O Nome Na Lista escrita por maynis


Capítulo 27
O julgamento


Notas iniciais do capítulo

oi amores, perdao a demora. boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/687459/chapter/27

Na cabeça de Neville, a avó só ficaria sabendo que ele seria pai dali um ano, quando ele fosse visita-la no verão com um bebe no colo, dizendo “Está vendo esse bebe? Eu que fiz. Agora o que tem de almoço?”. Mas pelo jeito, ela ficara sabendo bem antes do planejado.

Ele mal tinha coragem de encarar a avó, sentada na poltrona do outro lado da sala, com seu chapéu gigantesco fazendo sombra no chão. Ele pensou em fingir um desmaio novamente.

— Então é isso… - ela começou, quebrando o silêncio na sala - Eu e seus pais nos esforçamos tanto pra que você tenha a melhor educação do mundo e você agradece essa forma… Qual delas é a mãe do meu neto? - ela apontou para Gina e Luna, as duas em pé perto da porta, assustadas.

Gina empurrou de leve Luna pra frente. Luna tropeçou e quase caiu.

— Se sente! Não pode ficar em pé por muito tempo! - a avó disse com a voz firme, colocando Luna sentada como uma boneca de pano ao seu lado - Você é muito bonita pra ter dado bola para aquele paspalho do meu neto - Augusta passava a mão no cabelo de Luna, tentando arruma-lo.

— Eu sinto muito… - Luna disse com voz fina.

— Você não tem o que sentir. Já está feito. Vamos conversar com o resto da família e com os seus familiares. Vocês fizeram coisa errada, agora vão correr atrás do prejuízo e das consequências. Diretor, se o senhor não se importa, vou leva-los para casa comigo, para resolvermos essas questões.

— Mas vó...

— Calado, Neville. - ela respondeu.

— Bom, eu não posso negar um  pedido seu, Augusta. Pode leva-los, mas os traga de volta antes da aula na segunda.

— Vá buscar suas coisas. Vamos contar aos seus pais ainda essa noite. - Augusta disse para Neville, que saiu correndo. - E você querida, pegue o que for necessário. Não tenha medo. - ela tentou sorrir parar Luna, o que foi realmente assustador.

— Vamos, Luna - Gina puxou-a pela mão.




—___



Na sexta feira seguinte as aulas da tarde foram suspensas. O auditório do colégio foi se enchendo de alunos aos poucos.

O diretor de Hogwarts deu alguns telefonemas e conseguiu com que o julgamento de Vitor Krum acontecesse na escola. Ele precisava que os alunos conhecessem toda a maldade do garoto.

Sempre protestou sobre os alunos nunca ficarem sabendo realmente quem era e o que havia feito Vitor Krum. Mas a justiça o fez se calar, com pretexto de não assustar as crianças.

Hermione sentou-se a primeira fileira. Harry e Rony estavam ao seu lado. No palco havia um homem careca em frente a uma bancada no centro , com um martelinho na mão. A sua esquerda, Vitor Krum sorria de um modo diabólico.

Não havia testemunha de defesa para Vitor. Nem ao menos seus pais compareceram para o julgamento.

Depois que souberam que seu filho era de fato um assassino eles resolveram abandonar de vez.  Seu pai estava mais preocupado com sua propria reputação. Krum não parecia se importar.

Uma cadeira vazia no lado direito da bancada estava posta.

Umas sete pessoas estavam sentadas a um canto. Eram jurados.

Quando o homem bateu o martelinho na bancada de madeira, e pediu silencio, todos os murmúrios se cessaram.

— Estamos aqui para assistir o julgamento de Vitor Krum, acusado pela morte de Blaise Zabini, agressão, tráfico de drogas e por tentativa de estupro…  - Hermione apertou a mão de Rony com força. - Vamos iniciar com os testemunhos.

