Desejo Policial. escrita por LittleHeda


Capítulo 1
Uma paixão.




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Clarke Griffin acordou ás 7 horas da manhã, igual a sua rotina toda a manhã depois de uma longa férias de verão. Agora, estava morando em Massachussets porque tinha conseguido uma bolsa completa em Harvard para estudar investigação criminal. Ela dividia um alojamento com três garotas: Raven, Octavia e GinaAmbas faziam a mesma faculdade e estavam no segundo ano. Acordaram assim como Clarke e foram fazer o café da manhã. Tinham uma hora antes das aulas começarem. Após tomarem café, cada uma pegou sua mochila e seus livros e foram caminhando até a faculdade que não era longe dali. Entraram na sala de aula e esperaram pelo professor. Octavia era uma garota aparentemente boa, era a mais próxima de Clarke, elas faziam tudo juntas. Gina era uma garota popular, não ia com a cara de Clarke. Raven não falava com nenhuma das garotas, era mais na dela.

O professor entrou na sala segurando um livro enorme e uma mochila. Aquele tipo de livro não os assustavam mais porque sabiam que para cursar uma faculdade de investigação criminal, a pessoa tinha que gostar de ler bastante. O professor Kane era o mais bem sucedido de todos os professores dali, ele não precisava falar para que todos soubessem daquilo. Seu nome estava em tudo que era canto, já tinha prendido muitos bandidos conhecidos, além de traficantes, assassinos, pedófilos e etc. Todos o olhavam como um exemplo assim como Clarke. O pai dela morreu de um tiro a queima roupa de um bandidinho roubador de correntes quando tinha dezesseis anos, e agora com vinte e dois sua raiva ainda era a mesma. Não aceita e não suporta quem defende bandido, se pudesse meteria uma bala no fundo da cabeça de qualquer um ladrãozinho meia-boca que encontrasse pela frente. Nas suas redações, Clarke sempre era uma das mais agressivas e todos já estavam acostumados com aquilo. O professor Kane se virou para a lousa, pegou o giz e escreveu uma frase nela.

A lei é a razão livre da paixão.

Assim que terminou de escrever o último ponto final, se virou novamente para a turma.

— Bom dia á todos. Espero que tenham tido um ótimo verão. — Ele disse, simpático como sempre. — Gostaria de começar essa aula perguntando á vocês se alguém aqui sabe quem escreveu esta frase.

Clarke não sabia, um garoto que se sentava na frente levantou a mão e Kane se aproximou de sua carteira.

— Foi Aristóteles. — Disse, com certeza.

— Você tem certeza? Arriscaria a sua vida por isso? — Kane perguntou, desafiando o garoto.

— Sim. — Disse, novamente com certeza.

— Arriscaria a vida de algum amigo seu por isso?

O garoto finalmente pensou um pouco na resposta.

— Eu não sei.

Kane deu uma risada e se virou para a lousa novamente.

— Essa foi só pra descontrair. — Ele se virou novamente para o garoto.— E você tem razão, foi Aristóteles.

O garoto sorriu enquanto Kane continuava a falar sobre a frase.

— Alguém poderia me explicar essa frase?

Kane perguntou e Clarke levantou a mão junto com algumas pessoas. Kane gostava do modo de pensar de Clarke, era uma de suas melhores alunas, sempre com as melhores notas, ela fazia a sua bolsa valer muito a pena e não tinha vergonha nenhuma em dizer que estava lá por causa de uma prova e não por mensalidade. Kane apontou para a loira e todos a olharam, esperando uma explicação.

— Aristóteles quer dizer que, quando se sente paixão por algo ou por alguém não se raciocina direito, mas quando estamos em pleno uso da razão estamos conscientes do que fazemos. Então a lei deve ser aplicada livre da paixão para não se cometer erros devido a sentimentalismo. Não existe lugar para paixão ou sentimentalismo na lei.

Kane ficou quieto e balançou a cabeça sorrindo. Ele sempre ficava impressionado com a garota. Começou a andar pela sala de aula e a falar sobre a divisão de coisas entre a lei e a paixão.

— Não podemos defender um namorado que a gente gosta que assassinou alguém, por exemplo. — Ele disse e algumas pessoas deram risada mas sabiam que isso era verdade.

Nos últimos cinco minutos de aula, Kane se sentou na mesa e começou a falar sobre o escritório no laboratório onde trabalhava. Era um lugar onde examinavam cada pista de uma cena de crime até chegar em algum suspeito. Começou a falar também sobre a adrenalina de sua vida quando não estava na sala de aula. Aquilo divertia Clarke. Seu sonho era chegar onde seu professor Kane chegou. E naquela aula, sentiu uma chama de esperança quando ele anunciou que no final da faculdade haveria três vagas para os melhores formandos e que eles poderiam trabalhar com Kane, investigando casos, prendendo assassinos, encaixando as pistas. Clarke sorriu com ela mesma e viu sua chance ali.

— Bom, então agora é com vocês, terão até o final de suas aulas para me convencerem o por quê eu devo escolher você. — Essas foram suas últimas palavras até o sinal tocar e ele sair da sala.

Na aula de lógica, Clarke não conseguia prestar muita atenção, só conseguia se concentrar no que Kane havia dito. Não importa o que houvesse, iria fazer de tudo para uma daquelas vagas ser dela. Eram mais de 30 alunos para três vagas e alguma tinha que ser de Clarke. No final da aula de lógica, os alunos estavam dispensados. Enquanto guardava seus pertences na mochila, ela falava com Octavia.

Uma dessas vagas já é minha Octavia! Imagina só, eu trabalhando com o Kane. E você também pode conseguir porque é muito boa. — Ela disse e a garota se animou junto com Clarke.

— Não pense que vai ser tão fácil assim. — Ouviu uma voz masculina vindo da frente da sala. Era de um garoto que já tinha prestado atenção, ele era também um dos melhores da sala competindo com Clarke sempre. Mas apesar disso, não conseguia se lembrar do nome dele.

— Ahn, desculpe, mas como é seu nome mesmo? — Ela perguntou, zombando um pouco da cara dele.

— Bellamy Blake. — O garoto disse, encarando a loira.

— Ah sim, o meu é Clarke Griffin, você vai ouvir muito dele ainda porque serei eu quem vou ganhar uma dessas vagas. — Clarke disse, desceu as escadas e se aproximou do garoto com o nariz empinado. Era um pouco mais baixa que ele.

— Não acho que essa vaga é para bolsistas. — Ele retrucou.

— Se eu sou bolsista, significa que sou muito inteligente para ter entrado numa faculdade dessa apenas passando numa prova.

— Não sou um bolsista como você porque não quero. Se não, teria passado também. — Ele disse, piscando para a loira. — Caso esqueça o meu nome de novo, pode me chamar de Rei do CSI. — Disse, dando uma risada, todos os seus amigos que estavam com ele naquele momento também deram uma risada e ele foi andando até a porta, segurando a sua mochila.

— Ei, Rei do CSI. — A loira chamou e Bellamy olhou. — Pode me chamar de Princesa Policial.

— Então até mais Princesa. — Ele disse, dando outra risada e saindo da sala.

Clarke olhou o garoto de cima a baixo e mordeu o lábio, com raiva.

— Esse bonitão acha mesmo que me coloca medo? Vai ter que fazer mais que isso. — Ela disse, colocando o braço em volta do pescoço de Octavia e indo para o jardim da frente da faculdade.


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