Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 18
Inanimada


Notas iniciais do capítulo

Boa noite genteee ♥ :) Primeiramente gostaria de dedicar esse capítulo a Esther Grisoni e Bruna Miranda que estão de aniversário hoje :D Felicidades gurias ♥
Agradeço aos comentários maravilhosos que recebo, a fic está me surpreendendo demais ;) a quantidade de acessos cresce a cada dia só tenho a agradecer, o carinho e apego que sentem pela história... espero não decepcionar.
Esse capítulo não estava previsto... me inspirei para escreve-lo por conta de uma foto da Lana que inclusive é capa dele no Spirit e está disponível lá na página... Falo mais um pouco dele nas notas finais... Agora vou deixa-los com os links...

Chamada do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=ZX0O2vwWC0w

Música citada no capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=H7V0iLNPNzA

Espero que gostem. Boa leitura! ♥



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No capítulo anterior...

 

— Não sabia que você gostava de tanto assim de flores...

Foi o que conseguiu dizer em meio ao sorriso radiante em seu rosto.

Enquanto pegava uma das rosas, Robin dobrou uma das mangas do seu braço esquerdo para que os espinhos não rasgassem sua camiseta.

—Eu gosto. Acredito que elas devem ser cultivadas todos os dias, assim como o amor.

Respondeu lhe entregando uma rosa.

Sorrindo Regina a pegou,no entanto seu rosto logo adquiriu seriedade, paralisou.Não sentia o ar banhar seus pulmões.Empalideceu. Era ele, Robin era sua alma gêmea, possuía a tatuagem de leão.

—Você está bem?Ficou pálida.Eu acho melhor voltarmos para dentro,o nevoeiro está forte.

Percebeu que a mesma encarava sua tatuagem.Sua expressão exalava confusão.

—É melhor eu ir.

Foi tudo o que seu consciente conseguiu dizer. Virou-se e nem sequer o olhou.

—Você tem certeza?Vai ir sozinha?

Regina seguia caminhando.Ignorava os questionamentos de Robin. Preocupado ele a chama.

—Regina?

A cuidou se afastar até que em meio ao sereno a perdeu de vista por completo. Tentava compreender o que acabará de acontecer.

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 A Segunda-Feira havia chegado.Robin ansiava por encontrar Regina,queria saber como a mesma estava depois de ter partido repentinamente uma noite atrás.

 Já Regina temia por esse momento.Negar para si mesma o que sentia por Robin era fácil. Todavia quando ele estava presente era impossível conter seus sentimentos que floresciam demasiadamente. A cada olhar,toque e palavra.

 Estava na sua sala.Passava sua delicada mão sob o terno de algodão que Robin gentilmente colocou nela.Lembrou-se daquele momento com brandura.

 No entanto, foi interrompida por Valerie que adentrou sua sala.

—A senhora pediu que me chamassem?

—Sim.

Encarou a jovem que de imediato percebeu o terno de seu pai nas mãos de Regina.

—Entregue para o seu pai,diga que foi nobre da parte dele.

Valerie o pegou e sorrindo disse:

—Meu pai sempre sendo um cavaleiro não é mesmo?

—Sim.

—Desculpe a intromissão,mas por que a senhora mesma não entrega?

—Ah porque...porque eu tenho muitas atividades para fazer,estou sem tempo.

—Entendo. (Percebia o conflito que pairava nos olhos de Regina.

—Não quero incomoda-la.

Encaminhava-se em direção a porta.

—Espere.Como andam as coisas com Greg?

—Nós dois tememos estragar o que construímos até hoje.

—Não tenha medo,ás vezes vale a pena arriscar.

Valerie sorriu e respondeu:

—Obrigada.Acredito que a senhora também devia seguir esse conselho.

Disse ao fechar a porta.Deixando Regina inerte diante de tais palavras.

          ----------------------------------*---------------------------------- 

  Mais tardar...

 Robin bate  na porta. Após ouvir o consentimento de Regina ele entra.

  A mesma ficou eufórica ao vê-lo. Jamais imaginaria que fosse ele,afinal Robin não mantinha o costume de bater,era atrevido o suficiente para entrar apenas.

—Você está bem?No Sábado disse que eu parecia ter saído dos livros de contos de fadas,mas a princesa fugitiva foi você.

Comentou sorrindo demonstrando suas covinhas. O que Regina ocultamente apreciava.

—Eu não estava me sentindo muito bem.

—Por que você não me disse?Eu poderia ter te levado.

