O Nome Na Lista escrita por maynis


Capítulo 32
Proibições


Notas iniciais do capítulo

oi gente, desculpa a demorar vou postar 2 hj



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— Eu não acredito que é depois de amanha! – disse Dino, enquanto todos saíam da sala.

Era junho. O fim do ano, e a viagem de formatura estavam na porta. Todos se sentiam ansiosos.

As meninas separavam roupas loucamente, ansiosas pelas festas, compraram vestidos de noite, biquínis, tudo novo. Até Hermione comprou roupas novas para viagem.

— Você precisa desse, Mione, sério, não pode parecer um mendigo lá! É o paraíso! – disse Gina, enquanto as meninas compravam pijamas novos.

— Nós nem sabemos para onde é a viagem! – ela retrucou ligeiramente ofendida – Pode ser para o frio, então eu vou precisar dos meus pijamas confortáveis.

— Não quero saber, aposto que vamos para onde tem sol! Por isso você precisa desse aqui – ela jogou um pijama curto como os que ela usava, azul e branco.

— Eu sinto muito frio de noite... – ela começou.

— O Rony te esquenta. – Gina sorriu marota, que se transformou em uma cara de nojo.

Hermione ficou corada. Mas depois riu. Bem que era verdade...

Harry só tinha uma coisa em mente: pegar o máximo de garotas possível.

Dino fazia planos românticos para passar tardes com Gina. Mal sabia ele que o plano da garota era parecido com o de Harry, ficar com o máximo de garotos possível.

Neville estava feliz de finalmente ter convencido a mãe de pagar o passeio para ir. Ela mandou 40 filtros solares para ele, em compensação.

De noite, um dia antes da viagem, todos arrumaram as malas. Era sábado, eles viajariam segunda de manha bem cedo.

No domingo todos estavam extremamente ansiosos. Os meninos passaram o dia jogando bola para poder esvaziar a cabeça.

As meninas ficaram apenas assistindo TV o dia todo.

Hermione estava irritada. Primeiro porque Rony estava ignorando ela. Segundo porque ele preferia os amigos e o futebol ao invés dela.

Então quando ele veio abraçar ela ao anoitecer, na entrada do castelo, todo sujo e suado, ela recusou o abraço dele.

— O que foi? – ele perguntou, cruzando os braços.

— Primeiro: você está suado.

— Você não se importa com isso que eu sei... – ele sorriu maroto pra ela.

— Segundo: porque você não vai abraçar o Harry ou sei lá, o Neville? – ela estava nervosa.

— Ah, por favor, brigar não! Desculpa... Se você tivesse dito que queria ficar comigo eu não ia jogar com os meninos!

— Eu disse!

— Não disse não!

— Eu te mandei indiretas! Muitas! – ela já estava gritando.

Rony revirou os olhos e ela abriu a boca surpresa.

— Você sabe que eu não entendo indiretas, eu fico com você agora! – ele respondeu alto.

— Agora eu não quero mais! – mas ela queria.

— Ah meu Deus... – Rony ia dizendo, mas foi interrompido por uma voz que fazia era familiar...

— Rony querido! Hermione! O que os dois fazendo aqui fora, sozinhos?

— MÃE? – ele gritou assustado.

A senhora Weasley beijou o rosto do filho com carinho. Deu um abraço em Hermione e foi andando para dentro do colégio, chamando os dois.

— Mãe, o que a senhora ta fazendo aqui? – Rony perguntou com certa raiva na voz.

— Eu vim deixar umas coisas pra vocês levarem! Cadê a Gina? – ela trazia uma bolsa enorme na mão. Vamos! Levem-me até ela. Sinceramente acho que ela não deve ir... mas convenceu seu pai, então já viu né...

Hermione lançou um olhar assustado para Rony.

— Conta pra ela! – ela sussurrou para ele, a Senhora Weasley caminhava logo à frente. Não parecia estar ouvindo nada.

— Contar o que? – Rony pareceu confuso.

Hermione apontou para si mesma e depois para Rony.

— Ahh... – Rony disse, entendendo. Hermione deu um tapa na própria testa, indignada.

