Broken Spirits - Interativa escrita por captain scarlet, Legião Fulminata


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores *3* Tudo bem? Espero que sim!
Bom, este capítulo fala como tudo começou, lembrando que o capítulo fala do que aconteceu no passado,e é a June que está narrando. A ficha de personagem estará nas notas finais, espero muito que gostem do capítulo. Qualquer dúvida, é só mandar uma MP.
Enfim, boa leitura!!!
P.S.: Tivemos um pequeno problema de formatação, me desculpem por isso. E a imagem da fic é temporária, depois colocaremos outra :D



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Eu não sabia o que estava acontecendo, mas estava óbvio que não era nada bom.

Gritos surgiram do nada, os funcionários tentavam se esconder debaixo dos móveis.

Conseguia ver o medo nos olhos deles. Eu não sabia o que fazer, queria sair correndo

para encontrar a minha mãe, e estava prestes a fazer isso quando um funcionário

segurou o meu braço e me puxou.

— CORRA PARA A SAÍDA DE EMERGÊNCIA! AGORA!

— O QUE ACONTECEU? – Comecei a ficar com medo. Aquele funcionário parecia

estar desesperado

— Não tenho tempo de explicar, agora CORRA! – Ele me empurrou até uma porta

vermelha. Saída de emergência.

Comecei a subir as escadas o mais rápido que pude, mas no segundo lance tropecei

nos degraus. Senti um cano frio ser pressionado contra minhas costas. Droga. Na

penumbra, não consegui distinguir quem era. Ele me segurou pelo pescoço, e começou

a falar:

— Não se mexa!

Mal tive tempo de processar o que estava acontecendo. O homem começou a

me empurrar para baixo.

— Me solta! – Sério June? Você acha mesmo que ele vai te soltar?

— Quieta! – ele pressionou a arma de novo.

Comecei a me debater, e foi nessa hora que vi o extintor de incêndio bem do meu

lado. Precisava de alguma distração para quebrar a redoma em que estava o extintor.

Afundei o salto no pé dele, e meu sequestrador começou a gritar e por reflexo levou a

mão aos pés, abaixando a arma e me soltando. Era a minha deixa. Dei uma cotovelada

no vidro, e senti os cacos arranharem minha pele. Peguei o extintor e lancei contra a

cabeça dele. Com certeza ele tinha ganhado um traumatismo craniano. Desviei do

corpo desmaiado e me atirei escada acima com o extintor em punho, por precaução.

Por sorte não estava muito longe do escritório dos meus pais. Esperava que Jasper

estivesse lá.

Escancarei a porta e me deparei com o escritório revirado e sem ninguém.

— Mãe! Pai!

— June. – escutei um sussurro abafado

— Jasper – me abaixei e vi meu irmão debaixo da mesa – O que aconteceu?

Ele gesticulou para ficar em silêncio e me puxou para debaixo da mesa. Meu irmão

apontou para a porta entreaberta e pude ver o que acontecia. Nossos pais foram feitos

de refém. Haviam oito pessoas vestidas de preto empunhando armas. Duas delas

amordaçavam eles. Sufoquei um grito.

Tentei levantar, mas meu irmão me impediu. Nós dois presenciamos nossos pais

serem atirados da cobertura. Me sentia impotente. Não havia nada que pudéssemos

fazer. Lágrimas rolaram pelo meu rosto. Ainda estava olhando abismada para a sala

onde eles estavam. Os olhos de Jasper marejaram. Os assaltantes começaram a vir em

nossa direção com malas de dinheiro e nos encolhemos mais. Eles saíram pelo ducto de

ventilação. Tivemos que esperar todos eles entrarem para podermos sair. Eu

continuava com o extintor na mão caso algum deles aparecesse. Escutamos sirenes do

lado de fora da construção e começamos a sair do cômodo.

— Vamos falar com a polícia. – eu disse

— Para nos chamarem de culpados?

— Mas nossos pais morreram! – falei em meio a lágrimas

E nós somos os únicos presentes na cena do crime – Fala sério, como ele ainda

pensava numa hora dessas?

— E pra onde nós vamos afinal?

— Saída de emergência

— Ah, sobre a saída de emergência, tem um homem morto lá.

Jasper fez uma cara de quem não estava entendendo nada:

— Vamos – eu disse, empurrando ele pelas costas.

Estávamos descendo as escadas normalmente, quando Jasper parou, fazendo com

que eu esbarrasse nele:

— O que você fez? – Perguntou ele, apontando para o cara morto

Levantei o extintor e apontei.

Ele fez uma cara de “Ah, entendi”, e depois se abaixou, arrancando um broche que

estava preso a roupa do homem.

