Teresa respondeu, com um sorriso malicioso e um brilho no olhar.

A viagem de carro até o apartamento de Mathews durou mil anos, como se o tempo não passasse, todos os sinais de trânsitos se fechassem para eles, até que, finalmente, chegaram ao prédio, onde ele morava. O elevador demorou a chegar no hall de entrada. Durante a espera, juntaram-se a eles, outros moradores e visitantes, que pararam em vários andares, Teresa sorria para Mathews, conformada, ele deu de ombros, resignado, então, enfim, pararam no andar dele. Quando entraram no apartamento, Teresa olhou ao redor, o lugar muito bem decorado e suntuoso, contudo tinha o aspecto funcional e impessoal.

— Esse apartamento é da empresa – Mathews informou, adivinhando os seus pensamentos – Você quer beber alguma coisa? Tenho uísque, vodca, vinho – perguntou, abrindo um frigobar.

— Não. – Teresa respondeu, dando alguns passos para frente, ficando bem perto dele – Quero você. – Ela disse e ele a envolveu em um abraço, os corpos e as bocas colados, em um beijo louco e devassos, mas Mathews se afastou, respirando rápido.

— O que houve? Há algo errado? – Teresa quis saber, confusa, sem entender aquela atitude, no auge da empolgação, mas ele sorriu lascivo para ela.

— Teresa, preciso contar uma pequena história sobre mim para você – Mathews começou, Teresa o encarou, esperando o que viria dali e ele prosseguiu. - Quando eu era criança, eu adorava meu aniversário, a empolgação, a festa, o bolo. – Admitiu, com a voz tranquila, ela ergueu as sobrancelhas em interrogação, sem entender onde ele queria chegar, enquanto segurava a mão dela, que se deixou guiar até o quarto – Mas sabe o que mais eu gostava? – Teresa sacudiu a cabeça em negativa, curiosa com o final da história - Abrir meus presentes! Eu olhava aquela pilha de pacotes e embrulhos coloridos e brilhantes, imaginando o que estaria escondido ali. – Ela sorriu, imaginando a cena. – Porém, mesmo criança, eu era muito determinado, por isso esperava até o dia seguinte, para abrir meus presentes um por um, sozinho, com calma, aproveitando cada momento. Entende aonde eu quero chegar? - Ela assentiu com a cabeça, quando pararam no meio do quarto dele, arrumado e elegante, tirando-lhe o cinto e desceu o zíper do vestido dela, bem devagar – Assim, Teresa, eu estou fingindo que ontem foi meu aniversário, e estou abrindo o presente mais bonito e desejado da pilha, quero fazer isso com calma, aproveitando cada segundo. – Confessou, tirando, lentamente, vestido dela e deixando escorregar para o chão, apreciou a visão dela em roupas íntimas, um bonito conjunto preto de renda. – Feliz aniversário, Mathews. – Brincou, com a voz rouca de desejo.

— Eu não tenho tanto autocontrole assim, Mathews. – Ela afirmou, ofegante, enquanto ele abria o seu sutiã e beijava os seus seios.

— É tudo questão de aprendizagem. – Ele era o dono da situação, no momento que a deitava na cama. – Como eu posso deixar de aproveitar a primeira visão do paraíso. – Disse puxando a calcinha dela para baixo, a acariciando e a beijando. - Sentir o seu sabor. Teresa, você é tão linda. – Beijou a, com mais intensidade, deslizando suavemente para dentro dela, que ofegou de prazer.


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