Quinn

Quinn observava a noite estrelada com um sorriso no rosto. O seu quarto estava frio, mas não era nada que um chocolate quente não resolvesse. A menina abriu a janela e pendurou-se no parapeito, descendo com muito cuidado até o telhado.

Alguma coisa estava acontecendo lá embaixo. Quinn deitou-se nos telhados, embora estivesse um pouco receosa de cair. A garota escutou passos, embora tenha se esforçado muito para conseguir ouvir. Quinn esticou o pescoço e viu três homens de preto no jardim da sua casa. Um quarto estava pulando o muro.

Ninguém conseguiria desativar as proteções mecânicas que o pai de Quinn, dr. Hank Pym, tinha colocado, a não ser um vilão muito bem preparado. A menina ficou parada, observando os movimentos deles. Tentou ao máximo possível não fazer barulho, embora deixasse escapar alguns ruídos com sua respiração.

Os homens carregavam armas consigo, e dirigiam-se ao laboratório da casa, onde provavelmente Hank estaria dormindo. Quinn precisava agir. Sem fazer barulho algum, voltou para a janela de seu quarto, e pulou dentro. Correu para a sala, e puxou um certo livro da estante, dizendo a senha. A parede girou e lá estavam todos os uniformes produzidos por seu pai.

No centro havia o uniforme do Homem-Formiga, e ao redor, os uniformes do Jaqueta Amarela, Homem-Gigante e outros codinomes que o pai de Quinn já havia assumido. No canto da sala estavam os protótipos. O uniforme que Hank estava produzindo para Quinn provavelmente estaria ali, e a menina correu para pegá-lo.

Assim que achou o uniforme, Quinn tirou a roupa rapidamente e o vestiu. Era a mistura dos uniformes do Homem-Formiga e da Vespa, com direito a asas quando a menina reduzia seu tamanho e a super-força, quando ela aumentava.

Ele não estava totalmente concluído, por ser um protótipo, mas mesmo assim Quinn arriscou. Diminuiu seu tamanho e pequenas asas cresceram em suas costas. A menina voou para fora da sala, e a parede com estante tampou-a novamente. Quinn estava fazendo alguns testes com a roupa, então já sabia usá-la.

Voou para onde estavam os quatro homens. Um deles tentava abrir a porta do laboratório enquanto os outros montavam guarda com suas pistolas. Foi fácil para Quinn passar despercebida pelos bandidos, agora que media somente 15 centímetros.

No uniforme de Quinn estavam vários bolsos escondidos, que guardavam armas. A menina puxou uma pequena esfera, que quando acionada, libertava tentáculos que agarravam e eletrocutavam seu alvo. Quinn jogou uma dessas no homem que tentava abrir a porta do laboratório de seu pai e o homem caiu no chão.

Assim que ele caiu todos os olhos direcionaram-se para Quinn.

— A desgraçada da Vespa não morreu? – disse um deles, furioso, e atirou contra a menina, que desviou rapidamente.

Quinn puxou uma pequena granada, enquanto desviava das balas com suas asas ágeis. A menina disparou contra um dos homens, chutando sua cara e abrindo a mão, fazendo com que a granada caísse. A explosão foi tão grande que eles foram reduzidos a pó, e mesmo Quinn estando longe, foi arremessada contra o muro de sua casa.

Ela só acordou no dia seguinte, quando algo caiu do céu com força ao seu lado, levantando-a. Quinn abriu os olhos assustada, e viu dois jovens combatendo uma mulher de cabelos loiros.