—Ah o que? – Perguntou a Senhora Weasley.

— Nada... mãe...

— Você não tem algo para contar pra sua mãe? – disse Hermione alto, encarando Rony.

Rony ficou vermelho. Olhou para as duas mulheres, e tentou fugir. Não tinha saída...

— O que tem pra me contar, querido?

Hermione sorriu e o encorajou.

Ele sorriu apreensivo de volta para a menina, mas sabia que não iria conseguir. Contar para a mãe que estava namorando? Assim, do nada?

— Fala logo! – disse Hermione, já com raiva na voz.

— Eu... eu... vou usar protetor solar na viagem! – ele disse meio assustado.

— Ah! Ainda bem, deve fazer um sol imenso lá... – disse Molly.

Hermione olhou indignada para Rony. Rony sentiu medo daquele olhar.

Sem dizer nada, ela saiu andando, sem olhar para trás.

Estava com raiva.

A senhora Weasley permaneceu pouco tempo na escola. Apenas deu um beijo nos filhos e em Harry, trouxera boias e biquínis para Gina.

— Muito grandes... – Gina disse, segurando um maiô preto.

— Seu pai quer que você use este. – disse Molly.

Quando Molly estava indo embora, Rony agarrou a barra da saia da mãe e pediu para ela ficar mais.

A verdade é que estava com medo de ir conversar com Hermione. Não sabia onde ela estava, só sabia que tinha sido o pior namorado do mundo naquela noite.

Mas quando a mãe dele foi embora, ele tomou coragem e procurou Hermione.

Finalmente a encontrou na torre mais alta da escola, onde lá se podiam ver as estrelas que brilhavam no céu. Era uma linda noite.

Hermione estava em pé, e quando Rony chegou, ela não pode vê-lo.

Ele tossiu e ela se virou. Seu rosto era frio.

— Porque você não contou a ela?- ela perguntou com voz autoritária.

— Eu não sei... – ele disse baixinho – Eu estava com vergonha...

— Eu já contei pra minha mãe! Sem vergonha nenhuma, pra você ficar sabendo. Eu só queria que você me apresentasse pra ela! Pra sua família! – ela tinha raiva na voz.

— Mas você já os conhece!

— Como sua NAMORADA! Não como a Hermione, amiga do Rony, que sempre está lá pra conversar com Gina, ou com Rony, como o Harry é! Quero ser apresentada como Hermione, a namorada do Rony, você entende?

— Eu entendo mas...

— Se você entende, porque você não fez isso? - ela disse, e saiu correndo. 

Hermione já não queria ir à droga de viagem alguma.

Dormiu menos de duas horas, e quando acordou mais cedo do que o comum na segunda feira tinha os olhos inchados.

Foi com muitos protestos e muitos pedidos de Gina que ela desceu para a sala comunal com a mala para a viagem.

Quando ela contou a Gina o que havia acontecido, Gina se ofereceu para bater em Rony na hora.

Ele ainda não tinha aparecido.

Todos estavam presentes, todos ansioso, esperando à hora de entrar no ônibus e seguir viagem.

Mas Dumbledore avisou que demoraria um pouco, pois o ônibus não tinha chegado ainda.

Quando Hermione se afastou um pouco, querendo ficar sozinha, Gina compreendeu.

Então ela caminhou pelos corredores do colégio, apenas monitorando... era uma velha mania.

Quando passou em frente à porta de uma sala de aula, mãos a puxaram. Ela soltou um grito alto, seu coração estava batendo a mil por hora.

Era Rony.

Ele encarou Hermione com olhos assustados, depois abraçou Hermione com força. Muita força. Hermione ficou confusa, e fez força para não retribuir o abraço. Lagrimas surgiram nos olhos dela sem querer.

— Hermione... Hermione... – ele disse, soltando ela.

Ela não respondeu. Apesar dos olhos estarem cheios de lagrimas ela olhava para Rony com uma expressão fria.

Rony então se ajoelhou em frente a ela e abraçou com força as pernas dela. Como fazia com a mãe quando pequeno.

