Quem vai ser papai? escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 15
O Baile


Notas iniciais do capítulo

E chega o grande dia!



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Todos os casais se preparavam para a grande noite. O baile era de gala e todos iam chiquérrimos.

Na casa das irmãs Anne-Marie e Michele, os seus respectivos namorados, Lysandre e Castiel, esperavam as duas terminarem de se arrumar.

Lysandre vestia um belo terno preto e branco, e claro que a gravata e o casaco por cima remetiam ao estilo vitoriano. Já Castiel vestia um conjunto formal todo preto, não muito satisfeito, claro, mas segurava por cima do ombro uma jaqueta de couro que combinava bastante com ele.

Impaciente, andava de um lado a outro da sala enquanto esperava as garotas.

— Elas não saem mais!

— Calma, Castiel, mulheres geralmente demoram um pouco mais para se arrumar.

— Demoram um pouco? Faz só uns quarenta minutos! – Foi até a porta do quarto da namorada e bateu. – Michele! Anda logo! Você ainda quer ir ou não?

— Já vou, Castiel! Vou sair agora.

— Você já tinha dito isso vinte minutos atrás!

— Então para de perguntar e sai da porta!

Ele cruzou os braços e voltou para perto de Lysandre sentando ao lado do amigo que pôs uma mão em seu ombro, sorrindo.

— Se acalme. Parece que vai a um casamento, não a um simples baile entre amigos.

— Simples baile... Se fosse simples você não teria me obrigado a vestir essa roupa toda.

Lysandre apenas riu das reclamações do amigo quando ouviram a porta de um dos quartos se abrir.

— Lysandre, estou pronta. – Era Anne-Marie. Assim que saiu do quarto Lysandre exclamou:

— Estou deslumbrado com tanta beleza!

Ela não havia deixado de pôr um vestido que remetia a época vitoriana para agradar o namorado. Em tons de preto e branco seu vestido lhe dava um ar sofisticado e ímpar.

Ao receber o elogio, ela sorriu envergonhada.

— Você me deixa ruborizada, Lysandre. Você que é lindo. Parece um príncipe!

— Preciso parecer um príncipe para estar ao lado de uma princesa.

Castiel interrompeu o momento romântico.

— Gente, dá um tempo! Ficar vendo vocês é como assistir um filme antigo...

Mas, ele parou de falar ao que Michele saiu do quarto, vestindo um vestido vermelho longo tomara que caia que se ajustava perfeitamente ao corpo dela.

— Então... O que achou? – Ela perguntou dando uma volta.

Ele ficou por um instante pasmo e sem palavras, mas logo deu uma risada e falou:

— Quem é você? Jéssica Rabbit?

Ela riu. – Bobo! Não vai dizer nada?

— Eu te chamei de Jéssica Rabbit, ela é a maior gostosa! O que mais quer que eu diga?... – Sussurrou no ouvido dela. – Quer que eu diga que fiquei excitado? Por que eu fiquei. Quer ver?

— Mais tarde. - Sussurrou e riu, respondendo: – Vou levar como um elogio.

— Ótimo, porque é. – Deu o braço para ela. – Então, vamos, my lady in red!

Os quatro saíram.

...

Enquanto isso, no apartamento de Nathaniel...

— Eu já devia estar lá... – Dizia o loiro terminando de ajustar a gravata que não conseguia dar o nó. – Droga! Passei tanto tempo usando e agora não sei mais!  – Suspirou. – Calma, Nathaniel, você está nervoso... – Tentava se recompor quando a campainha tocou. – Deve ser ela! – Correu para abrir a porta já que havia combinado de se encontrar lá com a namorada para que fossem juntos ao baile. – Sophie! – Assim que abriu, ficou boquiaberto.

— Posso entrar, Nath?

— P-Pode. Claro! – Ele deu passagem e ela entrou.

Ele a olhou de cima a baixo. Estava com um belíssimo vestido amarelo que remetia as roupas da Grécia antiga.

— Nossa! Está maravilhosa! Parece uma deusa.

Ela sorriu um tanto tímida. – Obrigada. ... Ah, espere... Deixa eu ajeitar isso... – Ajustou o nó da sua gravata e ajeitou sua roupa.

