Quem vai ser papai? escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 10
Game Over


Notas iniciais do capítulo

Um joguinho sensual



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...

Estávamos no sofá. O Armin ligou a televisão para que o Alexy não nos ouvisse enquanto namorávamos. A gente se beijava e se acariciava quando o Alexy voltou de repente.

— Ei! Vamos parando aí que eu sou muito novo para ser titio!

— Ah, Alexy! Que exagero! - Armin reclamou.

— Exagero nada! Olha aqui, eu sei o que vocês fizeram no verão passado tá?

— Você sabe? Como? - Perguntei brincando e o Armin completou a brincadeira.

— Alexy! Você nos filmou, seu pervertido?!

Alexy apertou os olhos e fez cara de contrariado antes de lançar uma das almofadas na nossa direção.

— Venham, seus safados! O café tá na mesa.

...

Quando estávamos tomando o café da manhã eu lembrei:

— Ah! Já havia me esquecido de contar porque vim com tanta pressa! Olhem só o convite que chegou pra mim! – Tirei o convite do bolso e o Armin logo pegou.

— O que é?... Um baile na escola?

— É. Não é legal? – Perguntei entusiasmada. Mas, o Armin não parecia muito.

— Pra quê?

— Ai, Armin, pra dançar, reencontrar nossos ex-colegas, bater um papo, rever o local onde a gente se conheceu, onde a gente passou uma parte da nossa vida...

— Pra quê?

— Por que é divertido, Armin! – Alexy exclamou.

— Não sei o que tem demais numa coisa dessas.

Ah, não! O defeito do Armin é que sempre quando se trata de algo pra fazer fora de casa ele tenta fugir. Eu tinha que fazê-lo querer ir a esse baile.

— Armin... Quer dizer que você não vai comigo?

— Você quer ir?

— Claro que quero. – Fiz chantagem. – E se você não for, eu vou ter que arranjar alguém pra ir comigo.

— Vai com o Alexy, então.

Não deu certo. O Alexy e eu nos olhamos e ele tratou logo de brigar com o irmão.

— Armin, deixa de ser tapado! Não tá vendo que ela quer ir com você. Além disso, convidaram a nós dois. É muito chato quem recusa ir a essas reuniões. Só acontecem de cinco em cinco anos, às vezes só de dez em dez...

— Ei, ei! Como assim convidaram a nós dois, Alexy? Você já sabia disso?

— Bem... Eu fiquei sabendo.

— E por que não me disse nada.

— Ah, por que... Por que eu queria fazer uma surpresa. Eu fui à escola e me ofereci para ser um dos organizadores.

— Sério, Alexy? – Me alegrei por ele. – Que máximo! Agora mais ainda tenho certeza que essa festa estará linda!

— Ah, imagina... Eu sei que sou demais!

Rimos. E logo dei o ultimato.

— Viu, Armin? Se você não for vai nos desapontar, a mim e a seu irmão. Você não quer fazer isso, não é?

Ficamos o encarando com cara séria até que ele não teve outra escolha.

— Tá bem, tá bem... Eu vou!

— Eeeehhh!... – Alexy e eu comemoramos.

...

Depois que acabamos o café, o Alexy se arrumou para sair, e o Armin foi logo perguntando:

— Vai aonde, Alexy? Você anda saindo muito ultimamente.

— Eu? Ah, nem é tanto assim. Eu... Eu vou passar na escola, ver se estão precisando de ajuda para a organização do baile. Já é no próximo mês.

Eu achei que seria interessante, então perguntei: - Posso ir com você? Você sabe que eu sou criativa e...

— Não! – Ele respondeu tão rápido que eu e o Armin estranhamos.

— Ué! Por que não?

— P-Porque é... Não... Não precisa! Eu me viro sozinho. Além de que eu já tenho tudo planejado e... Também vou a outro lugar... Então...

— Outro lugar? Onde?

— A-Ah... No shopping! – Mas, o Armin e eu nos entreolhemos sem acreditar muito naquela desculpa, já que o Alexy se perfumou todo antes de sair, coisa que ele não faz quando vai simplesmente ao shopping. - Pronto. Tchauzinho! Comportem-se!

Ele saiu depressa. Vi que o Armin ficou bastante desconfiado. Ele me olhou e disse:

— Você viu como ele se enrolou pra dizer pra onde ia? E esse perfume todo!... Sei não, mas acho que o Alexy tá aprontando alguma...

— Por que acha isso?

— Ele não tá assim de hoje não. Faz dias que ele anda meio estranho, distraído... Está mais distraído do que eu na época do colégio.

Eu tive que rir. – Ah não, Armin! Impossível! Você era totalmente desligado da realidade, não tem como ganhar de você.

— Ah, é assim?... É assim é? Você vai ver quem é desligado!...

O Armin me agarrou pela cintura. Eu tentei fugir, de mentirinha, claro, mas ele me derrubou no sofá caindo por cima de mim. Eu adorava seus joguinhos. E não falo dos de videogame.

— Hum... Para quem era o desligado da turma, você está bem ligadão agora, hein?

— Você não sabe o quanto! Cuidado... Posso dar choque!

— Ah é? Me prova.

— Não me provoque...

Ele me beijou com voracidade e eu o acompanhei agarrando-me a seu cabelo. Nossas bocas estavam famintas uma pela outra. Ele sabe como me tirar o fôlego, como me levar à loucura.

Aquilo estava muito bom, até sermos interrompidos...

— Ei! – O Alexy gritou nos fazendo dar um pulo. O Armin até caiu no chão.

— Alexy! – Ele reclamou.

