Identidade Virtual escrita por Larissa Megurine


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Durarara!! me escravizou kkk Eu fiquei meio frustrada porque acabou (e confesso que queria mais foco pro Izaya e pro Shizuo), então eu não consegui não escrever essa fic kk
Só pra reforçar, shizaya shippers, não me matem, mas eu não acho que fosse... hmm... pertinente colocar nenhum romance ~explícito~ entre os dois.
De resto... Espero que gostem =)



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Kanra criou a sala de bate-papo

K – Boa noiteeeeee!

K – Tá, deve demorar algum tempo até alguém aparecer...

K – Acho que vou só esperar

 

Takeshi entrou na sala

T – Boa noite

K – Olá! Muito prazer, aqui é a Kanra-chan!

T – Eu sou Takeshi, prazer

T – Eu... Nunca participei de uma dessas salas de bate-papo

K – Não tem problema, eu te ajudo a se acostumar! Antigamente eu costumava falar com uma porção de gente dessa forma.

T – O que aconteceu com esses seus amigos? Vão vir pra cá também?

K – Naaah... Bem pouco provável. Houve uns desentendimentos, a maioria preferiu sair dessa vida, sabe *risos*

T – Você parece ter superado numa boa...

K – Nunca fui de me apegar tanto às pessoas. Na verdade, acho que eles que devem estar sofrendo sem mim.

K – Mas isso não tem importância. Que tal a gente falar do que gosta pra se conhecer melhor, Takeshi-kun?

T – Do que eu gosto? Hmm... Coisas doces *risos*

T – Sua vez

K – Aaaawwww..... Não gosto muito de doces, não sei, acho enjoativo

K – Mas deve ser porque nunca me fizeram nenhum doce bom o bastante *risos*

T – Eu... Não sei o que falar. Não sou bom com introduções.

K – Então que tal não pensar que é uma introdução? Faz de conta que já somos grandes amigos, que tal, Takeshi-kun?

T – Mas nem sabemos nada um do outro

K – Mesmo assim. Acho que é bem mais fácil conhecer a pessoa quando se está tratando ela casualmente.

K – Quando as pessoas se conhecem, elas se preocupam demais em “causar uma boa primeira impressão” e se esquecem de ser elas mesmas.

K – Aproveite agora que estou sendo legal e oferecendo meus pensamentos de graça

T – É... Acho que você pode ter razão

K – É claro que tenho razão u.u

T – Então... O que fez hoje, Kanra?

K – Me chame de Ka-n-ra-chan

T - *suspiro* ... Kanra-chan?

K – Passei o dia inteiro falando com pessoas chatas. Uns engravatados queriam que eu trabalhasse pra eles, mas eu não acho que suportaria

T – Você trabalha só?

K – Uhum~ Gosto de não ter um chefe controlando tudo o que faço. Prefiro agir de forma independente

K – Você trabalha com o quê? Ou vai dizer que ainda está na escola? *risos*

T – Pensei que devêssemos “já ser conhecidos”, não pergunte onde eu trabalho

K – Que malvado! Você fez isso primeiro

T – Foi um momento de desatenção...

K – Okaaay ¬¬ Mas, então, como foi seu dia?

T – Sinceramente, nada demais. Desde uns meses atrás, tá tudo tão parado...

T – Quer dizer, eu gosto de viver minha vida tranquilamente, mas...

T – Antes era tudo TÃO animado, que agora parece um pouco que a cidade morreu.

K – Entendo como se sente. Recentemente, eu tive que me mudar por causa de um monte de coisas que aconteceram... E aí de repente parecia que a vida tinha parado.

K – Acho que prefiro viver uma vida fora do cotidiano

T – Sério? Por quê?

K – Ah, quando tudo tá “direito”, fica um tédio, não acha? A vida precisa de surpresas, mesmo que não sejam só coisas boas o tempo todo, pra ter emoção de verdade!

T – Acho que pensamos de forma bem diferente...

T – Pra falar a verdade, eu nunca conversei com uma pessoa sobre esse tipo de coisa

K – A maioria das pessoas não conversa, então não se sinta especial por isso

T – Você soa como se já tivesse tentado falar com muitas pessoas

T – Várias vezes

K – Mesmo? Hmm, suponho que eu deva ter feito isso

T – Você... Precisa de alguém com quem conversar, não é, Kanra-chan?

K – Pff... Não fale assim, como se tivesse pena de mim

T – Não tenho pena de você por seja lá que te trouxe aqui. Mas acho que a razão é que quer companhia, não é?

[...]