Nathaniel sorriu sem graça. – Faz tanto tempo que eu não uso gravata... Acho que desaprendi. ... É... Eu fico bem assim?

— Você fica lindo de qualquer maneira.

Eles se olharam e se beijaram. Um beijo tão intenso que quase os fazia desistir de ir ao baile. Mas, como era um evento importante, Nathaniel acabou rapidamente de se arrumar terminando por ir com um terno de alfaiataria risca de giz que o deixava muito mais atraente e elegante.

...

Já na casa dos gêmeos...

— Já acabei, Armin. Tô saindo. - Falou Alexy perto da porta ajeitando o lindo terno claro em tons nude que vestia.

— Você não vai me esperar? - Armin correu até ele ainda vestindo pela metade o seu terno preto despojado.

— Armin, eu não te disse que ainda tinha que buscar a pessoa que vai me acompanhar.

— Você tem mesmo acompanhante para o baile?

— Claro! O que achou? Que eu seria o único a ir sem par? Por favor... Olha, liga pra sua namorada, pergunta se ela já vem, e eu encontro com vocês no baile, tá? Tchau!

Alexy saiu apressado sem dar tempo para o Armin perguntar mais nada. Pouco depois a campainha tocou. Quando Armin abriu a porta se deparou com sua amada usando um belíssimo vestido preto com detalhes transparentes.

— Caraca! - Exclamou olhando-a de cima a baixo.

— O que achou?

—... Acho que preciso de um banho de água gelada... - Passou a mão nas calças mostrando como estava ficando ao vê-la tão sexy.

— Não é hora de ficar assim, amor. Deixa pra depois do baile. - Piscou.

— Não é justo! Você sabe como eu fico quando você veste preto! E pra completar, tinha que ser um vestido tão sexy?

Ela deu um sorriso malicioso. - Me vesti pra você.

Ele deu um sorriso mais malicioso ainda. - Pra quê? Se eu queria era te despir...

Gargalhou. - Para, Armin, senão vamos acabar nem indo. E o  Alexy? Cadê?

— Já foi. Disse que ia buscar a ou o acompanhante. Não sei bem...

— Ainda não faz nem ideia de quem seja?

— Não. A única coisa da qual suspeito com quase cem por cento de certeza é que o Alexy tá saindo com alguém.

— Bom, hoje iremos descobrir quem é.

— Pois é. E aí, vamos?... Ou podemos ficar e fazer outras coisas...

— Você adoraria ficar e fazer outras coisas né?

— Óbvio!

— Sabe o que vamos fazer? - Falou passando os braços em volta do pescoço dele.

— O quê?

— Ir ao baile! E agora que já estamos atrasados.

Ele suspirou. - Ok. Não se pode ganhar todas.

Enfim, foram.

...

Por fim, na casa de Juliette, um belo rapaz chegou vestindo um terno clássico chumbo com uma camisa de seda cor de vinho por baixo, o que o deixava lindo com classe. Nas mãos trazia um ramalhete de rosas brancas e um de rosas vermelhas.

— Boa noite, senhores. Vim buscar sua filha para irmos ao baile. - Disse Kentin aos pais dela. Depois estendeu a mão com o buquê branco para a mãe dela. - Este é para a senhora...

— Oh! Obrigada. Que gentil! Imagino que esse outro seja para a Juliette.

— Sim, é. ... Ela já está pronta?

— Está acabando. Vou dizer que você já chegou.

— Espere... - Kentin respirou fundo e aproveitou que o pai dela também estava lá o encarando para lhes falar o que sentia. - Q-Quero que saibam que... Eu amo a Juliette. Há muito tempo. É amor de verdade, eu sei, é sincero. E... Quero pedir a mão dela. A-Agora em namoro, claro, mas... Um dia, talvez... Até... Para m-me casar com ela.

O casal se olhou, surpresos.

— Casar? Não acha que está indo rápido demais? - Indagou o pai.

— S-sim, senhor! Eu só falei disso agora porque quero que saibam que faz parte dos meus planos futuros. Eu quero muito mesmo um relacionamento sério com sua filha, porque... - Kentin sorriu tímido e meio bobo. - Ela é o amor da minha vida.