— O que é isso? – Perguntei, me abaixando para olhar

— Um broche

— Jura? Que observador, Jasper – Falei sarcasticamente

— Juro. E não sei o que é esse símbolo, nunca vi. – ele disse colocando o broche

no bolso – Mas é melhor levarmos conosco

Continuamos a descer até o térreo. Tudo estava um caos. O lobby tinha objetos

espalhados pelo chão e vidro quebrados. Jasper me deu seu casaco e eu levantei o

capuz enquanto ele colocou o gorro. Tínhamos que passar despercebidos pela

multidão, e Nova York era o lugar perfeito para isso.

Saímos escondidos muito discretamente. Ninguém nos viu. Saímos pela porta dos

fundos e demos uma volta no prédio, para evitar passar pelas pessoas. Havia uma

multidão fora do prédio, funcionários, pessoas curiosas e os policiais. Não foi nada

difícil sair despercebido do local.

Jasper e eu decidimos pegar um trem e ir para Philadelphia. Não podíamos ficar em

Nova York, então Philadelphia foi a cidade mais próxima que encontramos onde tinha

um aeroporto.

— June, espere. – Ele parou. “Órfãos Ricos” como dizia o repórter. “Os filhos do casal

estão desaparecidos. O jovem Jasper Folke foi visto entrar no escritório de seus pais,

como afirma a secretaria. Já a Srta. Folke, teve sua última atividade confirmada pela

manhã do assassinato dos bilionários. A polícia acredita que ambos foram os

assassinos verdadeiros, matando os pais, para fugir com a fortuna. Voltamos a

qualquer momento com mais notícias” o repórter informou.

Gelei. Olhei para Jasper e vi minha reação estampada no seu rosto.

Assassinos? Procurados pela polícia? Precisamos passar em casa antes de ir

embora – Pude ver as lágrimas nos seus olhos. Tudo isso aconteceu tão rápido,

não tivemos nem muito tempo para chorar pela morte dos nossos pais. Por

mais que fosse perigoso voltar para casa, não pude negar, queria ver o nosso lar

pela última vez.

— Então vamos nos apressar. – Respondi, forçando um sorriso pequeno

No caminho, achamos um táxi. Pedi para ele dirigir o mais rápido possível, disse

que estava atrasada e que minha mãe iria me matar. Queria que fosse verdade. Ele

pisou um pouco mais fundo no acelerador, e disse que não podia acelerar mais do que

aquilo. Queria assumir o lugar dele e acelerar mais, dirigir o mais rápido possível, não

parar até estar longe de tudo isso.

Durante o caminho, encostei a cabeça no ombro do meu irmão e segurei a mão dele.

Sabia exatamente como ele estava se sentindo. Sozinho, perdido e acima de tudo,

triste. Assistir a morte dos nossos pais foi devastador. Uma onda de sentimentos

percorreu meu corpo. Foi como se estivessem arrancando meu coração com as mãos.

Estava perdida nos meus pensamentos, quando o taxista estacionou em frente à

minha casa. Paguei ele com o dinheiro que tinha na carteira e fui direto para a porta.

Por sorte, Jasper carregava uma chave de casa no bolso. Entramos, observando cada

detalhe da casa, as prateleiras cheias de livros, a mesa arrumada para o jantar,

material escolar jogados no sofá, porta-retratos com fotos em família.

Não conseguia acreditar que algumas horas antes aquele lugar estava cheio de vida

e memórias boas. Mas agora o que havia ali era saudade, tristeza, confusão. E o pior

de tudo, não podíamos ficar de luto ao lado dos nossos avós, amigos, não tínhamos

tempo para isso, precisávamos fugir dali. Peguei a minha mochila da escola, tirei todos

os livros de dentro e coloquei um porta-retratos, onde tinha eu, meu irmão, meu pai e a

minha mãe. Estávamos todos sorrindo na foto. “Nunca mais vamos sorrir assim, nunca

mais vamos vê-los”, pensei, alternando o olhar entre meu pai e minha mãe.

Subimos as escadas, pegamos apenas o básico: Roupas, dinheiro, meu cartão de

crédito, alguns álbuns de fotos e alguns documentos. Não pude evitar pegar algumas

joias da minha mãe. Brincos de esmeraldas, colares de pérolas, eram os favoritos dela.

“Eu realmente puxei a minha mãe”, pensei, percebendo a quão vaidosa ela era. Ela era

tão linda, com uma alegria contagiante. E agora ela está morta, pensei. Jasper pegou

alguns relógios da coleção de papai e algumas medalhas de competições de

inteligência. Ele realmente era um homem muito inteligente, sabia um pouco de tudo,

adorava desafios. Mamãe dizia que eu tinha os olhos dele. Pensativos, brilhantes, de

um verde vibrante.

