O Nome Na Lista escrita por maynis


Capítulo 30
Sexo




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Quando abril chegou, faltava pouco para o fim do ano letivo, e dali pra frente, era vida real.

Em um dia, em que o ultimo ano estava todo reunido, a professora deu um comunicado.

— Viagem de formatura!

— Pra onde? – perguntou Dino.

— Quando? – perguntou Neville.

— Bom, uma empresa especializada vai se encarregar de tudo. Vocês só precisam entrar no ônibus e curtir. Quando vai ser, eu ainda não sei dizer. No final do ano letivo, talvez, não falta muito...

— Tudo bem, mas pra que lugar o ônibus vai?

— Surpresa. – a mulher disse, sorrindo marota – Mas eu não perderia essa nunca.  Podem acreditar: vão ser os melhores dias da vida de vocês.

— Ah, vai que os caras resolvem levar a gente pro... pólo norte? – perguntou Rony.

— Cala a boca, Ronald. – Hermione respondeu, sem sorrir.

— Cada um de vocês pode levar um acompanhante. Menores de quinze anos não podem ir. Os valores vão ser informados aos pais de vocês. Alguém acha que vai?

Quase toda a sala levantou a mão. Mesmo que fossem realmente levados ao pólo norte, eles se sentiram excitados com a perspectiva de viajar com os amigos.

No final do dia toda a escola sabia da viagem. Os menores de quinze anos protestaram, choraram, queriam ser convidados também. Mas não adiantou muita coisa.

 

—__

Luna, Neville e Gina se apertavam no pequeno consultório. Como o clima estava começando a esquentar com a aproximação do verão, aquele gelzinho em sua barriga era até refrescante.

Ali está a cabeça… e o pezinho.. - a médica ia apontando. - Olhe, o bebe está chupando o dedo!

— É tão lindo! - Luna chorava.

— Eu… eu não consigo ver nada. - Neville disse - Não consigo identificar meu próprio filho…

— Como não? - Gina apontou para o monitor - Ali a cabeça, ali o resto do corpo!

— Parecem só duas bolas! - ele protestou.

Certo… - a médica chamou a atenção dos tres - Vocês querem saber o sexo?

— Não! - disseram as meninas.

— Nós queremos surpresa! - disse Luna.

— Mas… eu quero saber! - disse Neville.

— Ei, querido - Luna colocou a mão no rosto dele - Eu que decido, ok?

— Ah… ok… - Neville concordou, e Gina e Luna trocaram um olhar divertido, sabendo que eram mesmo as verdadeiras donas de tudo.

 

—__

 

De noite, na sala comunal, Gina já fazia planos.

— Tudo bem, Rony ou Hermione podem me convidar, eu não quero perder essa por nada! Neville convida Luna, ela precisa estar junto de mim...

— Quem disse que eu deixo você ir? – disse Rony, rindo.

— Quem disse que você manda em mim? – ela sorriu sarcástica – Hermione, pode me convidar.

— Eu te convido! – disse Dino, chegando na hora.

— Obrigada! – ela o abraçou. – Vai convidar sua namoradinha, Potter? – perguntou sínica.

— E se eu convidar? – ele desafiou. Mas na verdade não iria convidar Cho. Chata demais,  estavam brigados e Harry estava gostando.

— E se eu não me importar? – ela respondeu, ainda abraçada com Dino.

Harry revirou os olhos e bufou.

— Não vou chamar ninguém, já estou avisando... – protestou Rony.

— Que legal Rony, agora cale a boca, não agüento mais ouvir você falando, falando, falando... – disse Gina, que estava particularmente atacada neste dia.

— Tadinho! – disse Hermione, dando milhares de selinhos no garoto. Gina ignorou os dois. Ficavam tanto tempo juntos, que chegava a ser irritante para os demais. Bem aquela situação quando vários amigos estão conversando e de repente dois começam a se beijar, deixando todos constrangidos. Com Rony e Hermione era sempre assim.

Eles não se importavam onde estavam ou quando estavam. Hermione estava tão carinhosa ultimamente que Rony sorria como um bobo sempre. Quando não estava com ela, ele pouco falava, pouco fazia também. As visitas noturnas no dormitório de ambos eram cautelosas. Só em caso de extrema emergência, como aconteceu no dia seguinte, quando Rony tinha treino e Hermione tinha que monitorar criançinhas birrentas.

Então, quando todos dormiam a sono alto, Rony foi andando para o quarto de Hermione, onde varias outras garotas dormiam e a única acordada era Hermione. Normalmente eles desciam para a sala comunal vazia e escura e conversavam, se beijavam, trocavam carinhos.