Alexy levou as mãos à cintura. – Muito bonito, hein?! Eu saio não faz dois minutos e vocês já estão aí feito dois coelhos no cio! Que coisa! Eu já disse que sou muito novo para ser tio!

— Não se preocupa, Alexy, não vamos fazer nenhuma besteira! – Eu tinha que me defender e ao Armin também. – Até parece que somos irresponsáveis!...

— Roxanne, querida, tenho uma novidade para vocês... Vocês dois são irresponsáveis! Senão não ficariam se pegando no meio da sala com a porta aberta!

O Armin levantou já que o Alexy tinha acabado com nossa diversão.

— Por que você voltou, hein?

— Esqueci o celular. Não sei onde deixei.

— E ainda diz que eu que sou o irresponsável...

— Armin!

— Tá, parei!... Vou procurar seu celular...

Na mesma hora o celular dele tocou.

— Ah, olha ele ali. – Armin pegou o celular do irmão em cima do balcão da cozinha e olhou na tela. – É um número desconhecido, Alexy...

— Deixa eu ver. – Assim que o Alexy pegou o celular notei que ele ficou com as bochechas rosadas, desligando a ligação em seguida.

— Quem era? – Perguntei.

— N-Ninguém! Bom, eu já vou agora. Comportem-se!

— Tá bom, mamãe! – O Armin falou com cinismo, provocando-o.

O Alexy só fez uma careta para ele e saiu. Armin chegou perto de mim e falou baixinho.

— Eu não falei que ele está estranho.

— Está mesmo. Você acha que ele está escondendo alguma coisa?

— Eu acho.

Ficamos no lado de fora olhando o Alexy até ele pegar o ônibus. E assim que entramos, eu estava fechando a porta quando o Armin me agarrou pela cintura outra vez e sussurrou ao meu ouvido:

— Então... Onde paramos?

Senti algo duro dentro das calças dele e não era o PSP. Como sei que ele adora certos joguinhos que o atiçam ainda mais, passei os braços em volta do seu pescoço e falei:

— Você pausou o jogo quando ia me dar um choque. E aí?... – Levei minha mão para dentro de sua calça e o apertei. – O Pikachu ainda tá de pé ou o susto fez ir a game over? – Ele fica louco quando uso essas referências.

— Não tá sentindo que ele está de pé? – Deu um sorriso safado.

— Estou sim...

— Então? Você já viu ele ser derrotado tão facilmente? Por favor... Até parece que não me conhece.

Voltamos aos beijos e abraços e carícias que nos levaram ao quarto dele. Não pensamos em mais nada, só em nos amar loucamente. Assim era nosso amor.

...

Algum tempo depois estávamos os dois deitados, exaustos, na cama dele, ainda recuperando o fôlego.

— E aí, meu herói... Acabaram os pontos de ação?

— Claro que não! Espera só eu recarregar... Cinco minutos.

— Cinco? Tá rápido, hein?

— Ah! The Flash perde feio pra mim, meu amor.

Tive que rir, o Armin é uma graça! Enquanto esperava meu amor descansar um pouco de toda a loucura que havíamos acabado de fazer, liguei o mp3 do celular e deixei na cômoda dele. Recostei-me em seu ombro enquanto ouvíamos música...

“… When passion rules the game

Yeah, yeah, ooh

I ain't got no control, when my heart's in flames

When passion rules the game

Yeah, yeah, ooh

I ain't got no control, when my heart's in flames.”

Cantávamos juntos o refrão que tinha tudo a ver com a gente, quando percebi que ele já estava todo animadinho de novo. Ele falou todo dengoso:

— Amor... Energias recarregadas. Pronta para o nível dois?

Sorri e joguei o cobertor longe, respondendo:

— Start!

Recomeçamos nosso joguinho que não ia acabar nem tão cedo. Agora, eu por cima dele, cavalgando no meu Pégasus, até que ele parou ao perceber um detalhe:

— Ih! Acabaram as camisinhas!

— Não tem mais nenhuma?

— Não. A não ser que... Não, acho que não...

— No quê você pensou?

— Em ver se o Alexy não tem alguma nas coisas dele, afinal, somos do mesmo tamanho né?... - Ele piscou pra mim.

— Sei. Por que não vai ver?

— Acho que ele não vai ter, mas... Vou lá.

O Armin olhou nas gavetas do armário do irmão, mas não encontrou preservativos. Encontrou outra coisa inesperada que ele foi me mostrar...

— Uma cueca? - Me impressionei. - Mas, como assim? Não é dele?

— Não é não! Não tá vendo que isso não cabe em mim! Se não cabe em mim também não cabe nele! E é uma cueca rosa, Roxanne! Quem usa cueca rosa?! – Ele levou de volta e deixou onde encontrou, meio revoltado. – Ah, mas o Alexy vai ter que me explicar direitinho isso quando voltar!

— Armin, vê se não pega no pé dele senão ele não vai mais largar do nosso.

— É, tem razão... Depois eu descubro que história é essa. Mas, agora vamos continuar de onde paramos, hum?

Ele voltou a me beijar e eu não estava resistindo...

— A-Assim mesmo?... Sem proteção?

— Vai ser só dessa vez. Você não vai me fazer ficar assim né?

Ele apontou para a parte de baixo e eu não resisti àquele corpo lindo, suado e nu na minha frente, além daqueles olhos azuis que me levam ao céu.

Simplesmente deixei me levar.

...


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...

A música que aparece neste capítulo é “When passion rules the game” da banda Scorpions, que significa “Quando a paixão dá as regras do jogo”.
Aqui aparece somente o refrão que diz:
“Quando a paixão dá as regras do jogo
Eu não consigo ter controle, quando meu coração está em chamas.”



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