Várias testemunhas foram ouvidas, inclusive Rony e Harry. Hemione se assustou com a máfia que existia dentro do colégio; E Krum participava ativamente de tudo.  Muitos alunos que estavam naquela festa estranha foram testemunhas, todas falando em voz baixa, envergonhados de suas atitudes. Os pais de Zabini deporam, até que chegou a vez dela mesma dizer algo.

— Hermione Granger, um passo a frente.

O júri permaneceu calado e os murmúrios da platéia recomeçaram.

É claro que Hermione seria um testemunha crucial para a condenação de Krum. Mas agora, cara a cara com ele novamente, ela sentiu suas pernas bambearem. Ela olhou para Rony, que a encorajou com o olhar. “Pegue ele”, ele dissera com os lábios. Ela sorriu e se levantou.

— Pra mim, Vitor Krum não passava de um peão. - Hermione dizia, e todos permaneceram em silencio absoluto para ouvi-la - Eu o usei para conseguir o que eu queria. Eu queria atenção. Eu queria que reparassem em mim. Ele era fácil e fútil o suficiente, então, numa cruzada de pernas eu já tinha sua atenção. No começo ele não era tão ruim. Ele estava fazendo bem o seu papel, mas eu nunca, em hipótese alguma me senti atraída por ele. Todo o meu interesse era chamar a atenção de outro garoto. Quando por fim as coisas começaram a sair do meu controle, eu nunca senti tanto medo. E apesar dos avisos sobre o perigo de estar lado lado de Krum, eu aceitei ir à aquela festa, onde tudo começou. - ela respirou fundo, e contou detalhes do que acontecera naquela noite, e se sentiu feliz consigo mesma por não falhar a voz vez alguma. - Eu não tinha voz para falar a verdade. Muita gente deve pensar que fui fraca, que não conseguia tomar uma atitude porque eu gostava de viver daquela forma, mas essas pessoas não passaram pelo que eu passei. Não sabem o que é viver sob ameaças, viver com medo. E depois passei meses distante, tentando tomar atitude, me libertar… Até perceber que não posso fazer tudo sozinha, e que a próxima pessoa que morreria nessa historia, seria eu. Vitoe Krum é um assassino e merece apodrecer atrás das grades. - ela o encarou nos olhos. Não sentia mais medo.

O juiz bateu o martelo  e disse que ela podia se sentar novamente. Ela sentia seu coração mais leve.

— Vitor Krum, o senhor se considera culpado ou inocente diante das acusações? - ele perguntou.

— Claro que sou inocente. - ele sorriu, como se falasse o obvio.

O juri se retirou durante meia hora para discutirem. Durante esse tempo, quase todos permaneceram em silencio. Parecia ter passado um segundo de eternidade quando o juri voltou.

— O Senhor Vitor Krum foi considerado culpado de todas as acusações. A pena pelos seus crimes é prisão perpétua.  – bateu o martelinho uma ultima vez e se levantou sem falar mais nada.

Todos se sentiram aliviados, afinal havia um assassino no meio deles, um louco psicopata, mas a justiça fez o seu dever e Krum estaria longe da escola, finalmente.

Quando dois policiais algemaram Krum, ele permaneceu sorrindo de um modo estranho. Procurava Hermione, que estava sentada logo à frente.

Quando seus olhos encontraram com os da menina, ele sorriu e gritou, tão alto que todos se calaram:

— Eu sempre vou te amar. E você vai me esperar... porque você me ama, diga para eles, meu docinho, você me ama.... – ele gritou para Hermione, que mantinha a expressão fria no rosto.

Então ela se levantou, olhando para Krum. Krum sorriu, pensou que ela viria até ele e lhe daria um beijo, dizer que o esperaria...

Mas ela puxou Rony, que estava sentado ainda, e o beijou, na frente de Krum. Krum ficou louco, queria matar alguém, começou a gritar e ameaçar qualquer um que olhasse para ele. Os policiais tiveram dificuldade para conte-lo.

