Era uma sala escura. Todos eles estavam amarrados no chão. Mãos e pernas amarrados com cordas super resistentes. Brito fora o primeiro a acordar.

— Que merda é essa ? – Disse Brito que estava amarrado ao lado de Ellen que acabara de acordar junto com outros campistas.

— Estamos amarrados filho de Poseidon. – Afirmou Gabi que de alguma maneira tinha conseguido se sentar contra a parede.

— Nossa, falou a gênia. – Retrucou Brito.

— Ah Brito, cala a boca. Não sei se perceberam, mas fomos capturados. -  Disse Foca que relutantemente conseguiu se sentar.

— Nossa, por Apolo. Acho que estamos fudidos. - Disse Ellen.

— Mano ... a única coisa que eu me lembro foi de ta junto com o chalé de hefesto e de repente olhei para o céu e apaguei no sono. – Disse Aron que estava de conchinha com a cara virada para a bunda do Matt. – Oh Matt, por favorzinha, não peida viu ?! – Pediu Aron.

Jasmine de certa forma tinha acabado de acordar apenas agora e conseguiu se sentar. Não estava assustada e muito menos preocupada.

— Eu só queria estar mortar. – Disse ela.

— Gente. Eu só me lembro de ver a treta do Milord e do Edu com Tanatos e dormi. O que foi que houve ? – Perguntou Emy.

— Hipnos ... – Disse Trindade. – Hipnos colocou o acampamento todo para dormir e depois de alguma maneira nos trouxe para aqui.

— Mas eu pensei que deuses só podiam entrar no acampamento quando tivessem filhos dentro do acampamento. Não me recordo de saber de algum filho de Hipnos. – Disse Maria que estava ao lado de Gabi de alguma forma mega desconfortável e não me refiro as cordas apertadas.

— Quando possuem filhos ou quando alguém de dentro permitisse a entrada do deus. Neste caso a mesma regra aplicada aos monstros se aplicam á estes deuses. – Disse Gabi que estava olhando para cada canto da sala. Percebeu que na frente do cômodo existia uma porta de aço e viu uma luz vinda de baixo.

— Pera Trindade, como você sabe que foi Hipnos ? – Perguntou Aron.

— Porque nós pegamos no sono ? Dahhhhh  .... – Retrucou ela.

— A gente. Sério mesmo. Cadê o Milo nessas horas de aperto ? – Disse Mini que conseguiu se sentar.

— Realmente, cadê o Milord nessas horas ? E Matt, como você foi pego ? Você estava do outro lado do acampamento. – Perguntou Denise filha de Dionisio.

— Hipnos veio para o outro lado do acampamento e quando eu e o Dark fomos pra cima dele simplesmente caímos no sono.

Muitos ali não acreditaram bem na história de Matt, mas resolveram ignorar por hora porque a porta tinha se aberto e Tanatos estava ali sorrindo para todos eles.

— EI você, deus de merda. Me solta ou eu vou quebrar você inteiro. – Gritou  Brito.

Tanatos foi andando calmamente pelo cômodo ohando para cada semideus ali. Parou em frente ao Brito.

— Ih, já era. – Disse Jasmine olhando para o Brito.

Tanatos deu um chute no estômago de Brito e o mesmo gritou de dor e cuspiu sangue.

— Alguém mais deseja questionar sobre a hospitalidade fornecida aqui ? – Disse Tanatos calmamente dando tapinhas nas costas do Brito. – Bom garoto, agora continue calado cavalo maromba do mar que te dou uma alga pra comer.

Brito ficou puto de raiva, mas foi advertido com o olhar da Gabi. Ela gesticulou com os lábios: “ Não faça nada. Fique quieto. “

Tanatos percebeu o dialogo não verbal.

— Isso mesmo. Todos obedientes ou as coisas vão ficar difíceis aqui dentro ...

— Tanatos. Isso é jeito de tratar nossos convidados ? – Disse uma voz estridente que vinha lá da porta.  Uma mulher ruiva estava na porta. Vestia uma túnica branca, em uma das mãos tinha um cetro e na outra uma coroa que parecia de ouro com partes prateadas e de cobre. Todos perceberam que a mulher se parecia com a Scarlett Johansson. Todos perceberam que suas veias estavam afloradas, negras e os olhos da deusa eram negros.

— Mestra. – Disse Tanatos se curvando.

— Puta merda,que mulher gostosa. – Disse Emy e todos olharam para ela.

— Olá pequenos semideuses, eu sou Nice, deusa da vitória, da força e da velocidade, mas podem me chamar de Mestra. – Disse Nice.

— E você pode me chamar de bolinho de arroz. - Disparou Trindade. – Eu achando que era algum deus interessante e é só a Nice. Affs neh.

Nice olhou penetrantemente para ela.

— Corajosa hein garota. Você acha que eu sou tão inferior assim, mas quem foi que te ajudou nas orovas do cefet mesmo ?- Disparou Nice.