Takeshi entrou na sala

 

M – Olá, Takeshi-kun

A – Oieeeeee

K – Boa noiteeee!

T – Boa noite, pessoal

K – Como foi seu dia, Takeshi-kun?

T – Uma amiga que mora longe voltou pra cidade. Fui pegá-la no avião e depois demos uma volta por aí.

K – Uma “amiga”, é?

A – TAKESHI-KUN TEM UMA NAMORAAAADAAAAAAAAAAAAAA

T – Ela não é minha namorada. A gente trabalhava junto, mas ela teve que voltar pra sua terra natal, então ficamos um tempo sem nos ver.

M – Como se isso a impedisse de te namorar~

A – Ela é estrangeira?

M – Onde você mora, Takeshi-kun?

K – Eeeeei! Não é apropriado perguntar coisas pessoais! Se não, não teria sentido em usar apelidos

M – Sou curiosa, não é culpa minha

A – Mas desse jeito fica mais emocionante, não é? Tipo, nos falamos diariamente, mas nem sabemos se um de nós pode já ter ido preso por matar alguém!

M – Você é estranha *risos* Mas tem mesmo algo de emocionante no anonimato. Acham que algum dia vamos ver os rostos um do outro?

K – Pode ser que a gente já se conheça e nem saiba

A – Waaaah ;^; Eu vou ter que sair....Tenho que acordar cedo amanhã

M – Nossa... Eu também não tinha percebido que já está tarde assim!

M – Boa noite, pessoal, até mais

A – Atéééééé!

Matsu saiu da sala

 

Angel saiu da sala

 

T – O que estavam conversando antes?

K – Sinceramente? Nada de muito especial. Acho que elas já eram amigas há um bocado de tempo antes de virem pra cá

T – Hmm... E quanto a você, tem novidades?

K – Eu sempre tenho novidades! U.U

T – É claro... *risos*

K – Eu vi um homem quase matar outro quando estava voltando pra casa hoje

T – Sério? Tem ideia do porquê?

K – Acho que um devia dinheiro ao outro, pelo que ouvi da conversa. Eu percebi que o que estava ameaçando tinha uma faca no cinto, mas o outro cara não percebeu e tava tentando resistir...

T – Você percebe coisas assim? É bem observadora...

K – Tem muitas coisas interessantes a meu respeito ;)

K – Em todo caso, poderia ter sido uma confusão feia, mas a polícia passou por perto bem na hora e o atacante fugiu morrendo de medo hahahaha acho que ele não estava pronto pra nada sério afinal de contas

T – Eu acho que ele teria merecido ser pego

K – Naaaah, ele nem faz nada mais que um terror psicológico no fim das contas

T – Mesmo assim, ele não tinha o direito de fazer isso com o outro. Odeio esse tipo de pessoas...

K – Criminosos?

T – Não exatamente. Tem pessoas que acham que podem fazer mal aos outros, que não ligam pro que é certo e cujas vidas parece que foram feitas pra importunar os outros!

K – Você fala como se fosse pessoal...

T – Acho que todo mundo já cruzou com alguém que sabia que não prestava.

K – Como pode saber que a pessoa não presta? *risos* Vai ver ela tinha suas justificativas, não?

T – Você não entende

T – Tem gente... Que não adianta você pensar em uma justificativa. Essa pessoa talvez nem quisesse ter uma

T – Acho que tem gente que se alegra em poder destruir a vida dos outros

K – Eu não vou dizer que concordo com você. Acho que pessoas são complexas demais pra serem unicamente “más”, sabe....

K – Se me permite dizer, podia ser que você apenas não entendesse essa pessoa...

K – Mas acho interessante ver como você x parece odiar

T - ... Defina interessante...

K – Ah, nunca é algo tão simples como “ele me insultou” ou “ela me deu um fora” para criar algo tão forte, não é?

K – Quer dizer, tem gente que se magoa com os outros, que sente raiva dos outros... Mas para ser algo mais profundo... Precisa ter um pouco mais de veracidade nesse sentimento, não é~?

T – Você “fala bonito”... Quantos anos você tem mesmo?

K – Você também?! Não lembra do acordo? Nada de falar sobre nossas identidades!

T – Okay, okay, não pergunto mais...

K – Mas e aí? Não vai contar o que aconteceu entre você e essa pessoa que odeia tanto?

T – Hmmm.... Não

T – É assunto só meu e dessa pessoa. E de qualquer forma, é algo que ficou no passado, de certa forma.

K – Por quê?

T – Credo, você faz muitas perguntas!

