Os Sete Segredos do Senhor da Morte escrita por C13


Capítulo 2
Os olhos de Hermione


Notas iniciais do capítulo

"Escrevo aqui no presente para que no futuro
seus olhos possam lembrar de mim, quando sua mente
me esquecer."
Bob Marley



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Dois meses depois, Harry tivera sonhos borrados em que se distinguiam, vez ou outra,Hermione com os olhos estranhamente verdes e ele, Harry. Os dois corriam sem nenhum motivo conhecido em um corredor escuro. No último desses sonhos, Harry vislumbrou o rosto de Lúcio Malfoy e acordou suado e irritado, o que ele fazia nos seus sonhos?

     Próximo ao reinício das aulas em Hogwarts, Harry estava sentado em frente à lareira da cozinha que um dia pertenceu à família Black. Hermione passara a última semana ajudando Harry a reorganizar a casa, apenas como desculpa para conversar com ele. Suspeitava que a Sr. ª Weasley a pedira para interroga-lo sobre o que ele andava fazendo nesses dias de ausência que não mais visitara A Toca.

— Já disse, Hermione, não tenho feito nada. – Disse Harry pela sétima vez.

— Você sabe que não engana ninguém – insistiu Hermione – e o Rony fica desconfiado toda vez que alguém pergunta a ele onde e o que você anda fazendo. Eu percebi ontem quando ele veio aqui!

— Não sei do que você está falando.

— Harry James Potter!

Harry olhou para os lados, assustado, esperando ver a professora McGonagall gritando com ele.

— O quê?

— Então você confia no Rony, mas não em mim? – Disse Hermione tentando virar o jogo, fazendo voz de acusação.

Harry olhou profundamente nos olhos castanhos de Hermione, esperando ver o brilho verde que aparecia nos sonhos dele. Depois de perceber que estava olhando tempo demais desviou rapidamente o olhar. Hermione havia estranhado essa atitude.

— Certo, você venceu. O que você quer saber exatamente? – Completou Harry, mudando rápido o foco.

— Onde você esteve mês passado? – Disse ela, ainda olhando curiosa para o amigo.

—Em vários lugares. Fui em Hogwarts, na casa dos meus tios, em Godric's Hollow, na caverna em que eu e Dumbledore fomos no dia que ele, bem... se foi.

— O que você procura, Harry?! Acabou! – Disse Hermione nervosa – Você não acha que Voldemort tinha mais horcruxes, acha?

— Não, ele definitivamente morreu.

— E então? – Respondeu visivelmente mais tranquila.

— Mas venho encontrando algumas pistas que Dumbledore deixou para trás, como migalhas de pão em uma estrada. Tenho aprendido muito com algumas coisas que ele deixou. Sabe a penseira? Ele meio que sabia que eu ia voltar no escritório dele depois que tudo terminasse, é como se ele tivesse certeza que eu iria sobreviver. Ele deixou várias memórias separadas em vidrinhos, ele me ensina através delas, feitiços, encantos e outros tipos de magia. Por que, Hermione?

  - Você não acha que ele está te preparando para algo, não é? Digo, ele pode estar simplesmente te ensinando, porque gostava de você e achava que você merecia aprender tudo isso. – Disse Hermione claramente incerta – Ah, Harry, depois de tudo isso ...

— Você ainda escuta a fênix,não é? A Fawkes ?

Hermione não respondeu, mas Harry sabia que ela escutava, por isso estava tão incerta quanto a simplicidade de tudo aquilo, todos eles sabiam que isso tinha algum motivo ainda desconhecido.

— Harry, poderia ser qualquer fênix! - Ao que Harry não respondeu, ela continuou.

— De toda forma, você vai voltar pra Hogwarts próxima semana, certo? – Perguntou Hermione, mudando de assunto.

—Suponho que sim. Aliás, quem vai ser o professor de Defesa Contras As Artes das Trevas?

— Não faço a menor ideia. Algum dos aurores, talvez, o cargo está com uma fama horrível – Depois de hesitar, continuou – não seria ruim se você ...

 - Você também, Mione? Não vou dar aula em Hogwarts! Nem mesmo terminei Hogwarts.