—Não queria incomodar.

—Você nunca será importuna.

Ele disse ao sentar-se.

Regina não podia negar que parte de si adorou ouvir aquelas palavras que saíram sinceras dos lábios de Robin. Entretanto, recostou-se na sua cadeira ao dizer:

—Você tem alguma dúvida relativa ao trabalho?

—Não.Por quê?

—Eu gostaria que você se retira-se por favor.Eu tenho muito trabalho para finalizar.

Sem jeito ele responde: -Ah... Tudo bem.Desculpe o inconveniente.

 Pode ver nos olhos dele o descontentamento.Porém acreditava que aquela fosse a solução cabível no momento.

Fugir dos sentimentos que cresciam dentro dela. Tornar-se inanimada em qualquer hipótese de relacionamento que pudesse surgir...

          ----------------------------------*-----------------------------------

 Quatro dias haviam se passado... Uma grande quantidade de chuva pairava sobre Nova York naquela Sexta a tarde.

 Regina havia passado por dias arduosos. Evitava Robin constantemente, tentando trocar o mínimo de palavras possíveis com o mesmo.Conseguiu  obter os resultados esperados, afinal ele respeitou o seu espaço.

 Já para ele foram dias angustiantes. Não entendia o que poderia ter acarretado tal mudança em Regina, era como se ela tivesse voltado a ser a temida “Dama de Gelo” fatidicamente com ele.

 Para ambos sucederam-se dias complexos,onde a saudade era cortante. Os laços que haviam criado cresceram exorbitantemente.

 Na calada de cada noite que se passara, seus devaneios eram simplesmente preenchidos um pelo outro. Embora não soubessem, eram dois corações feridos com as mesmas dúvidas, ressentimentos... compartilhavam do mesmo sofrimento, o medo de se entregar era inevitável.

 A curiosidade propagava-se em Regina, afinal descobriu que Robin era sua alma gêmea. Embora não acreditasse convictamente nessas coisas, uma parte de si alimentava a perspectiva de saber mais a respeito dos dois...

 Regina estava parada diante da grande janela de sua sala, cuidava a agitação das pessoas correndo contra o tempo para se escaparem da chuva gelada.Em meio a tanta correria,seus olhos encontraram um casal jovem que parecia não importar-se. Curtiam o momento apaixonados,observou que a menina possuía um lindo buquê de rosas, evidentemente recordou-se das palavras de Robin...

“  Rosas Vermelhas As rosas vermelhas são símbolos tradicionais do amor e do romance, é uma maneira especial de dizer Eu te Amo!. Tais rosas, por simbolizarem a beleza e a perfeição, remetem a mais profunda expressão de seus sentimentos. Elas carregam não somente a mais significativa cor entre muitas outras cores de rosas, mas o mais universal de todos os símbolos. Ao longo da história, as rosas vermelhas acumularam uma vasta riqueza de significados, sendo utilizada em inúmeros trabalhos de arte, como a pintura, poesia, a música e em diversos meios modernos de comunicação. O misticismo das rosas vermelhas causou forte fonte de inspiração por muitas eras, como na mitologia Greco-Romana, quando as rosas vermelhas já eram associadas à Deusa do Amor. Nas culturas seguintes, já se utilizavam as rosas vermelhas para decorar cerimônias de união e, frequentemente, elas eram utilizadas em casamentos. Com isso, é como o símbolo do amor e fidelidade que a rosa vermelha é reconhecida atualmente, transformando-se naturalmente em uma das flores mais características para transmitir o amor verdadeiro, na mais romântica forma de dizer Eu te Amo, ou mensagens de compromisso. As rosas vermelhas são muito utilizadas para presentear os amantes no Dia dos Namorados, em aniversários , ocasiões especiais ou, simplesmente, sem algum motivo especial aparente – somente uma forma de surpreender e encantar a pessoa amada. Seja qual for a ocasião, as rosas vermelhas possuem um grande e irresistível fascínio !”

  Sentou-se.Abriu a segunda gaveta de sua mesa e a pegou.Havia guardado com esmero.

Afagava cada pétala.Mesmo dias depois o aroma que ela exalava era contagiante. Fechou os olhos e permitiu-se desfrutar de todo sentimento que difundia em seu coração.

 Um sorriso surgiu em seu rosto.Nem sequer imaginava estar sendo observada pelo causador de tais lembranças.

  Ver Regina com a rosa que ele humildemente arrancará do jardim, fez seu coração disparar.Ele era o motivo daquele sorriso radiante que exorbitava no rosto dela.