K – Não posso evitar *risinho*

T – Apenas esqueça. Tem alguém que odeio, mas aconteceram umas coisas que me fazem não ter que pensar mais nisso

K – Você parece ainda pensar~

T – Quer parar com isso? ¬¬ Apenas mude de assunto!

K – CONSEGUI

T – O quê?

K – Você usou uma carinha *risos*

K – Quer dizer que já não somos mais estranhos XD

T – Claro que não somos, já tem quantas semanas que nos falamos?

K – Não foi o que eu quis dizer... Você parece estar, hmm, se soltando mais. Isso é legal. Gosto quando sinto que estou conquistando a confiança de alguém *sorriso*

T – Você é simpática o bastante pra que isso não pareça ser um problema...

K – Pff... As pessoas não costumam gostar muito de ficar próximas de mim

T – Por que você é irritante?

K – Seu malvado. E não. Acho que as pessoas não me acham muito de confiança, na verdade...

T – Você dá razão pra que elas pensem assim?

K – Eu só sou eu mesma...

T – Tá, mas eu não te conheço na vida real, então a pergunta permanece.

K – Hmm... Não sou tão como aqui... É um pouco complicado de explicar.

T - ... Acho que é impossível você ser tão diferente de como é aqui. Não acho que uma pessoa possa deixar de mostrar certos traços de personalidade...

K – Eu não poderia concordar mais com você!

T – E devo dizer que gosto de seus, hm, traços de personalidade

K – Desde quando é um galanteador? Pensei que já tivesse namorada

T – Não tenho. E isso não foi uma cantada.

K – Freud já dizia que tudo se resume a sexo... O que quer dizer que provavelmente foi uma cantada mesmo que você não queira admitir~

T – Idiota...

T – Não gosto dessas coisas... Pessoas se dizem especialistas e taxam as pessoas segundo parâmetros que eles mesmos tiraram sabe-se lá de onde

K – ... Como se fôssemos tão simples de ser entendidos com um diagnóstico superficial...

T – Isso. É ridículo na verdade tentar entender uma pessoa de jeito profissional!

K – Que quer dizer?

T – Ora, para realmente entender uma pessoa, você tem que interagir de verdade com ela! De nada adianta um médico ouvir você falar um monte de asneiras, ele nem sabe o quanto disso é verdade...

K – Então não se pode entender os humanos~?

T – Acho que pode sim. Mas só um amigo poderia te descrever de verdade.

K - ... Interessante...

T - ... Errh, quer dizer, um amigo pode te ler sem que você nem precise abrir a boca, né?

K – Acho que sim.

T – Você está na defensiva de novo... Algum problema?

K - ... De novo?

T – Você faz isso quando está tentando entender meu pensamento, mas ainda não captou todas as ideias

T – É divertido, parece que está querendo entrar na minha cabeça, mas, sei lá, de um jeito que não me parece muito ofensivo

K – Como lhe pareceria ofensivo, Takeshi-kun?

T – É um pouco difícil de explicar falando, eu acho... Me irrito quando tentam forçar alguma coisa pra cima de mim, seja uma ação ou uma reação.

T – Digo, é um saco quando você só quer um pouco de tranquilidade e as pessoas vêm querer te encher a paciência...

K – Por que presume que estão te enchendo a paciência? Não acha que eles podem apenas estar querendo sua companhia? *riso idiota*

T – Esse tipo de coisa... Se sente, eu acho. Tem gente que realmente não tá no mundo pra ser legal com você

K – Mal-va-do

T – Se vai me chamar de mau, vou te chamar de idealista...

K – Eu? *riso*

T – Tenta se fazer de otimista demais pra acreditar nas coisas boas que a vida traz

K – Hã?

T – Você não é tão otimista assim... Só quer acreditar que tem coisas boas por aí

K – Quem é você para dizer algo assim sobre mim? *muxoxo*

T – Ué, não estamos, sei lá, sendo amigos um do outro?

T – Eu disse, tem coisas que se percebe com a convivência...

K – Você é um bobo

K – Mas de alguma forma acho fascinante.......

K - .........

T - ?

K – Esqueça

T – Sabe, às vezes me sinto num monólogo.... Por que eu tenho que falar sobre mim e você só faz escutar e nunca fala de si mesma, hein, Ka-n-ra-cha-n?

K – Por que se interessa?

K - ......... Já entende demais, de qualquer forma ¬¬

T – Não posso querer saber mais?

K – Um dia, talvez... Quem sabe um dia a gente não se encontra? Aí então compensaremos essas coisas

T – Está propondo um encontro na vida real, srta. Vamos-continuar-anônimos?

K – Nããããããããoooooooo, não é pra agora!