— Ok. Mas até McGonagall considerou a ideia – Hermione falou baixinho – Bem, fique com tudo pronto, logo estaremos de volta, o trem sai no mesmo horário de sempre, amanhã. Se arrume, vamos nos encontrar com Rony agora no Caldeirão Furado para comprar os materiais no Beco Diagonal. - E Hermione saiu para o quarto, deixando Harry ainda pensativo.

Algum tempo depois, Harry e Hermione apareceram em frente a Charing Cross Road, na calçada do Caldeirão Furado e se dirigiram à entrada. Ao entrar se depararam com Rony sentado em um canto sobre uma mesa, totalmente cercado por muitos bruxos e bruxas que escutavam, absortos, algo que ele contava. Harry consegui escutar apenas o final.

— Então eu pulei nas costas do dragão junto com Harry e Hermione e saímos destruindo o Gringotes de baixo para cima...

Ao que as pessoas do lugar exclamavam e se admiravam. Então um garotinho olhou para trás e gritou: “Olhem, é ele, Harry Potter“. E todos gritaram e o aplaudiram, arrastando ele e Hermione para junto de Rony, que ria descaradamente.

— É, colega, você matou Você-sabe-quem, agora aguente as consequências.

Harry reparou que Rony ainda não o chamava de Voldemort,mesmo agora, mas aceitou o comentário com um sorriso, era muito bom ver Rony rindo de novo, depois de passar os últimos meses realmente mal por causa de Fred e todos os outros.

Então todos perguntavam, elogiavam e escutavam o pouco que Harry e Hermione falavam. Harry surpreendeu-se ao localizar entre a multidão um auror recém-formado do ministério. E logo eles deram desculpas e motivos e, arrastando Rony, se afastaram e conseguiram entrar no beco-diagonal. Harry foi nas lojas de material escolar, na loja de vestes da Madame Malkin, no Gringotes - Onde muitos duendes o olharam com desconfiança - e no empório de corujas, mas se afastou de lá com um nó na garganta, não achava digno substituir uma coruja tão boa e fiel quanto Edwiges. Reencontrou Rony e Hermione na nova Florean Fortescue, tomando um sorvete que daria para dez pessoas.Várias pessoas os observavam pela vidraça, de dentro da sorveteria.

— Quer sorvete, Harry? Eu realmente não aguento mais – Disse Hermione com cara de quem implorava.

— Não, aproveite – Harry falou com um toque de riso.

— Onde está sua coruja? – Perguntou Rony

— Resolvi esperar mais um pouco para comprar, ver mais opções, sabe?

—É, sei – desconversou Rony, percebendo a cara do amigo.

Tudo aconteceu muito rápido, em meio à multidão que caminhava alegre, houve um tumulto, uma série de estampidos e muitos gritos. Então Harry se apressou entre as pessoas que lhe abriam caminho e, ao chegar no centro da confusão, onde as pessoas haviam feito um círculo grande, conseguiu por pouco desviar de um feitiço ,que acabou derrubando um rapaz atrás dele. Harry não teve tempo de pensar, antes que tomasse fôlego estava desviando de feitiços de quem quer que fosse, e então, antes que pensasse, estavam batalhando.

Estupefaça, confringo, destruccio— Berrava o oponente.

Protego  — Harry bloqueou três feitiços um após o outro - Expelliarmus - Gritou, lançando o feitiço que se chocou no ar com outro por ela lançado, vermelho contra amarelo.

— Reducto - Gritou o outro, ao que Harry desviou o feitiço para cima.

Bombarda máxima – Gritou apontando pro chão imediatamente abaixo do oponente desconhecido.

O chão se rachou e afundou um metro, e Harry aproveitou o momento.

Petrificus Totalus – Ela se imobilizou com a mão com a varinha levantada.

Expelliarmus – Completou Harry com calma. Mas então ele congelou. Ali estava petrificada no ato de amaldiçoar Harry, um rosto conhecido, cabelos fartos e de vestes vermelhas, Hermione.

Harry olhou para trás aturdido e viu Hermione atrás dele com Rony, este se afastou rapidamente de Hermione, mas Harry sabia agora que aquela petrificada não era a amiga e ficou no lugar. Chegou bem perto da pessoa petrificada, com seus cabelos, rosto, dentes e boca idênticas ao de Hermione. Até mesmo o cheiro floral era semelhante. Mas os olhos eram diferentes, eram de um profundo tom de verde, que Harry conhecia de seus sonhos. Agora haviam duas Hermiones, e muitas perguntas.


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