Lágrimas caíam descontroladamente pelo meu rosto. Enxuguei elas, não podia mais

perder meu tempo com isso, não naquele momento, quando ouvi sons de sirenes vindo

de longe. Olhei para Jasper com os olhos arregalados. Ele entendeu o recado.

“Precisamos sair se não quisermos ser pegos. Agora”.

O barulho estava vindo da frente da casa, então tivemos que sair pelos fundos, onde

não havia ninguém. Estávamos com roupas escuras andando na rua. Era uma noite

ironicamente bela em Nova York. Ninguém parecia nos notar.

Pegamos o trem com destino a Philadelphia. Chegamos a estação e Jasper comprou os

bilhetes. Sentamos em um assento duplo mas, não falamos nada durante a viagem.

Estávamos ocupados com nossos pensamentos, refletindo sobre tudo. Tentando

segurar o choro.

Chegando lá, rodamos um pouco e pedimos informações a respeito de hotéis e,

quando encontramos um que tinha quarto livre, já era madrugada. Estávamos

exaustos. A recepcionista foi muito gentil, queria conseguir retribuir o bom humor e os

sorrisos dela. Peguei a chave do quarto, pegamos o elevador e assim que chegamos no

quarto, colocamos roupas mais leves e deitamos. Mas é claro que não conseguimos

dormir, não depois do que vimos.

                                                ●

Dias depois começamos a pensar sobre o que fazer a respeito do assalto. Tínhamos

certeza que havia algo maior por trás daquilo tudo. Eles poderiam muito bem apenas

roubar o dinheiro e pegar o que quisessem, mas fizeram questão de matar os meus

pais.

Pedimos uma pizza e fizemos um inventario de tudo que tínhamos. Tudo cabia em

duas mochilas, uma minha, outra do meu irmão. Pegamos mapas na recepção, caso

nossos celulares pudessem ser rastreados. Decidimos ir para San Francisco.

Compramos as passagens online, para o dia seguinte. Dormimos na esperança de que o

que vivemos fosse um sonho.

Infelizmente não era. Tomamos uma ducha rápida e nos despedimos da

recepcionista simpática. Mas a parte difícil foi chegar ao aeroporto. Olhei para a

pequena televisão no painel do carro. Todos os noticiários comentavam sobre a morte

dos bilionários Grace e James Folke. Nenhum comentava sobre os filhos do casal.

Descemos na porta do aeroporto e saímos andando rápido e com a cabeça

abaixada. Corremos pelo saguão e passamos pela área do embarque sem problemas.

Aparentemente os funcionários entediados mal notaram nossos sobrenomes. Fizemos

questão de não despachar nossas mochilas, e nos dirigimos rapidamente para a

aeronave.

Sentamos um do lado do outro. Suspirei aliviada. Pelo menos íamos conseguir sair

de NYC. Precisávamos nos distrair, ocupar a cabeça com algo senão o assassinato.

Liguei a pequena televisão acoplada a poltrona a minha frente. Automaticamente, o

slogan da companhia aérea a pareceu e as imagens surgiram no canal padrão de

notícias. Coloquei um fone e dei o outro para Jasper e escutamos o repórter falar. “Os

filhos do casal estão desaparecidos. – ele falava sobre a morte dos bilionários, como

dizia a legenda da reportagem – O jovem Jasper Folke foi visto entrar no escritório de

seus pais, como afirma a secretaria. Já a Srta. Folke, teve sua última atividade

confirmada pela manhã do assassinato dos bilionários. A polícia acredita que ambos

foram os assassinos verdadeiros, matando os pais, para fugir com a fortuna, como

informado em boletim divulgado pela polícia nesta manhã. Voltamos a qualquer

momento com mais notícias” o repórter informou.

Gelei.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, espero que tenham gostado. Aqui está a ficha e algumas observações:
— Só aceitamos fichas por MP
— Seu personagem pode morrer, principalmente porque estão dentro de uma gangue então correm perigo a todo momento
— Não tenham preguiça de escrever a ficha, vamos adorar ler
— Reservamos vagas por no MÁXIMO três dias
— Vagas masculinas: 1/5
— Vagas femininas: 1/5
Sem mais delongas, aqui está a ficha:
Nome:
Idade:
Sexo:
Aparência (descrição detalhada ou foto de pessoas reais):
Estilo de roupa:
Personalidade:
Defeitos:
Qualidades:
História:
Nacionalidade e onde vive:
Família e relacionamento com a mesma (lembre-se que eles estão agindo pela própria família):
Medos:
Segredos?
Habilidades:
Armas (lembrando que são armas atuais ou modificadas para a época):
Hobbies:
Opção sexual:
Par?
Algo mais?