K – Só quero dizer que, pra saber tudo, só quando realmente formos nos conhecer

K – Até lá, assim tá bom :3

T – Um dia consigo te tirar dessa caixinha em que você vive *riso*

K – Isso vai demorar u.u Não tenho interesse algum em sair

T – Realmente acha que pode saber tudo o que quer e experimentar tudo da vida sozinha aí? Sala de bate-papo não é a mesma coisa que ar livre, sabe?

K – *Dá língua* Takeshi-kun bobo

T – Hahahahaha

K – XD

T – Não vai mesmo falar nada sobre você de novo?

K – Nope

[...]

 

T – Ei. Tá aí?

K – Boa noiteeeeee XD

K – O que queria falar?

T – Hmm.... Nada de específico

T – Mas você é a única pessoa com quem converso

T – Digo, conversar de verdade

T – Sem ser só banalidades de “como foi seu dia”....

K – Me sinto lisonjeada

T – Se acha...

K – *risos* Então está com tédio?

T – Acho que sim

K – Eu disse que uma vida movimentada era bem mais divertida do que ter a mesma rotina sendo repetida

T – Acho que a vida é assim, né? Eu aprendo umas coisas com você e você aprende outras comigo

K – Quem disse que você me ensinou algo que eu já não soubesse? u.u

T – Dá pra notar que sim, sabe?

T – Tipo com esse muro que você levanta pra fingir que nada te atinge

K – O quê? Agora vai dizer que sou frágil?

T – Não. Mas ninguém pode ficar sem se deixar levar um pouco... Frieza e imparcialidade demais não são características muito humanas

K – Já conheci pessoas bastante frias...

T – Eu também, mas.... Acho que as pessoas se tornam frias porque sofreram demais com seus sentimentos e acham que podem viver a partir de então os escondendo....

K – Então, o quê? Ninguém é frio de verdade?

T – Sei lá. Só acho que isso não tem muito a ver com se ser humano, né, não?

K – Hmm... Porque humanos são muito sentimentais e românticos?

T – Nem todos somos românticos

K – Não quis dizer assim.... Todo mundo tem algo que lhe emocione, certo? É normal se apaixonar, só que a maioria das pessoas só lembra da paixão entre duas pessoas

T – E quer dizer o quê? Se apaixonar por uma coisa?

K – Hã-hã. Por momentos. Por sensações...

K – Mas sim, por pessoas também *risinho*

T – Hmm... Acho que faz parte.... A gente tem que ter coisas na vida que nos façam gostar de estar aqui.... Se não a vida parece meio vazia

K – Pelo que você vive, Takeshi-kun?

T – ....

T – Hoje em dia, acho que para tentar ter uma vida boa com meus amigos

K – Parece um desejo bem modesto....

T – Por quê? Pelo que você vive então?

K – Eu...

K – Eu acho que estou tentando corrigir umas coisas.... Eu fiz algumas coisas no passado que.... A maioria das pessoas não viu com bons olhos

K – Algumas coisas me mostraram que não daria pra eu continuar sendo daquele jeito

K – Eu sei que nunca vai ser possível arrumar as coisas com todo mundo e nem vou tentar fazer isso, mas.... Acho que me prendi um pouco a essa ideologia por causa de uma pessoa

K – Ele nunca me perdoaria se fosse diferente *riso*

T – Nossa.... Obrigado

K – Pelo quê?

T – Por ter... Finalmente falado comigo.

T – Você disse uma vez que ficou feliz quando eu comecei a me abrir um pouco. E eu também fico feliz por você ter resolvido fazer o mesmo

K – É tudo uma questão de confiança, não é?

T – Sim. Isso teve cara de ser bem... Pessoal.

T – Não tem medo que mais gente leia essas conversas depois? Entendo que não fale tanto pra qualquer um

K – Não tem com o que se preocupar. As meninas não vão voltar. Eu pedi pra elas não virem mais pra esse chat

T – Sério? Por quê?

K – Preferia ter mais privacidade

T – Então realmente confia em mim *riso*

T – Já mentiu aqui alguma vez?

K – Só sobre minha identidade. Mas você já sabe disso.

K – E você?

T – Não sou de mentir com facilidade, então isso é um não.

K – Fico feliz com isso ^^

T – Posso fazer mais uma pergunta? Essa pessoa de quem falou... Por que foi por ele que mudou? É seu namorado?

K – Não, não *muitos risos* Na verdade, a gente se odeia. Ele seria capaz de me caçar e me matar se descobrisse que não ando na linha *mais risos*

T – *Leve ironia* Você parece ter um passado meio conturbado, Kanra-chan...