Os pais se olharam de novo vendo que era amor de verdade o que os jovens sentiam. Em seguida, Juliette saiu e Kentin deu um suspiro apaixonado e mais aliviado por ter aberto seus sentimentos.

Ela se despediu dos pais abraçando-os enquanto Kentin a admirava por ter ficado tão bonita com um vestido lilás gracioso, porém sensual.

Logo em seguida ele lhe deu o buquê de rosas vermelhas acompanhado de um beijo no rosto. O coitado ainda tremia um pouco, nervoso pela conversa com os pais dela, a qual foi pensando sobre durante todo o caminho até lá. A namorada o acalmou, segurando em sua mão com força e entrelaçando seus dedos aos dele.

Juliette entregou o buquê a mãe para que colocasse na água e em seguida saíram.

...

Pouco tempo depois...

Todos já se divertiam no baile que acontecia no ginásio da Sweet Amoris. Os casais dançavam, bebiam e conversam alegremente. Apenas uma pessoa estava preocupada...

— Gente, alguém viu o Alexy? - Perguntou Armin num momento em que estava junto dos ex-colegas de turma.

— Ele já chegou. - Disse Lysandre. - Estava conversando com a Rosalya quando cheguei.

— Ele veio bem antes de mim, deveria estar aqui.

Roxanne foi então perguntar a Rosalya. - Rosa, você sabe onde o Alexy foi?

— Ah, sim! Ele entrou na escola. Eu pedi para ele pegar as bebidas que eu deixei no porão, porque estavam pesadas demais para mim. Mas, não sei se ele ainda está lá, porque faz um tempão que eu pedi e nada. Se bem que a demora pode ter a ver com quem estava com ele...

Armin ia chegando perto e perguntou curioso: - Como assim? Quem estava com ele?

— Bom, eu não conheço a pessoa, mas ele veio acompanhado por um carinha que ficou lá fora enquanto ele veio me cumprimentar. Foi aí que eu pedi pra ele pegar logo as bebidas e eu ouvi quando ele chamou o rapaz para ir com ele. Então...

Armin e Roxanne se entreolharam.

— Você disse rapaz? Então meu irmão veio mesmo acompanhado por outro homem?

— Veio.

— Não acredito! Eu vou ver o que o Alexy está fazendo.

A namorada o interceptou.

— Armin... Deixa o Alexy. O que você quer? Pega-lo em flagrante fazendo alguma coisa?...

— É. Foi nisso que pensei. Olha só, ele vive dizendo que a gente que faz besteira, mas se ele está fazendo algo nesse momento eu quero saber!

— Só para passar na cara dele depois?

— Exatamente. E pra matar a curiosidade também. Vai dizer que você não quer ir atrás dele? Logo você?

Ela riu.

— Lógico que eu quero muito ver, eu sou uma fujoshi, ora! Vamos logo!

Os dois entraram na escola e foram rápido em direção ao porão, mas assim que chegaram à escadaria, Alexy ia saindo com uma caixa de bebidas nas mãos.

— O que estão fazendo aqui?

— Alexy, o que você estava fazendo?

— Vim buscar isso aqui que a Rosa pediu. - Mostrou a caixa.

Porém, Roxanne olhou bem para ele. - Você está suado...

— É... É quente aqui e... Eu demorei arrumando as caixas... - A voz dele ficou estranha.

— E... Por que o zíper da sua calça tá aberto?

Alexy olhou para baixo logo colocando a caixa no chão para fechá-lo. Ele ficou todo sem graça.

— N-Nossa!... Será que está assim desde que saí de casa?

Armin e Roxanne não estavam acreditando muito nas desculpas dele.

— Logo você saindo de casa com o zíper aberto e não perceber?

— E por que você tinha que perceber logo esse detalhe, hein?

— Ei, Alexy, calma.. Precisa de ajuda? – Armin perguntou.

— Ah, sim, tome. - Entregou a caixa ao irmão. - Leve isso enquanto eu vejo se não tem mais nada pra levar.

— Ok.

Assim que Armin e Roxanne saíram pelo corredor, uma silhueta surgiu na porta do porão. Alexy chamou:

— Já foram. Pode vir.