Pela primeira vez teve a nítida sensação de que talvez ela sentisse o mesmo que ele...

“Mas por que ela me trataria assim? Será eu fiz ou disse alguma coisa errado?Só há uma maneira de descobrir...”

 Encostou-se em um canto mais afastado, estava decidido a esperar por ela, e consequentemente esclarecer o que estava errado.

 Regina teve seus devaneios interrompidos pelo seu telefone que tocava... Era Killian.

—O que houve?

—Tenho boas notícias.

—Sobre o que se trata?

—Seu divórcio. Venha aqui na minha sala para conversarmos melhor.

—Hum... você não pode vir aqui?

—Não Regina, estou terminando de concluir uma defesa. Não vai demorar.

—Tudo bem.Estou indo.

 Ao fechar a porta foi abordada por Robin. O principal motivo do qual a mesma tentou recusar a ideia de ir até a sala do irmão...

—Regina.

Na tentativa de fugir logo responde:

—Estou ocupada.Killian está me esperando.

—O que houve?Você está me evitando desde o baile...Eu fiz ou disse alguma coisa errada?Você ficou chateada comigo?

O nervosismo e a inquietação eram visíveis nos olhos dela.

—Não. Não.O problema não é você sou eu.

—O que é?Eu não posso ajuda-la?

—Não.Ninguém pode.Me deixe ir.Por favor.

Com pesar a mesma distanciou-se. Deixando Robin ainda mais aturdido.

 Pouco tempo depois Regina foi surpreendida pela chegada de sua irmã no escritório.

—Zelena?

—Sim sou eu. E pelo que vi minutos atrás cheguei na hora certa.

—O que você viu?

—O mesmo que no baile...uma mulher com receio.

—Do que você está falando?

—Não se finja de desentendida.Eu sei exatamente o que se passa nesse coração.Eu vejo o conflito nos seus olhos, ele tem nome e sobrenome,Robin de Lockesley.

 Regina encara a irmã incrédula.Zelena continua:

—Acha que eu não percebi o seu comportamento perto dele?A troca de olhares entre vocês dois?

—Eu não estou entendendo...

—Por favor Regina.Não se prive.

—Pra você é fácil falar.E se eu for traída de novo?Me magoar novamente?Já foi difícil me levantar uma vez, a segunda não irei aguentar, mesmo que ele seja o homem da tatuagem e...

—Espera aí! O QUE? Robin o irmão da nossa cunhada é o homem da tatuagem de leão?O seu guardião?Quem te deu a vida?

Desde que descobrirá sobre a tatuagem,Regina não havia sequer pensado na vida passada onde Robin honrosamente em um ato lisonjeiro lhe deu a vida...Estava tão focada em resolver seus atuais problemas que acabou se esquecendo.

—Sim é ele.

Foi o que conseguiu responder.

—Meu deus!Que maravilha! O destino está dando a vocês uma segunda chance.

—Não é bem assim.

—Como não?Está na cara que vocês se gostam.Vai atrás dele Regina.

—Não. Definitivamente não.

—É tão grande que...você tem medo dos sentimentos que nutre por ele.

Regina ficou encarando a irmã incrédula.Franziu o cenho.

Zelena conclui: -Você está apaixonada por ele.

—O que? Já chega Zelena por favor.

—Evitar ele não é a solução.Está no caminho errado, não é por que uma pessoa te machucou que todos os outros farão o mesmo.

—Basta!Eu sei o que estou fazendo acredite, assim é melhor.

—Tudo bem então... Não quero causar nenhum atrito entre nós duas.

—Ótimo.Você vai ir na reunião que terá hoje lá em casa?

—Sim.Se eu não for a mamãe irá ficar aborrecida comigo, parece que ela quer tratar de um assunto importante.

—Ela nunca fica aborrecida com você.

—Eu sinto muito pelo que ela fez.

—Eu não era para ter dito, fui uma estúpida!Disse coisas demais naquela noite.

—Eu não acho. E se quer saber estou do seu lado.(Zelena acaricia as mãos da irmã.) -Eu quero a sua felicidade!E... ela está no próximo corredor.

—Zelenaa!

—Já estou indo.

Disse sorridente.Parou na porta e despediu-se: -Até a noite.

—Até.

Regina preparava-se para continuar com seu trabalho quando sua irmã abre a porte abruptamente, Regina jurando que fosse Robin o chama.

