Dangerous Woman escrita por Letícia Matias


Capítulo 21
21


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Bem vindos a mais uma #DangerousFriday!
Quase não posto esse capítulo hoje porque minha internet tá caótica e eu estava fazendo um trabalho há 4 horas e fui terminar agora. Ou seja, tô morta. Mas, vim aqui postar o capítulo pra vocês
Boa leitura!



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Ficamos conversando por quase duas horas, bebendo e rindo. Eu, Sam,Mike e Chloé. Eu não perguntara para ela o motivo de Kyle ter ido embora, mas quando Chloé voltou para dentro e se sentou do nosso lado, ela estava de cara feia, mas logo depois de una goles de cerveja, passou.
Sam e Chloé, que moravam no Brooklyn, foram embora juntos logo depois do Dangerous Woman fechar. Mike foi embora primeiro porque sua mãe havia ligado pedindo para ele levar seu pai no médico.
Eu estava sozinha, andando pela rua de paralelepípedos cheia de bares e clubes noturnos. O restaurante que eu tinha comido o macarrão com deliciosas almôndegas estava há alguns metros para trás.
Um aglomerado de pessoas em frente a um clube noturno ficava para trás. Andei mais um pouco enquanto o vento forte da madrugada agitava meu cabelo preso no rabo de cavalo.
Enquanto passava em frente a uma viela, ouvi um barulho de ânsia de vômito. Franzi o cenho e virei a cabeça para o lado direito para olhar.
Meus olhos se arregalaram e meu coração disparou.
–Kyle?
Sim, lá estava ele, se apoiando em uma caçamba grande de lixo fedendo. Ele olhou para mim com os olhos caídos.
–O que você quer? - ele falou com a voz arrastada. - Vai embora.
Respiro fundo e me aproximo.
–Onde está o Matt? Ele te deixou aqui?
Ele tenta andar mas cambaleia. Eu seguro seu braço impedindo-o de cair.
–Matt... Desaparexeu.
Franzo o cenho.
–Que ótimo. Viu como seu amigo é ótimo?
–Ah, cala a boca. - ele se afasta de mim e cambaleia até a outra parede. - Vê se me deixa em paz. Por que não vai embora com o sr.Engomadinho? Aquele merdinha.
Franzo o cenho.
–Kyle...
–VAI EMBORA! - ele grita de repente o que faz com que eu me sobressalte.
Algumas pessoas que passam por ali olham para nós curiosos e depois continuam andando.
–Kyle, por favor, vamos! - eu faço menção de me aproximar dele e ele se afasta.
– Vai embora. Me deixa em paz. Será que ninguém pode me deixar em paz, porra?
Ele quebra uma garrafa de vidro na parede e eu dou um grito. Eu nem mesmo tinha visto a garrafa.
Ele olha para a mão dele e meus olhos se arregalam ao ver o sangue escorrendo pela palma da sua mão direita.
–Porra. - ele diz.
–Kyle. - me aproximo um pouco receosa. - Por favor, vamos. - eu digo e passo o braço ao redor de sua cintura.
Ele coloca o braço ao redor do meu ombro e eu o conduzo com dificuldade até o ponto de táxi mais próximo. Geralmente eu iria a pé, mas aquela noite era uma excessão bizarra.
Eu o coloco dentro do táxi e depois entro. Tiro da minha bolsa uma blusa de manga cumprida branca de pano fino e amarro ao redor na sua mão. Pelo o que posso ver, não entrou nenhum caco de vidro muito pequeno. O que cortou foi na hora que ele amassou o vidro contra a parede.
Enquanto o táxi dirige pelas ruas, posso ver o taxista olhando para mim pelo retrovisor e fico me perguntando o que ele deve estar pensando.
Olho para Kyle ao meu lado. Ele está com a cabeça tombada para trás e adormecido. Analiso seu perfil. Sua boca está aberta e ele ainda não tirou a barba que esava começando a crescer uma semana atrás. Alguns pingos finos começam a molhar as janelas do táxi silencioso. Olho pela janela enquanto passamos por uma avenida com poucos carros. A avenida ao lado está vazia e a luz vermelha do semáforo reflete no concreto molhado. Me pergunto o porquê de voltarmos para a mesma estaca onde Kyle e eu acabamos nos encontrando por bem ou por mal mesmo que ele já tenha deixado bem claro que devemos nos afastar e isso ser bom para nós dois.
***
Solto um suspiro longo e pesado depois de deitar Kyle na cama. Sair com ele do táxi e o colocar no elevador não foi nada fácil.
Olho para seu corpo adormecido e me pergunto o que fez ele beber de tal maneira. Muito provavelmente ele conhecia seus limites  bem melhor do que eu conhecia os meus.
Tiro seu par de All-Star preto surrado e os coloco um do lado do outro ao lado da porta do quarto. Pego sua mão enrolada na minha blusa e desenrolo a própria de sua palma. O sangue foi estancado e minha blusa manchada. Mas tudo bem, acho que ele também fez algumas coisas legais por mim, como bater em Jacob e ter me levado para sua casa na primeira vez que fiquei bêbada na vida. Sorrio com a lembrança de Kyle sentado em sua cama comigo. Mas logo o sorriso desaparece porque lembro de suas palavras no dia seguinte para Matt e de Lara enroscando-se em seu pescoço na cozinha da fraternidade. Bem, onde estão todos agora?
A chuva está mais forte, os pingos que caem incessantemente são barulhentos. Olho pela a janela grande de vidro que vai do chão até o teto. Os pingos de chuva escorrem um atrás do outro, encontrando-se e formando um só. Posso ver dali, um pouco longe a ponta iluminada de vermelho do Empire State Building. É uma vista nostálgica e aquele era um daqueles momentos que você está se sentindo exausta, mas algo te impede de querer dormir. O silêncio era calmante demais, o barulho da chuva caindo no chão há 30 andares abaixo de nós era tudo o que se podia ouvir e a respiração tranquila de Kyle ali na cama me confortava. Eu não sabia o porquê, mas suspeitava que era a primeira vez que eu o via vulnerável e eu não era a bonequinha ou donzela em perigo. Não. Não dessa vez.
Vou para o banheiro tomar um banho quente. Preciso sentir a água cair sobre meus ombros e senti-los relaxar. Me permito demorar no banho depois de um dia exaustivo.
***
Quando entro no quarto novamente, vestindo um short cinza e uma blusa de alça da mesma cor, ouço Kyle falando durante o sono.
–Não! - ele faz uma cara de dor. - Não, por favor não.
Me aproximo da cama e olho para seu rosto. Sua expressão se suaviza aos poucos e ele para de falar. Tudo fica silencioso novamente.
Dou a volta na cama e deito-me mantendo distância do corpo dele. Estou cansada, mas não consigo dormir. É horrível porque sei que esse sentimento vai me levar a ruína. Ele só está bêbado e amanhã voltará a falar que é melhor vocês não se verem mais, o que é verdade!
Dou as costas para ele e fico encarando os pingos - agora grossos- da chuva que tintilam na janela. Adormeço ouvindo a chuva cair misturada com a respiração dele ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Amores, espero que tenham gostado! Prometo que vou responder os comentários de vocês do capitulo anterior ❤ Amanhã se Deus quiser. Mas agora eu preciso demais dormir porque que dia cansativo... Só Deus pra segurar a gente mesmo kkkkk.
Boa noite, espero que vocês tenham um ótimo final de semana e tenham gostado do capítulo. Beijo grande.
Fui dormir e roncar ❤



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