Um rapaz com um rosto bem jovem e belíssimo saiu dali, vestindo algo que não chegava a ser um terno, mas um traje formal com cores claras.

— Nossa! Que susto, Alexy!

— É, essa foi por pouco! - Exclamou Alexy rindo e agarrando-o pela cintura.

O rapaz, um pouco mais baixinho que ele, pôs os braços em seu peito.

— Por que você não aproveitou a ocasião para me apresentar logo a seu irmão?

— Não, eu te apresento no baile. Porque conhecendo o Armin como conheço ele ia ficar pegando no meu pé só de nos ver aqui embaixo sozinhos... - Alexy deu um sorriso bem malicioso. - Imagina se soubesse o que acabamos de fazer.

— Você que me chamou cheio de segundas intenções... – Falou o outro dengoso.

— Não me diga que não gostou?

— Adorei!

Os dois se beijaram calorosamente, quando, de repente, um grito:

— Ah! Eu sabia!

— Armin?! - Alexy virou bruscamente.

Roxanne estava atrás e indagou: - Alexy, não vai nos apresentar seu amigo?

Armin virou para ela. - Amigo? Você não viu que eles estavam se beijando? E fazendo mais coisas pelo que eu ouvi... – Bateu o pé no chão.

— F-Ficou me espionando, Armin? - Alexy tentou reclamar, mas estava vermelho como um pimentão.

— Não muda de assunto, Alexy. - Armin cruzou os braços e fez uma cara cínica. - Se pegando no porão da escola, quem diria...

— P-Para!... Parou! Ok... - Alexy pegou na mão do outro que também estava muito vermelho e o trouxe para mais perto. - Gente... Esse aqui é o Wenka.

— Hein? - Armin riu. - Sério?

— Armin! - Alexy o encarou como se fosse reclamar, mas Wenka explicou-se.

— Meu nome verdadeiro é meio difícil, sabe... É Willahelm. É um nome germânico antigo. Aí como eu tenho dois irmãos que se chamam Charlie e William, mais chamado de Willy, bom... Sobrou para mim o apelido de Wenka. Tem a ver com a nossa família ser dona de uma fábrica de chocolate. Aí sabem como é... Willy Wonka, Wenka... Entenderam?

— Ah... Entendi!... - Disse Armin, rindo. – Engraçado. A Fantástica Fábrica de Chocolates é um dos meus filmes preferidos.

— Eles não têm a fábrica do filme, Armin! É só mais uma fábrica!

— Claro! Se fosse a do filme eu te faria se casar com ele, só para eu ver os luffa-luffas!

— Ai, Armin!...

Roxanne interrompeu antes que começassem a brigar. - Então... Há quanto tempo estão juntos?

— Bem... Nos conhecemos há alguns meses... – Wenka respondeu.

— Meses? Ih, a coisa é mais séria do que eu imaginei! – Exclamou Armin.

Alexy perdeu a paciência. – Ok, Armin, estamos namorando sim. Pronto, contei! Era isso que você queria saber?

— Ah... Até que enfim! Já era hora de assumir porque você andava tão distraído nos últimos tempos.

— Agora você já sabe. Mais alguma pergunta?

— Não, por enquanto não. E você, Roxanne? - Olhou para a namorada que olhava para Alexy e Wenka com um brilho no olhar.

— Sim, tenho. - Ela mordeu o lábio inferior. – Mas, primeiro deixa eu dizer que vocês são tão lindos juntos!

Armin girou os olhos sabendo que a namorada era daquelas garotas que adoram ver um casal gay.

Alexy falou: - Vai, Roxanne, pergunta logo. O que você quer saber?

— É meio indiscreto, mas... Quem é seme e quem é uke?

Armin arregalou os olhos enquanto Wenka ficou completamente vermelho. Já Alexy não entendeu imediatamente.

— Hein? Tá falando em que língua, criatura?

— Ai, Alexy! Eu perguntei quem é o ativo e quem é o passivo?

Alexy abriu a boca e ficou todo vermelho também.

— G-Garota! Isso lá é pergunta?! - Alexy pegou Wenka pela mão. - Vem. Vamos voltar ao ginásio.