— Ehhhh, se for pelo conhecimento, Atena é lógico. – Respondeu Trindade.

— EXATAMENTE. ESTE É O MOTIVO DE ESTAREM AQUI. ESTE É O MOTIVO QUE EU TENHO DE USA-LOS CONTRA OS DEUSES E TOMAR O MUNDO PARA MIM. – Disse Nice que tinha assumido a forma de uma demônia, garras tinham crescido de seus dedos junto com asas negras. Tanatos tremia de medo no chão. Nice voltou a sua forma de Scarlatt Johansson. – Me desculpem, fico assim quando fico chateada com algo. – Todos estavam calados olhando com cara de pânico para ela.

— Você está se vingando dos deuses por nunca ser reconhecida pelos seus atos como deusa da Vitória. – Concluiu Gabi que estava sentada.

— BINGO. E pelos deuses, uma filha de Atena reconheceu isso, pena que já é tarde. Vou destruir os deuses, me vingar e dominar o mundo. Vou fazer com que cada humano ao pegar uma moeda dos jogos olímpicos pensem duas vezes antes de adorar a pobre Atena. E por falar nela ... Hipnos .... traga a nossa visita.  – Disse Nice em alto e bom som e da porta apareceu um cara imensamente gordo e ele arrastava alguém pelos cabelos.

— MÃEEEEEEEEEEEEEE. – Gabi tentou se levantar, mas Nice de alguma forma estava ao lado dela e deu-lhe um tapa na cara fazendo Gabi ir para o chão.

Muitos tentaram levantar. Mas Nice levantou um dedo e todos permaneceram calados.

— Deixe minha filha e seus amigos fora disso Nice. O assunto aqui é entre eu e você. Disse Atena que estava toda machucada no chão com seus cabelos presos nas mãos de Hipnos que estava sorridente.

— Nossa Atena, seu senso de justiça me comove. Sério mesmo. Acho que uma lágrima minha um dia vai se lembrar deste momento e vai escorrer. – Debochou Nice.

— Você me traiu Nice. Me mandou uma mensagem de Iris dizendo que sabia quem estava por trás disso e quando vim aqui você simplesmente armou contra mim e me prendeu com isto. – Atena mostrou o pulso direito para Nice onde uma pulseira estava vibrando.

— Trai ? Disse que te contaria quem estava por trás disso. Aqui estou. Prendi o amueleto sagrado em você para que você perdesse os poderes enquanto o usasse. Não sou boba neh.

— Sempre fui justa com você e ...

— Justa ? Eu sempre fui sua braço direito Atena, sempre te dei vitória em tudo. Nunca tive nenhum reconhecimento, nem seu e nem daqueles idiotas do Olimpo. Eu dei um basta nisso. – Disparou Nice e todos olharam para ela. Gabi estava chorando no canto do cômodo.

— Nice, nós duas sabemos que essa não é você. Ainda há tempo, volte para o meu lado e juntas vamos achar uma maneira de ... – Atena perdeu a voz ... Nice estava na frente dela segurando Atena pelo pescoço.

— Não sou eu ? Minha querida, essa sou eu. Juntas ? Não existe mais um eu e você. Existe um eu.

Atena não conseguia falar. Estava rouca e segurava as mãos de Nice. Queria dizer para a Nice socorro. Queria dizer para ela lhe saltar. Uma dor agitava cada molécula sua. Atena tremia de dor. Não conseguia falar. Todos os semideuses tentavam se mexer, mas de alguma forma estavam paralisados pelo poder de Nice. Nada falavam. Só sentiam dentro deles próprios.

Nice atirou atena para a parede mais próxima e a deusa quebrou possivelmente duas costelas porque todos ouviram o barulho de ossos se quebrando.

De alguma maneira Gabi conseguiu se soltar das cordas e foi para a frente da sua mãe.

— Deixe minha mãe em paz Nice. – Gritou Gabi.

— Talvez não precisemos dessa ai Tanatos. Vou devolve-la para o acampamento em pedaços. – Nice deu um sorriso e apontou seu cetro para Gabi que estava na frente da Atena. Um jorro vermelho com dourado foi para cima de Gabi e todos os semideuses olharam e nada podiam fazer. Sua amiga seria pulverizada ali na frente deles.

Mas algo aconteceu. Atena conseguiu empurrar Gabi para o lado e tomou o lugar de Gabi na frente do jorro de luz. Atena fez um X com os pulsos e a pulseira que estivera usando fora destruída, mas não foi suficiente. Atena olhou para Gabi e deu-lhe um sorriso que dizia: “ Confio em você. “  

Atena foi engolida pela luz vermelha e dourada e foi atirada para o acampamento. Todos ficaram olhando a cena. Gabi ficou no canto chorando lágrimas quentes. Um choro sem som,porém com muita dor. Sua mãe tinha se sacrificado por ela.