Capitulo 5 – vamos nos permitir.

 

 

 

 

    Bella POV

 

 

 

       O fim de semana passou tranqüilo e feliz. Renée não desconfiou de nada e Alice ajudava me encobrindo. Edward tem um ótimo ambiente familiar e Renata faz praticamente o papel de mãe na família. Mas por mais que aquela família tenha seus problemas e grandes feridas do passado eles são unidos. E felizes. Edward falou que já se matriculou novamente na escola e vai voltar a estudar comigo e com Alice.

 

 

 

      Acordei cedo pra ir pra escola. Me arrumei e desci pra tomar café. Charlie estava na ponta da mesa enquanto Renée tomava café na cozinha. Nem estranho mais essas coisas. O casamento dos meus pais não era aquela melação mas depois que minha mãe ficou meio... psicótica tem piorado. Eles sempre discutem a noite quando vão pro quarto. Teve um dia que papai saiu de madrugada e dormiu fora. Tomei meu  café em silencio e me despedi quando papai saiu

 

 

 

 

- Vamos logo, senão voce atrasa

 

 

 

- Ok. Vamos.

 

 

 

      Levantei e a viagem foi como sempre foi silenciosa. O carro de Renée parou em frente a escola, eu desci e ela acelerou. Alice estava conversando com algumas garotas e acenou pra mim. Sorri e esperei Edward chegar. Cinco minutos depois a Range Rover preta chegou no estacionamento. Edward saiu e apertou o alarme, depois andou até mim com aquele sorriso. Aquele sorriso feliz de antes. O sorriso do meu Edward.

 

 

 

- Bom dia amor. – sorriu

 

 

 

- Bom dia – nos beijamos

 

 

 

- Vamos? – perguntou

 

 

 

- Claro – peguei em sua mão e entramos

 

 

 

     Eu estava extremamente sem graça por causa do beijo no meio do estacionamento, com todo mundo olhando, mas depois dei de ombros. Hey, pensei, somos namorados e namorados se beijam. E fazem outras coisas, então tudo bem. Fomos andando pelos corredores sendo alvo dos olhares confusos. Primeiro eu e Edward éramos irmãos, depois o Edward não é mais meu irmão e vai embora e agora somos namorados. Ta tenso até pra mim.

 

 

 

 

- Edward Cullen? – perguntou o professor assim que entrou na sala

 

 

 

- Volturi. Edward Volturi – ele corrige com um sorriso estranho

 

 

 

- Hum. Bem, certo Sr. Volturi. – ele se virou para toda turma – abram seus cadernos!

 

 

 

 

--

 

 

 

- Alice, voce acha que Edward está esquisito? – perguntei aos sussurros durante a aula da espanhol

 

 

 

- Sinceramente? – falou – Acho. Sei lá, ele está meio misterioso...

 

 

 

- É... – concordei

 

 

 

- E também está meio... sei lá. Como se fosse o aspirante da Morte.

 

 

 

- Cruzes Alice.

 

 

 

- Mas voce tem que admitir Bella: pessoas acabam mudando um pouco com o tempo

 

 

 

- Eu sei. Mas e se ele for embora de novo? De vez?

 

 

 

- Calma amiga. Uma coisa que eu acho ser impossível de mudar no Ed é o carinho. Ele sempre foi carinhoso com voce e acho que não vai mudar

 

 

 

- Tomara... – murmuro pra mim e nós saímos quando o sinal tocou

 

 

 

- Olha, sei que voce deve estar achando que ele ficou longe, conheceu alguém e mudou totalmente – caminhávamos no corredor

 

 

 

- Isso mesmo!

 

 

 

- Eu sei o que voce está passando. O Jazz ta na faculdade, não tem como eu monitorar meu namorado. Mas se ainda tem amor, química, paixão, vai ficar tudo bem. Vocês sempre foram um casal perfeito, vão superar isso

 

 

 

- É. Voce tem razão Alice.

 

 

 

- Eu sempre tenho – falou convencida

 

 

 

- Oi amor. – ouvi Ed falar as minhas costas

 

 

 

- Oi. Me assustou – sorri

 

 

 

- Não foi minha intenção. – sorriu aquele sorriso enigmático – tudo bem Alice?

 

 

 

- ótimo! – e começou a tagarelar sobre algo que eu estava alheia

 

 

 

        Eu só conseguia pensar no dono dos braços que rodeavam meus ombros. Alice trem razão é tudo da minha cabeça. Eu fiquei muito tempo sem Edward e agora uma mínima mudança pra mim parece uma grande coisa. E não posso negar que apesar da safadeza e dos nossos momentos ‘pouco puros’ ele sempre foi amoroso comigo e agora não é diferente, mas tem algo meio nebuloso nele. Ele não é o mesmo Ed de sempre.