Hermione não percebeu nada, pois estava viajando nos braços de Rony.

Ela quis pará-lo e dizer para o garoto não se empolgar afinal, eles estavam um publico. Sem querer deixou escapar um gemido quando Rony puxou a sua cintura.

— Eu adoro quando você faz isso, faz de novo, Hermione... – ele pediu.

Ela se separou dele, e contou até três.

— Eu te amo. - ela disse.

— Eu amo você também. - respondeu sorrindo.

 

—___

 

Uma semana havia se passado desde que a avó de Neville descobrira a gravidez, e Luna já conhecia toda a sua família e sua primeira consulta fora marcada para a sexta feira, portanto eles não compareceram ao julgamento. A ginecologista fora a mesma que fizera o parto de Neville, e ela se sentia nervosa sentada na pequena recepção do consultório, que parecia ainda menor com a quantidade de pessoas. Seus pais, os pais de Neville, Neville, sua avó, e é claro, Gina, que bateu o pé até o ultimo segundo para que fosse junto.

Quando a médica chamou o nome de Luna, ela se levantou e puxou Gina e Neville pela mão. Seus pais ficaram um tanto quanto decepcionados, mas assim que a médica soube que eram os Longbottom, deixou que todos ficassem dentro do consultório para aquela primeira consulta.

A médica fez algumas perguntas, passou diversos exames e Gina chorou quando ouviram o coraçãozinho do bebe.

— Ei, sua manteiga derretida! - Luna brincou.

— Ah por favor… ei doutora, Luna é muito avoada e Neville é bem idiota. Então a senhora pode passar todas as informações pra mim, eu sou a madrinha dessa criança. - ela disse com firmeza na voz.

Ninguém ousou discordar.

—___

Não ouve festas pela prisão de Krum. Não que estivessem tristes, só não gostariam de comemorar nada naquela noite. Hermione estava fazendo a segunda redação no dia, sentada perto da janela da sala comunal. Sua mente estava pesada, e ela queria dormir, mas era a ultima coisa que ela poderia fazer. Tinha muito o que estudar.

— Ei! - Rony disse alto, aparecendo do nada, fazendo ela saltar da cadeira.

— Não faça isso. - ela disse, sentindo o coração acelerado - Eu quase tive um piripaque.

— Você sabe que isso foi por causa da minha presença… Se chama amor - ele sorriu, se sentando em frente a ela.

— Se chama ataque cardíaco. - Mione revirou os olhos.

— O que você está fazendo? - ele perguntou.

— Lição.

— Vamos fazer outra coisa. É sexta a feira a noite, Nerd.

— Não, Rony, eu realmente tenho que fazer isso. - ela disse em tom rude. Na mesma hora se arrependeu, ao ver a expressão triste de Rony.

— Você estuda demais, Mione, não é um pecado relaxar um pouco… - ele disse baixo.

— E você estuda de menos, aposto que se eu for ver suas lições vão estar todas atrasadas e fique sabendo que eu não vou fazer nada pra você! 

— Não pedi pra você fazer minha lição, eu só vim te chamar pra fazer algo comigo!

— Tudo bem. - ela suspirou e fechou seu livo com um baque - O que você quer fazer?

— Ah, agora é tarde demais.

— Ah por favor, não seja um chiliquento! - ela fora rude novamente. Por que ela fazia aquilo?

— Voltei pros seus livros. - ele devolveu no mesmo tom e se afastou dela.

— Ótimo, é isso mesmo que eu vou fazer! - ela respondeu, abrindo os cadernos novamente, mas não teve certeza se Rony a ouviu. Assim que olhou para aquelas letras miúdas, soube que não conseguiria se concentrar em lição alguma. Malditos garotos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gente, perdao pela demora... vcs ainda estão aqui? hhahaha
comentem ♥ juro que o proximo não demora! até!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Nome Na Lista" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.