O Nome Na Lista escrita por maynis


Capítulo 39
Vegetal


Notas iniciais do capítulo

oi gente ♥ um dos ultimos caps...:( espero que gostem



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— Eu sabia! - Rony exclamou,saindo de trás da porta do diretor - Hermione não fica estranha assim a toa!

— Meninos! - o diretor se assustou, apontando para Harry e Rony, que tinha seguido Hermione quando ela passara correndo, e ouviram praticamente toda a conversa.

— O senhor sabe que ela não vai pro dormitório coisa nenhuma, não é? - Rony disse,nervoso.

— O senhor devia ter amarrado ela nessa cadeira! - Harry completou.

O diretor colocou a mão na testa e pareceu mais velho do que nunca naquele instante. Antes mesmo que ele pudesse se sentar, os policiais chegaram, já preparados para qualquer coisa; então, a policia, Dumbledore e os meninos seguiram em frente até para o encontro com Krum.

 

—__

Hermione corria, mas ainda sentia o vento gelado bater em sua pele. Ela tremia, mas não sabia dizer se era de frio ou medo. Talvez os dois. O que tornava tudo pior.

Faltava pouco para chegar a casa dos gritos. Era uma questão de tempo até a policia aparecer e finalmente prende-lo, mas, e se ela precisasse fazer justiça com as próprias mãos? Será que ela conseguiria?

Tentou esvaziar a mente enquanto corria. Ela saberia o que fazer quando chegasse a hora.

Quando enfim a distancia era pouca, o suficiente para que ela pudesse ver a casa dos gritos, proximo do penhasco que a separava da casa, ela ouviu as folhas se movimentarem. E antes que o visse, ela soube: Krum estava a menos de um metro dela.

Repulsa tomou conta de seu ser, e ela teve de conter uma ansia de vomito ao ve-lo; pareciam que aqueles poucos meses na cadeia para Krum tinham sido na verdade anos.

Seus cabelos estavam desgrenhados e uma barba de aspecto sujo cobria seu rosto. Seus olhos pareciam duas jabuticabas estragadas, o brilho louco nitido no olhar. Mas o pior de tudo, era seu cheiro, como se não tomasse banho a dias, como se tivesse morado no esgoto por todo esse tempo longe.

Antes mesmo que ela pudesse dar um passo, ele tinha as mãos em seu pescoço, a ponta de uma faca tocando sua garganta.

— Achou mesmo que eu deixaria você chegar até mim? - ele riu. - Vim te encontrar no meio do caminho.

Hermione não encontrou voz para responder, seu estado de choque era tão gritante que nem ao menos chorou. Sentiu seu corpo inteiro tremer de medo, enquanto Krum apertava a faca em sua garganta, e então gritou.

 

—__

 

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— Ela não está aqui! - o policial disse. Tinham chegado a casa dos gritos de carro.

— É claro que não está! Foi uma armadilha! - disse Harry, revirando os olhos.

— Onde eles podem estar… - Dumbledore ia dizendo, enquanto corriam de volta para o carro. Então ouviram um grito.

— É ELA! - Rony disse, em desespero. - Eu tenho certeza absoluta disso! - ele disse, correndo para o penhasco. Harry, Dumbledore e os policiais o acompanharam, chegando todos ofegantes no instante em que Krum colocava a faca na garganta de Hermione.

— SE AFASTEM! - Krum gritou, arrastando ela para a ponta do penhasco - SE AFASTEM OU EU JOGO ELA DAQUI!  

— SOLTA ELA! - Rony gritou, avançando para cima de Krum, que sacudiu Hermione na base do penhasco.

— RONY! - Harry gritou, segurando o amigo.

— EU DISSE QUE SE ELA NÃO FOSSE MINHA NÃO SERIA DE MAIS NINGUÉM! - Krum disse, enquanto segurava a cintura de Hermione com uma mão, e com a outra empunhava a faca na garganta dela.

— Krum, você está cercado. Se renda, e podemos conversar… - disse Dumbledore.

— Somos cinco. E reforços estão chegando. - disse o policial, com a voz calma - Deixe a moça livre.