Ela ficou os vendo ir até que falou:

— Não sei por que fugiram da minha pergunta, é tão simples! Mas... Hum... Olhando bem... O Wenka com certeza é o passivo. Ah ah... Imagina o que o Alexy estava fazendo com ele aqui trancado no porão, hein?...

— Roxanne! – Reclamou.

— Que foi, Armin?

— Eu não tô a fim de imaginar o que meu irmão estava fazendo, ok? Vamos voltar para a festa que é melhor!

Os dois voltaram enfim para o baile.

...

No salão todos os casais continuaram se divertindo juntos, até chegar o grande momento da noite. Rosalya pediu a atenção de todos, parou a música e chamou Leigh para subir ao palco. Todos estavam ansiosos pela grande revelação. Ele ainda não sabia de nada.

Rosalya pegou o microfone e começou:

— Boa noite, pessoal. Quero muito agradecer a presença de todos aqui no nosso primeiro baile de ex-alunos da escola Sweet Amoris. – Todos bateram palmas e ela continuou: - Bom, vocês devem estar se perguntando porque eu chamei meu amor, meu querido Leigh, para subir ao palco. – Olhou de relance para Leigh. – Aposto que ele também está se perguntando o que está fazendo aqui em cima já que é super tímido. Por isso... – Chamou: - Lys-fofo, pode vir aqui? Fica do ladinho do seu irmão, ele pode precisar. – Lysandre imediatamente subiu e ficou ao lado dele que perguntou baixinho ao irmão:

— O que está acontecendo?

Lysandre passou um braço por seus ombros e disse: – Apenas fique calmo.

Rosalya continuou. Pegou um desses canudos de diploma entregue aos formandos de um curso e mostrou a todos.

— Todos nós recebemos um desses simbolicamente cinco anos atrás quando nos formamos aqui. Alguns aqui já receberam um desses de verdade ao se formarem em seus cursos nas faculdades e universidades. Hoje, eu quero dar um especial para o homem mais especial da minha vida, depois do meu pai... Meu noivo, Leigh. – Rosalya se emocionou ao lhe entregar o canudo com algo dentro. – Porém, Leigh, quero dizer que o que está aí dentro não é um diploma... É um presente. Um presente... Inigualável. Que não sou só eu que estou te dando, mas que você também me deu.

Leigh abriu o canudo e tirou um papel lá de dentro. De fato não era um diploma como Rosa disse, mas outra coisa, que assim que ele leu ficou pálido e com uma expressão confusa e surpresa.

— O q-que s-significa isso?

— Leigh... Isso é um exame de gravidez. – Rosalya começou a chorar de emoção ao anunciar. – Nós vamos ter um filho!

Leigh derrubou o canudo no chão e quase caiu para trás. Se não fosse Lysandre estar ao seu lado provavelmente teria caído. Por um minuto tentou falar, mas as palavras não saíam. Então, quando conseguiu respirar de novo, apenas caiu no choro e abraçou Rosalya com força, voltando atrás logo em seguida.

— T-Te machuquei?

— Não, meu amor. Pode me abraçar como quiser.

Ele novamente a abraçou sem dizer uma só palavra.

As garotas comentavam:

Michele: - Nenhuma de nós acertou qual seria a reação dele.

Juliette: - Ele ficou sem palavras. Achei que fosse desmaiar.

Sophie: - Mas, os dois estão bastante emocionados!

Ainda abraçando Rosa, Leigh foi se agachando até se ajoelhar diante dela. Ela estava com um belo vestido e ainda não dava para notar a gravidez, mas, mesmo assim ele beijou sua barriga o que a fez ficar ainda mais emocionada. Depois olhou para ela e disse:

— E-Eu... Não esperava uma surpresa dessas. Ainda mais porque... Hoje, eu que queria te fazer uma surpresa.

— Mesmo?

— Sim. Eu já te pedi em noivado, mas hoje... – Ele pegou uma caixinha do bolso. – Hoje eu gostaria de te... Te pedir... – Abriu mostrando a aliança. – Rosa, meu amor... Aceita se casar comigo?

Dessa vez Rosalya que quase cai para trás com tantas emoções e Lysandre a segurou.

Lá embaixo os rapazes comentavam.

Castiel: - Olha a situação do Lysandre. Tá servindo de aparador dos dois.