 

 

 

- Tudo bem? – me encarou interrogativo

 

 

 

- Só pensando no dever de casa – sorri

 

 

 

- Vamos. Vai querer o que? – me perguntou

 

 

 

- Hmmmm, acho que só biscoito

 

 

 

- Tem certeza? Olha, não quero te ver doente nem anoréxica

 

 

 

- Tudo bem Ed – rolei os olhos

 

 

 

- Ok. Mas tente beber um pouco de suco – comprou nossos lanches e fomos pra mesa

 

 

 

- Oi Edward. Tudo bem cara? – Erick perguntou

 

 

 

- Beleza, beleza

 

 

 

- Oi. – Ângela falou tímida e surpresa

 

 

 

- Mas e aí, por onde andou? – Mike perguntou

 

 

 

- Só conhecendo a família. Dando um tempo...

 

 

 

- É, sei... – percebi Jessica babando por ele

 

 

 

 

      HORAS DEPOIS...

 

 

- Bellinha, não quer ir comigo no shopping não? – ela perguntou

 

 

 

- Alice, não obrigada. Já estou cansada de olhar as mesmas lojas no shopping.

 

 

 

- Mas não tem problema a gente vai em outro shopping – sorriu

 

 

 

- Desculpa Alice – Edward se meteu – mas hoje ela é minha.

 

 

 

- Monstro. – ela falou e fez cara pidona

 

 

 

- Alice, o chefe mandou...

 

 

 

- Ok, seus ingratos. Tchau – acenou e foi pro seu carro

 

 

 

- Alice é maluca.

 

 

 

- Eu sei – suspirei – vamos?

 

 

 

- Sua mãe não vai achar ruim? – ele perguntou – não que tenha problema mas ela que vem te buscar.

 

 

 

- Assim parece que eu to no pré-escolar. – bufei – hoje ela está trabalhando. E acho que está relaxando um pouco mais

 

 

 

- Sei...

 

 

 

- O... detetive. Ele achou mais alguma coisa? – perguntei depois de um tempo

 

 

 

- Não. – suspirou

 

 

 

- Vamos pra nossa lanchonete? – pedi

 

 

 

- Tudo que a madame quiser. – sorriu

 

 

 

          Ele fez a volta e fomos pra lanchonete onde todos nós costumávamos ficar conversando. Era um bom tempo. Sorrisos, beijos, brincadeiras. Sinto saudades de ter Rose, Jazz e até o inconveniente do Emm aqui. Pelo menos tenho Alice e Edward está de volta. E isso basta.

 

 

 

       Entramos e sentamos numa mesa perto da janela. Eu pedi um Milk shake e ele pediu um Milk shake e batatas fritas. Ficamos conversando sobre coisas banais, livros e musicas que gostávamos. Percebi que tinha  um cara no balcão me secando. Não são muitos  que ficam me secando e muito menos na presença de Edward. Tentei disfarçar mas ele percebeu que o cara me encarav. Olhou pra ele, pra mim e depois suspirou retomando o assunto. Terminamos de comer e Edward pagou no caixa. Eu estava quase na porta quando vi Edward ir pra cima do cara do balcão

 

 

 

- Olha pra minha mulher de novo e eu acabo com a tua raça – segurava o pescoço do cara – ela é minha!

 

 

 

- Vem Ed, vamos – arrastei-o de lá recebendo vários olhares

 

 

 

     Ele entrou no carro sem me olhar e dava até medo o jeito que ele estava agora. Parecia que ele ia mesmo brigar com o cara. Ele não conversou enquanto dirigia e nem sequer olhou na minha cara. Ótimo, ele banca o infantil e a culpa é minha? Se voce quer ser infatil Edward, assim será.

 

 

 

      Ele estacionou em frente a minha casa  e ainda não tinha nem se virado pra me olhar. Esperei uns 2 minutos e nada. Perfeito. Me virei e peguei minha mochila no banco de trás. Havia começado a chover forte. Olhei pra ele que ainda parecia bem nervoso e saí do carro. Nem corri pra casa, ia me molhar mesmo.

 

 

 

- Bella espera! – ouvi a porta do carro

 

 

 

- O que voce quer?

 

 

 

- Que voce espere um pouco.

 

 

 

- Eu esperar? – falei sarcástica – eu te esperei por um ano e quando voce volta está preso numa espécie de personalidade de badboy violento e infantil. Cresça Edward! Voce não era assim.

 

 

 

- Desculpe. Bella, eu estou tentando.

 

 

 

- Viva Edward. Voce já viveu antes. Se permita ser voce de novo. – eu chorava agora

 

 

 

- Estou tentando amor, estou tentando – me abraçou

 

 

 

      E ficamos ali, debaixo da chuva, abraçados. Eu chorando e ele me consolando. Que droga, eu só queria o Ed comigo de novo. Aquele que fazia piadinhas idiotas, que brincava e tinha mania de me carregar como se eu fosse uma trouxa de roupa. Eu só queria que ele vivesse novamente.

 

 

 

- Eu vou tentar amor. Por voce.