— Desculpa... desculpa... – Rony disse para ela –  Me desculpe. Prometo que da próxima vez que ver minha mãe, eu conto pra ela sobre nós... conto pra todo mundo.

Ela colocou as mãos no cabelo de Rony e sorriu para ele com ternura. Fez um gesto para que ele se levantasse.

Ela beijou o rosto de Rony diversas vezes.

— Você me perdoa? – ele perguntou.

Ela não disse nada. Apenas sorriu e o abraçou com força, muita força. Ouviram uma sirene: o ônibus chegara.

Hermione estendeu a mão e Rony a pegou.

De mãos dadas, eles caminharam até os outros.

 

—_

 

Estava realmente muito cedo. Todos os alunos que iriam viajar, a grande maioria do ultimo ano, com exceção de Gina e Luna grávida de seis meses.

Os professores enfileiraram todos, para fazer a chamada.

Eis que uma garota aparece no alto da escada e grita:

— HARRY! – Cho correu, e abraçou Harry com força, que recuou.

— SAI DE PERTO DE MIM! – ele gritou assustado.

— Vamos viajar! – ela gritou animada.

— Quem disse que você vai? – perguntou Harry, erguendo as sobrancelhas. – Eu não te convidei!

— Convidou sim! – ela gritou com raiva.

— Eu desconvido! – ele gritou.

— Você não pode, Potter. Ela pagou. – disse a professora.

Cho mostrou a língua pra Harry e entrou na frente dele na fila.

Harry revirou os olhos.

— Vamos ter a semana mais romântica da nossa vida, amor! – disse ela feliz, e Harry fez força pra não sair correndo do abraço da menina.

Depois da chamada, eles saíram do castelo.

Encostado a rua, se encontrava um ônibus verde, e grande com vidros pretos.

Na frente deles, havia dois monitores vestidos de amarelo berrante.

— Bem vindos! Esse aqui é o nosso ônibus verde! – disse a mulher, totalmente feliz – Meu nome é Tonks. E este aqui do meu lado é o Lupin.

— Vamos explicar as regras... – disse Lupin, um cara de aparência de 40 anos, cara fechada, parecia que nunca tinha sorrido na vida – É proibido cantar no ônibus. Proibido ficar em pé. Podem tirar os cintos de segurança se quiserem... morrer. Menino e meninas não podem sentar juntos...

— Porque? – perguntou Dino, surpreso.

— Porque é proibido fazer sexo no ônibus... – ele continuou.

Todos riram alto.

— É proibido rir no ônibus. É basicamente isso. – ele terminou, e Tonks sorriu para todos.

— Podem subir! – ela apontou para a entrada do ônibus.

Gina trocou um olhar apreensivo com Hermione e as duas entraram juntas e escolheram um lugar ao fundo.

Luna ficou parada, olhando para o nada.

— Com licença... – ela cutucou Lupin.

— O que é? – ele perguntou com raiva.

— Eu estou grávida.

— É proibido grávidas no ônibus... – ele começou.

— Você acabou de inventar essa regra. Mas, eu sei de uma: é proibido dizer não para uma grávida. Eu vou sentar com o meu namorado.

Ela saiu andando e se sentou com Neville.

Gina gargalhou alto, com orgulho da amiga.

Lupin lançou um olhar maldoso a ela, e ela se calou. Aquele cara era estranho.

Rony se sentou com Harry na frente de Gina e Hermione.

Ninguém queria se sentar com Cho, então ela acabou tendo de se sentar com Tonks.

Lupin era o condutor do ônibus, e Dumbledore estava junto com os alunos também, junto da professora Sprout, que fazia tricô.

Lupin ditou as regras pelo menos cinco vezes seguidas.

Na sexta vez, Hermione não aguentou.

— Senhor, nós já entendemos! – ela gritou.

— É proibido gritar no ônibus... Estou vendo vocês pelo retrovisor, se algum de vocês mudarem de lugar...

Tonks não parava de sorrir de um modo falso. A cada cinco minutos, ela caminhava pelo ônibus observando tudo que todos estavam fazendo.

— É proibido comer no ônibus... – ela disse sorrindo, tirando a barrinha de cereal da mão de Harry.