— ELA É MINHA! - ele gritou. Hermione reparou que não havia lua no céu, e ao olhar para baixo, não via o chão ao fim do penhasco. O aperto em sua cintura amoleceu, ao mesmo tempo que a ponta fria da faca se tornou mais forte. Um arranhão.

Ela olhou para o policial mais próximo, ouviu as sirenes de viaturas que chegavam. Mesmo com tantos policiais, ela sentia a morte próxima, e sua mente estava em torpor.

Fixou seus olhos naquele policial. A arma apontada, e ela não sabia dizer se era para ela, ou para Krum. Se caso ele atirasse, será que também morreria? 

— SE EU MORRER, ELA MORRE COMIGO! - Krum gritou, e ela sentiu  faca na pele mais fundo. Sangue.

Antes que Hermione pudesse pensar, ouviu o gatilho da arma, e num piscar de olhos, sua roupa manchou-se de sangue, sangue que não era dela. O policial havia atirado na mão de Krum, que pendia inutilmente ao lado da cintura da menina. Aquele tiro poderia ter acertado-a, e ela estava tão atordoada que não percebeu quando Krum soltou sua garganta.

Ela tentou fugir, mas Krum gritou e puxou-a pelo pulso com a mão boa, mas ele parecia tão atordoado por conta do tiro na mão que o aperto fora frouxo, mas o suficiente para fazer um corte na parte externa do pulso de  Hermione.

— VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR DE MIM! - ele gritou, ao mesmo tempo que mais meia duzia de policiais chegaram, e um helicoptero voava no céu noturno.

— Não tem escapatória. - Hermione encontrou a voz, dizendo aquilo para si mesma. Ela sabia o que tinha que fazer a seguir. - Eu sou dona de mim. Nunca lhe pertenci. Grave meu rosto, vai ser a ultima coisa que verá. -ela disse para ele, e aproveitando da fraqueza momentânea, empurrou-o do penhasco, ao mesmo tempo que ele afundava a faca em seu ombro.

Ela sentiu o sangue quente escorrer pelo braço, suas pernas fraquejaram, e então, tudo tornou-se escuridão.

 

(...)

 

Hermione acordou no hospital. Estava enrolada em fios, e passou a arranca-los um por um.

— Hermione! Não arranque!

— Mãe? - ela chamou, surpresa ao ver a mãe ao seu lado. - Por quanto tempo eu dormi?

— Doutor! - a mãe gritou, enquanto passava a mão no cabelo da filha. Hermione sentiu as ataduras no pulso. - Ela acordou!

— Senhorita Granger! Já não era sem tempo! - um médico sorridente entrou no quarto. Ele apontou uma lanterna pequena para os olhos dela. - Consegue seguir a luz? Isso, muito bem…

— Eu não entendo… - Hermione disse confusa.

— Senhorita, você apagou por três dias. Chamamos isso de estresse pós traumático. Você se lembra do que aconteceu?

Ela fechou os olhos. Sim, ela se lembrava. A faca, o penhasco, o tiro, Vitor Krum.

— Onde está Rony? - ela perguntou.

— Ele saiu para tomar um banho, mas esteve aqui o tempo todo. Os pais dele também. E Hary Potter. - sua mãe respondeu, e ela viu seu pai entrando no quarto apressado.

— Hermione! - ele beijou o topo da cabeça da filha - Está tudo bem com ela, doutor Sheperd?

— O corte no pulso foi fundo, mas já está ótimo. Com um pouco de terapia e ajuda dos amigos, tudo ficará bem! - o médico sorriu, saindo da sala. Assim que ele saiu, a senhora Weasley entrou, e abraçou Hermione com delicadeza.

— Pelos deuses! Que susto você nos deu, Mione! - ela segurou o rosto da menina - Acabo de ganhar uma nora, não quero perde-la assim!

— Nora? - ela perguntou. - Desde quando.. Desde quando a senhora sabe?

— Ora! Muito antes da viagem de vocês! - Molly riu, como se fosse obvio. - Eu já sabia, desde que vocês eram desse tamanho - ela apontou para o chão - Que vocês eram feitos um para o outro. Gina apenas confirmou!

— Gina? - Mione se assustou.

— Qual é! Eu precisava contar para alguém! - Gina disse, entrando no quarto com Rony. Ele abraçou a namorada.