K – Você não tem ideia, Takeshi-kun *risinho*

T – Isso com esse cara... Foi o mesmo problema que te fez se separar dos seus amigos?

K – Hmm.... Tem a ver, mas não exatamente

K – De qualquer forma, é bem complicado =P

T – Adoraria ouvir a história toda um dia

K – Você é um bom ouvinte, pode ser que eu te conte ;)

K – Mas não agora...

T – Não quer falar?

K – Não. Estou com sono, mesmo.

K – Boa noite, Takeshi-kun *manda beijo*

 

[...]

 

T - Kanra-chan...

T – Sei que está vendo isso.

T – Você tá sempre vendo

K – Ah, oi

T – O que aconteceu?

K – Hã? Nada não

K – Não tinha visto as mensagens

T – Mentirosa

K – Quê?

T – .....

K – Na verdade

T - ?

K – Esqueça....

K – Eu não sei como falar isso

T – Você não parece bem

K - *riso* Não estou

T – Então fale

K – ...........

T – Por favor

K – A gente não pode mais se falar

T – ... O  quê?

K – Eu fiz algo que não devia.... E..... Não posso mais falar com você

T – Isso não está fazendo o menor sentido

T – Eu não me importo com o que você fez. Não pode ser tão grave pra me fazer concordar com isso

K – ......

T – Eu não quero deixar de falar com você

K – Você iria retirar o que disse se entendesse

K – Me desculpe

K – Eu sou uma pessoa péssima

T – Kanra....

T – O que aconteceu?

K – Takeshi-kun..... Eu não posso te falar

K – Eu.... Estraguei tudo pra mim

K – Eu não quero estragar tudo para você também

T – Ei

T – Eu não quero te ver triste assim

T – Se eu puder fazer qualquer coisa

K – Você não pode!

K – E você não vai ter que me ver, então não se preocupe com isso

T – Sabe.... Isso foi bem cruel

K – Eu tinha planejado só... Desaparecer

K – Mas achei que você merecia ao menos uma despedida de verdade

T – Eu quero entender o que aconteceu

T – Eu não gosto de forçar ninguém a falar algo que não queira, mas.... Se você está indo embora, isso diz respeito a mim também!

K – Pois é...

T – Então....?

K - .....

K – Eu..... Descobri quem você é

T – Do que diabos você está falando?

K – Eu.... Tinha que ter certeza

K – Mas isso quer dizer que não posso mais me envolver com você

T – Você..... Me conhece?

K – Eu quero que pra você eu seja só a Kanra

K – E é por isso que temos que dizer adeus

T – Eu.... Te magoei ou fiz alguma coisa?

K – Eu não posso falar mais nada

K – Desculpe

T – Kanra

T – Espera!

Kanra saiu da sala

 

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Orihara Izaya fechou a aba contendo o bate-papo. Ele não poderia mais voltar a aparecer por lá, do contrário tudo daria errado. Ele olhou para o computador à sua frente. Rastrear uma pessoa que não se preocupava em fazer uma criptografia mais detalhada era brincadeira de criança, principalmente quando já se tinha informações adicionais. Ele tinha esquecido como isso era fácil. Ele conseguira a dianteira, desvendara a identidade de Takeshi, além de ter ganho sua confiança.

“Confiança, hã... ”

Então por que sentia que não podia continuar? Seria tão simples manipulá-lo... Ele estaria a seus pés sem demora se resolvesse lhe plantar uma ideia ou duas. Mas ele não conseguia. Algo dentro de si lhe dizia que isso era errado,

“Errado? ... Eu nunca acreditei nessa palavra. ”

que se seguisse em frente, apenas fracassaria. Sim... Se continuasse, ele era quem estaria perdido. Por mais que tentasse achar outra saída, já havia sido game over há muito tempo. Então, sem se importar em entender o porquê, começou a rir.

Riu com gosto, até que seus músculos doessem e ele sentisse o líquido escorrer de seus olhos. Era engraçado, não era? No fim ele conseguira se sentir humano... E ele ria porque a humanidade não vinha de sua genialidade, mas do descuido que o fez se ver preso a uma pessoa.

“É isso o que significa ter um sentimento, não é? ”

As lágrimas foram murchando o riso, mas o infortúnio ainda parecia ter graça. O humano que ele se tornara nunca poderia matar um monstro.

— Shizu-chan... Por que não consigo te vencer?


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Notas finais do capítulo

E aí, lindos? ^^ Comentem, favoritem, dêem sinal de vida kk
Obrigada por lerem até aqui!



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