Alegre sua irmã responde: -Eu não disse... “Fugir não é esquecer.”

                  ------------------------------*--------------------------------

   Emma e Killian retiravam-se do escritório.Preparavam-se para a reunião que teriam daqui a pouco na mansão de Regina.

—Você chamou o seu irmão?

Killian pergunta para a noiva.

—Não.Por que?

—Minha mãe pediu que o chamasse.

—Sério?Eu pensei que fosse só para a família essa tal reunião.

—E por acaso Robin não faz parte da família agora?

—Sim, mas...

—Nada de mas, além do mais minha mãe exigiu a presença dele nessa reunião.

—Você sabe o que ela pretende com isso?

—Não tenho a mínima ideia.

  Robin terminava de guardar suas coisas,estava feliz por concluir seu trabalho cedo. Assim teria mais tempo com Roland, poderiam até mesmo assistir um dos filmes favoritos do menino...

 Entretanto, a chegada de sua irmã e seu cunhado mudaram completamente seus planos... O que ele não gostou muito,afinal um pressentimento ardente tomava conta de si. Queria apenas ir para casa e saber como estavam as coisas...

 Sendo assim enquanto saiam do escritório ligou para casa, na tentativa de acalmar-se. Valerie lhe disse que tudo ocorria em perfeita ordem. Contudo a suspeita de que alguma coisa fosse acontecer ainda persuadia.

     Assim que Daniel recebeu de sua secretária  o comunicado da audiência que trataria sobre o seu divórcio com Regina.

O mesmo ficou em êxtase. Não imaginava que sua mulher conseguisse apressar tanto as coisas...

 A amava profundamente para assinar aqueles papéis,estava determinado a fazer o possível para reconquista-la.

“Isso não pode estar acontecendo.Eu não vou te perder...Eu vou resolver isso agora!”

 Entrou no carro e seguiu caminho até seu antigo bairro.Regina teria uma surpresa...

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  Regina voltava para mansão.Queria apenas descansar,porém havia a tal reunião... que sua mãe havia marcado, ainda por cima em sua casa.

Ligou o rádio. O mesmo repercutia Stop Crying Your Heart Out – Oasis.

“Segure-se!

Segure-se!

Não se assuste

Você nunca mudará o que aconteceu e passou

 

Que seu sorriso (que seu sorriso)

Brilhe (brilhe)

Não tenha medo (não tenha medo)

Seu destino talvez te mantenha aquecido

 

Porque todas as estrelas

Estão desaparecendo

Apenas tente não se preocupar

Você as verá algum dia

Pegue o que você precisa

E siga seu caminho

E faça seu coração parar de chorar

 

Levante (levante)

Vamos (vamos)

Por que você está assustado? (Não estou assustado)

Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”

 Dirigia o carro com os olhos lacrimejados,por vezes suspirava.

 Seu consciente lhe fez recordar da sessão de regressão que a mesma fez semanas atrás... Os sonhos que a perturbavam constantemente.

O momento em que seu guardião lhe dava a vida...corria até o corpo do mesmo estirado no chão. Numa tentativa frustrada de reanima-lo. Recordou-se do que Robin como seu guardião lhe falou.

“Quando há amor, as almas se encontram.”

Com essa frase deu adeus a ela. Há mais de 200 anos atrás...

 “Sempre poético.” Pensou.

Logo as palavras de sua irmã percorreram pelo seu devaneio.

“Você tem medo dos sentimentos que nutre por ele.”

“[...]está apaixonada...”

“Fugir não é esquecer.”

 Recordou-se de quando o evitou de maneira sórdida mais cedo...

“Eu fiz ou disse alguma coisa errada?”

 A chuva era constante. Guiando o volante ela questionava-se...

 Deveria continuar agindo daquela forma?A dor impediria de seguir em frente?Robin corresponderia aos seus sentimentos?

 A insegurança tomava conta do coração de Regina.

“As lembranças do passado e o medo do futuro representam as chaves que podem abrir ou fechar portas.”

 - Mauri Avila

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Próximo capítulo...

  Enigmática com o que acabará de descobrir Cora pergunta:

—Você já teve um filho?

[...]

—Sim...Ele morreu.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam??? Acredito que esse capítulo mesmo inesperado para mim, tem relevante importância para a fic.Afinal ele aborda os principais questionamentos da história...
Sobre o próximo... Como eu disse para vocês grandes revelações estão chegando... essa é uma delas. Não percam o próximo capítulo ele promete!
Um grande beijoo a todos ♥