— Onde você estava com a cabeça? - ele perguntou. - Ele podia ter te matado, Hermione! Como você acha que eu viveria se você tivesse morrido?

Ele. Hermione se perguntou o que havia acontecido. Será que era uma assassina, e sairia daquele hospital direto para a cadeia? Ela olhou nos olhos azuis do namorado.

— O que aconteceu com ele? - ela perguntou finalmente. O quarto caiu em silencio.

— Talvez um destino pior que a morte. - disse Molly.

— Eu não o matei? - ela perguntou.

— Não! - Gina quase gritou - Ele não está morto, Mione. A queda quebrou diversos ossos do corpo dele…

— Ele teve um traumatismo craniano. Assim como Zabini. - completou Rony.

— Eu estou contando Rony! Não se mete! - disse Gina - E sua medula óssea se estraçalhou. Ele está tetraplégico. Talvez ele nunca acorde. Mas a situação é irreversível, ele vai passar o resto da vida em uma cama.

— Como um vegetal. - Hermione disse. Ela olhou para os pais e os amigos, percebeu o quanto amava cada um, e o quanto a amavam, e viu que tudo que fizera valera a pena. Agora, Krum nunca mais iria incomoda-la, e ela não teria que lidar com o peso de um homicídio nas costas. Ela sorriu.

— Você está bem? - Rony perguntou.

— Como nunca antes. - ela respondeu - Mas oh meu deus! As provas finais! Me tirem desse hospital! EU PRECISO ESTUDAR!

— Ali está ela! - Rony bufou - Nerd.

— Não vou deixar você colar de mim. - ela mostrou a lingua pra ele, e sorriu. Tudo estava normal, como sempre.



(...)

 

No final, todos foram muito bem nas provas, sendo Hermione a melhor, mesmo tendo combatido o crime no meio do caminho até as provas finais.

Então um clima de calmaria  se instalou pela escola; e quando menos perceberam, era o ultimo dia de aula.

Seguiram como qualquer outro dia comum; arrumaram as malas, desceram para a sala comunal, e ficaram conversando, relembrando o passado. Neville estava sentado ao lado de Luna, com a barriga enorme; ficara decidido que ela se afastaria da escola por um ano para cuidar do bebe, e ela e Neville morariam juntos nos fundos da casa dos pais de Neville. Ele arrumou um emprego para depois da escola, e faria faculdade perto de casa.

Rony e Hermione fariam a faculdade juntos, já tinham decidido isso. Hermione faria faculdade de direito e Rony administração. Mione conseguira o primeiro lugar no vestibular da faculdade, sendo portanto, o orgulho da familia e dos amigos. E Harry, sempre que lhe era perguntado, ele fugia do assunto.

— Vocês se lembram do strip poker? - disse Dino, rindo.

— E aquela vez que Rony vomitou bem quando a professora entrou na sala?

— E também teve aquela vez que Hermione estava muito brava e confiscou toda a bebida… - eles riram e se lembraram de vários momentos que passaram juntos. E quando menos esperavam, foram chamados para irem embora.

Se abraçaram todos. Alguns choraram.

— Nos vemos na formatura! - diziam um para o outro.

Foram para o trem, e assim que chegaram na estação, continuaram brincando. Demorou um pouco para que se separassem.

— Harry! Você vem embora conosco, sua mãe pediu… - disse Molly.

— Tudo bem… - era a ultima coisa que Harry gostaria.

Hermione foi embora depressa, tanto que nem se despediu de Rony. No carro, ele, Gina, e Harry se espremeram no banco de trás. Gina estava no meio.

— Você está muito quieta, Gina. - disse Molly.

— É… dor de cabeça. - ela disse. De repente, o carro freou, e Gina quase foi atirada pra frente. Harry, num impulso, segurou-a pela mão.

O toque quente de Harry fez a garganta de Gina se fechar. Olhou nos olhos verdes dele. Ele soltou a mão dela rapidamente, e virou o rosto.

— Gina! COLOQUE O CINTO AGORA! - gritou o Sr. Weasley.

Eles deixaram Harry em casa, embora Rony e a Sra. Weasley insistissem firmemente que ele ficasse para jantar. Ele não quis.


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Notas finais do capítulo

uma homenagem a greys anatomy! ♥ bjs e até a proxima



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