— É proibido ouvir musica alta no ônibus... – disse tirando o MP3 de Hermione da mão dela.

— Eu estou ouvindo com o fone! – ela arrancou da mão de Tonks de volta.

Tonks fechou a cara para a menina por um segundo. Logo após sorriu de modo falso e pediu para ela abaixar o volume.

Lupin dirigia a 20 km/h. Extremamente lerdo e cansativo.

Rony chegou até a dormir, mas Tonks o acordou com um tapa, sorrindo.

— Acelera essa coisa! A gente vai chegar lá que horas? De madrugada? Já faz três horas que estamos aqui! – gritou Rony para Lupin, com raiva.

Lupin não respondeu “é proibido gritar no ônibus”. Deixou quieto... pelo menos por mais cinco minutos.

Quando Rony encostou no banco fechou os olhos para dormir, Lupin acelerou.

Foi de 20 por hora para 100 por hora em 10 segundos.

Ia tão rápido, que acelerando cada vez mais, que Rony saltou para frente e caiu no chão, surpreso.

— PARA! PARA! – ele gritou para Lupin, mas Lupin acelerou mais.

— Não foi isso que você pediu?

Rony se sentou novamente em seu banco, e colocou o cinto de segurança com pressa.

Quando Lupin chegou a 150 km/h, um caminhão desgovernado vinha logo a frente: iriam bater.

— VAMOS MORRER VAMOS MORRER! – todos gritavam, desesperados.

Quando apenas mais um centímetro faltava para a colisão, Rony agarrou a mão de Hermione e fechou os olhos com força.

Então Lupin freou com tudo, e só encostou a lateral do ônibus no caminhão, com certa força.

O coração de todos batia forte no peito. Luna estava chorando, assustada.

Gina correu até a amiga.

— VOCÊ TÁ BEM? AI MEU DEUS! – ela estava nervosa, pela amiga e pelo bebe – OLHA O QUE VOCÊ FEZ, SEU IDIOTA! ELA ESTÁ GRAVIDA! – ela gritou para Lupin, com raiva, quase batendo no homem.

— É proibido... –ele começou, mas Gina apontou o dedo na cara dele e disse com raiva e autoridade:

— Eu vou te dizer o que é proibido! É proibido quase matar estudantes, entre eles uma garota grávida, só porque você é um homem velho e sem amor! Eu sei porque você  é assim! FALTA DE SEXO! – ela gritou com raiva. Todos bateram palma pra ela, e ela não corou.

Lupin se levantou e encarou Gina nos olhos. Gina pensou que ia levar um tabefe, porque foi totalmente desrespeitosa com ele.

Mas, ao contrario, Lupin quase sorriu para ela. E ela se assustou.

— Você tem razão. Quer saber de uma coisa? TONKS! – ele gritou por ultimo.

— NÃO! – ela gritou também, e correu para o fim do ônibus.

— SIM! – ele correu atrás dela. Ela se encolheu perto do banheiro do ônibus. Quando ele a alcançou, ela o fitou com olhos assustados.

— PARA DE NEGAR! VOCÊ ME AMA! – ele gritou para ela.

— NÃO AMO, NÃO AMO LALALALA! – ela cantarolou e tapou os ouvidos com as mãos.

Ele puxou as mãos dela com certa agressividade, e fitou-a nos olhos.

— DIZ QUE NÃO ME AMA, OLHA NOS MEUS OLHOS E DIZ QUE NÃO ME AMA! – ele gritou.  – TODO ESSE TEMPO... VOCÊ SABE QUE É VERDADE, VOCÊ É A MULHER DA MINHA VIDA! – ele gritou.

Tonks estava assustada. Mas, como resposta, beijou Lupin calorosamente e de uma forma estranha para os alunos. Alguns fizeram uma cara de nojo, e a maioria das garotas disse: “awwwn”.

Tonks e Lupin escorregaram para o chão, e quando Lupin tirou a camisa, Dumbledore teve que interferir.

— É proibido fazer sexo no ônibus... – ele sorriu para os dois, que se recompuseram e voltaram aos seus postos.


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Notas finais do capítulo



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