Kentin: - O Leigh até que foi forte. Eu acho que teria desmaiado.

Nathaniel: - É muita emoção, para os dois.

No palco, Rosalya teve que respirar fundo algumas vezes até conseguir responder:

— Aceito! Claro que aceito!

Leigh ficou de pé e pôs a aliança em seu dedo. Lysandre aproveitou o momento para descer do palco e ficar junto da namorada, enquanto os dois pombinhos lá em cima se abraçavam e se beijavam ao som das palmas dos demais convidados.

A música começou e todos os casais foram dançar juntinhos.

“I’ve been alone with you inside my mind

And in my dreams I’ve kissed your lips a thousand times

I sometimes see you pass outside my door…

Hello, is it me you’re looking for?

I can see it in your eyes

I can see it in your smile

You’re all I’ve ever wanted,

(and) my arms are open wide

‘Cause you know just what to say

And you know just what to do

And I want to tell you so much, I love you.”

Enquanto dançavam, cada casal fazia suas promessas apaixonadas...

Michele: - Você vai ter coragem de fazer isso um dia?

— Isso o quê? – Perguntou Castiel.

— Isso que a Rosa e o Leigh fizeram.

— O quê? Um filho?

Ela riu. – Não!... Bom, também, mas... Eu estava falando em...

— Te pedir em casamento?

Ela ficou surpresa com sua interrupção. – S-sim...

— Quem sabe. Deixa o tempo dizer.

Ela sorriu. – Eu vou deixar. Afinal, se você foi feito para me amar, isso vai acontecer. Eu vou saber esperar.

Ambos sorriram um para o outro e se beijaram.

...

— Eles são lindos juntos, não é? – Falou Anne-Marie se referindo a Rosalya e Leigh que dançavam em cima do palco.

— São. Imagina quando nascer nosso sobrinho.

— Nosso... Sobrinho? Eu também serei tia dele?

— Hum... Por que não?

— Pensei que eu fosse ser só a madrinha...

— Não se um dia você for minha esposa.

Tais palavras fizeram Anne-Marie ficar encarando Lysandre com surpresa. Ele apenas sorriu e lhe deu um beijo rápido, dizendo: - Um dia.

...

— Sophie, eu estive pensando... É tão bonito ver Leigh e Rosa formando uma família, não é?... Eu gostaria tanto que... Começássemos a nossa...

— Hã? – Ela o olhou, assustada.

— Não faça essa cara. Eu só estava pensando em... Quando você vai querer ir morar comigo.

— M-Morar com você? – Ela ficou surpresa e quase sem fôlego. – Oh, Nath... É meu maior sonho! ... Eu ainda não sei se é a hora certa...

— Eu espero que a hora certa chegue rápido. Porque eu não vou desistir de você.

...

— Roxanne... – Armin sussurrava ao seu ouvido enquanto dançavam. – Se você tivesse ficado grávida, você me faria uma surpresa como a Rosa fez?

— Ah... Acho que sim. Eu ia adorar ver sua reação.

Armin sorriu lindamente e completou: - Sabe... Eu acho que eu também ia adorar ver minha reação.

...

Juliette e Kentin não se falavam nada desde o início da dança. Apenas se olhavam nos olhos intensamente. Até que ela teve que perguntar:

— Por que me olha assim?

— Estou imaginando... Nós dois... No futuro...

Ela sorriu. – E como você imagina nosso futuro?

— Você e eu nos beijando num altar de uma igreja...

— Nossa!

— Você não pensa nesse dia?

— Penso. Como será que vai ser?...

...

...

Cinco anos depois...


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...

Música deste capítulo: Hello - Lionel Richie.
"Eu estive sozinho com você dentro da minha mente
E em meus sonhos eu beijei seus lábios mil vezes
E às vezes eu vejo você passar pela minha porta
Olá, sou eu quem você está procurando?
Eu posso ver em seus olhos
Eu posso ver em seu sorriso
Você é tudo de que sempre precisei
e meus braços estão bem abertos
Porque você sabe bem o que dizer
E você sabe exatamente o que fazer
E eu quero muito dizer a você que te amo."

Vejo vocês no último capítulo!



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