Mas naquela noite, quando Rony descia as escadas do dormitório das garotas com Hermione montada em suas costas, distribuindo beijinhos pelo pescoço do rapaz, uma luz de lanterna os atingiu, assustando-os. Uma mulher alta, magra, com cabelos grisalhos soltos, uma camisola grande e amarelada os fitou sem expressão alguma no rosto.

— Professora, não é nada disso que a senhora está pensando... – disse Rony, com olhar assustado.

— Senhorita Granger, desça daí. – ela apontou para Rony, e Hermione caiu com os dois pés no chão  com um baque, logo após abraçou Rony. – Não, separem-se. – ela disse, rude. – Pra minha sala.

Os três caminharam até a sala da mulher.

— Sentem-se.

Hermione e Rony se sentaram a frente da mesa de gabinete da professora. Ela estava sentada em uma gorda poltrona preta de couro.

— Pergunta numero um: o que o senhor estava fazendo no dormitório feminino, Weasley?

— Eu... é... queria ver... ela... – ele disse confuso, e Hermione cobriu o rosto com as mãos.

— Por quê? – perguntou a mulher.

— Porque a senhora sabe... eu e ela.. somos... um casal...

— Que tipo de casal?

— De namorados. – ele respondeu firme, e Hermione sorriu por dentro.

— Então por acaso o senhor estava no quarto da sua namorada para os dois cometerem algum ato sexual? – ela perguntou como se estivesse perguntando: que horas são?

— O QUE? – Rony e Hermione gritaram.

— Repito a pergunta... vocês dois estavam planejando cometer algum ato...

— A GENTE ENTENDEU, A GENTE ENTENDEU! – Hermione gritou desesperada.

Nunca havia falado sobre sexo antes com Rony. Como amigos sim, mas nunca como... namorados.

— Então me respondam.

— É CLARO QUE NÃO! – gritou Hermione.

— Não com mais cinco meninas lá dentro, seria constrangedor... – disse Rony.

— Então se as meninas não estivessem no quarto vocês fariam algum ato sexual? – ela perguntou.

Rony e Hermione se entreolharam com uma mistura de vergonha e medo, e não responderam.

A mulher pegou um caderninho velho e colocou os óculos.

— Bem aqui, vejam só crianças... regra numero 608: proibido cometer qualquer ato sexual dentro do castelo.

— Não pode transar dentro de Hogwarts? – incrivelmente, foi Hermione quem fez essa pergunta.

— Não. E creio que os dois senhores serão punidos por tal ato obsceno, do devido modo...

— Nós não transamos! – Rony protestou.

— Mas tinham intenção!

— Quando eu disse que tinha intenção de transar com ele? – disse Hermione, apontando para Rony, que olhou para a garota com a sobrancelha erguida.

— Tudo bem, eu não posso provar nada. Só vou avisar, senhor Weasley, nada de visitas noturnas no quarto da senhorita Granger. Nada de visitar o Weasley de noite também, Granger. E... levem isso. – ela tirou de dentro de uma gaveta uma tira de seis camisinhas de embalagens coloridas.

— O que vamos fazer com isso? – Hermione perguntou.

A mulher olhou para ela com uma expressão que nenhum aluno espera ver em nenhuma professora.  Como se ela dissesse: você irá descobrir.

Hermione se recusou a pegar as camisinhas, então Rony as pegou e se despediram da professora, saindo da sala e voltando para a sala comunal.

— Esta aqui é de uva. Diz aqui que dá um efeito gelado... – disse Rony, lendo o que dizia na embalagem de uma camisinha roxa.

— Essa aqui esquenta... – disse Hermione, pegando uma de embalagem preta com nojo e corando.

— Não precisa ter nojo de pegar, estão fechadas ainda... – ele riu.

Hermione riu.

— Rony você já... fez? – perguntou ela, tímida, olhando nos olhos do menino.

— Fez o que?

Hermione revirou os olhos e falou como uma criança de cinco anos.

— Sexo... – ela sussurrou.

— Ah, ta, não, nunca, você já?  - ele perguntou sem timidez.

— Não. Estou esperando a pessoa certa... Mas e a Lilá?– ela sorriu para ele.

—Vamos dizer que foi quase. Você é a pessoa certa pra mim... – ele puxou Hermione para o seu colo e a abraçou.

— Não vou fazer sexo com você hoje, Ronald. – ela disse duramente.

— Eu sei. – ele sorriu, e beijou mão da menina.


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